TUNIÍSIA
ENTRE OS OaÁSIS
E
AS MIRAGENS
Ao final da tarde chegámos ao aeroporto onde fomos tratar dos trâmites de embarque na Air Europa, malas despachadas e lá fomos para o cais de embarque, passado algum tempo já nos encontrávamos dentro do avião que nos iria levar até Túnis. Vai ser uma viagem rápida porque a distância também é curta, atrevessar uma parte de Espanha para depois nos embrenharmos no mar Mediterrâneo e entrármos no continente Africano, para nós Gilberto e Sofia vai ser a segunda vez que vamos para este continente, apenas tínhamos estado em Marrocos alguns anos atrás. Esta viagem decorreu com normalidade, mas quando o avião começou a descer muito rapidamente para aterrar o zumbido nos nossos ouvidos foi doloroso e causou um mal-estar a todos. Foi só despachar todos os clientes e toca andar, estes já não chateiam mais, barulhentos do caraças. Desembarque efectuado e no aeroporto de Túnis, já se encontravam à nossa espera os representantes da agência de viagem que nos encaminhou para um autocarro que nos esperava. No avião já nos tínhamos apercebido que vinham muitos espanhóis que seguiram juntamente connosco para o autocarro, uns fala baratos muito barulhentos. Viajávamos à cerca de meia hora onde questionamo-nos, mas para onde vamos, é assim tão longe?Passado mais de uma hora já fartos de tanto andar de autocarro com uma temperatura estupidamente elevada produzida pelo ar condicionado que nos sufocava, sem dúvida a noite estava gelada, mas a excessiva temperatura interior era doentia. Quando concluímos o percurso ao fim de três horas, estávamos em Monastir depois de fazermos 160 quilómetros pela noite dentro.Uma loucura, pois chegámos ao hotel cerca das 23h30, cansados de tanto andarmos de autocarro e cheios de fome, foi uma loucura estonteante. Pacotes turísticos planeados por uma empresa que só vêem o lucro, fazendo programas atabalhoados. Agora todos estão com fome, nem um bolo, ou seja o que fosse nos deram durante a viagem e os serviços do hotel encerrados, proibidos de comer, será que estamos num campo de concentração sem sabermos? Tivemos de ir para os quartos e estes nem frigorífico tinham para aí vermos se haveria alguma coisa para comer. Deitamo-nos esfomeados e a dizer mal de tudo que nos aconteceu, iremos ver amanhã como as coisas vão decorrer.
27 Dezembro – Já ontem fomos informados que o despertar era às 7h00, assim aconteceu, todos erguidos para tomar o pequeno-almoço, este não era nenhuma especialidade mas remediou e no átrio do hotel lá estava o transporte para nos levar até El Jem, mais 73 quilómetros para alcançarmos a terriola. O raio das estradas não ajudavam nada, tanto que a velocidade foi reduzida passando por povoados e algumas vilas em que as estradas se encontravam ciscadas de gente e animais.
Quando chegámos parámos defronte do teatro Romano de El Jem, sendo este o maior coliseu de África e 2º maior do mundo a seguir ao de Roma, situado na região do Sahel, contruido do século III entre os anos de 230 a 238, este podia acomodar 35 mil espectadores, nota que as pedras usadas na construção vieran de Salakta que fica a 30 quilómetros. Sem dúvida uma obra grandiosa feita há tantos séculos sem maquinaria ou instrumentos de precisão para cálculos especificos que os ajudassem, apenas, o uso de paus, cordas e outras peças de ferro, tudo feito à força e mão-de-obra gratuita, mais conhecida por escravatura. Concluída esta visita fizemos mais uma distância consideravel até Tozeur ver um oásis com uma vegetação luxuriante envolvendo muitas palmeiras, tamareiras, romaneiras etc., foi neste local que vim a saber existirem palmeiras machos e fêmeas, nunca tal tinha ouvido falar, mas estamos sempre aprender, até morrer.Parte deste percurso foi feito em carroças puxadas por burros que cavalgam a grande velocidade, tendo como guia um Mohamed que vai falando francês e dando conhecimento dos sítios por onde vamos passando. Aqui também estivemos parados por bastante tempo e que deu para descansar um pouco pois já estávamos aborrecidos de tanto andar de autocarro. Como os dias nesta época do ano são mais curtos, a noite começa por volta das 17h00, então levaram-nos para outra localidade que ficava ainda longe para assitir a um espectáculo de malabarismos, danças tunisinas e encantadores de serpentes. No final no recinto exterior cavaleiros do acopalipse cavalgam em cima das suas montadas a grande velocidade, algumas cavalgaduras seguem de pé em cima dos cavalos, fotografias com os artistas e de seguida jantar, porque já estamos esfomeados. Hoje fomos um pouco mais cedo descansar, mas com a barriguita cheia.
28 Dezembro – O dia de hoje vai ser repleto de locais a visitar bem como muitos quilómetros que iremos fazer em jipe. Partimos mais uma vez ao nascer do sol, não, sol não tem havido, mas a claridade é predominante como o frio também, tem estado aqui mais frio do que em Portugal, mercê disso o Carlos e a Júlia já estão com uma gripalhada de caixão à cova.
Uma das primeiras cidades que cruzamos foi Gafsa para mais adiante pararmos para conhecer Tozeur que é uma cidade e um oásis do deserto do Saara. Logo que chegámos dirigimo-nos para visitar um óasis com lindas quedas de água embrenhado no meio de uns montes onde a água brota com abundância e numa das nascentes a água sai a uma temperatura agradável, quente em que nesta altura que vai muito frio bem nos apetecia ir para debaixo da queda de água ou para a lagoa com uma cor azulada, muito forte. São nestes locais em que os povos nómadas destas regiões aprederam a construir poços e por vezes fizeram pequeníssimas aldeias para viverem. Como parte destes povos vivem do pastorício são estes os locais propícios para formarem grandes rebanhos. A cidade de Tozeur é uma das mais belas cidades da Tunísia é aqui que também são produzidos lindos tapetes berberes, onde há centenas de tamareiras que dão tão saboroso fruto nutritivo e que são a base da alimentação durante o período do Ramadão e que fazem da Tunísia o nono produtor mundial. Ainda demos uma pequena volta pela cidade, mas seria um local onde nós gostaríamos de ficar mais tempo.Já reparamos que esta viagem é daquelas “viagens relâmpago”, sempre andar e fazer muitos quilómetros. Tanto que seguimos para Chebika para de seguida chegar a Tamerza muito junta à fronteira com a Argélia, sendo mais uma aldeia com um palmeiral muito extenso, alguns dromedários e muitas cabras, quase nem se dá pela população desta terra, mais parecia um local abandonado. Foi numas ruínas que avistamos uma manta que fazia de tenda onde havia alguns objectos para venda. Seguiu-se mais outra etapa, esta até Chott El-Jerid é o maior Chott ou lago salgado deste país, é um local lindo de se visitar, nesta altura do ano tem ainda bastante água, soubemos que em pleno verão fica completamente seco, agora podemos ver algumas ilhotas ou montes erguidos pela mão humana, há sítios que a altura de água deve ser de poucos centímetros e o reflexo da luz dá-nos cores rosa ou avermelhadas. As casas de banho neste local são típicas, nunca tinha visto, ok a realidade é que as há. Pouco depois seguimos para uma aldeia mergulhada no meio do deserto em que à sua volta só areia, mal chegámos uma imensidão de garotos nos cercou a pedirem tudo o que podessemos ter, chatos, mas são crianças que anseiam por algo, mas nós nada lhe demos pois não nos encontrávamos preparados para lhes oferecer qualquer coisita.
Havia neste local um passeio de camelo a Sofia que já teve uma má experiencia em andar de camelo em Marrocos, optou por ir numa carroça puxada por um burro, desta maneira viajou comodamente e de nada se queixou eu o Carlos e Júlia lá fomos de camelo para mal dos nossos pecados havia camelos resaivados e babavam-se por estarem com o sio e haver algumas fêmeas na cafila em que íamos. Foi uma volta agradável para todos e no final do dia podemos apreciar o por do sol no deserto. E para nosso espanto, eis que apareceu um bérbere com uma raposa do deserto ao colo, foi razão para as senhoras adorarem a rapoza matreira, era muito linda e a Sofia não se contentou só a ver teve de estar com ela ao colo, esta era dócil e até tremia de não a conhecer. Mais um anoitecer com uma brisa fria que nos enrregelou, mas de seguida regressamos ao hotel, mas ainda tivemos de fazer uma mão cheia de quilómetros.
29 Dezembro – Mais um início de dia a sairmos muito cedo porque hoje dirigirmo-nos para sul. Vamos visitar umas aldeias onde existem casas trogloditas, fizemos algumas paragens mas aquela que nos detivemos mais tempo foi em Matmata onde apreciamos a arquitectura berbere no sul da Tunísia, visitamos várias dessas casas subterrâneas, ali vivem imensas famílias, sendo uma tradição construírem casas escavadas nas rochas ou mesmo no subsolo, é desta forma que se refugiam do sol e conseguem temperaturas amenas nestas zonas do deserto, finalizámos a nossa visita já tarde. Seguimos para Gabes, para darmos umas voltas pela cidade.Estivemos a olhar para um cemitério que não nos pareceu árabe, por causa das suas campas em que algumas têm formas diferentes. Passamos junto à zona amuralhada da cidade com as suas cores laranja, também a maioria das casas têm a mesma cor, ou seja, feitas de tijolos que com o tempo e irusão da chuva, estão mais esbranquiçadas. Terminadas as nossas voltas por hoje, vamos regressar a Hammamet onde nos encontramos hospedados num hotel excelente. Fizemos perto de uma centena de quilómetros mas chegamos ainda de dia, vamos aproveitar para dar umas voltas por esta terra que é muito turística por causa das suas praias, mas nesta altura do ano é para esquecer, olhamos para elas, mas o frio é tanto que consideramos o melhor é ficar para outra vez.Deveríamos ter vindo para estas bandas no verão sendo estas praias enormes e a água deverá ser extraordinária. O ambiente será também um factor importante, podemos ver que o negócio está bem montado para que o turista saia satisfeito deste país e que volte brevemente, os hotéis são fanfásticos e podemos dizer também de excelência este em que nos encontramos o Meliá El Mouradi Hammamet.
30 Dezembro – Hoje vamos mais para norte, conhecer Cartago um local de antigos sítios arqueológicos, cidade fundada pelos fenícios no século IX AC, também sede do poderoso império Cartaginês.
O povo fenício não provocava a guerra, este era do comércio que evoluía, hábeis navegadores que usavam a sua capacidade naval apenas pra negociar, fundavam entrepostos, mas nunca ocuparam mais terras do que o necessário e nunca atacavam outros povos.Nós os portugueses de agora, aqui estamos num sítio em que muitos séculos atrás era esplendoroso, ainda conseguimos ver parte da muralha que a envolvia e soubemos que nessa época existiam aqui prédios de vários andares, apenas não tinham elevador ou video porteiro. Outra situação de veras engraçadas era que um pouco mais abaixo do local onde nos encontramos existiu um porto para navios mercantes e outro para os navios de guerra, engraçado como este povo de há milénios fazia esta separação, este povo não possuía exército e nem nos militares confiava, quando era preciso contratavam mercenários que eram liderados por generais cartagineses.Também o povo era pacífico e sempre que possível evitava guerras.Por fim os Romanos acabaram com este povo, destruiram as muralhas, assassinaram a população, destruíram as casas e os que sobreviveram foram transformados em escravos e sobre o solo espalharam sal para que nada ali germinasse. Assim veio a ocupação romana que contruiu outro Cartago e porventura as poucas muralhas que aqui existem serão talvez Romanas e não Cartaginesas. Cá do alto temos uma visão desta cidade. Finalizamos parte desta visita e terminámos por ir até ao museu apreciar obras de arte com muitos séculos, também foi uma volta agradável.De tarde a nossa volta foi em Sidi Bou Said, uma cidade de tonalidades azuis, aí numa casa de chá fomos tomar o tão célebre chá de menta com pinhões, numa tarde por vezes chuvosa e com muito frio, estivemos sentados num palanque a conversar um pouco e apreciar toda a azáfama deste povo e dos visitantes como nós que ali se dirigem para o cházinho da tarde. As portas desta cidade são azuis e brancas, dando-lhe um realce notório e pitoresca, adorámos a nossa volta de hoje e regressamos ao hotel muito safisfeitos, apenas o Carlos e a Júlia continuam com uma grande gripe, estavamos todos à espera de uma temperatura mais quente mas não é isso que se está a passar. Também hoje é um grande dia para a menina Sofia pois faz 48 anos, que esta data se venha a repetir por longos anos com muita saúde e dinheiro.
31 Dezembro – Último dia deste ano, cansados de um ano que tantas voltas fizemos e darmos graças por chegarmos até hoje e preparados para o final do ano velho e começar um novo ano, assim sendo o amanhecer de hoje foi mais tardio, o percurso vai ser mais curto, razão para não nos termos de levantar tão cedo. Até
o pequeno-almoço nos soube melhor e ainda tivemos tempo para ficarmos um pouco a conversar. Partimos então para Nbeul, sendo uma cidade que fica na costa desta baía a cerca de 12 quilómetros donde nos encontramos. Iníciamos a nossa volta pela parte mais moderna desta cidade tendo visitado as principais ruas, largos e jardins, chamou-nos atenção uma das praças com uma construção gigantesca de uma jarra/fruteira colocada no meio da rotunda, também conhecida como monumento às laranjas toda ela recoberda com azulejos floridos e no cimo laranjas na mesma proporção. Os estrangeiros que por ali passam não deixam de lhe tirar umas fotos, nós não fomos excepção. Numa das ruas da parte antiga vimos olarias, padarias, mercearias, cafés e outros negócios que foram conservados ao longo dos anos, dando-lhe grande valor e permanecerem quase intactos.A meio do percurso deram-nos a informação de que todas as sextas-feiras é feito nesta terra um gigantesco mercado a céu aberto, inúmeras lojas e feirantes, onde se vendem todo o tipo de produtos desde a alimentação até ao lar, mas muitas mais coisas vimos, até animais, sapatos, falo em sapatos porque são colocados em pilhas gigantescas, etc., um mundo onde tudo se vende. Para as senhoras é um, até se perderem de vista, porque querem ver toda a tralha, malas, colares, roupas, flores perfumes e sei lá mais o quê. Para quem quisesse comprar por exemplo cenouras, vimos um molho delas como nunca calculamos, sim um molho gigante composto de centenas de cenouras. Não podia faltar a venda de gado bovino e caprino, porque deu para nos cruzarmos com um rebanho de ovelhas que se atravessaram no nosso caminho, na volta era sim o caminho delas. Fizemos uma volta bem grande onde conseguimos ver quase todo o mercado, havia muita gente, mas tudo decorreu sem atropelos. Numa lojinha fomos beber um saboroso chá de menta que nós tanto gostamos e nos ajudou
aquecer neste dia de inverno. No final da tarde regressamos ao hotel para nos prepararmos para a festa que se avizinha. Já no hotel, reparamos que tudo já está diferente, há grande movimentação e tudo está engalanado para a noite que está próxima, nós também nos fomos preparar de forma diferente para esta passagem de ano. Por fim chegou o momento do jantar onde o salão ficou repleto de gente toda emproada e sorridente por estarem longe de casa e num ambiente diferente do habitual com música árabe e alguns trajados como novos árabes ou bérberes, nós e a maioria nos apresentámos de forma ocidental e nada de exageros. Quando os últimos minutos do ano de 2004 se aproximavam o alarido e a confusão estava instalada, saltos e barulheira e muitas luzes. Chegaram as 24h00 e todos brindavam e se cumprimentavam para entrarem num novo ano cheio de alegria e prosperidade, nós fizemos o mesmo e a alegria jubilava para entrarmos com o pé direito num ano que se avizinha, foi assim que mais um ano se passou, brindamos e bebemos mais uns copos pela noite dentro com muita música e alegria, no entanto não dou grande valor em fazer a passagem de ano dentro de um hotel ou casa, gosto sim de estar na rua e ver o fogo de artificio misturado com a música, desta forma valorizava muito mais esta data. Já tarde fomo-nos deitar.
1 Janeiro – Agora já nos encontrámos nas primeiras horas deste ano, sendo o passeio de hoje na capital deste país Tunis.
Apesar do frio se manter é sempre agradável visitarmos locais como este, entramos na medina com os aromas tão actrativos das especiarias, mas aquela que logo distingo são os cominhos, havendo outras que também se misturam como o cravinho ou o caril. No meio de tanta gente há um fulano que chega com uma conversa aciganada que julga poder enganar o Carlos, mas foi despachado em grande velocidade. São tantas as vezes que os vendedores desta medina pressionam os turístas a entrarem nas suas lojas, dizendo que é só para verem, mas a pressão é de tal ordem que vão tentar vender alguma coisa. Se nós dissermos que nada daquilo que têm me interessa, eles perguntam o que queremos e vão a outro lado buscar, são cá umas melgas. Depois pedem preços exorbitantes, temos de regatear porque senão levamos um barrete daqueles que cabem duas cabeças.No meio do percurso fomos beber mais uma chá de menta com pinhões, nessa sala de chá e de fumos, fomos todos esperimentar fumar a shisha que é instrumento originário da Pérsia que também é conhecido pelo cachimbo de água, há pessoas que dizem não ser prejudicial o uso deste tipo de fumo no entanto existem estudos que dizem o conrtrário, são ainda mais prejudiciais do que o cigarro. Nós apenas achamos alguma graça, o Carlos, pessoa muito experiente inundou o tubo de sucção com água quando este deveria trazer sómente o fumo com sabor a maçã. Existem sabores para todos os gostos, tais como o de menta, coco, baunilha, cereja, melancia, morango, etc., Foi mais uns momentos de lazer, nós também nos divertimos com tão pouco, Portuga é assim.Num destes percursos resolvi comprar uma shisha ou seja um cachimbo de água mais uns quantos sabores para quando chegarmos a casa podermos brincar com os filhotes. Já sei que vou ter problemas com o acondicionamento para a viagem, sendo a base em vidro e o volume dos restatantes elementos disformes. Reservamos uma parte da tarde para conhecermos um pouco mais desta cidade de Tunis considerada pela Unesco de património da humanidade. Aqui existem imensos palácios, mesquitas e outros monumentos que atraem milhares de turistas, na realidade esta nossa viagem não nos reserva tempo para podermos apreciar uma grande parte desta arte que remonta de há muitos séculos, com certeza num futuro de virmos novamente para este país vamos apreciar tais locais históricos, mais não podemos ver hoje, um pouco cansados logo no primeiro dia deste novo ano de 2005. Já um pouco tarde regressamos a Hammamet para repousar e tratarmos das nossas malas, pois amanhã vamos regressar a Portugal.
2 Janeiro – Cedo o autocarro chegou ao hotel para transportar todos os intervenientes destas pequenas férias em território Africano para o aeroporto.
Logo no aeroporto tive um problema que já se esperava o transporte do cachimbo de água, não o podia transportar como bagagem de mão e fui obrigado a colocá-lo dentro de uma das nossas malas de viagem. Nesta altura eram cerca de 1h30 da madrugada e a azáfama de embarque era confuza porque somente 2 guichés estão a funcionar. O tempo foi-se passando até que embarcamos com destino a Madrid onde a viagem foi rápida pois a distância também a consideramos curta. Chegámos era noite cerrada a manhã ainda está longe e desembarcamos num dia de inverno com muito nevoeiro. Acontece que quando fomos levantar a as malas logo apercebi que tinha cacos dentro dela. Fiz a reclamação junto ao balcão da companhia aérea que é a Europeia mas por aqui me apercebi que não me vão pagar os estragos, arranjaram desculpas e formas de me despachar. Fiquei triste pelo meu cachimbo de água ficar imcompleto a base feita num vidro grosso de cor azulada foi-se. Problema por resolver, seguimos para o local onde tínhamos estacionado o carro e e lá vamos nós de regresso a Lisboa. Como já tinha focado há imenso nevoeiro, mas pouco trânsito, foi então conduzir para fazer os quinhentos quilómetros que nos separam de casa, já a cerca de cem quilómetros da fronteiro deparamo-nos com um nevoeiro ainda mais intenso, não se conseguia ver nada e quando passei a portagem já em Portugal, só me apercebi dos pórticos de passagem quando estava em cima deles, nessa altura o sono apoderara-se de mim e o Carlos passou para o volante para percorrer os duzentos quilómetros restantes. Finalmente chegámos a Lisboa cansados e sonolentos, fomos todos para casa descansar, ou seja dormir pois o sono nesta altura é o nosso principal inimigo. Todos gostamos destas pequenas férias e estamos prontos para as próximas que já se avizinham para o mês de Agosto.