2003
9 Agosto - Salamanca
Possivelmente esta poderá ser a viagem que vai ficar no topo em quilometragem que iremos fazer, pelas contas são mais de 10 mil quilómetros por esta Europa fora, vamos atravessar 14 países e conhecer imensos locais ainda por nós desconhecidos, grande viagem se adivinha.
Como não podia deixar de ser saímos cedo nesta manhã de verão, onde o
calor já se faz notar a disposição é excelente e começamos a percorrer os
primeiro quilómetros em direcção a Vilar Formoso onde chegamos perto das 11h00,
não tivemos grande pressa porque esta etapa vai finalizar em Salamanca. Fizemos
a primeira paragem já dentro de Espanha numa área de serviço muito conhecida
pelos nossos emigrantes que ali
descansam algum tempo, para nós vai ser apenas utilizada para desenferrujar as
nossas pernas e comermos algumas coisas do nosso farnel. Recomeçamos a nossa viagem com um calor do caraças e
chegamos a Salamanca a meio da tarde. Fomos à procura dum parque de campismo,
montamos a nossa tenda e colocarmo-nos a caminho do centro, esta cidade que ao
longo dos anos que já viajamos é a primeira vez que aqui paramos, depois de
tantas vezes passarmos na auto via lá em baixo olharmos, mas nada de virmos aqui,
vai ser desta vez. Tivemos logo o sentido de nos aproximarmos o mais possível
da Plaza Mayor, muito bem preservada cheia de vida pela noite dentro, local
onde os espanhóis se deliciam bebendo ou comendo, não mais do que um recreio
para eles, nós fizemos o mesmo para aproveitar ao máximo o tempo que temos para
ficar por este local e darmos mais umas voltas para estarmos com uma ideia mais
alargada desta cidade tão cheia de vida bem diferente da nossa terra. Podemos
apreciar o palácio real situado na parte norte de onde o reis outrora podiam
ver as touradas que tinham lugar no recinto desta praça.
Depois de umas voltas passamos defronte da universidade de Salamanca,
edifício emblemático desta cidade, sendo esta, das mais antigas universidades
de Europa e do mundo, construída no século XIII, mas com uma fachada
esplendorosa erigida no século XVI. Outros dos locais que visitamos foi a
catedral velha, seguimos até ao convento de Santo Estevão, mais tarde Casa das Conchas
e pouco mais vimos, pois demos por terminada a nossa rápida estadia nesta linda
cidade. Fomos direitinhos para o parque de campismo descansar e sentarmo-nos
nas nossas cadeiras novas para darmos início ao nosso jantar que é composto por
parte do farnel que trouxemos para o início destas férias.
Sentados descansadamente perto de um poste de electricidade que tinha
uma forte lâmpada que atraía milhares de borboletas que ao chegarem perto da
lâmpada que deveria ter uma forte potência estas estoiravam e no chão só se
viam destroços de borboletas que deveriam ter poucas horas de vida.
Assim estivemos bastante tempo apreciar tal morticínio, numa noite com muito calor e com o tal luar de Agosto que lhe dá no rosto.
Assim estivemos bastante tempo apreciar tal morticínio, numa noite com muito calor e com o tal luar de Agosto que lhe dá no rosto.
Já muito tarde fomos esticar as pernas onde adormecemos de cansaço.
Não podíamos deixar de contar um pouco da nossa história, poucos são
sabedores deste episódios que vou
escrever.
Faz parte da nossa história de outros tempos em que a nossa presença
foi hábil e vencedora na batalha de Salamanca entre os exércitos de Portugal,
Espanha e Inglaterra em que estas forças lutaram contra os invasores franceses
que levaram que contar. Os britânicos eram 30562, portugueses 18017 e espanhóis
3360, sendo os franceses 49647. Os mortos, feridos e desaparecidos dos três
exércitos cifraram-se em 4762, os franceses de 14000, mortos, feridos,
desaparecidos e prisioneiros. Esta batalha ocorreu a 22 de Julho de 1812 e fez
que o franceses perdessem de vez a ideia de continuarem a invadir Portugal.
Quando saímos do parque já dava para perceber que iria estar mais um dia de muito calor, às 7h00 da manhã sentia-se uma brisa muito quente o que fazia crer que iria estar mais um
dia com temperatura muito alta . Seguimos pela nacional 10 e rapidamente chegamos a Chartres, quase sem darmos por conta como se passaram estes quilómetros. Demos então continuidade a este percurso e percorremos mais uns valentes quilómetros e eis que chegamos aos arredores de Paris. Ainda era relativamente cedo quando passamos nesta zona por essa razão o trânsito estava a fluir excelentemente, mas optámos por entrar na auto estrada 4 em direcção a Reims. Nesta altura o calor está elevadíssimo o ar condicionado tem estado todo o dia ligado. Paramos numa estação de serviço para desentorpecer as nossas pernas e comermos mais alguma coisa. Reparei que já percorremos 480km, como estamos a fazer uma boa média resolvemos voltar às estradas nacionais, esta vai-nos levar até Verdun e seguidamente entremos no Luxemburgo, foi mesmo o que aconteceu, não demoramos muito a passar a fronteira onde teremos de abastecer pois o combustível já é pouco.
Quando entramos no Luxemburgo a nossa primeira preocupação foi ir à procura de uma bomba de gasolina onde pudéssemos abastecer o tanque do nosso bólide pois está nas lonas, o que não estávamos à espera era que tínhamos de dar várias voltas e nem uma gasolineira, o que fez com tivéssemos de retroceder alguns quilómetros e abastecer em território francês, foi uma trabalheira andarmos às curvas por causa da gasolina.
Segunda etapa procurar um parque de campismo, não foi difícil, encontramos um que nos agradou, foi largar a tralha, montar a tenda e pormo-nos novamente a caminho para darmos uma volta por este pequeno país na verdade um Grão Ducado que é considerado um dos menores e o mais rico país da Europa. O centro histórico da capital é também património mundial da humanidade. É neste tão pequeno país onde se encontra o maior PNB per capita do mundo, com baixos índices de desemprego e inflação, fazendo que a maioria do bancos tenham muitas transacções internacionais. Os idiomas são o francês e alemão. O nosso passeio desenrolou-se pelo centro histórico, forte Thüngen e catedral, foi interessante o trajecto que fizemos.
Sempre procuramos onde comprar bilhetes postais da cidade ou do país, encontramos uma livraria onde escolhemos os que mais nos agradassem no entanto a dona em tom altivo nos alertou que os postais que escolhemos era da princesa do Luxemburgo e que teríamos de ter grande cuidado ao manuseá-los pois era de uma pessoa muito importante, eu e a minha cara metade fitamo-nos nos nossos olhos e exclamamos; mas o que é que se passa!
Não demos qualquer resposta e achamos aquela observação desnecessária, tanto mais que tratamos os nossos postais com muita estimação.
Chegou a hora de irmos jantar, entramos num enorme restaurante e optamos por comer umas pizzas e beber uma cerveja, estava um calor do caraças e um ambiente um pouco abafado.
No entanto ficamos de veras contentes pois as pizzas estavam bem confeccionadas. Como já era muito tarde regressamos ao nosso campo de repouso para o merecido descanso, pelo caminho procuramos onde comprar uma garrafa de água pois estávamos ambos com muita sede. Questionamo-nos se aquela sede era do calor que tínhamos passado e que ainda estava ou se a pizza estava um pouco salgada, sucedeu que não encontramos já nada aberto, pensamos no entanto que no parque haveria alguma máquina ou local onde comprar, negativo, tudo fechado. Pensamos não nos podíamos ir deitar assim pois estávamos sequiosos e não tínhamos nada para beber, estávamos completamente sedentos e tínhamos a noção que teríamos de beber alguma coisa pois não estávamos bem, é que ambos pressentíamos que algo de mal se estava a passar, pensamos que poderia ser insolação e que teríamos de arranjar água de imediato. Pensei vou até à zona dos frigoríficos, onde os outros forasteiros que se encontravam no parque guardavam comida, bebidas e garrafas de água, porém as garrafas que lá se encontravam estavam todas congeladas. Vou levar duas garrafas o dono que me perdoe mas não temos outra hipótese e lá fomos nós para a nossa tenda. Parecia que tínhamos achado um tesouro tal era a nossa aflição, aos poucos fomos bebendo algumas gotas que se iam derretendo e só nos fomos deitar quando percebemos que já nos tínhamos safado desta, situação, que poderia ter sido fatal , por fim lá adormecermos.
Soubemos que nesta cidade de Narvik foi um local de grandes batalhas durante a segunda
guerra mundial, grandes lutas travadas entre 9 de Abril e 8 de junho de 1940, sendo duas das batalhas navais entre a marinha real Britânica e Alemã. Este ponto estratégico deveu-se às minas de ferro situadas na Suécia que tinha este porto como local de escoamento do minério. O dia 9 de Abril, mas numa época diferente; foi na primeira guerra mundial que se travou a batalha de La Lys em França entre aliados e Alemães que um forte corpo expedicionário de soldados portugueses aí foram quase totalmente dizimados.
O segundo percurso foi até ao parque Vigeland, outro museu a céu aberto onde há um sem número de esculturas, sendo as principais a formar um lindíssimo conjunto dedicado ao amor, tanto que a menina Júlia se entusiasmou com uma delas que quase entrava no acto que se vislumbrava. Outra parte das esculturas demonstra o conflito e até a morte, tudo isto no enorme jardim que tem uma área de 3200m2. Todas as imagens que aqui se encontram foram feitas pelo artista Gustav Vigeland que viveu entre o ano de 1869 e 1943. Após a sua morte a prefeitura de Oslo reuniu uma grande parte das suas obras e montou este espectacular parque. Este passeio foi muito agradável e iremos recordar com muita facilidade esta visita.
No entanto o tempo vai-se esgotando e os nossos amigos terão de partir para a sua terra natal amanhã ao fim da manhã, por isso vamos ter de nos abreviar nas voltas programadas, ainda vamos visitar o gigantesco trampolim de saltos de esqui localizado na colina de Holmenkollen, onde todos os anos se realizam provas nacionais e internacionais de saltos. Foi aqui que se realizaram os jogos olímpicos de inverno d 1952, um ano antes de eu nascer. É também o mais antigo trampolim de saltos do mundo, inaugurado em 1892, no
entanto sofreu várias transformações ao longo de mais de um século, somente 14 vezes, sendo a última em 1992, para comemorar o centenário da sua construção, tendo agora a torre 60 metros de altura, possibilitando saltos até 136 metros. Ainda fomos até à estação
central de Oslo, dar uma olhadela aos comboios que todos nós adoramos. Seguimos até ao porto onde apreciamos a quantidade de barcos que o preenchem, sendo este também um país de marinheiros que nos supera na quantidade e qualidade das embarcações. Nós que já não somos um país de marinheiros, mas com um mar, oceano de fazer inveja a todos os países europeus, triste se os nossos antepassados sonharem que nesta altura somos uns pelintras de uns pseudo marinheiros maltrapilhos. Durante as restantes horas demos continuidade ao nosso passeio, tanto que por duas vezes saímos dos limites da cidade onde cada vez que passássemos essa zona teríamos de pagar portagem para entrar, mas nós nunca a pagamos, mesmo nas outras cidades por onde passamos em que algumas têm também o acesso que ser pago, ou seja para entrar nas cidades na Noruega há que pagar a entrada, mesmo por estradas secundárias, estão todas com pórticos de pagamento. Nesta cidade não há engarrafamentos o trânsito é fluído e há túneis por todos os lados, onde no seu interior encontramos vários cruzamentos com semáforos. É também uma cidade com diversas colinas que nos maravilhou e fez com que pensássemos na nossa Lisboa.
Bem tarde finalizamos a visita a esta cidade onde é entregue o prémio Nobel da Paz.
Muitos quilómetros fizemos ainda nesta Suécia até iniciarmos a circular a cidade de Malmö e mais à frente começamos atravessar a ponte
de Öresund em Dinamarquês, em Sueco Øresundsbroen, com um comprimento de 7845 metros, seguindo-se um túnel submarino de 3510 metros e uma ilha artificial de 4055 metros. Foi espectacular esta travessia que completámos calmamente. Alguns anos antes havíamos passado de barco este estreito e reparamos que existia pelo menos uma empresa portuguesa que fazia parte na construção desta ponte, ficamos felizes por estarmos nesta parte do mundo a contribuir para uma obra monumental. Fizemos mais
alguns quilómetros e começamos a ver ao longe Copenhague e circulamos a sul pela E20, agora é tudo a descer até trespassarmos mais uma ponte entre esta ilha de Sjaelland e a ilha de Fyn, para nos dirigirmos para Odense sempre em via rápida. É que é mesmo, sempre andar, nem nos apercebemos dos quilómetros que vamos fazendo, mal demos por conta acabamos de fazer esta ilha e já chegámos a outra ponte, esta muito mais pequena das que fizemos anteriormente que nos vai ligar à península da Jutlândia e assim passarmos para a E45 que nos levou até à fronteira da Alemanha em que os trâmites fronteiriços já não existem, foi andar e seguimos em direcção a Hamburgo, cidade que já foi por nós visitada alguns anos antes, agora é fazer mais uma mão cheia de quilómetros até Bremen, onde chegámos ao final do dia, o tempo que nos restou foi muito escasso para darmos uma volta pela cidade mas amanhã vamos arranjar algum tempo para esse passeio. Agora vamos jantar e descansar que amanhã mais uma longa tirada nos está preparada.
Outro dia, outra jornada, unicamente 834 quilómetros nos separam da nossa chegada programada para as 18h00, vamos atravessar uma grande parte da Alemanha, seguidamente cortar a Holanda e a Bélgica, para depois entrarmos na França e a partir daí é rolar até Rambouillet, mas antes muita coisa mesmo nos vai acontecer, mas pela positiva, veremos então. Fizemos uma pequena volta por Bremen, sendo esta uma cidade estado e um dos principais destinos turísticos do norte desta Alemanha. Deu para ver ainda algumas coisas entre elas uma estátua que para nós era estranha só quando chegámos a Portugal é que viemos a saber que se tratava da estátua dos músicos de Bremen cuja história vou mencionar;
10
Agosto - Poitiers
Para hoje
planeamos fazer o máximo de quilómetros possíveis utilizando estradas nacionais
em percursos que consideramos mais rápidos e utilizar alguns auto-estradas para
fugir às cidades e zonas de difícil circulação. Iniciado o trajecto
que começou cerca das 8h00 desta manhã, fizemos os primeiros quilómetros
calmamente e rapidamente chegamos a Tordesilhas, terra que foi muito importante
para a história de Portugal onde foi feito um tratado em que o reino de
Portugal e o reino de Castela dividiam as terras descobertas e por descobrir
por ambas as coroas fora da Europa. O que nos foi incutido, ensinado na escola,
era que o mundo tinha sido divido em duas partes, pura treta, nessa altura já
havia reinos muito mais poderosos do que Portugal e Castela, apenas as costas
marítimas de África e América eram ainda desconhecidas dos europeus.
No entretanto os quilómetros foram-se fazendo e logo passamos nos
arredores de Valladolid, assim fomos andando pois o calor já estava forte e
fomos deixando para trás uma parte do
longo dia de hoje. Mais à frente passamos Burgos, Miranda de Ebro, Vitória,
seguidamente os Pirenéus, onde nos desviamos um pouco para as vias rápidas e
assim passamos a fronteira em direcção a França, nesta altura fizemos alguns
quilómetros em auto-estrada, onde saímos e voltamos a ela porque o troço que
nos levou a Bordéus não tem portagem, aí
foi só andar e desenvencilharmo-nos desta longa distância. A meio deste
percurso paramos numa área de descanso onde comemos umas sandochas e esticamos um pouco as pernas.
Passado algum tempo já circulávamos, assim que passamos Bordéus o
trânsito aquela hora do dia era intenso, foi nossa opção continuar na A10 em
direcção a Poitiers, que chegamos cerca das 15h00, foi procurar um parque de
campismo que nos contentasse e colocássemos a nossa tralha. No final da tarde
fomos ambos tomar a nossa banhoca e para meu espanto quando já estávamos
prontos para jantar senti a falta do meu relógio. Fui logo aos balneários e relógio nada, eu que o
tinha colocado em cima de uma espécie de prateleira, alguém se apoderou dele.
Ainda perguntei na recepção se alguém o tinha entregue, mas nada, lá se foi o
meu relógio que o tinha comprado alguns anos atrás nos Estados Unidos. Fiquei
desolado e danado comigo próprio por causa da falta de atenção. Chegou a noite e
estivemos a conversar e a programar a tirada para amanhã.
11
Agosto - Luxemburgo
Quando saímos do parque já dava para perceber que iria estar mais um dia de muito calor, às 7h00 da manhã sentia-se uma brisa muito quente o que fazia crer que iria estar mais um
dia com temperatura muito alta . Seguimos pela nacional 10 e rapidamente chegamos a Chartres, quase sem darmos por conta como se passaram estes quilómetros. Demos então continuidade a este percurso e percorremos mais uns valentes quilómetros e eis que chegamos aos arredores de Paris. Ainda era relativamente cedo quando passamos nesta zona por essa razão o trânsito estava a fluir excelentemente, mas optámos por entrar na auto estrada 4 em direcção a Reims. Nesta altura o calor está elevadíssimo o ar condicionado tem estado todo o dia ligado. Paramos numa estação de serviço para desentorpecer as nossas pernas e comermos mais alguma coisa. Reparei que já percorremos 480km, como estamos a fazer uma boa média resolvemos voltar às estradas nacionais, esta vai-nos levar até Verdun e seguidamente entremos no Luxemburgo, foi mesmo o que aconteceu, não demoramos muito a passar a fronteira onde teremos de abastecer pois o combustível já é pouco.
Quando entramos no Luxemburgo a nossa primeira preocupação foi ir à procura de uma bomba de gasolina onde pudéssemos abastecer o tanque do nosso bólide pois está nas lonas, o que não estávamos à espera era que tínhamos de dar várias voltas e nem uma gasolineira, o que fez com tivéssemos de retroceder alguns quilómetros e abastecer em território francês, foi uma trabalheira andarmos às curvas por causa da gasolina.
Segunda etapa procurar um parque de campismo, não foi difícil, encontramos um que nos agradou, foi largar a tralha, montar a tenda e pormo-nos novamente a caminho para darmos uma volta por este pequeno país na verdade um Grão Ducado que é considerado um dos menores e o mais rico país da Europa. O centro histórico da capital é também património mundial da humanidade. É neste tão pequeno país onde se encontra o maior PNB per capita do mundo, com baixos índices de desemprego e inflação, fazendo que a maioria do bancos tenham muitas transacções internacionais. Os idiomas são o francês e alemão. O nosso passeio desenrolou-se pelo centro histórico, forte Thüngen e catedral, foi interessante o trajecto que fizemos.
Sempre procuramos onde comprar bilhetes postais da cidade ou do país, encontramos uma livraria onde escolhemos os que mais nos agradassem no entanto a dona em tom altivo nos alertou que os postais que escolhemos era da princesa do Luxemburgo e que teríamos de ter grande cuidado ao manuseá-los pois era de uma pessoa muito importante, eu e a minha cara metade fitamo-nos nos nossos olhos e exclamamos; mas o que é que se passa!
Não demos qualquer resposta e achamos aquela observação desnecessária, tanto mais que tratamos os nossos postais com muita estimação.
Chegou a hora de irmos jantar, entramos num enorme restaurante e optamos por comer umas pizzas e beber uma cerveja, estava um calor do caraças e um ambiente um pouco abafado.
No entanto ficamos de veras contentes pois as pizzas estavam bem confeccionadas. Como já era muito tarde regressamos ao nosso campo de repouso para o merecido descanso, pelo caminho procuramos onde comprar uma garrafa de água pois estávamos ambos com muita sede. Questionamo-nos se aquela sede era do calor que tínhamos passado e que ainda estava ou se a pizza estava um pouco salgada, sucedeu que não encontramos já nada aberto, pensamos no entanto que no parque haveria alguma máquina ou local onde comprar, negativo, tudo fechado. Pensamos não nos podíamos ir deitar assim pois estávamos sequiosos e não tínhamos nada para beber, estávamos completamente sedentos e tínhamos a noção que teríamos de beber alguma coisa pois não estávamos bem, é que ambos pressentíamos que algo de mal se estava a passar, pensamos que poderia ser insolação e que teríamos de arranjar água de imediato. Pensei vou até à zona dos frigoríficos, onde os outros forasteiros que se encontravam no parque guardavam comida, bebidas e garrafas de água, porém as garrafas que lá se encontravam estavam todas congeladas. Vou levar duas garrafas o dono que me perdoe mas não temos outra hipótese e lá fomos nós para a nossa tenda. Parecia que tínhamos achado um tesouro tal era a nossa aflição, aos poucos fomos bebendo algumas gotas que se iam derretendo e só nos fomos deitar quando percebemos que já nos tínhamos safado desta, situação, que poderia ter sido fatal , por fim lá adormecermos.
12
Agosto – Berlim
Hoje temos pela frente mais uma grande etapa, por esse motivo tivemos de sair mais cedo, porque os quilómetros até Berlim são cerca de 763, todos feitos em auto estrada. A maneira de optarmos pelo parques de campismo tem os seus se nãos, tais como desmontar a tenda, guardar todos os apetrechos, também termos de tomar a nossa banhoca torna-se moroso, são coisas que num hotel se tornam mais rápidas pois não temos tais tarefas. Também o preparar do pequeno almoço nos tira o nosso tempo, mas ultrapassamos tudo, exista boa vontade.
Não podia faltar deixar de falar um pouco deste enorme país, cheio de história ao longos dos séculos, com grande destaque pela negativa ao contarmos do que se passou no último século XX, donde se destacam a 1ª e 2ª guerras mundiais.
Falando da economia, esta é a maior economia europeia, na saúde tem o mais antigo sistema mundial que remonta à legislação social de 1883. Eles têm a mais antiga auto estrada do mundo cujo nome é “autobahn”, onde o limite de velocidade não existe se tens um carro ou uma moto que dê 500 à hora é somente aqui que podes gozar tal velocidade. Também é na Alemanha que se encontra a mais alta igreja do mundo com 160 metros e 768 degraus, esta situa-se em Ulm. Mais situações e factos poderia mencionar mas ficava um pouco fastidioso.
Já preparados para arrancar e lá vamos nós entrar num dos mais rápidos e seguros auto estradas que nos irão levar ao final do destino de hoje. Fizemos uma data de quilómetros na A1, seguidamente passamos para a 48 até que já fartos de tanto andar paramos numa estação de serviço onde comemos umas sandes e descansamos um pouco. Aqui a temperatura também está elevada, mais parece uma vaga de calor que atravessa toda a Europa, pois quando saímos de casa já estava assim e até hoje o calor continua. Ao fim de algum tempo recomeçamos a nossa viagem, mas nesta altura do dia a quantidade de camiões é enorme, por vezes as ultrapassagens são mais difíceis, mas o condutor alemão é exemplar na sua condução. Vamos falando, ouvindo música de umas cassetes que trouxemos e assim o tempo dilui-se com mais facilidade. Ao fim de muito tempo vimos uma placa que nos indica estarmos próximo da saída que nos vai levar para o parque de campismo em Berlim. Mais adiante entramos noutra estrada nacional , reparamos no nosso livro dos mapas a existência de um símbolo azul que assinala a existência de um parque de campismo, mas estamos com alguma incerteza pois a estrada que circulamos é de muito pouco transito e estreita, será que estamos enganados no trajecto!
O melhor é perguntar, e foi o que fizemos, encontramos um casal que circulava a pé por esta estrada e perguntamos-lhe onde ficava o parque a qual nos informaram que era já ali à frente não mais do que um escasso quilómetro. Por pouco aqui chegávamos sem perguntar a ninguém fosse o que fosse. Agora já dentro deste enorme recinto, foi montar a nossa tenda e procurar o local onde jantar. Também não foi difícil, aqui dentro existe um enorme restaurante que tem tudo o que possamos gostar. Sentamo-nos ao balcão pedimos os nossos pratos de carne, bebemos as nossas cervejas. Havia uma funcionária que reparou no telemóvel que a Sofia trazia para dizer, eu também tenho um igual. Depois deste deliciosa jantar fomo-nos deitar pois o cansaço já se tinha apoderado de nós há muito tempo.
Iniciamos o nosso dia com uma visita pela cidade, passamos ao lado de um trecho do antigo muro de Berlim, todo ele grafitado, não era nosso propósito passar por aqui, mas ficamos admirados ainda existirem trechos desse muro com estas dimensões. Há anos atrás quando aqui estivemos pela primeira vez achamos muito interessante depararmo-nos com tal situação, nessa altura havia locais em que havia grande brechas no muro, hoje pouco já existe dele.
Fomos mais uma vez até à Alexander Plaza, igualmente um local simbólico desta cidade onde também está a torre da tv de Berlim de seu nome verdadeiro “Berliner Fernsehturm”. Seguidamente passamos perto do Portão de Brademburgo e do palácio Reichstag, são locais que já tínhamos visitado, apenas estamos a relembrar coisas do passado. Ao fim de algum tempo de aqui estarmos, resolvemos seguir viagem em direcção à Polónia, ainda temos muitos quilómetros pela frente. Na realidade ainda não temos um local exacto onde iremos terminar a etapa de hoje, mas queremos andar os mais possível.
Já estamos numa autobahn a circular na casa dos 120/140km, não incomodamos ninguém e dá gosto ver a condução do motorista alemão, respeitador e quando pensa em ultrapassar, faz essa manobra o mais breve possível e coloca-se de imediato na faixa da direita. Isto em Portugal é impensável. O português era logo chumbado com a condução que faz, temos muito que aprender com povos cultos como este, Alguém me diz – Gilberto vai pró carapau. Eu gosto de copiar o que há de bom nos outros países. Percorremos de
Berlim a Frankfurt an der Oder à volta de 110 quilómetros num tempo recorde, foi assim que quando chegamos à fronteira o tempo que perdemos foi uns dois minutos, seguimos galgando quilómetros em estradas nacionais e outras de 2ª categoria. Mais uma vez as altas temperaturas não nos larga. As estradas são estreitas e têm muito trânsito. Até num dos percursos que fizemos, numa curva um camião a grande velocidade e de grande tonelagem a sua traseira derrapou um pouco e veio para cima da nossa faixa de rodagem na mesma altura que nós passávamos, mas que sorte nós tivemos, podíamos ter terminado ali as nossas férias. Temos sorte e até agora ela tem-nos acompanhado. Foi uma tarde quase sem parar, fizemos 580 quilómetros e antes que escurecesse encontramos uma casa junto a uma das estradas que anunciava dormidas, não mais do que a casa de uns agricultores onde nos fizeram um preço razoável e passamos a noite para descontrair e descansar. Local sossegado este, uma autentica casa provinciana, implantada no meio de terras de cultivo, Mais uma agradável recordação para finalizar a nossa estafa de hoje.
Cedo chegamos à fronteira de Budzisco na Polónia para entrarmos na Lituânia, antiga republica da União Soviética, onde tratamos dos tramites de entrada neste novo país que a 16 de Abril deste ano de 2003 assinou o tratado de adesão à UE, onde irá entrar para a Comunidade Europeia 2004, nesta altura ainda tivemos de tirar visto na fronteira para podermos entrar.
Outra etapa para hoje em mais uma das repúblicas do Báltico cuja capital é Riga e a língua oficial o Letão.
Vamos continuar a subir em direcção ao ponto mais a norte do continente Europeu que será o auge e simbolismo desta viagem. Etapa onde vamos fazer mais uma série de quilómetros para nos aproximar o mais possível. Vamos apreciando as lindas paisagens em que a tundra prevalece ao longo das estradas inóspitas onde de vez em quanto nos cruzamos com alces que habitam estes locais, alguns vivem isoladamente, porque não vimos em seu redor mais animais, raramente nos cruzamos ou avistamos casas. Nalguns locais que passamos havia pequenas casas de um povo nómada, os “Sámi” que se dedicam à caça , pesca e agricultura, são eles que também têm a criação de renas. Deveria ser maravilhoso viajar nestes locais cobertos de neve a sensação seria a estrear, pensando que o trajecto seria feito em trenó puxados por cães huskies e seria também nessa altura que apreciaríamos as noites com a aurora boreal, mas as temperatura seriam por volta dos -25˚, apenas imaginação, vamos deixar estes pensamentos para outras alturas.
A determinada altura chegamos à fronteira entre estes dois países, Finlândia e Noruega, situada na localidade de Karigasniemen Tulli, nem perdemos tempo mandaram-nos seguir e paramos mais à frente numa espécie de supermercado de nome K-market Karigasniemi onde nessa altura a madame Júlia viu uma pele que a maravilhou, mas foi opinião dos restantes membros do grupo que aquela pele era de cão e que não a deveria comprar, não ficou convencida e continuou com o sentido de que queria levar tal coisa para casa, mas não o conseguiu, porque não convenceu o Carlos para que lha comprasse.
Partimos depois de algum tempo e na nossa caminhada encontramos mais uma construção que serve para os transeuntes pararem e ficarem abrigados na altura em que o frio espreita, porque é toda feita em madeira e preparada para que o frio seja menor, agora vamo-nos sentar um pouco e comer alguma coisa que transportamos. Este local encontra-
se limpo e reparamos que as últimas pessoas que aqui passaram tiveram o cuidado de o manterem em condições de que os próximos tenham os mesmos cuidados, foi o que fizemos apesar de sermos portugueses também sabemos proteger estes locais. Recomeçamos a nossa volta com as lindas paisagens acompanharmos, quando a meio da tarde chegamos a uma pequena vila situada no início de um enorme fiorde que se prolonga por muitos quilómetros, aí alugamos mais uma casinha junto à estrada para passarmos esta noite, amanhã cedo partiremos em direcção ao Cabo Norte que se encontra já muito perto.
Aqui a temperatura já era diferente já podíamos sentir o frio vindo do norte que começava a entrar nos nossos ossos. O aquecimento já ficou ligado durante a noite para nos sentirmos aconchegados. Outro dia concluído com sucesso num país que nos vai trazer recordações de termos estado nós os dois com os nosso filhotes alguns anos atrás.
Hoje temos pela frente mais uma grande etapa, por esse motivo tivemos de sair mais cedo, porque os quilómetros até Berlim são cerca de 763, todos feitos em auto estrada. A maneira de optarmos pelo parques de campismo tem os seus se nãos, tais como desmontar a tenda, guardar todos os apetrechos, também termos de tomar a nossa banhoca torna-se moroso, são coisas que num hotel se tornam mais rápidas pois não temos tais tarefas. Também o preparar do pequeno almoço nos tira o nosso tempo, mas ultrapassamos tudo, exista boa vontade.
Falando da economia, esta é a maior economia europeia, na saúde tem o mais antigo sistema mundial que remonta à legislação social de 1883. Eles têm a mais antiga auto estrada do mundo cujo nome é “autobahn”, onde o limite de velocidade não existe se tens um carro ou uma moto que dê 500 à hora é somente aqui que podes gozar tal velocidade. Também é na Alemanha que se encontra a mais alta igreja do mundo com 160 metros e 768 degraus, esta situa-se em Ulm. Mais situações e factos poderia mencionar mas ficava um pouco fastidioso.
Já preparados para arrancar e lá vamos nós entrar num dos mais rápidos e seguros auto estradas que nos irão levar ao final do destino de hoje. Fizemos uma data de quilómetros na A1, seguidamente passamos para a 48 até que já fartos de tanto andar paramos numa estação de serviço onde comemos umas sandes e descansamos um pouco. Aqui a temperatura também está elevada, mais parece uma vaga de calor que atravessa toda a Europa, pois quando saímos de casa já estava assim e até hoje o calor continua. Ao fim de algum tempo recomeçamos a nossa viagem, mas nesta altura do dia a quantidade de camiões é enorme, por vezes as ultrapassagens são mais difíceis, mas o condutor alemão é exemplar na sua condução. Vamos falando, ouvindo música de umas cassetes que trouxemos e assim o tempo dilui-se com mais facilidade. Ao fim de muito tempo vimos uma placa que nos indica estarmos próximo da saída que nos vai levar para o parque de campismo em Berlim. Mais adiante entramos noutra estrada nacional , reparamos no nosso livro dos mapas a existência de um símbolo azul que assinala a existência de um parque de campismo, mas estamos com alguma incerteza pois a estrada que circulamos é de muito pouco transito e estreita, será que estamos enganados no trajecto!
O melhor é perguntar, e foi o que fizemos, encontramos um casal que circulava a pé por esta estrada e perguntamos-lhe onde ficava o parque a qual nos informaram que era já ali à frente não mais do que um escasso quilómetro. Por pouco aqui chegávamos sem perguntar a ninguém fosse o que fosse. Agora já dentro deste enorme recinto, foi montar a nossa tenda e procurar o local onde jantar. Também não foi difícil, aqui dentro existe um enorme restaurante que tem tudo o que possamos gostar. Sentamo-nos ao balcão pedimos os nossos pratos de carne, bebemos as nossas cervejas. Havia uma funcionária que reparou no telemóvel que a Sofia trazia para dizer, eu também tenho um igual. Depois deste deliciosa jantar fomo-nos deitar pois o cansaço já se tinha apoderado de nós há muito tempo.
13
Agosto – Polónia (Olsztyn)
Iniciamos o nosso dia com uma visita pela cidade, passamos ao lado de um trecho do antigo muro de Berlim, todo ele grafitado, não era nosso propósito passar por aqui, mas ficamos admirados ainda existirem trechos desse muro com estas dimensões. Há anos atrás quando aqui estivemos pela primeira vez achamos muito interessante depararmo-nos com tal situação, nessa altura havia locais em que havia grande brechas no muro, hoje pouco já existe dele.
Fomos mais uma vez até à Alexander Plaza, igualmente um local simbólico desta cidade onde também está a torre da tv de Berlim de seu nome verdadeiro “Berliner Fernsehturm”. Seguidamente passamos perto do Portão de Brademburgo e do palácio Reichstag, são locais que já tínhamos visitado, apenas estamos a relembrar coisas do passado. Ao fim de algum tempo de aqui estarmos, resolvemos seguir viagem em direcção à Polónia, ainda temos muitos quilómetros pela frente. Na realidade ainda não temos um local exacto onde iremos terminar a etapa de hoje, mas queremos andar os mais possível.
Já estamos numa autobahn a circular na casa dos 120/140km, não incomodamos ninguém e dá gosto ver a condução do motorista alemão, respeitador e quando pensa em ultrapassar, faz essa manobra o mais breve possível e coloca-se de imediato na faixa da direita. Isto em Portugal é impensável. O português era logo chumbado com a condução que faz, temos muito que aprender com povos cultos como este, Alguém me diz – Gilberto vai pró carapau. Eu gosto de copiar o que há de bom nos outros países. Percorremos de
Berlim a Frankfurt an der Oder à volta de 110 quilómetros num tempo recorde, foi assim que quando chegamos à fronteira o tempo que perdemos foi uns dois minutos, seguimos galgando quilómetros em estradas nacionais e outras de 2ª categoria. Mais uma vez as altas temperaturas não nos larga. As estradas são estreitas e têm muito trânsito. Até num dos percursos que fizemos, numa curva um camião a grande velocidade e de grande tonelagem a sua traseira derrapou um pouco e veio para cima da nossa faixa de rodagem na mesma altura que nós passávamos, mas que sorte nós tivemos, podíamos ter terminado ali as nossas férias. Temos sorte e até agora ela tem-nos acompanhado. Foi uma tarde quase sem parar, fizemos 580 quilómetros e antes que escurecesse encontramos uma casa junto a uma das estradas que anunciava dormidas, não mais do que a casa de uns agricultores onde nos fizeram um preço razoável e passamos a noite para descontrair e descansar. Local sossegado este, uma autentica casa provinciana, implantada no meio de terras de cultivo, Mais uma agradável recordação para finalizar a nossa estafa de hoje.
14
Agosto – Vilnius
Cedo chegamos à fronteira de Budzisco na Polónia para entrarmos na Lituânia, antiga republica da União Soviética, onde tratamos dos tramites de entrada neste novo país que a 16 de Abril deste ano de 2003 assinou o tratado de adesão à UE, onde irá entrar para a Comunidade Europeia 2004, nesta altura ainda tivemos de tirar visto na fronteira para podermos entrar.
Fiquei bastante preocupado quando aqui chego e vejo um fila infindável de camiões para passar a fronteira, pensei que ia ficar também à espera. Bastou ver um carro a passar na via lateral que de imediato fiz o mesmo, andei uns 2 quilómetros ao lado dos camiões e logo cheguei à zona reservada para automóveis, fomos rapidamente atendidos e num ápice estávamos despachados não podia ser mais rápido, colocarmo-nos a caminho de Vilnius onde será o final da nossa etapa de hoje. São estradas muito movimentadas mas ainda nada de vias rápidas ou coisa parecida, encontrámos, sim muito polícia pelo caminho e reparámos que todos os condutores andam devagar, já sei que terei de fazer o mesmo. Nos arredores da capital vimos na berma um radar de velocidade e mais à frente uns carros que já estavam a ser multados. Temos andado devagar e com precauções, dificilmente seremos interceptados.
Falar um pouco da história e factos deste país é proveitoso para que fiquemos a saber mais coisas desta bonita terra.
A Lituânia foi mencionada pela primeira vez a 14 de Fevereiro de 1009, mais tarde uniu-se à Polónia, mas em 1795 foi anexada pelo império Russo, só em 1918 restabeleceu a sua independência, sucedeu que em 1940 foi anexada pela União Soviética, passados mais umas dezenas de anos obteve a sua independência a 11 de Março de 1990, com uma área de 65200km2 é um pouco menor do que a nossa terra. A Islândia foi o 1º país a reconhecer a sua independência. Os Estados Unidos e vários países ocidentais nunca reconheceram as reivindicações dos Soviéticos sobre a Lituânia. É sem dúvida um país rico em história e foi nos anos que pertenceu à URSS que o progresso parou, mas hoje em dia já se pode ver os resultado de ser um país livre, vai sem dúvida progredir este povo que se libertou do gigante opositor.
Chegados a Vilnius procuramos onde ficar e o que iríamos conhecer. Seguimos na direcção do centro histórico e detivemo-nos a ver o que de mais interessante existe, estando tudo muito bem cuidado, com os seus edifícios da época soviética, onde a arquitectura é sempre a mesma, não conseguimos ver nenhuma construção que nos chamasse atenção, mais umas igrejas iguais a tantas as outras, apenas mais volumosas e num local que todos as podem ver, apenas a de St. Anne é diferente de todas. Existem vários edifícios restaurados no meio de outros a cair de maduros e muitos grafitados, são da época comunista que de bonito nada têm. Passamos pelo bairro de nome Uzupis que é o encanto desta cidade, onde podemos encontrar imensos restaurantes, foi aqui que jantamos num local esplêndido e comemos um prato de carne típico desta região. O restaurante estava muito bem decorado e seu mobiliário antigo, enquadrado no espaço interior e exterior, gostamos imenso de o encontrar e de lá estar, não vamos esquecer.
Nesta altura já estamos perto das 23h00 e parece que a noite não chega, muito claro e ainda muita gente por estas bandas, será que aqui não há a noite verdadeira, vai ficar sempre assim, apenas o sol não se vê, mas a claridade é imensa.
Reparamos que as mulheres são lindas e andam sempre aos pares, sendo sempre uma loira e a outra morena, mas que contraste este, já nos cruzamos com muitas situações como a que acabo de descrever, será que fazem de propósito! Mais um final do dia concluído com grande sucesso num ambienteb agradável.
15
Agosto – Sigulda
Outra etapa para hoje em mais uma das repúblicas do Báltico cuja capital é Riga e a língua oficial o Letão.
Vamos ter de percorrer uma distância considerável pela Lituânia até chegarmos à fronteira, sendo um percurso fantástico por planícies onde a agricultura perdura e as casinhas de habitação que vemos são de uma construção que apenas existe nesta zona europeia, são o contraste deste país que tanto temos gostado. Quando chegamos à fronteira foi rápido todo o processo de a transpor e rapidamente já circulava-mos na Letónia. A circulação é feita em estradas nacionais onde nos cruzamos várias vezes com patrulhas da polícia, aqui não à falta de policiamento nas vias de comunicação, fazendo com que tenhamos cautela nos excessos de velocidade, pois não sabemos quando estamos a ser controlados, aconteceu que mais à frente vimos numa das bermas um radar e depois de um morro lá estava a polícia à espera do infractor. Parece que a polícia daqui andou na mesma escola dos Portugas, têm ambos a mesma atitude, connosco vão estar tramados, circulamos sem quaisquer pressas e de resto nunca faço manobras perigosas, sem dúvida a única manobra que faço ao longo da minha condução seria o excesso de velocidade.
A meio da tarde chegamos a Sigulda, foi arranjar local seguro para estacionar e visitar mais um lugar totalmente desconhecido por nós. Assim demos uma volta por esta cidade situada a 53 quilómetros de Riga a quem chamam a Suíça de Vidzeme , sendo banhada pelo rio Gauja, tendo como pano de fundo um edifício lindíssimo a quem apelidam de castelo, para nós de castelo nada tem. Esta pequena cidade deve ser linda quando no mês de Maio na altura em que a cerejeiras estão em flor, igualmente se realiza um festival de ópera. Também fiquei a saber que o desporto desta cidade é o Bobsleigh, sendo este um desporto de inverno praticado em gelo numa pista onde existem descidas e curvas e que em determinadas alturas pode atingir os 150km/h, este desporto começou a fazer parte dos jogos olímpicos de inverno no ano de 1924, foi no ano passado que foram admitidas pela primeira vez mulheres fazendo parte das equipas intervenientes. Os atletas usam umas sapatilhas com 600 agulhas que perfuram o gelo. O trenó também é designado de tabogã , construído com estreitas tiras de madeira e metal fazendo-se deslizar no gelo sem rodas nem motor. Em Portugal este desporto é praticamente desconhecido, nem pistas existem e receio que algum português o pratique.
No final deste dia optamos por descansar num hotel muito engraçado situado num parque desta cidade.
Hoje levantamo-nos tarde, já era tempo de dormimos mais um pouco e darmos atenção a nós, foi isso que aconteceu, depois de uma noite quase de núpcias, mais uma, já no meio de tantas, porque na falta de uma, outras vão e irão aparecer. De seguida fomos tomar o nosso pequeno almoço e recuperar do cansaço emocional de dois jovens ardentes de desejos já um pouco usados pela idade e que um deles é viajar.
Calmamente nos pusemos a caminho, sendo a intenção de seguirmos para Riga que fica muito perto, estando esta manhã com muito sol e com uma temperatura elevada para este local.
Sendo Riga provavelmente a mais cosmopolita cidade destes estados Bálticos. Este local começou por ser uma pequena aldeia livónia por onde se cruzavam comerciantes escandinavos, russos e alemães, onde também havia um forte de cavaleiros Teutónicos, aonde ficou sob o domínio alemão, tanto que nas suas armas surjam as chaves de Bremen e as torres de Hamburgo. Num dos locais por onde passamos a igreja de S. Pedro em subimos à sua torre para podermos observar uma vasta área da cidade. Mais a baixo passa o rio Daugava com as suas águas escuras que hoje até tem uma forte corrente.
Nesta cidade cruzamo-nos com diversos artesãos, alguns com vestimentas de outras épocas que nos despertam mais atenção olhar para eles, por todo o lado vemos bancas ou carrinhos vendendo os mais diversos produtos, sendo a arte a mais representativa entre elas as pinturas que são fabulosas.
A construção é variada com estilos medievais e góticos, cruzando-se com a construção soviética, quando da sua ocupação, mas que vão desaparecendo com a modernidade. O centro da cidade é composto por ruelas em empedrado e estreitas onde nos cruzamos com muitos bares e restaurantes. Estivemos a visitar a catedral ortodoxa e mais locais de interesse da cidade, mas de tanto andar pela cidade, eis que chegou a fome e temos de jantar, mais outra vez a nossa escolha recaiu para um restaurante típico onde nos deliciamos com uma boa carne da região, satisfeitos fomos procurar onde pudéssemos dormir a opção de hoje foi no parque de campismo desta cidade onde alugamos uma casinha, mais parecia uma casota para cães mas para o tamanho de humanos, é que mal abríamos a porta logo nos deitávamos. Deu para descansar sem termos de gastar mais uns cobres, valeu pela experiência.
17 Agosto – Talin
Depois de termos tido uma estadia espectacular na Letónia, percorrendo mais umas centenas de quilómetros ultrapassamos a fronteira e demos início ao percurso nesta republica Báltica a Estónia, mais um país saído da monstruosa URSS, tendo como línguas oficiais o võro e o seto além do estoniano. Este país é constituído por uma parte continental e por um grande arquipélago no mar Báltico. Ao longo dos séculos este território tem sido ocupado por outros povos, como os Russos, Dinamarqueses, Suecos, Finlandeses e Alemães, a noção de país apenas surgiu na metade do século XIX. As cores da bandeira têm o seguinte significado o azul representa a fé, lealdade e devoção, bem como os lagos e o céu, o preto é símbolo do passado negro e do sofrimento deste povo estoniano; o branco é representativo das virtudes e felicidade do povo, mas também a casca da Betúlia a neve e a luz do sol. A Betúlia é uma árvore, próxima dos carvalhos que dá um fruto a sâmara. Este território só teve a sua verdadeira independência em 1992, depois da queda da URSS, no entanto apenas no ano de 1994 as tropas soviéticas abandonaram este território. No 1º de Maio de 2004 vão ingressar na União Europeia.
Percorremos 310km até chegarmos a Talin por estradas nacionais em que fizemos uma média fantástica para chegarmos ao início da tarde e termos tempo de visitar parte desta capital. Um dos locais que fomos foi a catedral de Alexander Nevsky, estilo neo russo, construção diferente das que temos visto até agora sendo património da humanidade. Percorremos a Toompea nada mais do que uma colina de calcário situada na parte central da cidade, para depois seguirmos para a old town onde existem vários restaurante e bares. Neste local encontrámos imensos artistas que tocavam alguns instrumentos, pouco comuns entre nós, dando ainda mais vida às ruas bem cuidadas e engalanadas, numa das praça estava um vendedor com frutos secos sendo o seu transporte um carro de outros tempos todo feito em madeira, dando também grande realce a esse local, mais parecia que nos encontrávamos ainda na idade média. É muito agradável passear por esta cidade, sendo o povo simpático e as estonianas muito bonitas.
Ao fim da tarde tivemos de ir ao porto marítimo saber que barcos temos amanhã para nos levar até Helsínquia. Sucede que a passagem mais económica o embarque tem de ser às 6h00 da manhã. Quisemos comprar os ingressos mas não foi possível porque é só na altura da nossa chegada que os pudemos adquirir. Pensamos que temos de chegar então um pouco mais cedo. Já muito tarde nos fomos deitar para que amanhã estejamos frescos.
Neste país o dever cívico é celebrado todos os anos onde se publica uma listagem dos impostos pagos pelas 10 000 maiores empresas e contribuintes com os maiores rendimentos. Aqui a educação é grátis desde 1866. Este país gasta 31% do pib na saúde e crime e corrupção quase não existe.
Hoje vamos receber os nossos amigos Carlos e Júlia que se vêm juntar a nós aqui na Finlândia por um período de 7 dias para viajarem connosco de Helsínquia até Oslo para de seguida regressarem a Portugal e nós iremos dando continuidade ao nosso percurso.
Enquanto esperamos pela hora de irmos buscar os nossos amigos ao aeroporto demos mais umas voltas por Helsínquia a seguir fomos visitar o museu da aviação, mais conhecido como Dinnish Aviation Museum situado em Vantaa perto do aeroporto e a 21km da capital. A razão da visita é para que fiquemos já perto do aeroporto e fazermos horas para irmos buscar os dois turistas. Gostamos de andar os dois neste museu que nesta altura não havia mais ninguém a visitá-lo, pudemos apreciar os diversos modelos de aviões, alguns muito antigos, também outros objectos que fizeram parte da aviação civil e militar. Estivemos sentados dentro de um deles onde recreamos uma pequena viagem num ambiente hostil de dois portugueses perdidos noutros tempos sem saber para onde iam e se chegariam ao final da viagem, coisas de doidos.
No entanto aproxima-se a hora da chegada dos portugueses, temos de ir para o local das chegadas e pouco tempo demorou para que as duas aves raras chegassem todos sorridentes empunhando um cartaz onde dizia umas asneirolas que só nós Portugueses entendia-mos. Dadas as boas vindas e pôr em dia as novidades possíveis, aí vamos em direcção ao norte, onde começamos a circundar os 1000 lagos, nome mais conhecido pelo rally da Finlândia, na realidade são apenas 169888 que formam 179584 ilhas. São paisagens extraordinárias e só visíveis aqui pois são tantos os lagos e ilhas que lhes perdemos a contagem. A paisagem finlandesa é predominantemente plana, com algumas colinas e montes baixos. A maior altitude situa-se no norte na Lapónia e tem 1328 metros. Uma particularidade é que o sol não se põe durante 73 dias no verão e não chega a nascer 51 dias no inverno.
Hoje fizemos cerca de 180km e combinamos ficar numa destas ilhas onde alugamos uma casinha em madeira muito engraçada onde passamos a nossa noite. Já bem noite depois de termos estado a conversar durante muito tempo, fizemos o nosso cappuccino, bebida deliciosa para depois irmo-nos deitar. Mais uma etapa concluída com sucesso.
20 Agosto – Rovaniemi
Uma das razões de fazermos este percurso para o Cabo Norte subindo a Finlândia é passarmos pela terra do pai natal em Rovaniemi a cidade mais importante da Lapónia a norte do Círculo Polar Ártico. Sabemos que quem dá mais importância a este local são as crianças que são esquematizadas logo ao nascer que existe um pai natal e que têm de se portar bem para no natal ele venha num trenó puxado por duas renas e lhes deixem prendas no sapatinho depois de este ter entrado pela chaminé, hoje em dia é rara a casa que ainda tem a dita chaminé. Nós como trastes que conservam essa infeliz ideia que só serve como negócio, comércio de bens e enormes despesas do agregado familiar aí vamos a caminho para encantar ainda mais as nossas crianças que nesta altura já nada lhes diz, apenas uma brincadeira como a que iremos concluir hoje.Todo o percurso que temos feito até ao momento é fantástico, continuamos a rodear imensos lagos, por sua vez atravessamos pontes para que o percurso seja mais curto, caso contrário era uma enorme senda para demorar muitas mais horas. Paisagem verde com muita água, uma temperatura fantástica para que possamos andar com o mesmo clima que já estamos habituados.
Ao fim de algumas horas chegamos ao nosso destino de hoje “Santa Claus”, Napapiiri, tiramos as fotos da praxe tais como a entrada para o Santapark , existe uma marcação que se encontra no chão ali perto que nos indica que estamos a norte 66˚32’35” – Circulo Polar Ártico, Na visita efectuada deu para que nos trajássemos com algumas peças do pai natal, inclusive caixas de prendas, não mais do que tudo a fingir que…
Aqui é Natal todos os dias, a aldeia está aberta ao público todos os dias do ano, excepto em alguns feriados. É claro que uma visita a Napapiiri durante o Inverno beneficia de toda a envolvência do manto branco e torna o cenário da terra do Pai Natal mais realista, mas a aldeia é igualmente bonita no Verão e continua a oferecer muitas actividades aos visitantes.
Seguimos a nossa brincadeira e fizemos os nossos postais para que os nossos filhotes os venham a receber pela altura do natal.
Terminamos a nossa visita e pusemo-nos a caminho do norte onde ainda conseguimos
fazer uns bons quilómetros, alugamos uma cabana toda feita em madeira onde podemos desfrutar de um local atraente no meio da floresta para descansarmos. A noite aqui quase não existe a claridade era enorme quando nos deitamos já muito tarde e quando nos levantamos o sol já estava alto isto pelas 8h00.
A meio da tarde chegamos a Sigulda, foi arranjar local seguro para estacionar e visitar mais um lugar totalmente desconhecido por nós. Assim demos uma volta por esta cidade situada a 53 quilómetros de Riga a quem chamam a Suíça de Vidzeme , sendo banhada pelo rio Gauja, tendo como pano de fundo um edifício lindíssimo a quem apelidam de castelo, para nós de castelo nada tem. Esta pequena cidade deve ser linda quando no mês de Maio na altura em que a cerejeiras estão em flor, igualmente se realiza um festival de ópera. Também fiquei a saber que o desporto desta cidade é o Bobsleigh, sendo este um desporto de inverno praticado em gelo numa pista onde existem descidas e curvas e que em determinadas alturas pode atingir os 150km/h, este desporto começou a fazer parte dos jogos olímpicos de inverno no ano de 1924, foi no ano passado que foram admitidas pela primeira vez mulheres fazendo parte das equipas intervenientes. Os atletas usam umas sapatilhas com 600 agulhas que perfuram o gelo. O trenó também é designado de tabogã , construído com estreitas tiras de madeira e metal fazendo-se deslizar no gelo sem rodas nem motor. Em Portugal este desporto é praticamente desconhecido, nem pistas existem e receio que algum português o pratique.
No final deste dia optamos por descansar num hotel muito engraçado situado num parque desta cidade.
16
Agosto
–Riga
Hoje levantamo-nos tarde, já era tempo de dormimos mais um pouco e darmos atenção a nós, foi isso que aconteceu, depois de uma noite quase de núpcias, mais uma, já no meio de tantas, porque na falta de uma, outras vão e irão aparecer. De seguida fomos tomar o nosso pequeno almoço e recuperar do cansaço emocional de dois jovens ardentes de desejos já um pouco usados pela idade e que um deles é viajar.
Calmamente nos pusemos a caminho, sendo a intenção de seguirmos para Riga que fica muito perto, estando esta manhã com muito sol e com uma temperatura elevada para este local.
Sendo Riga provavelmente a mais cosmopolita cidade destes estados Bálticos. Este local começou por ser uma pequena aldeia livónia por onde se cruzavam comerciantes escandinavos, russos e alemães, onde também havia um forte de cavaleiros Teutónicos, aonde ficou sob o domínio alemão, tanto que nas suas armas surjam as chaves de Bremen e as torres de Hamburgo. Num dos locais por onde passamos a igreja de S. Pedro em subimos à sua torre para podermos observar uma vasta área da cidade. Mais a baixo passa o rio Daugava com as suas águas escuras que hoje até tem uma forte corrente.
Nesta cidade cruzamo-nos com diversos artesãos, alguns com vestimentas de outras épocas que nos despertam mais atenção olhar para eles, por todo o lado vemos bancas ou carrinhos vendendo os mais diversos produtos, sendo a arte a mais representativa entre elas as pinturas que são fabulosas.
A construção é variada com estilos medievais e góticos, cruzando-se com a construção soviética, quando da sua ocupação, mas que vão desaparecendo com a modernidade. O centro da cidade é composto por ruelas em empedrado e estreitas onde nos cruzamos com muitos bares e restaurantes. Estivemos a visitar a catedral ortodoxa e mais locais de interesse da cidade, mas de tanto andar pela cidade, eis que chegou a fome e temos de jantar, mais outra vez a nossa escolha recaiu para um restaurante típico onde nos deliciamos com uma boa carne da região, satisfeitos fomos procurar onde pudéssemos dormir a opção de hoje foi no parque de campismo desta cidade onde alugamos uma casinha, mais parecia uma casota para cães mas para o tamanho de humanos, é que mal abríamos a porta logo nos deitávamos. Deu para descansar sem termos de gastar mais uns cobres, valeu pela experiência.
17 Agosto – Talin
Depois de termos tido uma estadia espectacular na Letónia, percorrendo mais umas centenas de quilómetros ultrapassamos a fronteira e demos início ao percurso nesta republica Báltica a Estónia, mais um país saído da monstruosa URSS, tendo como línguas oficiais o võro e o seto além do estoniano. Este país é constituído por uma parte continental e por um grande arquipélago no mar Báltico. Ao longo dos séculos este território tem sido ocupado por outros povos, como os Russos, Dinamarqueses, Suecos, Finlandeses e Alemães, a noção de país apenas surgiu na metade do século XIX. As cores da bandeira têm o seguinte significado o azul representa a fé, lealdade e devoção, bem como os lagos e o céu, o preto é símbolo do passado negro e do sofrimento deste povo estoniano; o branco é representativo das virtudes e felicidade do povo, mas também a casca da Betúlia a neve e a luz do sol. A Betúlia é uma árvore, próxima dos carvalhos que dá um fruto a sâmara. Este território só teve a sua verdadeira independência em 1992, depois da queda da URSS, no entanto apenas no ano de 1994 as tropas soviéticas abandonaram este território. No 1º de Maio de 2004 vão ingressar na União Europeia.
Percorremos 310km até chegarmos a Talin por estradas nacionais em que fizemos uma média fantástica para chegarmos ao início da tarde e termos tempo de visitar parte desta capital. Um dos locais que fomos foi a catedral de Alexander Nevsky, estilo neo russo, construção diferente das que temos visto até agora sendo património da humanidade. Percorremos a Toompea nada mais do que uma colina de calcário situada na parte central da cidade, para depois seguirmos para a old town onde existem vários restaurante e bares. Neste local encontrámos imensos artistas que tocavam alguns instrumentos, pouco comuns entre nós, dando ainda mais vida às ruas bem cuidadas e engalanadas, numa das praça estava um vendedor com frutos secos sendo o seu transporte um carro de outros tempos todo feito em madeira, dando também grande realce a esse local, mais parecia que nos encontrávamos ainda na idade média. É muito agradável passear por esta cidade, sendo o povo simpático e as estonianas muito bonitas.
Ao fim da tarde tivemos de ir ao porto marítimo saber que barcos temos amanhã para nos levar até Helsínquia. Sucede que a passagem mais económica o embarque tem de ser às 6h00 da manhã. Quisemos comprar os ingressos mas não foi possível porque é só na altura da nossa chegada que os pudemos adquirir. Pensamos que temos de chegar então um pouco mais cedo. Já muito tarde nos fomos deitar para que amanhã estejamos frescos.
18
Agosto – Helsínquia
Foi bem aproveitado todo o tempo que estivemos na Estónia, por falta de tempo não nos foi possível irmos às ilhas e conhecermos outras localidades que sabemos serem excelentes, vamo-nos embora com saudades, mas esperamos um dia regressar com mais tempo.
Eram 5h30 da manhã quando chegamos para embarcar, situação rápida e eficiente, depois do carro estar estacionado dentro do barco saímos e fomo-nos sentar na sala principal à espera que fosse dada a largada, também não demorou muito, avançámos até a uma das varandas apreciar a cidade que ia ficando cada vez mais longe e olhar para este mar tão tranquilo, vão ser cerca de 2h30 esta travessia, resolvemos ir para dentro pois está um pouco de vento e frio, resolvemos tomar o pequeno almoço e dar mais umas olhadelas. Foi agradável esta viagem de barco, calma e segura e reparamos que a esta hora vão umas boas centenas de pessoas, não fomos só nós que optamos por esta hora por ser mais económico ou quererem chegar cedo ao destino. Desembarcamos em território Finlandês e fomos procurar onde ficar, também não foi difícil encontrar o parque de campismo desta cidade.
Com um pouco de sono dirigimo-nos para o centro da cidade, o primeiro reconhecimento foi feito de carro entretanto pensamos em estacionar e darmos umas voltas a pé para termos uma perceção mais detalhada. O certo é que caminhamos bastante e quando demos pelo tempo, estava já a barriga a dar horas, então vamos almoçar, optamos por ir até à zona ribeirinha do mar Báltico onde se encontra um mercado ao ar livre, por todo o lado existia uma quantidade imensa de comerciantes, o que nos chamou mais atenção foi as bancas de comida, é agora que vamos tirar a barriga da fome pensamos logo já com a água na boca, era só procurar aquele que mais gostássemos e assim foi, por fim sentarmo-nos numa das tendas, chamo-lhes tendas pois tão iguais são às que encontrámos nas nossas feiras, ali estava uma grelha para assar o peixe e duas mesas, numa delas estávamos nós apreciar a façanha do assar o salmão que acabámos de escolher, salmão este selvagem, nada destes que vamos comprando no nosso mercado que nada tem de qualidade. Com uma boa salada e umas cervejas ficámos satisfeitos com o que acabámos de comer, boa aposta esta.
Pela tarde fomos até à parte da cidade mais moderna onde existem centros comerciais e outras lojas, numa delas acabei por comprar um cd de música tradicional Finlandesa. Cansados e ensonados resolvemos ir até ao parque de campismo, descansar ou dormir um pouco. O que não estávamos à espera é que passado mais ou menos uma hora de lá estarmos, acordamos com uma grande algazarra em que um grupo de ciganos discutiam entre eles uma mulher era constantemente ameaçada por um homem que nos pareceu o marido de pistola em punho a apontava, mas ela sem medo enfrentava-o com palavras. E nós na tenda a observar aquela cena e lá no fundo com o pouco de medo não se sabe quando o maluco do cigano disparava e quem leva ainda com uma bala, eramos nós. Esta discussão demorou acabar e só quando se aperceberam que a polícia os estava observar é que se foram acalmando e sossegaram, pareceu-nos que a polícia foi chamada pois não foi por acaso que entraram no parque.
Cena terminada lá nos mantivemos por mais algum tempo para depois partimos novamente para o centro da cidade e concluirmos a nossa volta de hoje.
Políticos Portugueses aprendam com este povo e não olhem somente para a vossa barriga, amigos e familiares. Nós vamos continuar a ser uma trampa na Europa.Foi bem aproveitado todo o tempo que estivemos na Estónia, por falta de tempo não nos foi possível irmos às ilhas e conhecermos outras localidades que sabemos serem excelentes, vamo-nos embora com saudades, mas esperamos um dia regressar com mais tempo.
Eram 5h30 da manhã quando chegamos para embarcar, situação rápida e eficiente, depois do carro estar estacionado dentro do barco saímos e fomo-nos sentar na sala principal à espera que fosse dada a largada, também não demorou muito, avançámos até a uma das varandas apreciar a cidade que ia ficando cada vez mais longe e olhar para este mar tão tranquilo, vão ser cerca de 2h30 esta travessia, resolvemos ir para dentro pois está um pouco de vento e frio, resolvemos tomar o pequeno almoço e dar mais umas olhadelas. Foi agradável esta viagem de barco, calma e segura e reparamos que a esta hora vão umas boas centenas de pessoas, não fomos só nós que optamos por esta hora por ser mais económico ou quererem chegar cedo ao destino. Desembarcamos em território Finlandês e fomos procurar onde ficar, também não foi difícil encontrar o parque de campismo desta cidade.
Com um pouco de sono dirigimo-nos para o centro da cidade, o primeiro reconhecimento foi feito de carro entretanto pensamos em estacionar e darmos umas voltas a pé para termos uma perceção mais detalhada. O certo é que caminhamos bastante e quando demos pelo tempo, estava já a barriga a dar horas, então vamos almoçar, optamos por ir até à zona ribeirinha do mar Báltico onde se encontra um mercado ao ar livre, por todo o lado existia uma quantidade imensa de comerciantes, o que nos chamou mais atenção foi as bancas de comida, é agora que vamos tirar a barriga da fome pensamos logo já com a água na boca, era só procurar aquele que mais gostássemos e assim foi, por fim sentarmo-nos numa das tendas, chamo-lhes tendas pois tão iguais são às que encontrámos nas nossas feiras, ali estava uma grelha para assar o peixe e duas mesas, numa delas estávamos nós apreciar a façanha do assar o salmão que acabámos de escolher, salmão este selvagem, nada destes que vamos comprando no nosso mercado que nada tem de qualidade. Com uma boa salada e umas cervejas ficámos satisfeitos com o que acabámos de comer, boa aposta esta.
Pela tarde fomos até à parte da cidade mais moderna onde existem centros comerciais e outras lojas, numa delas acabei por comprar um cd de música tradicional Finlandesa. Cansados e ensonados resolvemos ir até ao parque de campismo, descansar ou dormir um pouco. O que não estávamos à espera é que passado mais ou menos uma hora de lá estarmos, acordamos com uma grande algazarra em que um grupo de ciganos discutiam entre eles uma mulher era constantemente ameaçada por um homem que nos pareceu o marido de pistola em punho a apontava, mas ela sem medo enfrentava-o com palavras. E nós na tenda a observar aquela cena e lá no fundo com o pouco de medo não se sabe quando o maluco do cigano disparava e quem leva ainda com uma bala, eramos nós. Esta discussão demorou acabar e só quando se aperceberam que a polícia os estava observar é que se foram acalmando e sossegaram, pareceu-nos que a polícia foi chamada pois não foi por acaso que entraram no parque.
Cena terminada lá nos mantivemos por mais algum tempo para depois partimos novamente para o centro da cidade e concluirmos a nossa volta de hoje.
19
Agosto – 1000 Lagos
Este país onde nos encontramos já passou muita fome é actualmente um dos países mais ricos do mundo, qual será o segredo?
Este país onde nos encontramos já passou muita fome é actualmente um dos países mais ricos do mundo, qual será o segredo?
Hoje vamos receber os nossos amigos Carlos e Júlia que se vêm juntar a nós aqui na Finlândia por um período de 7 dias para viajarem connosco de Helsínquia até Oslo para de seguida regressarem a Portugal e nós iremos dando continuidade ao nosso percurso.
Enquanto esperamos pela hora de irmos buscar os nossos amigos ao aeroporto demos mais umas voltas por Helsínquia a seguir fomos visitar o museu da aviação, mais conhecido como Dinnish Aviation Museum situado em Vantaa perto do aeroporto e a 21km da capital. A razão da visita é para que fiquemos já perto do aeroporto e fazermos horas para irmos buscar os dois turistas. Gostamos de andar os dois neste museu que nesta altura não havia mais ninguém a visitá-lo, pudemos apreciar os diversos modelos de aviões, alguns muito antigos, também outros objectos que fizeram parte da aviação civil e militar. Estivemos sentados dentro de um deles onde recreamos uma pequena viagem num ambiente hostil de dois portugueses perdidos noutros tempos sem saber para onde iam e se chegariam ao final da viagem, coisas de doidos.
No entanto aproxima-se a hora da chegada dos portugueses, temos de ir para o local das chegadas e pouco tempo demorou para que as duas aves raras chegassem todos sorridentes empunhando um cartaz onde dizia umas asneirolas que só nós Portugueses entendia-mos. Dadas as boas vindas e pôr em dia as novidades possíveis, aí vamos em direcção ao norte, onde começamos a circundar os 1000 lagos, nome mais conhecido pelo rally da Finlândia, na realidade são apenas 169888 que formam 179584 ilhas. São paisagens extraordinárias e só visíveis aqui pois são tantos os lagos e ilhas que lhes perdemos a contagem. A paisagem finlandesa é predominantemente plana, com algumas colinas e montes baixos. A maior altitude situa-se no norte na Lapónia e tem 1328 metros. Uma particularidade é que o sol não se põe durante 73 dias no verão e não chega a nascer 51 dias no inverno.
Hoje fizemos cerca de 180km e combinamos ficar numa destas ilhas onde alugamos uma casinha em madeira muito engraçada onde passamos a nossa noite. Já bem noite depois de termos estado a conversar durante muito tempo, fizemos o nosso cappuccino, bebida deliciosa para depois irmo-nos deitar. Mais uma etapa concluída com sucesso.
20 Agosto – Rovaniemi
Uma das razões de fazermos este percurso para o Cabo Norte subindo a Finlândia é passarmos pela terra do pai natal em Rovaniemi a cidade mais importante da Lapónia a norte do Círculo Polar Ártico. Sabemos que quem dá mais importância a este local são as crianças que são esquematizadas logo ao nascer que existe um pai natal e que têm de se portar bem para no natal ele venha num trenó puxado por duas renas e lhes deixem prendas no sapatinho depois de este ter entrado pela chaminé, hoje em dia é rara a casa que ainda tem a dita chaminé. Nós como trastes que conservam essa infeliz ideia que só serve como negócio, comércio de bens e enormes despesas do agregado familiar aí vamos a caminho para encantar ainda mais as nossas crianças que nesta altura já nada lhes diz, apenas uma brincadeira como a que iremos concluir hoje.Todo o percurso que temos feito até ao momento é fantástico, continuamos a rodear imensos lagos, por sua vez atravessamos pontes para que o percurso seja mais curto, caso contrário era uma enorme senda para demorar muitas mais horas. Paisagem verde com muita água, uma temperatura fantástica para que possamos andar com o mesmo clima que já estamos habituados.
Ao fim de algumas horas chegamos ao nosso destino de hoje “Santa Claus”, Napapiiri, tiramos as fotos da praxe tais como a entrada para o Santapark , existe uma marcação que se encontra no chão ali perto que nos indica que estamos a norte 66˚32’35” – Circulo Polar Ártico, Na visita efectuada deu para que nos trajássemos com algumas peças do pai natal, inclusive caixas de prendas, não mais do que tudo a fingir que…
Aqui é Natal todos os dias, a aldeia está aberta ao público todos os dias do ano, excepto em alguns feriados. É claro que uma visita a Napapiiri durante o Inverno beneficia de toda a envolvência do manto branco e torna o cenário da terra do Pai Natal mais realista, mas a aldeia é igualmente bonita no Verão e continua a oferecer muitas actividades aos visitantes.
Seguimos a nossa brincadeira e fizemos os nossos postais para que os nossos filhotes os venham a receber pela altura do natal.
Terminamos a nossa visita e pusemo-nos a caminho do norte onde ainda conseguimos
fazer uns bons quilómetros, alugamos uma cabana toda feita em madeira onde podemos desfrutar de um local atraente no meio da floresta para descansarmos. A noite aqui quase não existe a claridade era enorme quando nos deitamos já muito tarde e quando nos levantamos o sol já estava alto isto pelas 8h00.
21
Agosto – Iderfjiord
Vamos continuar a subir em direcção ao ponto mais a norte do continente Europeu que será o auge e simbolismo desta viagem. Etapa onde vamos fazer mais uma série de quilómetros para nos aproximar o mais possível. Vamos apreciando as lindas paisagens em que a tundra prevalece ao longo das estradas inóspitas onde de vez em quanto nos cruzamos com alces que habitam estes locais, alguns vivem isoladamente, porque não vimos em seu redor mais animais, raramente nos cruzamos ou avistamos casas. Nalguns locais que passamos havia pequenas casas de um povo nómada, os “Sámi” que se dedicam à caça , pesca e agricultura, são eles que também têm a criação de renas. Deveria ser maravilhoso viajar nestes locais cobertos de neve a sensação seria a estrear, pensando que o trajecto seria feito em trenó puxados por cães huskies e seria também nessa altura que apreciaríamos as noites com a aurora boreal, mas as temperatura seriam por volta dos -25˚, apenas imaginação, vamos deixar estes pensamentos para outras alturas.
A determinada altura chegamos à fronteira entre estes dois países, Finlândia e Noruega, situada na localidade de Karigasniemen Tulli, nem perdemos tempo mandaram-nos seguir e paramos mais à frente numa espécie de supermercado de nome K-market Karigasniemi onde nessa altura a madame Júlia viu uma pele que a maravilhou, mas foi opinião dos restantes membros do grupo que aquela pele era de cão e que não a deveria comprar, não ficou convencida e continuou com o sentido de que queria levar tal coisa para casa, mas não o conseguiu, porque não convenceu o Carlos para que lha comprasse.
Partimos depois de algum tempo e na nossa caminhada encontramos mais uma construção que serve para os transeuntes pararem e ficarem abrigados na altura em que o frio espreita, porque é toda feita em madeira e preparada para que o frio seja menor, agora vamo-nos sentar um pouco e comer alguma coisa que transportamos. Este local encontra-
se limpo e reparamos que as últimas pessoas que aqui passaram tiveram o cuidado de o manterem em condições de que os próximos tenham os mesmos cuidados, foi o que fizemos apesar de sermos portugueses também sabemos proteger estes locais. Recomeçamos a nossa volta com as lindas paisagens acompanharmos, quando a meio da tarde chegamos a uma pequena vila situada no início de um enorme fiorde que se prolonga por muitos quilómetros, aí alugamos mais uma casinha junto à estrada para passarmos esta noite, amanhã cedo partiremos em direcção ao Cabo Norte que se encontra já muito perto.
Aqui a temperatura já era diferente já podíamos sentir o frio vindo do norte que começava a entrar nos nossos ossos. O aquecimento já ficou ligado durante a noite para nos sentirmos aconchegados. Outro dia concluído com sucesso num país que nos vai trazer recordações de termos estado nós os dois com os nosso filhotes alguns anos atrás.
22 Agosto – Cabo Norte e Narvik
Hoje a alvorada foi bem cedo porque temos muito caminho pela frente, está bastante frio e um pouco nublado, vai um cheiro a fumo de lenha queimada proveniente talvez de lareiras ou fogões, torna-se agradável pois parece a nossa província onde esta situação é característica. Sem darmos por conta estávamos no túnel que atravessa o estreito que nos vai levar ao nosso destino, continuando na E69, fizemos mais uma dezenas de quilómetros
e eis que chegamos. Comentamos que tínhamos atingido o principal objectivo, agora vamos dar umas voltas e continuar a viagem, é como inverter as mudanças, porque a partir de agora é sempre para sul. Quando abrimos a porta do carro entrou uma rabanada de vento frio que quase enregelamos a nossa primeira reação foi fechá-la, porque vamos ter que nos agasalhar. Já equipados, prontos para enfrentar o vento forte e o frio, fomos dar uma volta, nesta altura nem uma pessoa avistamos, o meu nariz estava regelado, não sentia as orelhas e todos tilintava-mos de frio, ele vinha do norte bem lá do fundo do ártico, estava também muito nevoeiro junto às rochas desta enorme falésia com 307 metros de alturta, não conseguíamos ver nada. Então
fomos até à esfera armilar
munidos da nossa garrafa de champanhe português “Raposeira” mais quatro copos que trouxemos do
último local onde ficamos hospedados. Abrimos a garrafa, fizemos os nossos brindes e bebemos mais
umas goladas, tiramos umas fotos, nesta altura já tinha aparecido um casal que se ofereceu para nos
tirar as fotos, agradecidos. Ficámos a saber que o centro de turismo só vai abrir muito mais tarde. Também não ficamos à espera que o nevoeiro se fosse embora, é comum permanecer durante a manhã ou mesmo ficar o dia inteiro. Como andamos a correr, os dias já são poucos e os nossos amigos terão de estar em Oslo dentro de 3 dias. A falta de tempo é prejudicial porque havia muitas coisas para se ver como a ilha de MagerØya outros segredos se tivéssemos ido até ao penhasco de Gjesværstappan que é o lar de centenas de papagaios do mar, alcatrazes e cormorões, havia a opção de apanhar caranguejos-rei, são gigantes, parece que não é difícil. Outra volta seria irmos até ao cabo Knivskjellodden que se encontra localizado a cerca de 1500 metros mais acima , sendo este o local mais setentrional da Europa. Tantas coisas poderiam ter acontecido mas o nevoeiro em nada ajudou.
Demos por finalizada a nossa vinda ao Cabo Norte. E com muita pena nossa, lá nos pusemos ao caminho, vamos voltar à mesma estrada e fazer parte do trajecto que fizemos anteriormente na E69, para seguidamente chegarmos a Olderfjord, aqui vamos cruzar com a nacional 94 e continuarmos noutra via para chegarmos a Alta. Seria outra paragem para conhecer esta zona da Noruega mas como o tempo urge só tivemos a possibilidade de apenas darmos uma pequena volta e continuarmos em direcção de Narvik onde ainda fizemos uma travessia em ferry para evitar mais um dos enormes fiordes que já havíamos ultrapassado até aquele momento, foi a forma que descobrimos para encurtar o caminho e termos mais algum tempo para darmos umas voltas por esta linda cidade. Mais uma vez alugamos uma habitação, tipo cabana no meio de um campo de cultivo, maravilha para passarmos longe da civilização e nulidade de barulho, foi excelente.
Hoje a alvorada foi bem cedo porque temos muito caminho pela frente, está bastante frio e um pouco nublado, vai um cheiro a fumo de lenha queimada proveniente talvez de lareiras ou fogões, torna-se agradável pois parece a nossa província onde esta situação é característica. Sem darmos por conta estávamos no túnel que atravessa o estreito que nos vai levar ao nosso destino, continuando na E69, fizemos mais uma dezenas de quilómetros
e eis que chegamos. Comentamos que tínhamos atingido o principal objectivo, agora vamos dar umas voltas e continuar a viagem, é como inverter as mudanças, porque a partir de agora é sempre para sul. Quando abrimos a porta do carro entrou uma rabanada de vento frio que quase enregelamos a nossa primeira reação foi fechá-la, porque vamos ter que nos agasalhar. Já equipados, prontos para enfrentar o vento forte e o frio, fomos dar uma volta, nesta altura nem uma pessoa avistamos, o meu nariz estava regelado, não sentia as orelhas e todos tilintava-mos de frio, ele vinha do norte bem lá do fundo do ártico, estava também muito nevoeiro junto às rochas desta enorme falésia com 307 metros de alturta, não conseguíamos ver nada. Então

munidos da nossa garrafa de champanhe português “Raposeira” mais quatro copos que trouxemos do
último local onde ficamos hospedados. Abrimos a garrafa, fizemos os nossos brindes e bebemos mais
umas goladas, tiramos umas fotos, nesta altura já tinha aparecido um casal que se ofereceu para nos
tirar as fotos, agradecidos. Ficámos a saber que o centro de turismo só vai abrir muito mais tarde. Também não ficamos à espera que o nevoeiro se fosse embora, é comum permanecer durante a manhã ou mesmo ficar o dia inteiro. Como andamos a correr, os dias já são poucos e os nossos amigos terão de estar em Oslo dentro de 3 dias. A falta de tempo é prejudicial porque havia muitas coisas para se ver como a ilha de MagerØya outros segredos se tivéssemos ido até ao penhasco de Gjesværstappan que é o lar de centenas de papagaios do mar, alcatrazes e cormorões, havia a opção de apanhar caranguejos-rei, são gigantes, parece que não é difícil. Outra volta seria irmos até ao cabo Knivskjellodden que se encontra localizado a cerca de 1500 metros mais acima , sendo este o local mais setentrional da Europa. Tantas coisas poderiam ter acontecido mas o nevoeiro em nada ajudou.
Demos por finalizada a nossa vinda ao Cabo Norte. E com muita pena nossa, lá nos pusemos ao caminho, vamos voltar à mesma estrada e fazer parte do trajecto que fizemos anteriormente na E69, para seguidamente chegarmos a Olderfjord, aqui vamos cruzar com a nacional 94 e continuarmos noutra via para chegarmos a Alta. Seria outra paragem para conhecer esta zona da Noruega mas como o tempo urge só tivemos a possibilidade de apenas darmos uma pequena volta e continuarmos em direcção de Narvik onde ainda fizemos uma travessia em ferry para evitar mais um dos enormes fiordes que já havíamos ultrapassado até aquele momento, foi a forma que descobrimos para encurtar o caminho e termos mais algum tempo para darmos umas voltas por esta linda cidade. Mais uma vez alugamos uma habitação, tipo cabana no meio de um campo de cultivo, maravilha para passarmos longe da civilização e nulidade de barulho, foi excelente.
23 Agosto – Trondheim
Soubemos que nesta cidade de Narvik foi um local de grandes batalhas durante a segunda
Nesta viagem começamos por fazer mais uns fiordes, cruzamo-nos por vezes com alces que iam pastando ao longo da estrada, poucas vilas ou aldeias existem neste percurso, fazendo que muitas vezes nos excedíamos na velocidade, bom não haver por aqui polícia, pois são minuciosos e não deixam passar nada. A paisagem norueguesa é de uma beleza extraordinária o contraste entre o mar, montanhas e os fiordes são inigualáveis. Depois de já termos feito cerca de 300 quilómetros, deparamo-nos com uma queda de água, vinda de uma altura do caraças onde eu o Carlos subimos uns bons metros para sabermos de onde ela vinha, não conseguimos porque o rendilhado do terreno não nos deixou ver tal situação, apenas tiramos mais umas fotos e recomeçamos o percurso, pois ainda estamos longe do destino.
Por vezes encontramo-nos no alto das montanhas para quase de seguida chegarmos até ao nível do mar, quando estamos nos pontos mais altos reparamos que junto à costa existem numerosas ilhas ou ilhotas. Cruzamos umas aldeias piscatórias onde os barcos já se encontram ancorados, apenas vimos no horizonte uma embarcação que cruza este mar, mas pela distância é enorme. Poucas vezes temos cruzado algumas vilas ou mesmo cidades, são também poucos os carros que vemos. Num cruzamento vimos mais umas renas e duas casas que nesta altura estão desabitadas, é que não há indícios que esteja alguém lá a viver. Foram de férias ou somente no fim de semana vão para ali. No final do dia concluímos o vasto percurso de hoje. Valeu pelas imensas paisagens maravilhosas que ao longo do dia fomos apreciando e volto a repetir, esta Noruega é linda.
A distância que hoje percorremos, foram apenas 903km. Foi obra, porque as estradas são imensamente sinuosas e em determinados locais perigosas, valeu-nos andarmos constantemente em excesso de velocidade em que alguns troços chegarmos aos 150km/hora.
Mais uma vez a opção foi alugar mais uma casinha no meio de um terreno cercado por relva, onde só nós vamos estar aqui. As habitações mais próximas estão umas lá em baixo e mais uma ou duas numa elevação que daqui conseguimos ver. Vamos precisar de descansar, porque logo pela manhã vamos visitar a cidade que está a uns escaços 4 quilómetros.
24 Agosto – Oslo
Linda esta cidade, vai valer a pena estarmos a relembrar que já aqui estivemos há 10 anos atrás nessa altura acompanhados pelos nossos dois filhotes que agora não querem sair
Linda esta cidade, vai valer a pena estarmos a relembrar que já aqui estivemos há 10 anos atrás nessa altura acompanhados pelos nossos dois filhotes que agora não querem sair
connosco, mas um dia mais tarde irão recordar as viagens que fizeram na companhia dos pais e vão ter saudades de os não terem acompanhado para visitar outros locais deste planeta e será que vão ter possibilidades de viajarem como nós temos vindo a fazer? Como pais adoraríamos que sim, mas não os vejo com o mesmo propósito dos pais. Todos nesta passagem da vida temos formas de viver, foi assim que optamos e conseguimos criar este prazer de viajar e gostaríamos de o levar até ao final dos nossos dias, será que iremos conseguir também, esta é uma das incógnitas da nossa vida. Sobre eles, filhotes não sabemos nem conseguimos aperceber o que vai na cabeça deles.
Agora estamos aqui com os nossos companheiros e amigos das nossas viagens já lá vão alguns anos , iremos começar a visita desta cidade que é a terceira maior cidade do país, situada no fiorde Trondheimsfjord e banhada pelo rio Nidelva que atravessa toda esta cidade tendo sido a capital da Noruega durante a era viking até ao ano de 1217. Esta cidade durante a sua história sofreu vários incêndios, dado os seus edifícios serem feitos em madeira, em 1651 o fogo destruiu 90% dos edifícios. Durante 10 meses esta cidade foi território sueco.
Existe nesta cidade um edifício todo feito em madeira que tem uma área de 4000 metros quadrados sendo este a residência da família real em Trondheim e que se supõe ser o maior da europa do norte.
Iniciamos o nosso percurso atravessando a ponte Gamble Bybro que significa velha ponte da cidade, com os seus arcos vermelhos e que tem uma vista para os armazéns feitos em madeira, daqui tiramos muitas fotos as quais identificam a cidade. Passamos para a rua Bakklandet a mais emblemática, toda ladeada por edifícios típicos, feitos em madeira, totalmente restaurados, seguimos depois para a catedral onde estivemos no cemitério que se encontra no jardim que a rodeia, fomos ainda visitar um museu de material de guerra, fizemos mais umas volta de carro pela cidade e começamos a circular em direcção a Oslo que fica ainda a uns 500 quilómetros e está previsto chegarmos pelas 20h00. Neste percurso continuamos a fazer os infindáveis fiordes que todos nós gostamos, deparamo-nos com imensas cascatas donde a água jorra em abundância, paramos diversas vezes apreciar a costa vista do alto das montanhas, os veados ou bâmbis que andam por todo o lado. As pequenas vilas piscatórias com meia dúzia de casas rústicas e poucas pessoas vemos. O sossego nestas vilas é fascinante é disto que o norueguês gosta.
Quando chegamos a Oslo era tarde, foi tratar de arranjar onde dormir e jantar, porque amanhã vamos conhecer esta linda cidade de Oslo.
25 Agosto – Oslo
Hoje iniciamos o nosso dia bem cedinho e a nossa primeira visita foi ao museu Norueguês de História e Cultura de Bygdøy, este museu a céu aberto dá vida à história cultural da Noruega, desde a música, gastronomia, danças de folclore e outras actividades. Conseguimos ver várias personagens vestidas a rigor retratando outras épocas, neste local encontra-se uma igreja toda concluída em madeira conhecida como a “Stavkirke”, que em tempos se encontrava em Hallingdal, mas quando a cidade de Oslo decidiu construir uma igreja nova em 1880 e demolir a antiga de madeira, decidiu comprá-la e montá-la em Oslo.
Hoje iniciamos o nosso dia bem cedinho e a nossa primeira visita foi ao museu Norueguês de História e Cultura de Bygdøy, este museu a céu aberto dá vida à história cultural da Noruega, desde a música, gastronomia, danças de folclore e outras actividades. Conseguimos ver várias personagens vestidas a rigor retratando outras épocas, neste local encontra-se uma igreja toda concluída em madeira conhecida como a “Stavkirke”, que em tempos se encontrava em Hallingdal, mas quando a cidade de Oslo decidiu construir uma igreja nova em 1880 e demolir a antiga de madeira, decidiu comprá-la e montá-la em Oslo.
No entanto o tempo vai-se esgotando e os nossos amigos terão de partir para a sua terra natal amanhã ao fim da manhã, por isso vamos ter de nos abreviar nas voltas programadas, ainda vamos visitar o gigantesco trampolim de saltos de esqui localizado na colina de Holmenkollen, onde todos os anos se realizam provas nacionais e internacionais de saltos. Foi aqui que se realizaram os jogos olímpicos de inverno d 1952, um ano antes de eu nascer. É também o mais antigo trampolim de saltos do mundo, inaugurado em 1892, no
entanto sofreu várias transformações ao longo de mais de um século, somente 14 vezes, sendo a última em 1992, para comemorar o centenário da sua construção, tendo agora a torre 60 metros de altura, possibilitando saltos até 136 metros. Ainda fomos até à estação
central de Oslo, dar uma olhadela aos comboios que todos nós adoramos. Seguimos até ao porto onde apreciamos a quantidade de barcos que o preenchem, sendo este também um país de marinheiros que nos supera na quantidade e qualidade das embarcações. Nós que já não somos um país de marinheiros, mas com um mar, oceano de fazer inveja a todos os países europeus, triste se os nossos antepassados sonharem que nesta altura somos uns pelintras de uns pseudo marinheiros maltrapilhos. Durante as restantes horas demos continuidade ao nosso passeio, tanto que por duas vezes saímos dos limites da cidade onde cada vez que passássemos essa zona teríamos de pagar portagem para entrar, mas nós nunca a pagamos, mesmo nas outras cidades por onde passamos em que algumas têm também o acesso que ser pago, ou seja para entrar nas cidades na Noruega há que pagar a entrada, mesmo por estradas secundárias, estão todas com pórticos de pagamento. Nesta cidade não há engarrafamentos o trânsito é fluído e há túneis por todos os lados, onde no seu interior encontramos vários cruzamentos com semáforos. É também uma cidade com diversas colinas que nos maravilhou e fez com que pensássemos na nossa Lisboa.
Bem tarde finalizamos a visita a esta cidade onde é entregue o prémio Nobel da Paz.
26 Agosto – Gotemburgo
Chegou o dia dos nossos amigos nos deixarem, vão para casa mais cedo pois têm trabalhos da escola para fazer. A alvorada de hoje foi um bocado mais cedo, porque ainda
temos de dar umas pequenas voltas pela cidade e por fim irmos até ao aeroporto deixar estas duas encomendas. Após as nossas voltas, lá vamos nós em direcção ao aeroporto, porém este ainda fica alguns quilómetros a oeste da cidade. Fomos andando e após percorremos a distância que pensamos nada de aparecer o dito aeroporto, olhamos para o mapa que eu tinha para ver onde estava assinalado, tudo correcto o local era onde nos encontrávamos, porém nada de o encontrar. Mas que raio onde é que está este gajo, mais umas voltas e nem indícios de aviões, só casas, supermercados e edifícios de empresas, já um pouco preocupados resolvemos perguntar a um fulano que passava perto de nós e eis que nos informou que ali já existiu o aeroporto mas que este, há 10 anos atrás fora para o norte da cidade de Oslo e que dali ainda fica distante. Pusemo-nos a caminho e pela indicação de que nos foi dada somos capazes de lá chegar. Ainda que no mapa em nosso poder nada indique. Ao fim de uns 40 minutos já nos encontrávamos numa via rápida e lá estavam as placas a indicar o aeroporto. Nesta altura já todos estamos mais calmos pois é uma grande responsabilidade o perder o voo como as despesas que daí advêm. Mal chegamos, procuramos o local das partidas, estacionamos o carro e lá fomos despedir-nos das ilustres figuras que fizeram parte das nossas férias nestes 8 dias. Despedimentos, abraços, beijinhos, boa viagem e até breve, foi tudo o que desejamos nesta altura. Agora o que vamos fazer?
Chegou o dia dos nossos amigos nos deixarem, vão para casa mais cedo pois têm trabalhos da escola para fazer. A alvorada de hoje foi um bocado mais cedo, porque ainda
temos de dar umas pequenas voltas pela cidade e por fim irmos até ao aeroporto deixar estas duas encomendas. Após as nossas voltas, lá vamos nós em direcção ao aeroporto, porém este ainda fica alguns quilómetros a oeste da cidade. Fomos andando e após percorremos a distância que pensamos nada de aparecer o dito aeroporto, olhamos para o mapa que eu tinha para ver onde estava assinalado, tudo correcto o local era onde nos encontrávamos, porém nada de o encontrar. Mas que raio onde é que está este gajo, mais umas voltas e nem indícios de aviões, só casas, supermercados e edifícios de empresas, já um pouco preocupados resolvemos perguntar a um fulano que passava perto de nós e eis que nos informou que ali já existiu o aeroporto mas que este, há 10 anos atrás fora para o norte da cidade de Oslo e que dali ainda fica distante. Pusemo-nos a caminho e pela indicação de que nos foi dada somos capazes de lá chegar. Ainda que no mapa em nosso poder nada indique. Ao fim de uns 40 minutos já nos encontrávamos numa via rápida e lá estavam as placas a indicar o aeroporto. Nesta altura já todos estamos mais calmos pois é uma grande responsabilidade o perder o voo como as despesas que daí advêm. Mal chegamos, procuramos o local das partidas, estacionamos o carro e lá fomos despedir-nos das ilustres figuras que fizeram parte das nossas férias nestes 8 dias. Despedimentos, abraços, beijinhos, boa viagem e até breve, foi tudo o que desejamos nesta altura. Agora o que vamos fazer?
Colocamo-nos a caminho e como já havíamos visitado Oslo, apanhamos a via rápida que nos vai leva até à fronteira com a Suécia. O tempo estava um pouco nublado e por cima de nós encontrava-se uma gigantesca nuvem muito negra que nos acompanhou ao longo de uma centena de quilómetros, parecia que queria vir connosco para casa. Aconteceu que em determinado momento começou a cair uma chuva miudinha acompanhada de alguns trovões e a determinado momento um raio atravessou a nossa viatura mesmo em cima de nós com um imenso clarão e um barulho que parecia cabos eléctricos a roçarem. Ficámos por alguns momentos sem visão, reduzi a marcha e quando começamos a ver reparámos que todos os carros que nos iam ultrapassando olhavam para nós com grande espanto pelo que nos tinha sucedido. Na altura em que o raio nos atingiu, deveríamos ir a uma velocidade a rondar os 110km, mas quando seguíamos na recuperação da visão mantive-me nos 80km/hora, pois estávamos numa recta e não deveríamos parar pois sabia que havia muito trânsito e poderia ocorrer um acidente se por acaso baixa-se repentinamente a velocidade.
Este incidente foi conversa entre nós os dois durante as horas que se seguiram, , nunca nos esqueceremos deste raio que caiu em cima de nós, por fim chegamos à fronteira entre estes dois países. Fomos fazendo mais e mais quilómetros até chegarmos a Gotemburgo, já tarde pois o dia já escurecia, foi procurar um parque de campismo, que por sorte foi fácil de encontrar, foi através no nosso mapa que indicava que naquele local havia um. É que não é fácil encontrar parques de campismo da forma que nós fazemos, temos um livro já com alguns anos com mapas que compramos no circulo de leitores onde está representada toda a Europa, nos mapas indica todos os auto estradas, estradas nacionais, secundárias, cidades, vilas, etc., no meio deste emaranhado de informação há uns pequeníssimos triângulos azuis que são os tais parques de campismo, esses estão ao lado da estrada, teremos de fazer os nossos cálculos para mais ou menos dizermos – por aqui tem de existir um, é desta forma que os encontrámos, por vezes o espaço atinge uma mão cheia de quilómetros. Já dentro do parque tivemos de montar a nossa tenda depressa porque a chuva começou a cair. Se não houvesse chuva a noite deveria ser engraçada porque quando chegamos havia festa neste local. Desta forma fomos comer e de seguida descansar, amanhã vamos ter uns bons quilómetros pela frente, calculamos atravessar a Dinamarca e ficarmos pela Alemanha, veremos do que somos capazes.
Este incidente foi conversa entre nós os dois durante as horas que se seguiram, , nunca nos esqueceremos deste raio que caiu em cima de nós, por fim chegamos à fronteira entre estes dois países. Fomos fazendo mais e mais quilómetros até chegarmos a Gotemburgo, já tarde pois o dia já escurecia, foi procurar um parque de campismo, que por sorte foi fácil de encontrar, foi através no nosso mapa que indicava que naquele local havia um. É que não é fácil encontrar parques de campismo da forma que nós fazemos, temos um livro já com alguns anos com mapas que compramos no circulo de leitores onde está representada toda a Europa, nos mapas indica todos os auto estradas, estradas nacionais, secundárias, cidades, vilas, etc., no meio deste emaranhado de informação há uns pequeníssimos triângulos azuis que são os tais parques de campismo, esses estão ao lado da estrada, teremos de fazer os nossos cálculos para mais ou menos dizermos – por aqui tem de existir um, é desta forma que os encontrámos, por vezes o espaço atinge uma mão cheia de quilómetros. Já dentro do parque tivemos de montar a nossa tenda depressa porque a chuva começou a cair. Se não houvesse chuva a noite deveria ser engraçada porque quando chegamos havia festa neste local. Desta forma fomos comer e de seguida descansar, amanhã vamos ter uns bons quilómetros pela frente, calculamos atravessar a Dinamarca e ficarmos pela Alemanha, veremos do que somos capazes.
27 Agosto – Bremen
Grande tirada a que está preparada para hoje aproximadamente 890 quilómetros, mas antes ainda queremos dar uma volta aqui pela cidade de Gotemburgo, pelo menos para conhecermos alguma coisa já que o tempo que temos é tão curto, tempo este para este trajecto bem como para os dias que temos para regressar a Portugal, sinal de que as nossas queridas férias estão acabar.
Sempre fizemos um percurso por esta linda cidade de Gotemburgo, mas um dia aqui teremos de vir novamente, nessa altura para conhecer o que aqui há de tão bom e lindo. Passado algum tempo pusemo-nos ao caminho, voltamos apanhar a estrada E6 que já fizemos uns milhares de quilómetros desde os confins do Cabo Norte e veremos onde é que vai terminar este percurso para nós.Grande tirada a que está preparada para hoje aproximadamente 890 quilómetros, mas antes ainda queremos dar uma volta aqui pela cidade de Gotemburgo, pelo menos para conhecermos alguma coisa já que o tempo que temos é tão curto, tempo este para este trajecto bem como para os dias que temos para regressar a Portugal, sinal de que as nossas queridas férias estão acabar.
Muitos quilómetros fizemos ainda nesta Suécia até iniciarmos a circular a cidade de Malmö e mais à frente começamos atravessar a ponte


28 Agosto – Rambouillet

Outro dia, outra jornada, unicamente 834 quilómetros nos separam da nossa chegada programada para as 18h00, vamos atravessar uma grande parte da Alemanha, seguidamente cortar a Holanda e a Bélgica, para depois entrarmos na França e a partir daí é rolar até Rambouillet, mas antes muita coisa mesmo nos vai acontecer, mas pela positiva, veremos então. Fizemos uma pequena volta por Bremen, sendo esta uma cidade estado e um dos principais destinos turísticos do norte desta Alemanha. Deu para ver ainda algumas coisas entre elas uma estátua que para nós era estranha só quando chegámos a Portugal é que viemos a saber que se tratava da estátua dos músicos de Bremen cuja história vou mencionar;
“Nesta história, um burro, um
cão, um gato e um galo, maltratados pelos seus donos, abandonam-nos e decidem
ir para Bremen, uma cidade onde conhecerão a liberdade. No caminho para
Bremen, veem luz numa casa; espreitam para dentro e veem quatro ladrões
desfrutando do produto de seu roubo. Apoiados nas costas uns dos outros,
decidem cantar, na esperança de serem alimentados. A sua ‘música’ tem um efeito
inesperado: os homens fogem, não sabendo a origem de tão estranho som. Os
animais tomam posse da casa, comem uma boa refeição, e dormem. Durante a
noite, os ladrões regressam e um deles entra na casa para investigar. Ao ver os
olhos do gato brilhando no escuro, pensa que sejam brasas e inclina-se para
acender a sua vela. Numa rápida sucessão de acontecimentos, o gato arranha-lhe
a cara, o burro dá-lhe um coice, o cão morde-lhe e o galo afugenta-o porta
fora, cacarejando. O homem diz aos seus companheiros que foi atacado por
monstros: uma bruxa horrível que o arranhou com as suas enormes unhas (o gato),
um gigante que lhe deu uma paulada (o burro), um ogro que o arranha com uma
faca (o cão) e, o pior de tudo, – um juiz que gritou em seu ouvido ‘Peguem esse
patife’ (o galo). Os ladrões abandonam a casa devido às estranhas criaturas que
dela se apossaram, e os animais vivem felizes nela até ao final dos seus dias.”
Também nos apercebemos que poderíamos ter exploradora a pé as ruelas estreitas da cidade, mas não vai ser desta que teremos esse prazer.
Prosseguimos a nossa viagem seguindo sempre por auto estradas e algumas horas depois passávamos nos arredores de Antuérpia, mais adiante Gante e por fim Lille, foi sempre andar até que paramos um pouco para descansar e comermos alguma coisa, assim que terminados de comer lá fomos nós fazer mais umas centenas de quilómetros, a esta hora fomos encontrar muito trânsito neste trajecto e quando circulávamos nas tangenciais ou
outras circulares de Paris, aí tivemos de ter muita paciência, então os nossos cálculos começaram a esmoronar-se, tanto que deixamos o auto estrada e passamos para N10 que ia para Versailles e foi assim que nos safamos mais rápido de todo aquele trânsito, tivemos muita sorte pela opção que tivemos e lá recuperámos algum tempo tendo finalmente chegado ao destino que queríamos. À nossa passagem por esta N10 achámos sem querer o parque de campismo onde fomos dormir, local excelente e muito calmo. Com esta etapa ficamos muito mais perto da nossa casa, temos de chegar sábado pois vamos trabalhar na 2ª feira é este o destino destes pobres viajantes.
outras circulares de Paris, aí tivemos de ter muita paciência, então os nossos cálculos começaram a esmoronar-se, tanto que deixamos o auto estrada e passamos para N10 que ia para Versailles e foi assim que nos safamos mais rápido de todo aquele trânsito, tivemos muita sorte pela opção que tivemos e lá recuperámos algum tempo tendo finalmente chegado ao destino que queríamos. À nossa passagem por esta N10 achámos sem querer o parque de campismo onde fomos dormir, local excelente e muito calmo. Com esta etapa ficamos muito mais perto da nossa casa, temos de chegar sábado pois vamos trabalhar na 2ª feira é este o destino destes pobres viajantes.
29 Agosto – Bilbau
Em terras francesas por mais algumas horas, porque para o final da tarde esperamos estar na vizinha Espanha, mas ainda temos uma distância enorme para percorrer, não fizemos nenhum percurso nesta cidade de Rambouillet, fomos apenas a um supermercado comprar uns refrigerantes, água e fruta, e lá fomos nós para a estrada fazer quilómetros onde
continuamos na N10 em que alguns locais cruzamo-nos com outras derivações como a D910 que para nós não é mais do que a mesma estrada, apenas com uma outra designação para mais adiante vermos novamente nas placas a N10, agora circundamos Châteaudun, mais adiante Vendôme e já bem longe chegarmos a Tours, mais alguns quilómetros e já estamos a passar por Châtellerault, aqui novamente pela D910. De tantas as vezes que temos feito estes percursos nunca percebi porque a N10, muda de nome umas quantas vezes. É muito fácil circular em França, tanto que em muitas vias de comunicação as portuguesas são muito semelhantes às francesas, ou vice versa, anda-se com velocidade e raramente vemos o chofer domingueiro a passear a 30km/h. Quando chegamos a Poitiers fizemos a nossa paragem para atestar num supermercado onde a gasolina é mais barata e aproveitamos para comer. Por duas vezes em anos anteriores já estivemos aqui para irmos visitar a cidade e passamos dois dias a descobrir o “Futuroscope”, parque impressionante onde descobrimos imensas coisas de cada vez que lá fomos. Futuramente temos de lá ir uma terceira ou quarta vez, não nos vamos cansar.
Retomamos a nossa viagem pois ainda estamos longe do destino de hoje, mas temos vindo andar sem pressas. O tempo tem ajudado está um dia bonito com calor mas nada de se equiparar quando por aqui passamos há 21 dias, nessa altura escaldava, quando saíamos do carro vinha logo uma baforada de calor, hoje não há comparação.
Ainda não fomos para o auto estrada porque a circulação é excepcional, há muito trânsito no sentido contrário, pensamos que são os imigrantes a regressarem de férias, reparamos que o preço dos combustíveis desse lado estão um pouco mais caros, razão do regresso d
os imigrantes?
Parece que é mesmo isso.
Aos poucos chegamos a Bordéus seguimos pela A63, para ser um pouco mais rápido, nada disso, viemos para esta auto estrada porque não se paga durante muitos quilómetros, só a partir de Baiona é que chega o pagamento até lá vamos circulando. A meio desta via parámos na mesma área de serviço que utilizamos quando íamos para cima, foi por acaso, no entanto uma boa aposta pois estivemos bastante tempo a descansar e a comer, beber e a falar neste local que tem um vastíssimo arvoredo e onde param centenas de pessoas, nesta altura deveriam rondar as duas centenas. De seguida pensamos fazer o resto da etapa, já é curta a distância e aí vamos nós a caminho de Irun, já dentro de Espanha passamos ao pé de Eibar uma cidade que fomos lá imensas vezes mas nunca parámos, também não vai ser desta, temos é de chegar a Bilbau e assim aconteceu no final da tarde já escurecia quando descobrimos onde poderíamos dormir. Mais uma etapa completada com êxito, não poderia ser de outra forma.
30 Agosto – Portugal
Quando chega o dia de termos de regressar a vontade é pouca ou nenhuma, isso já nos tem vindo acontecer há muitos anos, nós estaríamos sempre bem era a viajar, isso sim é o que nos trás prazer, outras coisas da vida são passageiras e até seriam de rejeitar, pois não têm qualquer valor para nós. Esta nossa passagem por Bilbau não é a primeira vez que estamos aqui, ao longo dos últimos anos já estivemos cá umas quantas vezes, até numa altura em que membros da Eta
deste País Vasco nos abordaram com atitudes agressivas, como nós tivéssemos a ver com aquilo que lhes passava pelas suas ideias parvas, eu na altura não fiquei nada enervado mas a Sofia e o Ricardo o medo apoderou-se deles e só queriam sair dali rapidamente.
e a cidade nesta altura está impulsionada e não para de crescer. Demos continuidade ao passeio, fomos até à parte ribeirinha para depois termos de apanhar a auto via pois reparamos que já é muito tarde e logo começamos mais uma vez a circular para encurtar a distância que nos separa de Portugal. Foi andar e andar para que no final da tarde chegássemos sãos e salvos desta gigantesca viagem de automóvel que fizemos por esta Europa num total de 13094 quilómetros e gastamos 869,7 litros de gasolina com a viatura Opel Astra 72-84-RH que teve um comportamento exemplar. Nós super satisfeitos e sempre preparados para a próxima que nem sonhamos a onde iremos em 2004.
Quando chega o dia de termos de regressar a vontade é pouca ou nenhuma, isso já nos tem vindo acontecer há muitos anos, nós estaríamos sempre bem era a viajar, isso sim é o que nos trás prazer, outras coisas da vida são passageiras e até seriam de rejeitar, pois não têm qualquer valor para nós. Esta nossa passagem por Bilbau não é a primeira vez que estamos aqui, ao longo dos últimos anos já estivemos cá umas quantas vezes, até numa altura em que membros da Eta
deste País Vasco nos abordaram com atitudes agressivas, como nós tivéssemos a ver com aquilo que lhes passava pelas suas ideias parvas, eu na altura não fiquei nada enervado mas a Sofia e o Ricardo o medo apoderou-se deles e só queriam sair dali rapidamente.
Desta vez as coisas já estão um pouco diferentes e cedo encaminhamo-nos para o centro da cidade para tomarmos o pequeno almoço num daqueles bares que bem cedo começam a vender tapas, marisco, vinho e cerveja, foi onde paramos e para pequeno almoço pedimos uns burriés e cerveja, tudo estava uma delícia, adorámos. Também há muitos anos que não conseguia encontrar postais desta cidade e hoje sábado não vai ser fácil, continuamos a nossa volta por uma das
enormes avenidas que hoje estão pouco movimentadas, pouca gente e carros encontramos e eis que vimos uma papelaria aberta e foi aí que comprámos uns quantos postais, até que enfim, já não era sem tempo, agora já temos postais de Bilbau. Também fomos até ao Museu de Guggenheim cujo edifício é revestido a titânio com as suas curiosas formas, neste projecto de Frank Gehry, onde podemos encontrar célebres obras de arte espalhadas pelo museu, no recinto vimos um gigantesco cachorro “Puppy”, feito com flores, ainda existem outras obras espalhadas que podemos apreciar. Esta obra veio dinamizar esta cidade que era suja e cinzenta e a partir daí dinamizou-se e outros obras e edifícios foram construídos e a cidade nesta altura está impulsionada e não para de crescer. Demos continuidade ao passeio, fomos até à parte ribeirinha para depois termos de apanhar a auto via pois reparamos que já é muito tarde e logo começamos mais uma vez a circular para encurtar a distância que nos separa de Portugal. Foi andar e andar para que no final da tarde chegássemos sãos e salvos desta gigantesca viagem de automóvel que fizemos por esta Europa num total de 13094 quilómetros e gastamos 869,7 litros de gasolina com a viatura Opel Astra 72-84-RH que teve um comportamento exemplar. Nós super satisfeitos e sempre preparados para a próxima que nem sonhamos a onde iremos em 2004.