TAILÂNDIA
MYANMAR
LAOS
VIETNAME
CAMBOJA
MALÁSIA
SINGAPURA
2 Agosto - Lisboa - Munique - Bangkok 1986km + 8764km
Há alguns anos que andávamos a pensar ir até ao continente Asiático, estava
nas nossa mentes que um dia lá iríamos, assim aconteceu. Já tínhamos abordado a
Ásia, mas só até ao outro lado de Istambul, isto um ano antes, para nós já
tinha sido uma façanha essa fugidinha. Mas este ano vamos mesmo lá, Iremos
fazer uma longa viagem, onde faremos imensos trajetos de avião, pois só temos
23 dias para percorrermos sete países.
Todos os pormenores foram tratados com bastante antecedência para que tudo
venha a passar-se dentro dos tramites programados, isto de se andar neste
continente por vezes não é assim tão fácil como poderá parecer, ainda mais querermos ir a locais e países em que as
entradas não são tão facilitadas. Sim conseguimos tratar de tudo e aqui estamos
no aeroporto da Portela onde vamos dar início à nossa epopeia asiática. São
12H00, cá estamos os quatro - Gilberto, Sofia, Carlos e Júlia, sempre bem
dispostos e com a noção de que vamos já ali e daqui a pouco estaremos de
regresso, tudo muito simples e nada de pesadelos. Assim, formalidades de
embarque no voo LH4541 com partida prevista para as 14H10 e chegada a Munique pelas
18H05, faremos transbordo para o voo LH782 que partirá às 21H45 com destino a
Bangkok.
Chegou a hora da partida, já estamos dentro do avião da Lufthansa, bem
dispostos e a pensarmos o que estará pela nossa frente. Sempre conseguimos
arranjar conversa durante este trajeto e fomos fazendo projetos na nossa
chegada a Munique. Chegamos a este aeroporto e tivemos de permanecer ainda
algum tempo à espera do próximo voo, estivemos num cais onde havia uns baloiços
envolvidos numas bolhas de plástico onde todos nos sentamos e nos divertimos,
isto porque ainda temos a nossa mente jovem, ao contrário de outras pessoas que
por ali estavam e permaneciam nos seus assentos a observarem o nosso contentamento.
Por fim chegou a hora da grande tirada, embarcamos e passado cerca de uma hora
já estávamos a jantar, pois esta viagem iria decorrer durante toda a noite. Jantamos
bem, ou seja, esta companhia orgulha-se por tratar bem os passageiros, fomos
falando e acabamos todos por adormecer.
3 Agosto - Bangkok
3 Agosto - Bangkok
Ainda
estamos dentro deste avião, fartos de andarmos e com a sensação de que estamos
no mesmo sítio. Fomos dormitando, de vez enquanto acordávamos e ia-mos trincando
alguma coisa que nos davam e bebíamos uns refrigerantes. Pelas 13H40
chegamos à Tailândia, mais concretamente a Bangkok, saímos, fomos logo de
imediato tirar as nossas fotos da praxe, aproveitando os anúncios e placards
que anunciavam 'Bangkok', novidade e contentamento de termos aqui chegado, pois
fazia parte do nosso imaginário este nome tão famoso do cinema; perseguições,
crimes, mulheres bonitas e paisagens deslumbrantes. Apanhamos um táxi para nos
levar ao hotel já reservado, 'Sofitel Silom'. Foi uma boa escolha, encontra-se
numa zona muito movimentada desta cidade e com diversos acessos aos outros
locais que vamos conhecer.
Um pormenor deveras
importante, estão neste hotel os vistos para visitarmos Myanmar e Vietname, bem
como os bilhetes dos voos Bangkok/Yangon/Bangkok/Vientiane. Logo que chegamos
ao hotel, fizemos o check-in, e sem perguntar-mos, seja o que for de imediato nos
entregaram uma pasta com toda a documentação imprescindível,
foi um momento que muito admiramos.
Colocada
toda a bagagem nos quartos, lá fomos fazer a nossa primeira saída. Calor imenso,
ruas apinhadas de gente, carros, motas e mais motas, lojas por todo o lugar, muitos, muitos
restaurantes, o cheiro a comida mais propriamente de fritos, também muito fumo,
anúncios luminosos por tudo que é sítio, ruas estreitas, outras largas, um barulho
infernal, o vendedor de rua que nos interpelava a todo o momento. É mesmo isto, Bangkok, uma grande
cidade asiática.
Andamos
tanto que por fim já era noite e resolvemos ir comer a um restaurante situado
na Silom Road, já muito perto do nosso hotel. Jantamos muito bem, optamos por
comer comida tailandesa, muito bem confeccionada e muito picante, comemos
também uma sopa típica que tão picante estava, logo de seguida vai um
gole de cerveja bem fresca, pois os suores foram imediatos, terminamos com um
prato de lagostins e ameijoas com outros condimentos, também típicos deste país. Foi
excelente este encontro com novos paladares. Noite dentro mais uma volta até
chegarmos ao hotel e repousarmos deste dia que foram mais do que 40 horas,
praticamente sem descanso.
4 Agosto - Bangkok - Rio Kwai
4 Agosto - Bangkok - Rio Kwai
Esta visita decorreu dentro das nossas perspectivas, vimos pináculos muito altos e todos decorados a ouro, construções muito antigas de origem budista, seguidamente vamos até ao buda deitado que quando o vimos pareceu-nos uma monstruosidade, era necessário ser assim! Também a sua cor é dourada e rodeado com vasos de lindas flores, e há sempre muita gente a visitar este local. Mais à frente fomos até Wat Arun Rajwararam, mas já não conseguimos entrar, resolvemos ir comer qualquer coisa num restaurante/tasca tipicamente Tailandesa, ou seja confusão criada porque, então o que vamos comer e beber, é que a menina Júlia só bebe ice tea e não pode ser um qualquer, vá lá mesmo assim conseguimos lanchar.
Pela tarde
fizemos uma longa caminhada junto ao rio Chao Phraya, vimos imensas embarcações
numa azafama de margem para margem, mais parecia uma montanha russa, no
entanto resolvemos atravessar num destes barcos até à outra margem, foi mais
uma experiência. Neste rio conseguimos ver o transporte de toros em madeira,
empurrados pela corrente e auxiliados por barcas e homens que conseguiam
caminhar em cima deles. Nesta altura está um calor escaldante e uma humidade
muito elevada, temos transpirado imenso e o cansaço vai-se apoderando de nós,
mas temos de ter forças, pois viagens destas não se fazem todos os anos. Já no
final da tarde, resolvemos ir até ao hotel tomar uma banhoca para depois prosseguirmos
a nossa volta.
Fomos jantar ao mesmo local de ontem, tínhamos gostado imenso. A Sofia comprou duas colheres em madrepérola para o seu enxoval,
são muito bonitas e por um bom preço. Conseguimos apreciar a noite desta cidade
numa zona onde existem imensos bares e que se torna muito agitada, com uma
bagunça doida e muito divertida! Onde vimos pessoas a vender comida nas ruas, o
trânsito louco e cheio de motoqueiros desvairados. Já noite dentro, hotel pois
amanhã vai ser outro dia de contenda.

Passamos uma situação
muito engraçada com o motorista de táxi que tem feito alguns trajectos connosco.
Assim nos diz quando chegamos ao hotel "to ma ró, selip to ma ró, repetiu diversas vezes a frase, até que conseguimos entender
que nos queria dizer "tomorrow sleep tomorrow".
5 Agosto - Bangkok - Ayutthaya
Levantamo-nos cedinho, pois tinha-mos combinado com o motorista de táxi, conhecido por nós pelo to má ró que estaríamos na recepção às 8h00, assim aconteceu. Desta forma vamos visitar a cidade de Ayutthaya. Depois de percorrermos 90 quilómetros, chegamos, e mal nos recompusemos da viagem, deparamos com um grupo de
dançarinos que estavam actuar, vestidos a rigor e com
trajes desta zona, apreciamos os seus dançares e ainda houve alguma conversa
com eles porque mostraram uma quantidade de bandeiras a homenagear os outros
turistas presentes. Quando o Carlos mostrou a bandeira Portuguesa, eles em
retaliação foram também buscar a nossa bandeira, então surgem sorrisos e boa disposição.
Seguidamente entramos num complexo imenso onde encontramos grandes edifícios com uma aquitectura pouco vulgar, aqui se encontra também a residência de verão da família real tailandesa. Entre estes edifícios, um pavilhão chama atenção: o Aisawan Thipha At, levantado no meio de um pequeno lago ornamental, é um exemplo perfeito da arte Tai, com os seus telhados feitos de telhas vidradas, vermelhas, verdes e amarelas, que se reflectem na água. Passamos para a parte antiga desta cidade de Ayutthaya, onde encontramos imensos templos e palácios, alguns em ruínas, não nos podemos esquecer que esta cidade foi totalmente destruída pelo Birmaneses em 1767. Do outro lado podemos admirar as stupas dos templos ainda de pé. Vimos mais um Buda deitado, também em tamanho gigante, coberto com um tecido cor de laranja e ainda com muita gente adorá-lo.
Regressamos a Bangkok para que à noite fossemos ver um programa cultural, nada mais, nada menos do que sexo ao vivo, então! Vir à Tailândia pernoitar em Bangkok e não ver uma coisa destas, algo está errado. Assim o fizemos, tínhamos já pago as nossas entradas, isto depois de regatear-mos os preços, pois estavam e pedir um valor elevadíssimo.
Seguidamente entramos num complexo imenso onde encontramos grandes edifícios com uma aquitectura pouco vulgar, aqui se encontra também a residência de verão da família real tailandesa. Entre estes edifícios, um pavilhão chama atenção: o Aisawan Thipha At, levantado no meio de um pequeno lago ornamental, é um exemplo perfeito da arte Tai, com os seus telhados feitos de telhas vidradas, vermelhas, verdes e amarelas, que se reflectem na água. Passamos para a parte antiga desta cidade de Ayutthaya, onde encontramos imensos templos e palácios, alguns em ruínas, não nos podemos esquecer que esta cidade foi totalmente destruída pelo Birmaneses em 1767. Do outro lado podemos admirar as stupas dos templos ainda de pé. Vimos mais um Buda deitado, também em tamanho gigante, coberto com um tecido cor de laranja e ainda com muita gente adorá-lo.
Regressamos a Bangkok para que à noite fossemos ver um programa cultural, nada mais, nada menos do que sexo ao vivo, então! Vir à Tailândia pernoitar em Bangkok e não ver uma coisa destas, algo está errado. Assim o fizemos, tínhamos já pago as nossas entradas, isto depois de regatear-mos os preços, pois estavam e pedir um valor elevadíssimo.
Foram-nos levar de táxi à casa de espectáculos ou serralho
como queiramos chamar, entramos e ficamos instalados logo na primeira fila,
mesmo com o nariz em cima das personagens/artistas. Começa o espectáculo, lâminas
na boca e no sítio, setas, dardos, garrafas de coca cola tudo serve para meter
lá no sítio. Segue-se então o fornicalho, pela frente por trás de lado em cima
da escada no chão, em qualquer lado, isto repete-se umas quantas vezes, sai o
artista entra uma nova artista ou seja sempre o mesmo. Ao nosso lado estão mais
uma série de turistas que se vão rindo como nós. Dão uma cervejolas que só eu
aceito. E porquê! Os meus amigos estavam enjoados e achavam também que a
cerveja era nojenta. Acabei também por dar duas goladas e terminei. Também
achamos que não valia a pena ver mais e resolvemos sair antes do final.
Acabamos por concluir que foi medíocre, para mim, achei que as artistas foram
fracas.
Regresso ao hotel e mais uma soneca muito curta.
6 Agosto - Bangkok - Chian Mai 569km

Dentro das horas que tínhamos
pensado em sair, fomos arranjar transporte para o aeroporto onde vamos embarcar
no voo TG110, com partida às 12H05 e chegada a Chiang Mai pelas 13H15. Ficamos num engarrafamento quando nos dirigíamos para
o aeroporto, mas tudo controlado, conseguimos chegar a horas para embarcar.
No aeroporto fizemos as formalidades de embarque e dentro de pouco tempo já estávamos
prontos a partir.
Fizemos uma viagem muito agradável, Chegada a Chian Mai, segunda maior cidade deste país que se encontra numa zona montanhosa.
Fomos de imediato
alugar uma viatura que nos vai transportar aqui no norte da Tailândia durante
dois dias, seguidamente fomos para o hotel, reservado atempadamente "Royal
Princess Chiang Mai hotel".
Usufruíamos da tarde por nossa conta e fomos visitar o templo
mais importante da cidade "Wat Phra That Doi Suthep", uma beleza,
todo banhado a cobre, a sua cor realça tanto, que parece ouro de uma naturalidade
que impressiona o visitante, para mais este local tem uma vista impressionante
sobre a cidade. No final determinamos descer os 309 degraus desta imensa
escadaria, muito bem decorada com azulejos de todas as cores, sobressaindo o
dourado, o corrimão parece o dorso do dragão porque no começo está a cabeça dele de cada lado. Num
local existem diversos sinos que despertaram atenção do Carlos e da Sofia que
não perderam tempo em tocar o gongo. Foram tantos os locais sagrados que hoje
visitamos que tivemos de tirar os nossos sapatos uma série de vezes, os meus
são uma verdadeira relíquia das nossas viagens, já percorreram milhares de
quilómetros, espero andar ainda muitos mais com eles, já têm uma imensidão de
anos, quantos mais irão durar, um dia descreverei o final feliz destes meus sapatos.
Já cansados regressamos ao nosso hotel onde fomos jantar e mais uma vez a
comida tailandesa que tanto gostamos. Tivemos um problema com a Júlia, queria
ice tea não muito fresco, compreendem o dizer ao empregado, não muito fresco.
Foi um bom jantar e lá fomos descansar.

7 Agosto - Chian Mai - Chiang Rai - Mae Sai -Triângulo dourado
Levantamo-nos cedo, temos pela frente uma grande caminhada aqui pelo norte, vamos andar umas três centenas de quilómetros para visitarmos os locais que nós consideremos imprescindíveis, para ficarmos com uma visão alargada. Pequenos almoço no hotel, foi do nosso agrado, ficamos satisfeitos e a qualidade era excelente. Estamos já a caminho de Chiang Rai, em Tailandês: เมืองเชียงราย, esta cidade só se tornou Tailandesa em 1933, até essa data era pertença da Birmânia, percorremos cerca de 180 quilómetros em locais com paisagens muito características deste lugares asiáticos.
Estamos a entrar num lugar onde se
encontra uma tribo que nós lhe chamamos pescoços de girafa. Esta vila ao
contrário de muitas outras existentes aqui no norte da Tailândia ainda se
encontra num estado bastante primitivo, já está virada para o turismo mas nada
comparando com outras onde as normas é atrair o visitante e fazer negócio.
Chegados a este local tão famoso, conseguimos compreender que existem umas lanchas rápidas que nos podem levar até ao Laos, vê-se perfeitamente que a distância é curta, pensamos que vale a pena dar este passeio por isso, vamos atravessar o rio Mekong e visitar a ilha de Donsao. para entrar no Laos. É necessário obter o visto, mas o acesso a esta ilha tem regras diferentes, só temos de pagar uma taxa numa alfândega para obter a autorização para explorar a ilha, apesar de ser necessário mostrar o passaporte, este não é carimbado. Já nesta ilha fomos visitar alguns locais e vimos tendas onde vendem algumas bugigangas e frutos da região, avistamos alguns macacos e regressamos ao outro lado da margem. Mais uma experiência. Deste lado encontramos uns Brasileiros que por ali andavam no passeio, falamos da desgraça portuguesa aquando do europeu de futebol em que o treinador era o Filipe Scolari, só quisemos dizer mal do trabalho do treinador e acusá-lo do desaire que está nas nossas memórias. Finalizamos a nossa visita e começamos o regresso a Chiang Rai, local onde vamos dormir e entregar a viatura por nós alugada, esta que foi levantada em Chiang Mai. Ainda fizemos uns bons quilómetros na montanha, passamos por uma zona que ainda existe guerrilha, nada nos aconteceu, para seguidamente entrar-mos numa planície onde vimos o cultivo do arroz, para por fim entrarmos no nosso ponto de chegada. Estamos à procura onde fica o hotel Wiang Inn Chiang Rai para deixar-mos as nossas malas. Sim estamos cansados e sofremos com o calor e humidade presentes. Vamos à nossa banhoca para depois jantarmos a saborear uns pratos desta tão primorosa e picante comida.
Com tudo isto chegou a nossa hora de partimos, são cerca das 13H30 e vamos directos entregar no aeroporto o carro alugado em Chiang Mai, temos de apanhar o voo TG141 que sai às 15H50 e chegada a Bangkok pelas 17H05, para que daqui a poucas horas, mais precisamente às 20H30, o voo 8M340 com destino a Yangon, capital do Mianmar, chegaremos às 21h15.
Foi no misto destes dois voos que nos fez hoje perder muito tempo. Já noite chegamos ao nosso hotel, mais precisamente o Traders, tivemos um transfer privado que lá nos colocou. Chegámos com alguma fome, mas já não tivemos a sorte de jantar neste hotel, o serviço de restaurante já se encontrava encerrado, Fizeram-nos sandes e pouco mais, Este hotel é o mais emblemático desta cidade, nesta altura o mais caro e também aquele que reúne melhores condições.
9 Agosto - Yangon (Mianmar)
Vimos constantemente que nas ruas havia escarros no chão com sangue. A verdade é que tanto homens como mulheres andam frequentemente a mascar umas folhas verdes que são vendidas em diversos locais. Estas folhas depois de muito mastigadas, criam um suco vermelho na boca que seguidamente cospem para o chão, ou seja o motorista não devia estar assim tão tuberculoso, somos, mas é uma más línguas. Chegamos ao pagode Shwedagon é um dos pagodes mais famosas do mundo e certamente é a principal atração de Yangon, localmente conhecido como Shwedagon Zedi Daw, que fica no topo de uma colina de 99 metros de altura. Pode ser visto da maioria dos lugares de Yangon de dia e de noite, como o telhado é dourado ilumina a cidade. Segundo alguns o pagode tem 2600 anos de idade, tornando o pagode Shwedagon o mais antigo do mundo. No entanto, não existem documentos oficiais que comprovem a sua construção e sua idade ainda é uma polémica.
O principal domo dourado é encimado por uma estupa contendo mais de 7000 diamantes, rubis, safiras e topázios, compensado por uma esmeralda enorme posicionada para refletir os últimos raios do sol poente. Não é de admirar que o Shwedagon seja referido em Myanmar como a "coroa da Birmânia".
Como santuário mais venerado de Myanmar, sempre foi habitual para as famílias, os mendigos e os seguidores do Buda fazerem a peregrinação ao Shwedagon em muito da mesma maneira que os muçulmanos se sentem compelidos a visitar a Caaba em Meca, pelo menos uma vez na vida. Tal é a robustez deste templo qua parece indestrutível, apesar de um grande terramoto em 1769 e outros de menores escala no século XX e de um grande incêndio em 1931, ainda permanece grandioso no topo desta colina.
Para visitarmos todo este complexo, fomos obrigados a tirar os sapatos ao entrar no Shwedagon e a pisar aquele piso escaldante e nalguns sítios muito sujo por causa dos escarros com cor de sangue é um processo muito difícil de transpor, mas valeu a pena, está ali um valor incalculável em ouro. Dizem também que contém oito cabelos do Buda.
10 Agosto - Yangon - Mandalay 668km
11 Agosto - Mandalay - Yangon 668km
Todos os templos que temos visto na Birmânia estão muito bem conservados e são espantosos. Neste trajecto vimos uma situação deplorável, um grupo enorme de crianças em que as idades variam entre quatro e os doze anos, estão maltrapilhos, alguns nus apanhar à mão uns peixinhos pequeninos que se encontram no charco enlameado, há dois homens que os controlam e recebem o que conseguem apanhar. Chegamos e vamos visitar e passear sobre uma ponte muito famosa a "U Bein Teca Bridge", com um comprimento de 1,2km que atravessa o lago Taungthaman, só podem transpô-la pessoas. Neste local conhecemos uma rapariga Birmanesa muito bonita e simpática de nome Enoé que nos fez companhia e nos acompanhou ao longo de muito tempo.
Finalizamos a visita a este local, para seguidamente alugamos um barco para nos transportar a Mingun, é uma barco enorme que podia transportar umas dezenas de pessoas, mas só nós os quatro lá vamos no convés, sentados em cadeirões de bambu admirar aquelas paisagens bonitas e ver embarcações de todo o tipo, algumas quase afundarem-se, tal é o peso que transportavam ou o mau estado de conservação. Esta travessia deu para ver tudo. Desembarcamos e pusemo-nos ao caminho para visitar e subir lá cima ao Mingun Pahtodawgyi, este templo é a stupa incompleta porque um astrólogo na altura disse se alguma vez fosse concluído o rei morreria. É nesta localidade que existe o maior sino do mundo, nós tocamos-lhes e só pesa 90718 quilos. A nossa subia ao cimo desta stupa foi complicado; a Sofia na altura cansava-se ao subir tantos degraus, não sei ao certo, talvez uns cento e muitos por locais que se encontravam lascados, devido a um forte tremor de terra que abalou este local em 1839 e abriu imensas rachas neste templo.
Paramos uma série de vezes, por fim ela e a Júlia ficaram a meio da subida, nós lá prosseguimos até ao topo de onde podemos admirar até perder de vista a imensidão de templos que rodeiam esta stupa, uma admiração. Finalmente tivemos de regressar ao hotel para levantar os nossos pertences e dirigimo-nos para o aeroporto, pois ainda hoje teremos de ir novamente para Yangon. Aconteceu que neste regresso passamos pelo palácio real para tirarmos mais umas fotografias e ver o aparato militar que o rodeia. A nossa paragem teve mais a ver com a possibilidade de tirar uma fotografia ao lado de um militar, caso raro e muito difícil de se conseguir. Sim tivemos essa tentativa com uns militares, não forçamos lá muito a situação e acabamos na mesma, como chegamos. Já estamos muito perto do aeroporto onde vamos seguir no voo W9 274 com partida para as 17H05 e chegaremos cerca das 18H30. Não tivemos nenhum atraso e são precisamente 20H00 e já estamos na porta do hotel, onde deparamos com uma recepção de embaixadores, sim não somos nós os embaixadores.
Há hoje neste hotel uma grande festa, celebram o dia nacional de Singapura, onde estão uma dezenas de embaixadores acreditados neste país, vimos grandes automóveis e muitos seguranças. Pareceu-me sermos, hoje, só nós os únicos hospedes deste hotel. Lá fomos para os nossos quartos para depois regressarmos e jantarmos no grande salão do hotel. Foi um bom jantar, bem precisávamos. Amanhã uma nova tirada espera por nós.
12 Agosto - Yangon - Bangkok - Vientiane 581km+499km

Pequeno almoço no hotel, porquanto
temos de sair por volta das 08H00, para apanhar o voo 8M 5224 com partida às
09H55, onde chegará a Bangkok cerca das 11H40, para depois fazermos o
transbordo para o voo QV424, com partida às 15H00 e chegada a Vientiane no Laos
às 16H20. Este dia quase foi inteiramente passado em aeroportos, foi cansativo,
mesmo assim quando chegamos a Vientiane ainda fomos conhecer alguns locais perto do hotel onde estamos hospedados. Regressamos ao
hotel e combinamos que amanhã vamos percorrer umas zonas importantes desta cidade.
No entanto o cansaço está apoderar-se de nós, vamos mas é tomar uma boa banhoca, seguidamente um
grande jantar, também será importante. Não estávamos à espera de ser apresentado neste hotel um lindo espectáculo
de dança e cantares deste país, deu para nos distraímos um pouco e jantarmos
com estas companhias.
Mal
acordamos recebemos a notícia que o Carlos se encontra indisposto. Mas então o que se passa! De noite começou a sentir-se incomodado e caminhou
toda a noite para a casa de banho,
ao pequeno almoço tomamos as providências do que iria comer para que a situação não se agrave, comeu umas torraditas mais um chazinho e vamos ver o que vai acontecer. Um pouco mais tarde do que o costume, saímos do hotel para a nossa primeira visita de hoje, começamos por ir a um sítio muito lindo que é o símbolo nacional do Laos, mais propriamente o Pha That Luang, uma stupa da religião budista. Diz a lenda que Ashokan, missionários da India ergueram uma Taħ/stupa aqui para colocarem um bocado do peito de buda, isto no terceiro século antes de cristo. Há um claustro com muros altos e
com janelas minúsculas que envolvem a stupa de 45 metros de altura. Mais adiante avistamos o Wat Si Saket que é mais um mosteiro na nossa maneira de ver, tem um claustro enorme onde existe uma parede que contém mais de 2000 cerâmicas e imagens do buda em prata, vimos uma pintura de um dragão que deve ter umas centenas de anos, mas ainda muito bem conservada. Com tudo isto o Carlos continua em maus lençóis, está com uma diarreia do caraças, mal encarado e com suores, sente-se fraco e vai ter de reforçar os medicamentos que já tomou para que
façam efeito rapidamente. Nesta altura começaram a cair uns pingos de chuva que faz o tempo ficar um pouco mais fresco. Mais adiante fomos até Patuxay, não é mais do que o Arco do Triunfo do Laos, subimos lá cima, avistamos uma grande parte desta cidade e reparamos que a construção é baixa, não existindo prédios altos. Neste local o Carlos esteve a descansar um pouco enquanto eu e a Sofia fomos ao mercado do ouro, comprar algumas peças que são valiosas e com um designe estupendo, este local mais parece uma fortaleza, tão bem guardado com tropas em todos os acessos e dentro, todos munidos com metralhadores não vá o diabo tesselas. Seguidamente fomos visitar mais locais de interesse desta cidade que nos tem maravilhado, não fazíamos ideia do património arquitectónico existente. Ainda fomos visitar um mercado ao ar livre, onde podia-mos comer se quisesse-mos. Com tudo isto as horas foram-se passando o Carlos tem melhorado lentamente e lá teremos de ir para o aeroporto porque às 17H40 temos de apanhar o voo VN840 e que chegará às 18H40 a Hanói. Estamos já no aeroporto a fazer o despacho das nossas malas, seguidamente para o cais de embarque. Embarcamos num avião das linhas aéreas do
Vietname que nós achamos imensa graça, pois trata-se de uma aeronave com hélices um ATR-72, ou seja um turboélice que transporta 68 passageiros. Chegamos a Hanói ao final da tarde onde tínhamos transfer privado para o Hotel Nikko. Nesta noite provamos a comida Vietnamita, todos gostamos à noite fomos dar uma volta por perto deste hotel, onde vimos uma quantidade de motas que circulam nesta cidade, são incontáveis, lá vão passando alguns automóveis, mas a quantidade de motas é notória. Deparamos com adversidade nas passadeiras de peões, elas existem, mas na verdade o trânsito não para, somos nós que nos temos de aventurar e passar porque eles, vão passando pela frente e por trás e não nos atropelam, aquilo está tão bem feito que nós ficamos boquiabertos. Estivemos muito tempo a ver aquelas habilidades nas passadeiras, é sem dúvida um país Asiático. Nesta altura o Carlos já está refeito da tragédia e pronto para uma próxima, esperamos que nestas férias isso não aconteça. Já noite dentro, vamos para o hotel dormir que amanhã iremos ter um dia em grande. Já agora deixo aqui uma mensagem Laociana:
Fomos recebidos por um grupo deste povo que assim que nos viu veio ter connosco e dançou
um pouco para nos agradar. Andamos por esta vila, visitámos as suas casas muito
primitivas, feitas em cima de troncos de madeira e ladeadas a bambu, os
telhados cobertos de folhas
gigantes. Esta tribo é especializada em tecelagem e os
homens são bons ferreiros. Uma das muitas crianças desta vila mostrou-nos uma
planta que se mexia quando os nossos dedos lhes tocavam. Nós nunca tínhamos visto
tal coisa. Mais à frente estivemos a conviver com mais habitantes, elas mais
simpáticas do que eles, davam-nos mais atenção e mostravam as suas habilidades,
tais comos os seus tecidos que são feitos em cores muito fortes. Lá tiramos as
nossas fotografias com toda esta gente, dando grande relevo às mulheres e
crianças que usam argolas à volta do pescoço, pernas e braços, isto para
fazerem alongar estas partes do corpo. Diz-se que se alguma vez viessem a tirar
estas argolas o pescoço partia-se por falta de suporte exercido por elas. Deixamos
este lugar e caminhamos para Mae Sai, aqui
encontra-se a fronteira com a Birmânia, há uma ponte muito bonita que liga estes
dois países para o qual amanhã já o estaremos a visitar, agora vamos
ver os pontos mais importantes e de seguida para o triângulo dourado, local
muito conhecido pelo tráfego de ópio. Chegados a este local tão famoso, conseguimos compreender que existem umas lanchas rápidas que nos podem levar até ao Laos, vê-se perfeitamente que a distância é curta, pensamos que vale a pena dar este passeio por isso, vamos atravessar o rio Mekong e visitar a ilha de Donsao. para entrar no Laos. É necessário obter o visto, mas o acesso a esta ilha tem regras diferentes, só temos de pagar uma taxa numa alfândega para obter a autorização para explorar a ilha, apesar de ser necessário mostrar o passaporte, este não é carimbado. Já nesta ilha fomos visitar alguns locais e vimos tendas onde vendem algumas bugigangas e frutos da região, avistamos alguns macacos e regressamos ao outro lado da margem. Mais uma experiência. Deste lado encontramos uns Brasileiros que por ali andavam no passeio, falamos da desgraça portuguesa aquando do europeu de futebol em que o treinador era o Filipe Scolari, só quisemos dizer mal do trabalho do treinador e acusá-lo do desaire que está nas nossas memórias. Finalizamos a nossa visita e começamos o regresso a Chiang Rai, local onde vamos dormir e entregar a viatura por nós alugada, esta que foi levantada em Chiang Mai. Ainda fizemos uns bons quilómetros na montanha, passamos por uma zona que ainda existe guerrilha, nada nos aconteceu, para seguidamente entrar-mos numa planície onde vimos o cultivo do arroz, para por fim entrarmos no nosso ponto de chegada. Estamos à procura onde fica o hotel Wiang Inn Chiang Rai para deixar-mos as nossas malas. Sim estamos cansados e sofremos com o calor e humidade presentes. Vamos à nossa banhoca para depois jantarmos a saborear uns pratos desta tão primorosa e picante comida.
8 Agosto - Chian Rai - Yangon (Mianmar) 676km+581km
Acordámos um pouco mais tarde do que o costume, a razão é de só termos o voo à tarde. O pequeno almoço foi tomado no
hotel, é o sítio onde nos safamos melhor, pois um pequeno almoço fora deste
local já vimos que é um pouco complicado e não tem a fartura nem a diversidade
do hotel.
Malinhas arranjadas. colocadas um pouco à força dentro do porta
bagagens do carro, ele não é assim tão grande e lá vamos nós dar mais uma volta
por esta cidade. Tivemos várias situações que nos chamaram atenção, tais como o
pendura de uma mota levar um chapéu de chuva para ir mais resguardada do Sol,
pequenas camionetas transformadas em transportes públicos, basta ter acentos de
um lado e do outro para poder transportar pessoas todas a monte, também o uso
do capacete nos motociclistas não é obrigatório, as ruas estão limpas, não há
papéis nas bermas ou a voar, muitas mulheres a conduzirem pequenas motas,
placas de sinalização escritas em dois dialectos. Quando nos dirigíamos na
direcção do aeroporto, verificámos que existem umas pequenas barreiras que estão a ser controladas
por militares, qual é o nosso espanto, pois havia duas sentinelas que dormiam
nas cadeiras. Coitados havia muito calor e tinham de dormir a "siesta". Esta
cidade também tem imensas árvores e lagos com uma vegetação exuberante, prestamos
mais atenção a uma ribeira que aqui passa tranquilamente onde descansadamente
muitas famílias se encontram.Com tudo isto chegou a nossa hora de partimos, são cerca das 13H30 e vamos directos entregar no aeroporto o carro alugado em Chiang Mai, temos de apanhar o voo TG141 que sai às 15H50 e chegada a Bangkok pelas 17H05, para que daqui a poucas horas, mais precisamente às 20H30, o voo 8M340 com destino a Yangon, capital do Mianmar, chegaremos às 21h15.
Foi no misto destes dois voos que nos fez hoje perder muito tempo. Já noite chegamos ao nosso hotel, mais precisamente o Traders, tivemos um transfer privado que lá nos colocou. Chegámos com alguma fome, mas já não tivemos a sorte de jantar neste hotel, o serviço de restaurante já se encontrava encerrado, Fizeram-nos sandes e pouco mais, Este hotel é o mais emblemático desta cidade, nesta altura o mais caro e também aquele que reúne melhores condições.
9 Agosto - Yangon (Mianmar)
Começamos
este dia bem cedo, há muito para ver e temos poucas informações por onde
começar e acabar, e qual a forma mais fácil de nos deslocar-mos. Soubemos que o nome desta cidade - Yangon deriva da formação de duas palavras Yan, que
significa inimigos e Koun, que significa livrar-se de, fugir de, assim
"cidade sem inimigos". Os Portugueses estiveram aqui no final
do século XVI e princípios do século XVII, sendo o mais conhecido Filipe de
Brito que veio a ser executado em 1613.

Saímos
do hotel e apanhamos de imediato um táxi para nos levar ao pagode Shwedagon,
mas o taxista bem como o carro estavam com péssimas aparências, o motorista,
tossia constantemente e tinha a boca cheia de sangue. Veio-nos logo à ideia que
o gajo está mas é tuberculoso, com esta tosse, magricelas e com sangue na boca,
mau! Agora o carro, todo porco por dentro e por fora, os assentos todos
esgaçados o tecto estava roto e todo porco, puxadores das portas não tinha.
Aconteceu, quando a Júlia fechou a porta, esta quase caía e pareceu-nos que
o carro ia-se desengonçar todo, tal era a força dela e a qualidade em que se
encontrava esta viatura. Tínhamos falado ao motorista logo no início desta viagem que iria andar o dia
todo connosco, isso não aconteceu porque o medo apoderou-se de nós, por causa
da tuberculose, na volta não era nada, nós é que imaginamos!
Vimos constantemente que nas ruas havia escarros no chão com sangue. A verdade é que tanto homens como mulheres andam frequentemente a mascar umas folhas verdes que são vendidas em diversos locais. Estas folhas depois de muito mastigadas, criam um suco vermelho na boca que seguidamente cospem para o chão, ou seja o motorista não devia estar assim tão tuberculoso, somos, mas é uma más línguas. Chegamos ao pagode Shwedagon é um dos pagodes mais famosas do mundo e certamente é a principal atração de Yangon, localmente conhecido como Shwedagon Zedi Daw, que fica no topo de uma colina de 99 metros de altura. Pode ser visto da maioria dos lugares de Yangon de dia e de noite, como o telhado é dourado ilumina a cidade. Segundo alguns o pagode tem 2600 anos de idade, tornando o pagode Shwedagon o mais antigo do mundo. No entanto, não existem documentos oficiais que comprovem a sua construção e sua idade ainda é uma polémica.

Como santuário mais venerado de Myanmar, sempre foi habitual para as famílias, os mendigos e os seguidores do Buda fazerem a peregrinação ao Shwedagon em muito da mesma maneira que os muçulmanos se sentem compelidos a visitar a Caaba em Meca, pelo menos uma vez na vida. Tal é a robustez deste templo qua parece indestrutível, apesar de um grande terramoto em 1769 e outros de menores escala no século XX e de um grande incêndio em 1931, ainda permanece grandioso no topo desta colina.
Para visitarmos todo este complexo, fomos obrigados a tirar os sapatos ao entrar no Shwedagon e a pisar aquele piso escaldante e nalguns sítios muito sujo por causa dos escarros com cor de sangue é um processo muito difícil de transpor, mas valeu a pena, está ali um valor incalculável em ouro. Dizem também que contém oito cabelos do Buda.
Depois de vermos este pagode
em pormenor, sim gostamos imenso é lindo e atraiu-nos, bem como as centenas de
pessoas que aqui se encontram.
Seguidamente fomos visitar outros locais desta cidade,
caminhamos por ruas e ruelas onde vimos muita pobreza mas pessoas simpáticas,
andamos sempre sem qualquer receio.
Gostamos imenso de estar nesta cidade.
10 Agosto - Yangon - Mandalay 668km
São 03h00
horas da manhã, sim isso mesmo, 03H00 horas, estamos acordar porque temos voo
marcado para as 06H00. Isto sim, são os princípios do viajante, nada de dificuldades
porque o prazer de viajar vai superar qualquer esforço extra que tivermos a fazer.
Ontem à noite combinamos com um taxista para nos vir buscar às 04H00 horas,
falamos com o hotel para ter alguma
coisa que possamos comer e lá vamos a caminho do aeroporto, que fica a alguns
quilómetros do local onde nos hospedamos. Está uma noite estrelada, vimos ao
longo deste caminho muitos monges descalços, sós, ou em grupos numerosos que
circulam nas ruas desta longa cidade. Muitos transportam nos seus braços um
pote com comida, ou seja os monges budistas pela madrugada têm um ritual de
irem pedir comida.
Chegados
ao aeroporto fomos tratar da documentação de embarque, não despachamos
as malas porque no final do dia 11, regressamos novamente a este hotel em Yangon.
Vamos esperar cerca de 50 minutos para seguirmos no voo W9 121, que chegará a
Mandalay cerca das 08H05.
Logo que chegamos a esta cidade fomos colocar toda a tralha no Hotel Sedona Mandalay e seguir o nosso trajecto para os locais previamente assinalados por nós. Quando íamos a caminho do pagode de Mahamuni e poucos quilómetros tínhamos andado já estamos a ser interpelados por polícias num posto de controlo onde fomos devidamente identificados. As nossas identificações foram escritas num livro, modelo já mais do que ultrapassado, ainda perdemos algum tempo pois o
polícia teve de escrever tudo o que constava nos passaportes debruçado sobre um banco que também servia de secretária. Mais adiante cruzamos a primeira bomba de abastecimento de combustível, é um estrado com diversas garrafas e bidões de vários tamanhos, 1, 2, 5, 10 litros, cheios de gasolina da mais barata. Há também um tubo que serve de mangueira de abastecimento.
Logo que chegamos a esta cidade fomos colocar toda a tralha no Hotel Sedona Mandalay e seguir o nosso trajecto para os locais previamente assinalados por nós. Quando íamos a caminho do pagode de Mahamuni e poucos quilómetros tínhamos andado já estamos a ser interpelados por polícias num posto de controlo onde fomos devidamente identificados. As nossas identificações foram escritas num livro, modelo já mais do que ultrapassado, ainda perdemos algum tempo pois o
polícia teve de escrever tudo o que constava nos passaportes debruçado sobre um banco que também servia de secretária. Mais adiante cruzamos a primeira bomba de abastecimento de combustível, é um estrado com diversas garrafas e bidões de vários tamanhos, 1, 2, 5, 10 litros, cheios de gasolina da mais barata. Há também um tubo que serve de mangueira de abastecimento.
Finalmente
chegamos ao pagode de Mahamuni, é grandioso, onde se encontra o Buda com o mesmo
nome. É uma das imagens de Buda mais sagrados da Birmânia, coberto por uma
tonelada de ouro, (eu e Carlos também contribuímos com umas finíssimas
folhas de ouro que foram calcadas com os nossos dedos em cima daquelas camadas já existentes, só os homens têm acesso, as mulheres ficam sentadas no chão) e muitas pedras preciosas, como diamantes, rubis, pérolas, safiras e esmeraldas. Voltamos ao centro de Mandalay e passeamos por locais que não imaginamos existirem, caminhos onde vimos artesãos de vários ofícios a trabalharem em pequenas lojas, nas ruas ao ar livre, toda a gente tem o seu trabalho, pedreiro, pintor, escultor, carpinteiro, estofador, alfaiate, picheleiro e etc. Ia-mos sempre a parar aqui e ali, a
perfeição chama-nos atenção. Um pintor veio ter connosco a mostrar a sua habilidade, com uma lâmina de barbear e um pouco de tinta preta conseguiu em poucos minutos desenhar e pintar uma paisagem lindíssima, numa folha de cartão. Fiquei espantado que comprei-lhe três dessas pinturas, uma delas foi pintada no momento. Vimos também crianças a bordarem com uma perfeição que os considero uns verdadeiros artistas. Nós vagueamos por todos estes sítios sem qualquer problema, ninguém nos chateou, pelo contrário foram todos muito amáveis connosco. Passaram por nós dois homens numa bicicleta carregada de patos vivos pendurados pelas pernas, só na Ásia isto pode ser visto.
folhas de ouro que foram calcadas com os nossos dedos em cima daquelas camadas já existentes, só os homens têm acesso, as mulheres ficam sentadas no chão) e muitas pedras preciosas, como diamantes, rubis, pérolas, safiras e esmeraldas. Voltamos ao centro de Mandalay e passeamos por locais que não imaginamos existirem, caminhos onde vimos artesãos de vários ofícios a trabalharem em pequenas lojas, nas ruas ao ar livre, toda a gente tem o seu trabalho, pedreiro, pintor, escultor, carpinteiro, estofador, alfaiate, picheleiro e etc. Ia-mos sempre a parar aqui e ali, a
perfeição chama-nos atenção. Um pintor veio ter connosco a mostrar a sua habilidade, com uma lâmina de barbear e um pouco de tinta preta conseguiu em poucos minutos desenhar e pintar uma paisagem lindíssima, numa folha de cartão. Fiquei espantado que comprei-lhe três dessas pinturas, uma delas foi pintada no momento. Vimos também crianças a bordarem com uma perfeição que os considero uns verdadeiros artistas. Nós vagueamos por todos estes sítios sem qualquer problema, ninguém nos chateou, pelo contrário foram todos muito amáveis connosco. Passaram por nós dois homens numa bicicleta carregada de patos vivos pendurados pelas pernas, só na Ásia isto pode ser visto.
Seguidamente fomos visitar Sandamuni Paya, localizado a
curta distância do Palácio Real, este templo é dedicado ao principe Sandamun
que foi aqui assassinado. A estrutura é
composta por vários stupas brancos, rodeada por mais de mil placas que carregam
esculturas budistas, seguindo o
exemplo da vizinha Kuthodaw pagode, que abriga o maior livro do mundo, gravado em placas. Mais à frente fomos até às margens do rio Ayeyarwady, um local com muita vida, pessoas a viveram em cima de estrados feitos em bambu, muitos barquitos, vacas a pastarem nas suas margens, raparigas a tomarem banho vestidas, nós falamos com algumas e demonstraram alegria, mas muito perto um miúdo fazia as suas necessidades para a água. Também ali se lavavam sacos de rafia usados no transporte de diversos produtos. O calor continuava abrasador, resolvemos ir beber umas cervejas num lugar gracioso, onde estavam uns quantos jovens que nos atenderam e se divertiram com as nossas conversas, até o abre latas, não era mais do que um prego espetado numa pequena tábua, entretanto eu tive de bebê-la com muito cuidado pois não me estava a sentir lá muito bem com a elevada temperatura.
Neste local estava uma mulher a calcetar um tipo de calçada portuguesa.
Mais adiante estivemos a ver mais umas crianças a trabalharem, mas nada de fazerem trabalhos pesados. Finalmente regressamos ao nosso hotel onde nos fomos recompor deste dia tomando as nossas banhocas, para que depois do jantar assistirmos a um espetáculo de danças características da Birmânia.
exemplo da vizinha Kuthodaw pagode, que abriga o maior livro do mundo, gravado em placas. Mais à frente fomos até às margens do rio Ayeyarwady, um local com muita vida, pessoas a viveram em cima de estrados feitos em bambu, muitos barquitos, vacas a pastarem nas suas margens, raparigas a tomarem banho vestidas, nós falamos com algumas e demonstraram alegria, mas muito perto um miúdo fazia as suas necessidades para a água. Também ali se lavavam sacos de rafia usados no transporte de diversos produtos. O calor continuava abrasador, resolvemos ir beber umas cervejas num lugar gracioso, onde estavam uns quantos jovens que nos atenderam e se divertiram com as nossas conversas, até o abre latas, não era mais do que um prego espetado numa pequena tábua, entretanto eu tive de bebê-la com muito cuidado pois não me estava a sentir lá muito bem com a elevada temperatura.
Neste local estava uma mulher a calcetar um tipo de calçada portuguesa.
Mais adiante estivemos a ver mais umas crianças a trabalharem, mas nada de fazerem trabalhos pesados. Finalmente regressamos ao nosso hotel onde nos fomos recompor deste dia tomando as nossas banhocas, para que depois do jantar assistirmos a um espetáculo de danças características da Birmânia.
11 Agosto - Mandalay - Yangon 668km
Andamos ensonados, há dois dias atrás apenas
descansamos
3 horas, esta noite dormimos mais um pouco mas não bastou, levantamo-nos cerca
das 08H00, para aproveitarmos estas horas que ainda temos para visitar mais alguns
locais nesta cidade. Tomamos mais uma vez um pequeno almoço substancial, com
muitas vitaminas e proteínas, porque com a temperatura que hoje está, 33o e uma
humidade a rondar os 90% é obra.
Vamos a caminho de
Amarapura onde vamos encontrar mais templos.Todos os templos que temos visto na Birmânia estão muito bem conservados e são espantosos. Neste trajecto vimos uma situação deplorável, um grupo enorme de crianças em que as idades variam entre quatro e os doze anos, estão maltrapilhos, alguns nus apanhar à mão uns peixinhos pequeninos que se encontram no charco enlameado, há dois homens que os controlam e recebem o que conseguem apanhar. Chegamos e vamos visitar e passear sobre uma ponte muito famosa a "U Bein Teca Bridge", com um comprimento de 1,2km que atravessa o lago Taungthaman, só podem transpô-la pessoas. Neste local conhecemos uma rapariga Birmanesa muito bonita e simpática de nome Enoé que nos fez companhia e nos acompanhou ao longo de muito tempo.
Finalizamos a visita a este local, para seguidamente alugamos um barco para nos transportar a Mingun, é uma barco enorme que podia transportar umas dezenas de pessoas, mas só nós os quatro lá vamos no convés, sentados em cadeirões de bambu admirar aquelas paisagens bonitas e ver embarcações de todo o tipo, algumas quase afundarem-se, tal é o peso que transportavam ou o mau estado de conservação. Esta travessia deu para ver tudo. Desembarcamos e pusemo-nos ao caminho para visitar e subir lá cima ao Mingun Pahtodawgyi, este templo é a stupa incompleta porque um astrólogo na altura disse se alguma vez fosse concluído o rei morreria. É nesta localidade que existe o maior sino do mundo, nós tocamos-lhes e só pesa 90718 quilos. A nossa subia ao cimo desta stupa foi complicado; a Sofia na altura cansava-se ao subir tantos degraus, não sei ao certo, talvez uns cento e muitos por locais que se encontravam lascados, devido a um forte tremor de terra que abalou este local em 1839 e abriu imensas rachas neste templo.
Paramos uma série de vezes, por fim ela e a Júlia ficaram a meio da subida, nós lá prosseguimos até ao topo de onde podemos admirar até perder de vista a imensidão de templos que rodeiam esta stupa, uma admiração. Finalmente tivemos de regressar ao hotel para levantar os nossos pertences e dirigimo-nos para o aeroporto, pois ainda hoje teremos de ir novamente para Yangon. Aconteceu que neste regresso passamos pelo palácio real para tirarmos mais umas fotografias e ver o aparato militar que o rodeia. A nossa paragem teve mais a ver com a possibilidade de tirar uma fotografia ao lado de um militar, caso raro e muito difícil de se conseguir. Sim tivemos essa tentativa com uns militares, não forçamos lá muito a situação e acabamos na mesma, como chegamos. Já estamos muito perto do aeroporto onde vamos seguir no voo W9 274 com partida para as 17H05 e chegaremos cerca das 18H30. Não tivemos nenhum atraso e são precisamente 20H00 e já estamos na porta do hotel, onde deparamos com uma recepção de embaixadores, sim não somos nós os embaixadores.
Há hoje neste hotel uma grande festa, celebram o dia nacional de Singapura, onde estão uma dezenas de embaixadores acreditados neste país, vimos grandes automóveis e muitos seguranças. Pareceu-me sermos, hoje, só nós os únicos hospedes deste hotel. Lá fomos para os nossos quartos para depois regressarmos e jantarmos no grande salão do hotel. Foi um bom jantar, bem precisávamos. Amanhã uma nova tirada espera por nós.
12 Agosto - Yangon - Bangkok - Vientiane 581km+499km

Já noite
dentro fomos dormir para repormos os nossos sonos. Estamos hospedados no Hotel Lao Plaza, é uma unidade hoteleira com grande qualidade.
13 Agosto - Vientiane - Hanói 485km
13 Agosto - Vientiane - Hanói 485km

ao pequeno almoço tomamos as providências do que iria comer para que a situação não se agrave, comeu umas torraditas mais um chazinho e vamos ver o que vai acontecer. Um pouco mais tarde do que o costume, saímos do hotel para a nossa primeira visita de hoje, começamos por ir a um sítio muito lindo que é o símbolo nacional do Laos, mais propriamente o Pha That Luang, uma stupa da religião budista. Diz a lenda que Ashokan, missionários da India ergueram uma Taħ/stupa aqui para colocarem um bocado do peito de buda, isto no terceiro século antes de cristo. Há um claustro com muros altos e
com janelas minúsculas que envolvem a stupa de 45 metros de altura. Mais adiante avistamos o Wat Si Saket que é mais um mosteiro na nossa maneira de ver, tem um claustro enorme onde existe uma parede que contém mais de 2000 cerâmicas e imagens do buda em prata, vimos uma pintura de um dragão que deve ter umas centenas de anos, mas ainda muito bem conservada. Com tudo isto o Carlos continua em maus lençóis, está com uma diarreia do caraças, mal encarado e com suores, sente-se fraco e vai ter de reforçar os medicamentos que já tomou para que
façam efeito rapidamente. Nesta altura começaram a cair uns pingos de chuva que faz o tempo ficar um pouco mais fresco. Mais adiante fomos até Patuxay, não é mais do que o Arco do Triunfo do Laos, subimos lá cima, avistamos uma grande parte desta cidade e reparamos que a construção é baixa, não existindo prédios altos. Neste local o Carlos esteve a descansar um pouco enquanto eu e a Sofia fomos ao mercado do ouro, comprar algumas peças que são valiosas e com um designe estupendo, este local mais parece uma fortaleza, tão bem guardado com tropas em todos os acessos e dentro, todos munidos com metralhadores não vá o diabo tesselas. Seguidamente fomos visitar mais locais de interesse desta cidade que nos tem maravilhado, não fazíamos ideia do património arquitectónico existente. Ainda fomos visitar um mercado ao ar livre, onde podia-mos comer se quisesse-mos. Com tudo isto as horas foram-se passando o Carlos tem melhorado lentamente e lá teremos de ir para o aeroporto porque às 17H40 temos de apanhar o voo VN840 e que chegará às 18H40 a Hanói. Estamos já no aeroporto a fazer o despacho das nossas malas, seguidamente para o cais de embarque. Embarcamos num avião das linhas aéreas do
Vietname que nós achamos imensa graça, pois trata-se de uma aeronave com hélices um ATR-72, ou seja um turboélice que transporta 68 passageiros. Chegamos a Hanói ao final da tarde onde tínhamos transfer privado para o Hotel Nikko. Nesta noite provamos a comida Vietnamita, todos gostamos à noite fomos dar uma volta por perto deste hotel, onde vimos uma quantidade de motas que circulam nesta cidade, são incontáveis, lá vão passando alguns automóveis, mas a quantidade de motas é notória. Deparamos com adversidade nas passadeiras de peões, elas existem, mas na verdade o trânsito não para, somos nós que nos temos de aventurar e passar porque eles, vão passando pela frente e por trás e não nos atropelam, aquilo está tão bem feito que nós ficamos boquiabertos. Estivemos muito tempo a ver aquelas habilidades nas passadeiras, é sem dúvida um país Asiático. Nesta altura o Carlos já está refeito da tragédia e pronto para uma próxima, esperamos que nestas férias isso não aconteça. Já noite dentro, vamos para o hotel dormir que amanhã iremos ter um dia em grande. Já agora deixo aqui uma mensagem Laociana:
"내부 천정에 묘사된 브라흐마,브슈누,시바,절대신과 시간의 흐름에 따른 꽃송이의 변화 그리고 4면의 천정벽화 바로 밑에 만들어진 불상이 힌두와 불교의 묘한 합체를 연상케하며 각 면의 모퉁이에 양각된 얼굴모양이 경주에서 출토된 기와편의 얼굴과 닮아 있다는 것이 묘한 동질감을 갖게 합니다."
14 Agosto - Hanói
Outra vez a levantarmo-nos cedinho, com pouca vontade,
pois acomodação neste hotel é esplêndida a temperatura nos quartos é 5
estrelas. Temos estado à janela apreciar a quantidade de motos que se cruzam lá
em baixo, são centenas que viram
à esquerda, outras para a direita ou em
frente, isto sem pararem e sem haver qualquer acidente, tudo muito bem planeado
e a existência de civismo, perdemos uns longos minutos apreciar aquele emaranhado
de duas rodas, é fantástico. Agora que vamos para a rua, vai ser penoso, com
uma temperatura a rondar os 29o às 09h00 e uma humidade de 82% é agreste. Temos um transfer e um guia,
hoje por nossa conta que nos vai dar a conhecer todos os principais locais de
interesse nesta cidade.
Começamos por conhecer o bairro histórico desta metrópole, onde há um emaranhado de ruas e ruelas, cheias de gente, lojas, bicicletas e motas: Aqui tudo se vende, como fruta, animais, flores, as mais diversas peças, tintas, roupas, ferragens, comida já feita, etc. Os passeios estão totalmente ocupados por esta gente, mal podemo-nos movimentar. Foi muito agradável ver toda esta azafama, gente simpática e ordeira. Mais uma vez nos apercebemos que esta cidade tem uma trânsito caótico, mais o barulho ensurdecedor das buzinas e dos motores que nem se consegue ouvir o chilrear dos passarinhos que quase todos os vietnamitas prendem nos troncos das árvores e nas varandas das suas casas que eles dizem que é para lhes dar sorte. Reparamos que a frente de muitos edifícios não tem mais do que dois metros de largura, mas o seu comprimento parece nunca mais terminar, as alturas pode haver uma com três andares e logo a seu lado outro com
sete e logo a seguir mais outro com quatro. A arquitectura é tão variada que mais me parece desenhos de banda desenhada, isto pela diferença de cada um, como também pela sua cor.
15 Agosto - Hanói - Halong Bay - Danang 606km
14 Agosto - Hanói
Começamos por conhecer o bairro histórico desta metrópole, onde há um emaranhado de ruas e ruelas, cheias de gente, lojas, bicicletas e motas: Aqui tudo se vende, como fruta, animais, flores, as mais diversas peças, tintas, roupas, ferragens, comida já feita, etc. Os passeios estão totalmente ocupados por esta gente, mal podemo-nos movimentar. Foi muito agradável ver toda esta azafama, gente simpática e ordeira. Mais uma vez nos apercebemos que esta cidade tem uma trânsito caótico, mais o barulho ensurdecedor das buzinas e dos motores que nem se consegue ouvir o chilrear dos passarinhos que quase todos os vietnamitas prendem nos troncos das árvores e nas varandas das suas casas que eles dizem que é para lhes dar sorte. Reparamos que a frente de muitos edifícios não tem mais do que dois metros de largura, mas o seu comprimento parece nunca mais terminar, as alturas pode haver uma com três andares e logo a seu lado outro com
sete e logo a seguir mais outro com quatro. A arquitectura é tão variada que mais me parece desenhos de banda desenhada, isto pela diferença de cada um, como também pela sua cor.
Chegou hora do almoço o nosso guia fez questão de nos
levar a um restaurante típico onde nos deliciaríamos com uns bons pratos de
comida vietnamita, nome deste restaurante "SEN" localizado no número
10, 431 Alley, Au Co Road, junto ao West Lake. Sem dúvida tivemos um almoço espectacular,
apreciamos imenso os diversos pratos, bem condimentados. Até as mesas, cadeiras,
candeeiros, janelas e loiças são graciosas. Note-se que este restaurante tem um
serviço de bufete, mas nós fomos atendidos numa sala que nos serviram
individualmente.
De tarde abordamos o mausoléu
onde se encontram os restos mortais de Ho Chi Minh, que foi um revolucionário e
estadista do Vietname do Norte: Vimos o render da guarda de honra feita por
militares que estão vestidos com fardas de gala, marchando e executando
movimentos de marcha, moldados para aquela exibição. Seguidamente fomos até ao Palácio Presidencial que está todo pintado
de um amarelo torrado que faz distingui-lo do meio deste emaranhado de edifícios,
tiramos mais algumas fotografias, visitamos os jardins circunvizinhos e
passamos a tarde deste dia a ver os locais históricos desta cidade que tem uma
população de 6 milhões de habitantes. Já noite regressamos ao nosso hotel onde
jantamos para que depois ainda viéssemos até à rua dar mais umas voltas e ver
todo aquele ambiente nocturno.15 Agosto - Hanói - Halong Bay - Danang 606km
Mais
um dia que está abarrotar no tempo, pelo facto de que no final do dia temos
mais uma passagem aérea para fazer, ainda mais vamos ter que fazer cerca de 150
quilómetros
que vai demorar 3 horas para lá chegarmos o mesmo se vai passar no
regresso a Hanói. Já ontem tínhamos feito o nosso programa para hoje que é
irmos até Halong Bay, localizada no litoral norte é uma maravilha natural deste
país, composta por três mil ilhotas dentro do mar que têm uma vegetação densa
que emerge das águas verdes do mar.
Chegamos
e já tínhamos à nossa espera o barco composto com os apetrechos para o nosso
almoço e pronto a partir. Começamos por conhecer a tripulação composta pelo
piloto mais uma senhora que vai-nos fazer as delícias vietnamitas. A primeira
visita surgiu passada meia hora, onde abordamos
uma
destas ilhotas, desembarcarmos e fomos a uma caverna maravilhosa que
visitamos e demos uma voltinha subindo uma enorme escadaria donde avistamos a quantidade de ilhas desta baía. Partimos de novo à volta de dezenas de
ilhas, mais nos parece uma paraíso, é fantástico este aglomerado de tantas
ilhotas tão verdejantes e duma apresentação inimaginável. Não fazia ideia que existia
local tão formoso neste Vietname. Com isto chegou a hora do almoço,
apresentaram-nos uma grande mariscada, cozinhada neste junco enquanto nós íamos apreciando a beleza envolvente.
Deram-nos para beber, além das cervejas e
sumos um vinho francês "bordeaux
Blanc" que gostamos e seguidamente uma grande travessa com vegetais
saborosíssimos para depois finalizarmos com frutos, alguns desconhecíamos. Andamos mais duas
horas neste local para depois regressar-mos a terra e de seguida irmos para o
aeroporto de Hanói. Temos de embarcar no voo VN317 que vai sair às 17H00 e
pelas 18H15 chegaremos a Danang, outra cidade bonita deste Vietname. A viagem
correu lindamente e chegamos ao hotel Royal, já com a reserva efectuada e no
transfer privado. Depois do jantar ainda fomos dar uma volta por esta cidade,
isto, já para nos habituarmos.
16 Agosto - Danang - Ho Chi Minh 603km
Soubemos também que os portugueses aqui estiveram em 1535, com o explorador António de Faria, capitão de mar, vindo de Danang, tentou estabelecer um importante centro comercial na aldeia. Estamos dentro dos jardins que rodeiam o templo Quan Cong, conjunto de edifícios muito bem conservados e rodeados de imensas plantas. O certo é que vagueamos por esta cidade, onde nos cruzava-mos com a população que se deparavam com as suas labutas matinais. São muito simpáticas e tantas veze chegamos a brincar com objectos que transportavam ou usavam, onde tiramos imensas fotos que mais tarde iremos recordar. Fomos visitar o mercado central, é um local tipicamente oriental, pela forma como estão dispostas as frutas, legumes, peixes, botões, tintas, sapatos e muitos mais objectos. Estas bancadas também servem para os vendedores se sentarem em cima ou mesmo para dormir. São na maioria velhotes e velhotas que dominam este mercado.
Este é um local aprazível em que nós
passava-mos mais algumas horas ou mesmo
dias. Sabemos que aqui a meia dúzia de quilómetros há lindas praias que nós gostaríamos
de usufruir, mas outras paragens esperam por nós. Temos de voltar a Danang, ir
ao hotel levantar as nossas malas para seguidamente abalarmos para o aeroporto
apanhar o voo VN327 que vai sair pelas 19H40 e chegará a Ho Chi Minh às 20H50.
excepção para o Angkor Wat que permaneceu ocupado por monges budistas. Só no século XIX, um naturalista francês a redescobriu acidentalmente quando caçava borboletas. Mas como todos sabemos os portugueses andavam por todo o lado, como nós os quatro, é verdade, pois o mais comum dos portugueses é irem para a Costa da Caparica ou para o Castelo do Queijo apanhar Sol. Mas em 1586, isso mesmo nesta data está documentada a primeira visita de um ocidental e foi realizada pelo freire capuchinho António da Madalena. As impressões do freire foram recolhidas por um funcionário público e historiador chamado Diogo do Couto que escreveu também que este português de 1ª veio a falecer num naufrágio ao largo de Natal na África do Sul. Ainda tentou a reconstrução de Angkor, mas o seu projecto não teve êxito. Passamos horas a visitar toda esta zona, ela seduz-nos, pela sua arquitectura, beleza, perseverança e qualidade das suas obras. São milhares de pessoas que visitam este local todos os anos, hoje já nos cruzamos com algumas centenas, acima de um milhar, sem dúvida. Ainda brincamos e demos de comer a alguns macacos que habitam alguns templos. Subimos uma escadaria com uma inclinação perigosíssima, era quase a pique, uma queda poderia ser fatal. Foi no cimo desta escadaria que fomos encontrar alguns monges que ainda permanecem no interior deste templo a orar, acenderem uma velinhas, colocando adornos em figuras de budas que se encontram nesta área.


Neste dia o Sol abriu muito forte, tínhamos deixado os
estores meio abertos ele, logo entrou pelo nosso quarto adentro, começou assim a
nossa boa disposição, prontamente nos levantamos, descemos até ao átrio para esperarmos pelo outros compinchas e
abalarmos para tomar mais um pequeno almoço. Terminado este acto tão sublime, seguidamente
fomos atacar mais posições dentro de Angkor. Daí começamos por Thom, Ak Yum,
Banteay Kdei, East Mebon e tantos outros, no total há cerca de 100 templos visitáveis,
nesta manhã conseguimos ver bastantes e onde nos fartamos de subir e descer
enormes escadarias, fomos a outras zonas muito extensas, onde podemos ver
estátuas gigantescas, algumas dilaceradas pela raízes das árvores que as
deitaram abaixo, ou mesmo mudadas do local pela força e espessura destas,
tantas, tantas que caíram e despedaçaram-se, outras estão em desequilíbrio
à
espera da queda ou que outra raiz as segure, dependendo muito da forma como está
a crescer. Nesta
volta andamos bem à vontade três ou quatro quilómetros, é
deslumbrante vermos tanto arte que passados estes séculos ainda se encontram em
bom estado de conservação. Nesta caminhada não podiam faltar os nossos primos,
macacos, também fazem companhia e são uns pedinchões, estão sempre à espera de
qualquer coisita para comer.
Até o acelerador é rudimentar, não mais do que um ferro comprido em que o pé é lá encostado e vai funcionando. Com este panorama todo resolvemos voltar para trás, pois o perigo é iminente e há mais coisas para se ver. No regresso vimos que já há locais que há 1 hora atrás não estavam submersos e agora já estão, vemos vários barcos cheios de pessoas a serem retirados desses sítios, ramos de árvores já soltos e já muito perto onde iremos desembarcar, uma criança dentro de um balde em plástico de lavar a loiça ou roupa aproxima-se de nós remando com uma tábua pequena, tão pequena como ele que não deveria ter mais do que três anos, uma outra mãe vai num barquito pequeno ela e seu filho, também a fugir àquela imensidão de água, note-se que neste lago há um bichinho muito simpático conhecido como alfaiate, ou seja crocodilo. Nem sabemos o que por aí vem. Chegamos sãos e salvos e no caminho para o hotel fomos falando naquela aventura que tínhamos acabado de ter.
Os cruzamentos são verdadeiros caos, parecem ninhos de vespas mas todos se entendem e lá vão passando sem bater ou gerar confusões ou stresse. As motas carregam mil e uma coisas, levam três ou quatro pessoas que por vezes podem ser cinco, caso haja uma criança. Em qualquer lugar há um posto der abastecimento de combustível, basta ter um garrafão de 2 ou 5 litros, algumas garrafas e já está o negócio montado.
Numa volta que nós demos de tuk tuk o motorista teve de abastecer, parou num destes sítios e comprou um litro de gasolina e lá vai feliz e contente. Uma curiosidade é que os casamentos são arranjados, onde os noivos só se conhecem na hora do casamento. Para casar o noivo tem de pagar o dote da noiva onde o dinheiro será usado para fazer a festa. Escola para as crianças, nem velas, mas quase todos os miúdos sabem falar inglês só do contacto com o turismo.
Concluímos
que esta cidade não é bonita, mas é suja, há lugares que há mau cheiro, pouca
iluminação, as pessoas são adoráveis, nunca nos sentimos inseguros. Regressamos
ao hotel Phnom Penh para a nossa banhoca e irmos jantar mais descansados,
porque amanhã mais uma etapa, esta um pouco maior.
21 Agosto - Phnom Penh - Kuala Lumpur 1032km

Estamo-nos a preparar para mais outra tirada desta viagem
que abrangeu uma grande quantidade de lugares, faziam parte do nosso
imaginário, mas faltava conclui-los, estamos a finalizar um desses locais para
que daqui a momentos fazermos o check-in no balcão da Malaysia airlines, para o
voo MH755, com partida às 11H10 e chegada a Kuala Lumpur às 14H00. A burocracia
de entrada neste país não se reconhece, foram rápidos e simpáticos para nos
darem o visto e carimbarem os passaportes. Surgiu-nos aqui um problema, é que
parte da nossa carga não chegou a este aeroporto, mais propriamente o pacote
com as pinturas comprada no Vietname, nós tínhamos feito o despacho como carga
muito frágil, tão frágil era que não chegou ao destino, perdemos algum tempo a
reclamar mas, disseram-nos que tinha ficado em Phnom Penh e que à noite ou no
dia seguinte a vamos receber, assim esperamos.
Quando nos acercarmos da zona
das chegadas, logo avistamos uma pessoa com um placard, "Sofia
Almas", não era mais do que o nosso tranfer privado que nos vai levar ao
Equatorial hotel. Neste caminho avistamos as Petronas Twin towers, são dois
arranha-céus, construídos pela construtora espanhola Acciona, com 88 andares e
452 metros de altura. Já no nosso hotel reparamos que no edifício defronte de
nós que é todo em vidro estava a refletir-se na totalidade as Petronas, sem
sabermos, elas estão por detrás do nosso hotel a pouquíssimos metros de
distância. Da nossa janela temos uma vista soberba, podemos ver uma grande
parte desta cidade, tal como a torre da televisão "Menara Kuala Lumpur,
também muito alta com os seus 421 metros de altura, um bocadito mais baixa do
que as Petronas, logo por baixo da janela vimos passar o metro em viaduto, mais
conhecido como monotrilho. Recompostos da viagem, resolvemos sair e logo até às
Petronas, mas soubemos na recepção do hotel que àquela hora já não havia
visitas, mas que podia-mos ir ver a Menara, como era também perto no nosso
local, resolvemos ir a pé.
Compramos os bilhetes de acesso e lá vamos subir de elevador até ao ponto mais alto. Daqui podemos ver como certos prédios que nos pareciam muito altos são na realidade baixotes, comparados com a altura em que nos encontramos. Daqui vemos até perder de vista a imensidão desta cidade, a quantidade de prédios altos e muitas zonas verdes. Daqui as Petronas parecem-nos da mesma altura, por vezes mais altas ou até mais baixas, porque esta torre encontra-se já numa elevação. Mantivemo-nos neste local até escurecer para apreciar esta cidade vista daqui à noite. Valeu a pena é espectacular. No regresso ao hotel ainda vimos vender castanhas assadas que compramos, são idênticas às nossas, apenas o assador é diferente. Fomos jantar e saborear pela primeira vez a comida da Malásia. Soubemos que tem forte influência das culinárias chinesas, indianas, tailandesa e javanesa. Sendo uma mistura de sabores foi interessante. Já noite dentro fomos deitar-nos, amanhã mais um viagem pela frente.
22 Agosto - Kuala Lumpur

Depois
de uma noite de merecido repouso e de um bom jantar, de manhã não tivemos pressa em nos levantar, fomos tomar os nossos pequenos almoços, onde comemos bem
e finalizamos todos com uma pratada de frutas desta terra maravilhosa. Reparei
que no elevador não existia o número 4, a seguir ao 3º andar, existia o 3A,
depois 5º 6º e restantes. Vim a saber que o número 4 em chinês representa a
morte. No átrio deste hotel fomos
arranjar um táxi para nos levar a conhecer mais alguns sítios desta cidade,
lá conseguimos com o taxista elaborar um passeio para hoje. Combinamos ir até à
junção de dois rios em Merdeka , que por sinal deu o nome de Kuala Lumpur, quer
dizer canal lamacento, passamos pelo mercado central a caminho de uma floresta
que se encontra a poucos quilómetros da cidade. Aí demos mais umas voltas o
Carlos a Sofia e a Júlia ainda molharam os pés ao contrário de uns árabes que se
molharam totalmente, ela estava toda vestida de preto,e ao molhar-se a sua roupa moldou-se ao corpo e mostrando todos os seus con-
tornos. Seguidamente atingimos o Batu Caves e quando chegamos o
motorista avisou-nos de que nada de gorjeta ao monge hindu que se encontra lá
no cimo. Este motorista já nos tinha informado que a sua religião era cristã e que nada tinha a ver
com as outras religiões. Vamos subindo aquela escadaria imensa, nesta altura
vamos no degrau número 272 e sabemos que ainda há mais. Na passagem vamos
vendo macacos e mais macacos em todo o caminho existe este bichinho simpático e
atrevido, também serviu para nos irmos distraindo pois a subida com todo este
calor é exaustiva, finalmente atingimos o cimo, depois de escalarmos 360
degraus, isto é obra.
Conseguimos ver o tal Hindu orando, vestindo um trapo a tapar-lhe um bocado das costas peludas, transpiradas e com aspecto de badalhoco, tendo um rádio a tocar aquela lengalenga para atrair mais (in)fiéis. Concluímos que nada de especial há cá em cima, praticamente demos meia volta e lá vamos de rabo alçado por ali abaixo. Viemos a este local onde está a ser construída a estátua do Senhor Muruga com 42,7 metros de altura.
Regressamos a Kuala Lumpur, fomos logo visitar as Petronas, onde ficamos admirados da majestosa obra de arquitectura, é mais uma obra que um dia vai virar sucata, e quem será o sucateiro que vai comprar aquele ferro velho, todo, será que algum dia servirá para alguma coisa? Abandonamos este local e regressamos ao hotel para o nosso jantar, quando entrámos no hotel a recepção tinha já o nosso pacote com os quadros que estavam em falta, fiquei contentíssimo. No quarto verifiquei o estado deles, estavam em boas condições. Depois do jantar ainda fomos dar a última volta por esta cidade, pois logo estaremos de partida.
23 Agosto - Kuala Lumpur - Singapura - Frankfurt 296km + 10277km
Sabemos que este país foi criado em 1965, sendo nessa
altura dos mais pobres do mundo, hoje em 2005 é dos que mais cresce
economicamente e onde estão uma grande parte dos ricos deste planeta. Por tudo
isso estamos a caminhar numa zona onde abunda uma construção pomposa e onde
estão instaladas grandes empresas mundiais, mais adiante visitamos a mesquita
do sultão Masjid, onde o Carlos foi orar e as beatas Sofia e Júlia não puderam
entrar, vestiram uns trajes, mas somente foram até uma sala onde as mulheres podem
ficar. Finalizada esta visita continuamos a caminhar por esta linda cidade onde
tudo é proibido e somos controlados a todo o momento, polícias disfarçados em
todo o lado,
até como motoristas de táxi a espiarem para punirem todos aqueles
que saem dos eixos. A pornografia é punida no entanto a prostituição não o é,
não consegui perceber. Dar um abraço sem permissão pode levar-nos à cadeia.
Droga é logo pena de morte. Nós, como somos pessoas cumpridoras, nada nos inquieta.
Todas as voltinhas que temos dado, uma delas levou-nos até um restaurante onde
todos comemos piza e bebemos as nossas cervejolas, menos a menina Júlia que
sempre opta pelo Ice tea de limão. Seguidamente fomos de metro até outro ponto
da cidade e fomos visitar a Battle Box que foi um quartel general subterrâneo,
usado pelos Ingleses para ajudarem Singapura a defender-se dos japoneses, mais
conhecidos pelos amarelinhos. Vimos uma grande quantidade de salas que representam
momentos dos afazeres dos oficiais e soldados
aqui instaladas. São figuras em
cera que representam todos, esses homens, há mobílias originais ou réplicas.
Ficamos bem representados numas destas cenas onde nós fomos parte integral no
acordo de paz das nossas Berlengas, guerra essa que ainda hoje prevalece e nós
portugueses já gastamos milhões de euros em material bélico. Estivemos bastante
tempo aqui entretidos para que depois fossemos continuar o nosso trajecto por
outras zonas desta cidade. Estamos cansados e já começa a escurecer é sinal de
que temos de nos aproximar do aeroporto para que possamos fa-
er o check in e embarcar no voo LH777 que vai sair às 23H05, onde vamos passar toda a noite a bordo. Despachamos a nossa bagagem, já como destino final Lisboa, e daqui a minutos vamos entrar no avião para fazermos umas longas horas de viagem.
24 Agosto - Frankfurt - Lisboa 1875km
É 1H00
da manhã, estamos a voar à cerca de duas horas, já nos deram o jantar, bebemos
uma boa cafezada e vamos dormir um pouco. Ainda estamos muito longe do final da
nossa tão grande viagem, são muitos os quilómetros que ainda temos de voar,
será que este pássaro tem força e está bem alimentado para aguentar tal dificuldade,
temos a esperança que sim. Estamos todos
acordados, no entanto uns conseguiram dormir uma boas horas, ou seja o meu
caso, outros dormiram ou dormitaram acontece que acordei com a assistente de
bordo a oferecer o pequeno almoço, desta forma já estamos muito perto de Frankfurt,
pelas escotilhas do avião conseguimos ver que ainda está escuro, demos mais
umas voltas nas cadeiras, por fim dão indicação de colocarmos os cintos de segurança
para aterrarmos. Aqui já chegamos, são 05H25 e por volta das 09H30, iremos embarcar no voo LH4530 que nos levará até ao nosso destino final em Lisboa. São mais quatro horas que iremos estar a secar neste aeroporto, mas a vida de viajante é mesmo isto, temos de ter sempre paciência para todos estas situações do espera e desespera. Nesta espera fomos dar uma volta pelas lojas deste aeroporto, bebemos uma cerveja alemã como não podia ser outra, ainda comprei três postais para a minha colecção, para depois irmos sentar-nos mais um pouco, já na zona de embarque. Com tudo isto estamos novamente dentro do avião para o nosso último percurso, onde vamos chegar a casa por volta das 11H25. Neste trajecto não deu para dormir, fomos falando nas diversas situações que ocorreram nestes dias e com saudades de um dia voltarmos a alguns destes locais.
Desta viagem pela Ásia, trouxe-mos boas recordações e
propostas de como devemos encarar futuras viagens, aprendemos imenso, foi
perfeita a participação deste grupo de caminheiros; Gilberto; Sofia; Carlos;
Júlia, que apresentaram sempre projectos e acções de desenvolvermos o nosso
potencial de boa compreensão em todos os momentos. Temos um futuro sustentável
e optimista. Cá estaremos para muitas, grandes e boas viagens.
Vai ser um dia encalorado, são 07H00 da manhã e já sentimos a presença
do ar quente que já está. Vamos descer até à sala do hotel para tomar-mos o
nosso pequeno almoço, como sempre será rico em proteínas e outras coisas mais
que nos vão regalar e nos ajudem a transpor os obstáculos de hoje. Esta cidade
de Danang está rodeada de grandes praias, não será desta vez o nosso destino de
irmos até à praia, mas fica na nossa mente que um dia deverias vir até aqui com
esse propósito.
Esta é a segunda maior cidade do Vietname, mas a nossa passagem
por aqui está mais direccionada para irmos até Hôi An, património universal da
Unesco. Logo que aqui chegamos deparamos com uma vila muito antiga, mas muito
bem preservada. Estamos a visitar a ponte Chùa Cầu que foi construída no século
XVI, para ligar aos bairros Chineses e Japoneses é uma estrutura coberta, feita
de pedra e madeira que começou a ser erigida no ano do macaco e terminou no ano
do cachorro. Fomos visitar vários locais onde vimos imensos objectos feitos em
madeira ou mármore, e onde estivemos a ver os artífices a trabalha-los. Ficamos
a saber que "LÔÍRA" quer dizer saída.
Soubemos também que os portugueses aqui estiveram em 1535, com o explorador António de Faria, capitão de mar, vindo de Danang, tentou estabelecer um importante centro comercial na aldeia. Estamos dentro dos jardins que rodeiam o templo Quan Cong, conjunto de edifícios muito bem conservados e rodeados de imensas plantas. O certo é que vagueamos por esta cidade, onde nos cruzava-mos com a população que se deparavam com as suas labutas matinais. São muito simpáticas e tantas veze chegamos a brincar com objectos que transportavam ou usavam, onde tiramos imensas fotos que mais tarde iremos recordar. Fomos visitar o mercado central, é um local tipicamente oriental, pela forma como estão dispostas as frutas, legumes, peixes, botões, tintas, sapatos e muitos mais objectos. Estas bancadas também servem para os vendedores se sentarem em cima ou mesmo para dormir. São na maioria velhotes e velhotas que dominam este mercado.
Chegou a hora de
comermos alguma coisa, digo alguma coisa porque a maioria dos locais onde podíamos
fazê-lo não nos atraí-a, são comidas por nós desconhecidas e o mais certo era nem sabermos o que estávamos a comer. Mas passado algum tempo lá vimos algo
que não tivemos dúvida, assim, comemos uma sopinha cada um, mais uns camarõezinhos,
pão e cerveja e não podia faltar o ice tea de limão para a Júlia.
Comemos bem e
sem ressentimento num bom restaurante desta cidade, para depois darmos seguimento
à nossa volta. Desta vez fomos visitar mais uma fábrica de seda, vimos os verdadeiros
bordados feitos com os fios finíssimos da seda, seguimos até ao rio para vermos toda
a azafama dos pescadores nos seus barcos a motor ou movidos por varas que iam tocar
no fundo e a força humana empurrava-as. As redes de pesca colocadas em estacas
para depois serem baixadas para a água e a mulher sozinha no seu barquinho
carregada de redes para a sua pescaria.
Já estamos em Ho Chi Minh, vamos jantar e alojar-nos no
Hotel Majestic, que fica situado num local central desta cidade, mesmo juntinho
à marginal e do rio Sông Sài Gòn. Há noite viemos até à rua vermos os malabarismos
dos transeuntes a atravessarem as passadeiras e dos milhares de motociclistas a
cruzarem esta avenida, um verdadeiro espectáculo que nunca iremos esquecer.
17 Agosto - Ho Chi Minh
donde foi feita a evacuação de milhares de sul vietnamitas que tentavam escapar da aproximação do cerco das forças comunistas, desta forma a 29 de Abril de 1975, daqui saíram milhares de pessoas, sendo os últimos que saíram os marines que foram evacuados pelo telhado deste edifício onde nós nos encontramos. Soubemos aqui que esta operação de resgate durou perto de 14 horas, entre as manhãs do dia 29 e 30 de
Abril foram retirados 1373
americanos e 5595 vietnamitas, utilizando helicópteros militares que levavam
estas pessoas até aos porta-aviões e outros navios que se encontravam ao largo
de Saigão. A nossa vinda aqui estabeleceu em nós os momentos de azafama aqui
vividos há 30 anos atrás. Estivemos também nos jardins deste enorme edifício no
local onde partiram os helicópteros como no sítio onde caíram duas bombas
lançadas pelo 1º tenente Nguyen. Finalizada a nossa visita a este sítio fomos
arranjar transporte que nos levasse até aos túneis de Cuchi que ainda ficam a
40 quilómetros deste local. Chegamos e fomos comprar as nossas admissões,
combinamos todos aceder a estes túneis, mas as senhoras depois de ouvirem o
guia ficaram sem vontade de entrarem neles. Lá fomos nós, Gilberto mais o
Carlos e o nosso guia entrar num desses túneis. O começo não foi mal,
caminhamos com imenso calor o nosso corpo ia passando com algum espaço, mas
chegamos a um ponto que paramos, nada se via apenas o local onde nos
encontrava-mos porque a lanterna do guia facultava um pouco de luz, mas o
espaço era tão diminuto que chegamos a caminhar de cocaras, não havia altura e
muito menos a largura, mesmo assim a nossa cabeça estava constantemente a bater
no tecto que era de terra, já aflitos das pernas e com pouco ar, lá chegamos
perto de um tubo que servia de respiradouro, para muito mais adiante alcançarmos
uma sala de repouso. Dentro destes túneis, pensamos e se a Sofia e a Júlia
tivessem vindo, teriam de ser retiradas por guincho, pois nem para a frente ou
para trás elas iriam. Mais, neste sítio elas rastejando no escuro por túneis
longos e claustrofóbicos em vários metros, seria lindo, um autêntico desastre e
lá iam as nossa lindas férias. Era aqui onde os vietnamitas viviam de quando da
guerra para a união dos dois Vietnames. Terminamos mais tarde a nossa fuga nos
túneis e chegamos à superfície onde abunda uma imensa floresta de bambus e onde
são recriadas com figuras a vida destes soldados. Também vimos alguns destroços
de tanques americanos destruídos por estas forças.
Aconselhamos a todos, venham até ao Vietname e façam o que nós já fizemos, ficam viciados e não vão querer outra coisa, senão o Vietname.
18 Agosto - Ho Chi Minh - Siem Reap 422km
17 Agosto - Ho Chi Minh
Cedinho levantamo-nos para nos pormos ao caminho, hoje o dia está repleto de locais
que temos de conhecer. Mas um bocadinho de história desta cidade que foi
chamada de
Saigão até 1975 e a partir desta data de Cidade de Ho Chi Minh com
cerca de 7,5 milhões de habitantes. Vai ser feito nesta cidade um aeroporto
gigante que vai ter nada mais do que quatro pistas de aterragem com quatro quilómetros.
É nesta altura do ano a época das monções nesta zona, mas por sorte nossa, até
hoje nem um pingo, soubemos que há três dias atrás Saigão esteve completamente
inundada pela força da chuva que aqui caiu. A nossa primeira visita aqui em
Saigão, ou seja a mais emblemática é fitarmos a embaixada dos Estados unidos,
donde foi feita a evacuação de milhares de sul vietnamitas que tentavam escapar da aproximação do cerco das forças comunistas, desta forma a 29 de Abril de 1975, daqui saíram milhares de pessoas, sendo os últimos que saíram os marines que foram evacuados pelo telhado deste edifício onde nós nos encontramos. Soubemos aqui que esta operação de resgate durou perto de 14 horas, entre as manhãs do dia 29 e 30 de
Gostei
de pegar numa metralhadora AK47 usada pelos Norte Vietnamitas e disparar alguns
tiros verdadeiros numa carreira de tiro, estive sempre acompanhado por um
militar, não fosse eu fazer merda e de que não
serviria para porra nenhuma, sim muita cautela, há muitos malucos por
aí.
Pela
tarde regressamos ao centro da cidade, fomos visitar mais alguns locais, entre
eles a ópera de Saigão, onde pudemos ver actuar alguns músicos. Caminhamos pelas
ruas mais movimentadas desta cidade, vimos grandes engarrafamentos de motas,
são milhares. Este veículo dá para transportar tudo; latas de tinta, peças para
automóveis, animais, escadotes, ferros, grades um sem número de objectos eles
levam, mas todos ou quase todos, acompanhantes ou motoristas, têm uma máscara colocada por causa da quantidade de gases que
são expelidos. Final do dia regressamos ao nosso hotel para descansarmos
um pouco e seguidamente irmos jantar
e saborear mais uns pratos de comida vietnamita que tanto gostamos. Ainda não estava-mos fartos de ver tantas motas, viemos novamente até à frente deste hotel ver passa-las e ver chegar barcos, autênticos cacilheiros apenhados de gente a carregaram e
descarregarem milhares de pessoas a pé, em motas ou em carros.
Também testamos
as nossas faculdades em atravessar esta grande avenida onde passam milhares de
motas e carros que não param e lá vamos nós avançar por entre eles, sem parar
até ao outro lado da rua. Assim mais um pouco de coragem e lá vamos novamente
os quatro regressar ao ponto de partida, é giro, já parecemos vietnamitas. Aconselhamos a todos, venham até ao Vietname e façam o que nós já fizemos, ficam viciados e não vão querer outra coisa, senão o Vietname.
18 Agosto - Ho Chi Minh - Siem Reap 422km
Deu
para dormir mais um pouco, tanto que só temos avião a meio da manhã. Vamos
tomar o nosso último pequeno almoço no Vietname, descansadinhos e dar uma
olhadela, mais, no que se vai passando nesta rua adjacente a este hotel é sempre
um bom espetáculo. Saímos por volta das 10H00 para irmos apanhar o voo VN827
que parte às 11H40 e chega cerca das 12H40 a Siem Reap no Camboja. Chegados a
esta cidade colocamos os nosso pertences no hotel Prince D'Angkor, situado no
antigo bairro francês a cerca de 10 minutos de carro do templo de Angkor Wat.
Estes dois dias que vamos permanecer aqui nesta zona de Siem Reap, vamos ter um
guia que nos vai mostrar todos os locais importantes.
Este já se encontra
connosco e está a dizer-nos por onde iremos começar, ou seja por Angkor Wat que
é o maior e mais bem preservado templo que integra o assentamento de Angkor,
inicialmente hindu pra depois ser budista. No entanto é considerado um dos
maiores tesouros arqueológicos do mundo e a sua imagem está desenhada na
bandeira do Camboja. Toda esta zona foi abandonada do século XVI, ficando
sepultada por toda a selva que a rodeia,excepção para o Angkor Wat que permaneceu ocupado por monges budistas. Só no século XIX, um naturalista francês a redescobriu acidentalmente quando caçava borboletas. Mas como todos sabemos os portugueses andavam por todo o lado, como nós os quatro, é verdade, pois o mais comum dos portugueses é irem para a Costa da Caparica ou para o Castelo do Queijo apanhar Sol. Mas em 1586, isso mesmo nesta data está documentada a primeira visita de um ocidental e foi realizada pelo freire capuchinho António da Madalena. As impressões do freire foram recolhidas por um funcionário público e historiador chamado Diogo do Couto que escreveu também que este português de 1ª veio a falecer num naufrágio ao largo de Natal na África do Sul. Ainda tentou a reconstrução de Angkor, mas o seu projecto não teve êxito. Passamos horas a visitar toda esta zona, ela seduz-nos, pela sua arquitectura, beleza, perseverança e qualidade das suas obras. São milhares de pessoas que visitam este local todos os anos, hoje já nos cruzamos com algumas centenas, acima de um milhar, sem dúvida. Ainda brincamos e demos de comer a alguns macacos que habitam alguns templos. Subimos uma escadaria com uma inclinação perigosíssima, era quase a pique, uma queda poderia ser fatal. Foi no cimo desta escadaria que fomos encontrar alguns monges que ainda permanecem no interior deste templo a orar, acenderem uma velinhas, colocando adornos em figuras de budas que se encontram nesta área.
Estivemos neste local já o Sol, começava a pôr-se lá no horizonte, seria engraçado
ver o cair da noite, mas não é seguro, tanto que há zonas em redor que ainda
existem minas da guerra civil Cambojana, foi um conflito que envolveu forças do
partido comunista do Kampuchea contra as
forças governamentais do Camboja. Regressamos ao hotel e ainda deu para irmos
até à piscina para mais tarde atacarmos o nosso jantar de comida Cambojana, e
vermos mais um espetáculo cá da terra. Amanhã vamos continuar a visitar a zona envolvente
de Siem Reap.
19 Agosto - Siem Reap
19 Agosto - Siem Reap
Depois
de tanto andar regressamos à Victory Gate, esta encontra-se muito bem
conservada, mais umas fotos e vamos dar o fora deste complexo de arte que nos fascinou
e nunca iremos esquecer a beleza que tem séculos e deveria perdurar até,
sempre. Mal saímos e passados alguns
quilómetros formos abordados por uma imensidão de crianças que nos queriam
vender qualquer coisinha, lá compramos umas peças em folha de bambu para
trazermos como memória deste local.
Agora o nosso destino vai ser o lago Sap ou Tonle Sap, têm uma extensão de 2590 km2, mas pode chegar aos 24605km2, durante a estação das chuvas, ou seja mesmo nesta altura em que nós aqui estamos. Vamos já a caminho
permanece um dia maravilhoso,
avançamos por uma estrada em terra batida que nos vai levar a uma margem deste
extenso lago, porém quando mais avançamos começamos a ver algumas casas
palafitas que já se encontram a boiar. Chegamos a um local onde já nos espera
um barco que mos vais levar a dar um passeio por estas águas. Entramos para o
barco, mas nada de colocar os coletes salva-vidas, somos cá uns nadadores que
não digo nada. Andamos uma distância considerável e eis que começamos a ver
apenas as copas de algumas árvores. algumas já se encontravam totalmente
submersas, a água estava turva o marinheiro diz-nos que o lago está a crescer
muito depressa porque há dias que está a chover a norte deste local, há uma
ondulação imensa que faz com que o barco balanceie bastante e este não nos dá
grande segurança. Agora o nosso destino vai ser o lago Sap ou Tonle Sap, têm uma extensão de 2590 km2, mas pode chegar aos 24605km2, durante a estação das chuvas, ou seja mesmo nesta altura em que nós aqui estamos. Vamos já a caminho
Até o acelerador é rudimentar, não mais do que um ferro comprido em que o pé é lá encostado e vai funcionando. Com este panorama todo resolvemos voltar para trás, pois o perigo é iminente e há mais coisas para se ver. No regresso vimos que já há locais que há 1 hora atrás não estavam submersos e agora já estão, vemos vários barcos cheios de pessoas a serem retirados desses sítios, ramos de árvores já soltos e já muito perto onde iremos desembarcar, uma criança dentro de um balde em plástico de lavar a loiça ou roupa aproxima-se de nós remando com uma tábua pequena, tão pequena como ele que não deveria ter mais do que três anos, uma outra mãe vai num barquito pequeno ela e seu filho, também a fugir àquela imensidão de água, note-se que neste lago há um bichinho muito simpático conhecido como alfaiate, ou seja crocodilo. Nem sabemos o que por aí vem. Chegamos sãos e salvos e no caminho para o hotel fomos falando naquela aventura que tínhamos acabado de ter.
Já noite, chegamos ao nosso hotel onde ainda fomos
assistir a um bailado interpretado por
raparigas muito bonitas vestidas a rigor com trajes Cambojanos. Se, foi lindo
estar em Siem Reap.
20 Agosto - Siem Reap - Phnom Penh 315km
Continuamos
a levantarmo-nos cedo, cerca das 05H00, porque a nossa viagem está marcada para
o voo FT991 que vai sair desta cidade às 08H10, com chegada a Phnom Penh às
09H00, vai ser uma viagem curta, de
carro teríamos de percorrer 320 quilómetros.
Quando chegamos fomos descarregar
as nossas malas mais um embrulho composto por quatro painéis em teca lacada, pintado
com paisagens do mar e figuras em madre
pérola encrustadas, é pesado e muito frágil
para se transportar, este foi comprado no Palácio da Independência em Ho Chi
Minh. Carga largada e já estamos a caminhar por esta cidade, capital do Camboja.
O normal da população é deslocarem-se de motociclo ou tuk tuk o carro é pouco
usual nesta cidade. Os sinais de trânsito é para se esquecer ou não ver, eles
existem, mas ninguém lhes dá atenção. Os cruzamentos são verdadeiros caos, parecem ninhos de vespas mas todos se entendem e lá vão passando sem bater ou gerar confusões ou stresse. As motas carregam mil e uma coisas, levam três ou quatro pessoas que por vezes podem ser cinco, caso haja uma criança. Em qualquer lugar há um posto der abastecimento de combustível, basta ter um garrafão de 2 ou 5 litros, algumas garrafas e já está o negócio montado.
Numa volta que nós demos de tuk tuk o motorista teve de abastecer, parou num destes sítios e comprou um litro de gasolina e lá vai feliz e contente. Uma curiosidade é que os casamentos são arranjados, onde os noivos só se conhecem na hora do casamento. Para casar o noivo tem de pagar o dote da noiva onde o dinheiro será usado para fazer a festa. Escola para as crianças, nem velas, mas quase todos os miúdos sabem falar inglês só do contacto com o turismo.
Visitamos
uma fábrica de confecções onde todas as mulheres cosiam à máquina as diversas
roupas, onde logo ao lado se comercializavam os seus trabalhos. Também entramos
num mercado para comer, mas faltou-nos coragem quando vimos a comida e como ela
estava a ser cozinhada. Neste lugar também comprei os meus postais, não me
podia esquecer, são recordações muito valiosas. Está também muito calor e não
podia faltar o excesso de humidade, isto faz que alguns funcionários estejam a
dormitar, por vezes quando por eles passamos nem acordam, estão mesmo
ferradinhos. à saída deste local até um homem estava deitado em cima da sua
motocicleta a dormir.
Fomos
também até ao rio Mekong ver o movimento que havia de barcos e admirar os
rapazes que ali tomam banho. Este rio parece estar sujo pela cor das águas, mas
também pelas chuvas que vão caindo nesta época do ano. Nós continuamos ser a
chuva, esperamos que continue assim.
Visitamos
o Wat Phnom, um templo budista que deu o
nome a esta cidade localizado num morro com 27 metros de altura, é engraçado,
mas quem já viu umas dezenas de templos, este passa um pouco despercebido.
21 Agosto - Phnom Penh - Kuala Lumpur 1032km
Compramos os bilhetes de acesso e lá vamos subir de elevador até ao ponto mais alto. Daqui podemos ver como certos prédios que nos pareciam muito altos são na realidade baixotes, comparados com a altura em que nos encontramos. Daqui vemos até perder de vista a imensidão desta cidade, a quantidade de prédios altos e muitas zonas verdes. Daqui as Petronas parecem-nos da mesma altura, por vezes mais altas ou até mais baixas, porque esta torre encontra-se já numa elevação. Mantivemo-nos neste local até escurecer para apreciar esta cidade vista daqui à noite. Valeu a pena é espectacular. No regresso ao hotel ainda vimos vender castanhas assadas que compramos, são idênticas às nossas, apenas o assador é diferente. Fomos jantar e saborear pela primeira vez a comida da Malásia. Soubemos que tem forte influência das culinárias chinesas, indianas, tailandesa e javanesa. Sendo uma mistura de sabores foi interessante. Já noite dentro fomos deitar-nos, amanhã mais um viagem pela frente.
22 Agosto - Kuala Lumpur
Conseguimos ver o tal Hindu orando, vestindo um trapo a tapar-lhe um bocado das costas peludas, transpiradas e com aspecto de badalhoco, tendo um rádio a tocar aquela lengalenga para atrair mais (in)fiéis. Concluímos que nada de especial há cá em cima, praticamente demos meia volta e lá vamos de rabo alçado por ali abaixo. Viemos a este local onde está a ser construída a estátua do Senhor Muruga com 42,7 metros de altura.
Regressamos a Kuala Lumpur, fomos logo visitar as Petronas, onde ficamos admirados da majestosa obra de arquitectura, é mais uma obra que um dia vai virar sucata, e quem será o sucateiro que vai comprar aquele ferro velho, todo, será que algum dia servirá para alguma coisa? Abandonamos este local e regressamos ao hotel para o nosso jantar, quando entrámos no hotel a recepção tinha já o nosso pacote com os quadros que estavam em falta, fiquei contentíssimo. No quarto verifiquei o estado deles, estavam em boas condições. Depois do jantar ainda fomos dar a última volta por esta cidade, pois logo estaremos de partida.
23 Agosto - Kuala Lumpur - Singapura - Frankfurt 296km + 10277km
Inicialmente
tínhamos pensado fazer o percurso entre Kuala Lumpur e Singapura de comboio, sabíamos
que o valor de cada bilhete não iria custar mais do que €7,00, mas o tempo de
viagem para nós era demasiado, cerca de 7 horas e o tempo que nos resta destas
férias está acabar.
Hoje
será mais um dia que nos estamos a levantar cedinho, resolvemos que por volta
das 6H00, levantávamo-nos para irmos para o aeroporto comprar
bilhetes e partirmos de imediato. Assim foi, chegados ao aeroporto compramos
os nossos ingressos para o voo SQ103, que vai partir às 8H00 e chegaremos às 8H45, numa companhia de
Singapura, passados 30 minutos estávamos
a embarcar, nem parecia que íamos de avião, tão fácil, rápido a despachamos os
nossos malões, bem pesados, sem problemas de sermos estrangeiros, ou seja, nada
de burocracias. Esta acção demorou instantes. Já estamos a voar e daqui a poucos
minutos aterramos em Singapura. No avião preenchemos logo os formulários que
temos de entregar à chegada, papelinho já usual e nós fartos de preencher para
que possamos passar a zona de imigração. A nossa saída foi rápida e muito
profissional por parte das autoridades deste pequeno país. Sabemos que daqui a
algumas horas vamos estar neste local novamente para embarcarmos para a nossa
escala em Frankfurt, vamos ter de nos apressar, senão nada feito.er o check in e embarcar no voo LH777 que vai sair às 23H05, onde vamos passar toda a noite a bordo. Despachamos a nossa bagagem, já como destino final Lisboa, e daqui a minutos vamos entrar no avião para fazermos umas longas horas de viagem.
24 Agosto - Frankfurt - Lisboa 1875km
para aterrarmos. Aqui já chegamos, são 05H25 e por volta das 09H30, iremos embarcar no voo LH4530 que nos levará até ao nosso destino final em Lisboa. São mais quatro horas que iremos estar a secar neste aeroporto, mas a vida de viajante é mesmo isto, temos de ter sempre paciência para todos estas situações do espera e desespera. Nesta espera fomos dar uma volta pelas lojas deste aeroporto, bebemos uma cerveja alemã como não podia ser outra, ainda comprei três postais para a minha colecção, para depois irmos sentar-nos mais um pouco, já na zona de embarque. Com tudo isto estamos novamente dentro do avião para o nosso último percurso, onde vamos chegar a casa por volta das 11H25. Neste trajecto não deu para dormir, fomos falando nas diversas situações que ocorreram nestes dias e com saudades de um dia voltarmos a alguns destes locais.