sexta-feira, 26 de agosto de 2005

Sudeste Asiático - 2005





TAILÂNDIA
    MYANMAR
          LAOS
              VIETNAME
                    CAMBOJA
                          MALÁSIA 
                               SINGAPURA






2 Agosto - Lisboa - Munique - Bangkok 1986km + 8764km


Há alguns anos que andávamos a pensar ir até ao continente Asiático, estava nas nossa mentes que um dia lá iríamos, assim aconteceu. Já tínhamos abordado a Ásia, mas só até ao outro lado de Istambul, isto um ano antes, para nós já tinha sido uma façanha essa fugidinha. Mas este ano vamos mesmo lá, Iremos fazer uma longa viagem, onde faremos imensos trajetos de avião, pois só temos 23 dias para percorrermos sete países.
Todos os pormenores foram tratados com bastante antecedência para que tudo venha a passar-se dentro dos tramites programados, isto de se andar neste continente por vezes não é assim tão fácil como poderá parecer, ainda  mais querermos ir a locais e países em que as entradas não são tão facilitadas. Sim conseguimos tratar de tudo e aqui estamos no aeroporto da Portela onde vamos dar início à nossa epopeia asiática. São 12H00, cá estamos os quatro - Gilberto, Sofia, Carlos e Júlia, sempre bem dispostos e com a noção de que vamos já ali e daqui a pouco estaremos de regresso, tudo muito simples e nada de pesadelos. Assim, formalidades de embarque no voo LH4541 com partida prevista para as 14H10 e chegada a Munique pelas 18H05, faremos transbordo para o voo LH782 que partirá às 21H45 com destino a Bangkok.
Chegou a hora da partida, já estamos dentro do avião da Lufthansa, bem dispostos e a pensarmos o que estará pela nossa frente. Sempre conseguimos arranjar conversa durante este trajeto e fomos fazendo projetos na nossa chegada a Munique. Chegamos a este aeroporto e tivemos de permanecer ainda algum tempo à espera do próximo voo, estivemos num cais onde havia uns baloiços envolvidos numas bolhas de plástico onde todos nos sentamos e nos divertimos, isto porque ainda temos a nossa mente jovem, ao contrário de outras pessoas que por ali estavam e permaneciam nos seus assentos a observarem o nosso contentamento. Por fim chegou a hora da grande tirada, embarcamos e passado cerca de uma hora já estávamos a jantar, pois esta viagem iria decorrer durante toda a noite. Jantamos bem, ou seja, esta companhia orgulha-se por tratar bem os passageiros, fomos falando e acabamos todos por adormecer. 

3 Agosto - Bangkok


Ainda estamos dentro deste avião, fartos de andarmos e com a sensação de que estamos no mesmo sítio. Fomos dormitando, de vez enquanto acordávamos e ia-mos trincando alguma coisa que nos davam e bebíamos uns refrigerantes. Pelas 13H40 chegamos à Tailândia, mais concretamente a Bangkok, saímos, fomos logo de imediato tirar as nossas fotos da praxe, aproveitando os anúncios e placards que anunciavam 'Bangkok', novidade e contentamento de termos aqui chegado, pois fazia parte do nosso imaginário este nome tão famoso do cinema; perseguições, crimes, mulheres bonitas e paisagens deslumbrantes. Apanhamos um táxi para nos levar ao hotel já reservado, 'Sofitel Silom'. Foi uma boa escolha, encontra-se numa zona muito movimentada desta cidade e com diversos acessos aos outros locais que vamos conhecer.
Um pormenor deveras importante, estão neste hotel os vistos para visitarmos Myanmar e Vietname, bem como os bilhetes dos voos Bangkok/Yangon/Bangkok/Vientiane. Logo que chegamos ao hotel, fizemos o check-in, e sem perguntar-mos, seja o que for de imediato nos entregaram uma pasta com toda a documentação imprescindível, foi um momento que muito admiramos.
Colocada toda a bagagem nos quartos, lá fomos fazer a nossa primeira saída. Calor imenso, ruas apinhadas de gente, carros, motas e mais motas, lojas por todo o lugar, muitos, muitos restaurantes, o cheiro a comida mais propriamente de fritos, também muito fumo, anúncios luminosos por tudo que é sítio, ruas estreitas, outras largas, um barulho infernal, o vendedor de rua que nos interpelava a todo o momento. É mesmo isto, Bangkok, uma grande cidade asiática.
Andamos tanto que por fim já era noite e resolvemos ir comer a um restaurante situado na Silom Road, já muito perto do nosso hotel. Jantamos muito bem, optamos por comer comida tailandesa, muito bem confeccionada e muito picante, comemos também uma sopa típica que tão picante  estava, logo de seguida vai um gole de cerveja bem fresca, pois os suores foram imediatos, terminamos com um prato de lagostins e ameijoas com outros condimentos, também típicos deste país. Foi excelente este encontro com novos paladares. Noite dentro mais uma volta até chegarmos ao hotel e repousarmos deste dia que foram mais do que 40 horas, praticamente sem descanso.


4 Agosto - Bangkok - Rio Kwai

Vamos tomar o pequeno almoço no hotel, sim porque ir a uma pastelaria ou coisa parecida será uma aventura, nomeadamente para nós encontrarmos aquilo que queremos, é difícil, desta forma as coisas ficam mais facilitadas. Comemos todos uma grande pratada de fruta, bolos e uma boa cafezada, desta forma vamo-nos pôr ao caminho e começar a visitar dois locais que nos indicaram, Mas antes, ao passarmos por determinada rua fomos convidados por umas meninas ou gajas como quiseram intitular para fazermos uma massagem tailandesa, pensamos um pouco e lá vamos todos à massagem. Foram mais uns momentos de risota e de descontração, pois as massagens deixaram-nos frescos e bem dispostos, seguidamente partimos para visitar a ponte sobre o rio Kwai, visita que  completou as nossa expectativas, pois sabíamos que tinha sido um ponto nevrálgico durante a 2ª  guerra mundial quando da ocupação Japonesa. Circulamos por toda esta zona, atravessamos a ponte, tiramos as nossas fotografias para mais tarde recordar e acabamos por visitar o museu da guerra, foi muito interessante, tanto que descrevemos um fragmento da história deste sítio conforme o cinema nos apresenta: Durante a segunda guerra mundial, prisioneiros britânicos recebem ordens dos Japoneses de construírem em plena selva uma ponte de transporte ferroviário sobre o rio Kwai, na Tailândia. O coronel Nicholson, que está à frente dos prisioneiros, é o oficial britânico que procura uma forma de elevar o moral de seus homens. Vê a ponte como uma forma de consegui-lo, tendo-os ocupados na construção e fazendo-os sentirem-se orgulhosos da obra. Por sua vez, o major americano Shears, prisioneiro no mesmo campo, só pensa em fugir. No final, ele consegue e, contra a sua vontade, volta algumas semanas depois, guiando um comando inglês, cuja missão é destruir a ponte no instante em que passasse o primeiro comboio, para anular a rota de transporte de armas dos japoneses, que pretendiam utilizá-la para invadir a Índia. Mais tarde regressamos a Bangkok onde vamos visitar Wat Phra Kaew e o Wat Pho (buda deitado), como os templos são lugares sagrados é proibido entrar calçado, usar shorts e saias acima do joelho. Existem bocados de tecidos que emprestam para os desprevenidos, uma boa solução. 
Esta visita decorreu dentro das nossas perspectivas, vimos pináculos muito altos e todos decorados a ouro, construções muito antigas de origem budista, seguidamente vamos até ao buda deitado que quando o vimos pareceu-nos uma monstruosidade, era necessário ser assim! Também a sua cor é  dourada e rodeado com vasos de lindas flores, e há sempre muita gente a visitar este local. Mais à frente fomos até Wat Arun Rajwararam, mas já não conseguimos entrar, resolvemos ir comer qualquer coisa num restaurante/tasca tipicamente Tailandesa, ou seja confusão criada porque, então o que vamos comer e beber, é que a menina Júlia só bebe ice tea e não pode ser um qualquer, vá lá mesmo assim conseguimos lanchar.
Pela tarde fizemos uma longa caminhada junto ao rio Chao Phraya, vimos imensas embarcações numa azafama de margem para margem, mais  parecia uma montanha russa, no entanto resolvemos atravessar num destes barcos até à outra margem, foi mais uma experiência. Neste rio conseguimos ver o transporte de toros em madeira, empurrados pela corrente e auxiliados por barcas e homens que conseguiam caminhar em cima deles. Nesta altura está um calor escaldante e uma humidade muito elevada, temos transpirado imenso e o cansaço vai-se apoderando de nós, mas temos de ter forças, pois viagens destas não se fazem todos os anos. Já no final da tarde, resolvemos ir até ao hotel tomar uma banhoca para depois prosseguirmos a nossa volta. 
Fomos jantar ao mesmo local de ontem, tínhamos gostado imenso. A Sofia comprou duas colheres em madrepérola para o seu enxoval, são muito bonitas e por um bom preço. Conseguimos apreciar a noite desta cidade numa zona onde existem imensos bares e que se torna muito agitada, com uma bagunça doida e muito divertida! Onde vimos pessoas a vender comida nas ruas, o trânsito louco e cheio de motoqueiros desvairados. Já noite dentro, hotel pois amanhã vai ser outro dia de contenda.
Passamos uma situação muito engraçada com o motorista de táxi que tem feito alguns trajectos connosco. Assim nos diz quando chegamos ao hotel "to ma ró, selip to ma ró, repetiu diversas vezes a frase, até que conseguimos entender que nos queria dizer "tomorrow sleep tomorrow". 

5 Agosto - Bangkok - Ayutthaya

Levantamo-nos cedinho, pois tinha-mos combinado com o motorista de táxi, conhecido por nós pelo to má ró  que estaríamos na recepção às 8h00, assim aconteceu. Desta forma vamos visitar a cidade de Ayutthaya. Depois de percorrermos 90 quilómetros, chegamos, e mal nos recompusemos da viagem, deparamos com um grupo de 
 


dançarinos que estavam actuar, vestidos a rigor e com trajes desta zona, apreciamos os seus dançares e ainda houve alguma conversa com eles porque mostraram uma quantidade de bandeiras a homenagear os outros turistas presentes. Quando o Carlos mostrou a bandeira Portuguesa, eles em retaliação foram também buscar a nossa bandeira, então surgem sorrisos e boa disposição.
Seguidamente entramos num complexo imenso onde encontramos grandes edifícios com uma aquitectura pouco vulgar, aqui se encontra também a residência de verão da família real tailandesa. Entre estes edifícios, um pavilhão chama atenção: o Aisawan Thipha At, levantado no meio de um pequeno lago ornamental, é um exemplo perfeito da arte Tai, com os seus telhados feitos de telhas vidradas, vermelhas, verdes e amarelas, que se reflectem na água. Passamos para a parte antiga desta cidade de Ayutthaya, onde encontramos imensos templos e palácios, alguns em ruínas, não nos podemos esquecer que esta cidade foi totalmente destruída pelo Birmaneses em 1767. Do outro lado podemos admirar as stupas dos templos ainda de pé. Vimos mais um Buda deitado, também em tamanho gigante, coberto com um tecido cor de laranja e ainda com muita gente adorá-lo.
Regressamos a Bangkok para que à noite fossemos ver um programa cultural, nada mais, nada menos do que sexo ao vivo, então! Vir à Tailândia pernoitar em Bangkok e não ver uma coisa destas, algo está errado. Assim o fizemos, tínhamos já pago as nossas entradas, isto depois de regatear-mos os preços, pois estavam e pedir um valor elevadíssimo.

Foram-nos levar de táxi à casa de espectáculos ou serralho como queiramos chamar, entramos e ficamos instalados logo na primeira fila, mesmo com o nariz em cima das personagens/artistas. Começa o espectáculo, lâminas na boca e no sítio, setas, dardos, garrafas de coca cola tudo serve para meter lá no sítio. Segue-se então o fornicalho, pela frente por trás de lado em cima da escada no chão, em qualquer lado, isto repete-se umas quantas vezes, sai o artista entra uma nova artista ou seja sempre o mesmo. Ao nosso lado estão mais uma série de turistas que se vão rindo como nós. Dão uma cervejolas que só eu aceito. E porquê! Os meus amigos estavam enjoados e achavam também que a cerveja era nojenta. Acabei também por dar duas goladas e terminei. Também achamos que não valia a pena ver mais e resolvemos sair antes do final. Acabamos por concluir que foi medíocre, para mim, achei que as artistas foram fracas.
Regresso ao hotel e mais uma soneca muito curta.

6 Agosto - Bangkok - Chian Mai 569km

Hoje não tivemos de nos levantar tão cedo como nos dias anteriores a nossa saída para a outra cidade é por volta do meio-dia, por isso estamos descansados. Mesmo assim ainda deu tempo para dar-mos uma pequena volta por esta zona do hotel. Fomos ver as ruas que o rodeiam e ficamos a saber que mesmo por detrás havia ainda alguns bares e imensas lojas, nós que entravamos e saiamos nem nos apercebemos destes locais.
Dentro das horas que tínhamos pensado em sair, fomos arranjar transporte para o aeroporto onde vamos embarcar no voo TG110, com partida às 12H05 e chegada a Chiang Mai pelas 13H15. Ficamos num engarrafamento quando nos dirigíamos para o aeroporto, mas tudo controlado, conseguimos chegar a horas para embarcar. No aeroporto fizemos as formalidades de embarque e dentro de pouco tempo já estávamos prontos a partir. 
Fizemos uma viagem muito agradável, Chegada a Chian Mai, segunda maior cidade deste país que se encontra numa zona montanhosa.
Fomos de imediato alugar uma viatura que nos vai transportar aqui no norte da Tailândia durante dois dias, seguidamente fomos para o hotel, reservado atempadamente "Royal Princess Chiang Mai hotel".

Usufruíamos da tarde por nossa conta e fomos visitar o templo mais importante da cidade "Wat Phra That Doi Suthep", uma beleza, todo banhado a cobre, a sua cor realça tanto, que  parece ouro de uma naturalidade que impressiona o visitante, para mais este local tem uma vista impressionante sobre a cidade. No final determinamos descer os 309 degraus desta imensa escadaria, muito bem decorada com azulejos de todas as cores, sobressaindo o dourado, o corrimão parece o dorso do dragão porque no  começo está a cabeça dele de cada lado. Num local existem diversos sinos que despertaram atenção do Carlos e da Sofia que não perderam tempo em tocar o gongo. Foram tantos os locais sagrados que hoje visitamos que tivemos de tirar os nossos sapatos uma série de vezes, os meus são uma verdadeira relíquia das nossas viagens, já percorreram milhares de quilómetros, espero andar ainda muitos mais com eles, já têm uma imensidão de anos, quantos mais irão durar, um dia descreverei o final feliz destes meus sapatos. Já cansados regressamos ao nosso hotel onde fomos  jantar e mais uma vez a comida tailandesa que tanto gostamos. Tivemos um problema com a Júlia, queria ice tea não muito fresco, compreendem o dizer ao empregado, não muito fresco. Foi um bom jantar e lá fomos descansar.

7 Agosto - Chian Mai - Chiang Rai - Mae Sai -Triângulo dourado

Levantamo-nos cedo, temos pela frente uma grande caminhada aqui pelo norte, vamos andar umas três centenas de quilómetros para visitarmos os locais que nós consideremos imprescindíveis, para ficarmos com uma visão alargada. Pequenos almoço no hotel, foi do nosso agrado, ficamos satisfeitos e a qualidade era excelente. Estamos já a caminho de Chiang Rai, em Tailandês: เมืองเชียงราย,   esta cidade só se tornou Tailandesa em 1933, até essa data era pertença da Birmânia, percorremos cerca de 180 quilómetros em locais com paisagens muito características deste lugares asiáticos.
Estamos a entrar num lugar onde se encontra uma tribo que nós lhe chamamos pescoços de girafa. Esta vila ao contrário de muitas outras existentes aqui no norte da Tailândia ainda se encontra num estado bastante primitivo, já está virada para o turismo mas nada comparando com outras onde as normas é atrair o visitante e fazer negócio.
Fomos recebidos por um grupo deste povo  que assim que nos viu veio ter connosco e dançou um pouco para nos agradar. Andamos por esta vila, visitámos as suas casas muito primitivas, feitas em cima de troncos de madeira e ladeadas a bambu, os telhados  cobertos de  folhas
gigantes. Esta tribo é especializada em tecelagem e os homens são bons ferreiros. Uma das muitas crianças desta vila mostrou-nos uma planta que se mexia quando os nossos dedos lhes tocavam. Nós nunca tínhamos visto tal coisa. Mais à frente estivemos a conviver com mais habitantes, elas mais simpáticas do que eles, davam-nos mais atenção e mostravam as suas habilidades, tais comos os seus tecidos que são feitos em cores muito fortes. Lá tiramos as nossas fotografias com toda esta gente, dando grande relevo às mulheres e crianças que usam argolas à volta do pescoço, pernas e braços, isto para fazerem alongar estas partes do corpo. Diz-se que se alguma vez viessem a tirar estas argolas o pescoço partia-se por falta de suporte exercido por elas. Deixamos este lugar e  caminhamos para Mae  Sai, aqui  encontra-se a fronteira com a Birmânia, há uma ponte muito bonita que liga estes dois países para o qual amanhã já o estaremos a visitar, agora vamos ver os pontos mais importantes e de seguida para o triângulo dourado, local muito conhecido pelo tráfego de ópio.
Chegados a este local tão famoso, conseguimos compreender que existem umas lanchas rápidas que nos podem levar até ao Laos, vê-se perfeitamente que a distância é curta, pensamos que vale a pena dar este passeio por isso, vamos atravessar o rio Mekong e visitar a ilha de Donsao. para entrar no Laos. É necessário obter o visto, mas o acesso a esta ilha tem regras diferentes, só temos de pagar uma taxa numa alfândega para obter a autorização para explorar a ilha, apesar de ser necessário mostrar o passaporte, este não é carimbado. Já nesta ilha fomos visitar alguns locais e vimos tendas onde vendem algumas bugigangas e frutos da região, avistamos alguns macacos e regressamos ao outro lado da margem. Mais uma experiência. Deste lado encontramos uns Brasileiros que por ali andavam no passeio, falamos da desgraça portuguesa aquando do europeu de futebol em que o treinador era o Filipe Scolari, só quisemos dizer mal do trabalho do treinador e acusá-lo do desaire que está nas nossas memórias. Finalizamos a nossa visita e começamos o regresso a Chiang Rai, local onde vamos dormir e entregar a viatura por nós alugada, esta que foi levantada em Chiang Mai. Ainda fizemos uns bons quilómetros na montanha, passamos por uma zona que ainda existe guerrilha, nada nos aconteceu, para seguidamente entrar-mos numa planície onde vimos o cultivo do arroz, para por fim entrarmos no nosso ponto de chegada. Estamos à procura onde fica o hotel Wiang Inn Chiang Rai para deixar-mos as nossas malas. Sim estamos cansados e sofremos com o calor e humidade presentes. Vamos à nossa banhoca para depois jantarmos a saborear uns pratos desta tão primorosa e picante comida.

8 Agosto - Chian Rai  - Yangon (Mianmar) 676km+581km

Acordámos um pouco mais tarde do que o costume, a razão é de só termos o voo à tarde. O pequeno almoço foi tomado no hotel, é o sítio onde nos safamos melhor, pois um pequeno almoço fora deste local já vimos que é um pouco complicado e não tem a fartura nem a diversidade do hotel.
Malinhas arranjadas. colocadas um pouco à força dentro do porta bagagens do carro, ele não é assim tão grande e lá vamos nós dar mais uma volta por esta cidade. Tivemos várias situações que nos chamaram atenção, tais como o pendura de uma mota levar um chapéu de chuva para ir mais resguardada do Sol, pequenas camionetas transformadas em transportes públicos, basta ter acentos de um lado e do outro para poder transportar pessoas todas a monte, também o uso do capacete nos motociclistas não é obrigatório, as ruas estão limpas, não há papéis nas bermas ou a voar, muitas mulheres a conduzirem pequenas motas, placas de sinalização escritas em dois dialectos. Quando nos dirigíamos na direcção do aeroporto, verificámos que existem umas pequenas barreiras que estão a ser controladas por militares, qual é o nosso espanto, pois havia duas sentinelas que dormiam nas cadeiras. Coitados havia muito calor e tinham de dormir a "siesta". Esta cidade também tem imensas árvores e lagos com uma vegetação exuberante, prestamos mais atenção a uma ribeira que aqui passa tranquilamente onde descansadamente muitas famílias se encontram.
Com tudo isto chegou a nossa hora de partimos, são cerca das 13H30 e vamos directos entregar no aeroporto o carro alugado em Chiang Mai, temos de apanhar o voo TG141 que sai às 15H50 e chegada a Bangkok pelas 17H05, para que daqui a poucas horas, mais precisamente às 20H30, o voo 8M340 com destino a Yangon, capital do Mianmar, chegaremos às 21h15.
Foi no misto destes dois voos que nos fez hoje perder muito tempo. Já noite chegamos ao nosso hotel, mais precisamente o Traders, tivemos um transfer privado que lá nos colocou. Chegámos  com alguma fome, mas já não tivemos a sorte de jantar neste hotel, o serviço de restaurante já se encontrava encerrado, Fizeram-nos sandes e pouco mais, Este hotel é o mais emblemático desta cidade, nesta altura o mais caro e também aquele que reúne melhores condições. 

9 Agosto - Yangon (Mianmar)


Começamos este dia bem cedo, há muito para ver e temos poucas informações por onde começar e acabar, e qual a forma mais fácil de nos deslocar-mos. Soubemos que o  nome desta cidade - Yangon deriva da formação de duas  palavras Yan, que significa inimigos e Koun, que significa livrar-se de, fugir de, assim "cidade sem inimigos". Os Portugueses  estiveram aqui no final do século XVI e princípios do século XVII, sendo o mais conhecido Filipe de  Brito que veio a ser executado em 1613.

Saímos do hotel e apanhamos de imediato um táxi para nos levar ao pagode Shwedagon, mas o taxista bem como o carro estavam com péssimas aparências, o motorista, tossia constantemente e tinha a boca cheia de sangue. Veio-nos logo à ideia que o gajo está mas é tuberculoso, com esta tosse, magricelas e com sangue na boca, mau! Agora o carro, todo porco por dentro e por fora, os assentos todos esgaçados o tecto estava roto e todo porco, puxadores das portas não tinha. Aconteceu, quando a Júlia fechou a porta, esta quase  caía e pareceu-nos que o carro ia-se desengonçar todo, tal era a força dela e a qualidade em que se encontrava esta viatura. Tínhamos falado ao motorista logo  no início desta viagem que iria andar o dia todo connosco, isso não aconteceu porque o medo apoderou-se de nós, por causa da tuberculose, na volta não era nada, nós é que imaginamos!

Vimos constantemente que nas ruas havia escarros no chão com sangue. A verdade é que tanto homens como mulheres andam frequentemente a mascar umas folhas verdes que são vendidas em diversos locais. Estas folhas depois de muito mastigadas, criam um suco vermelho na boca que seguidamente cospem para o chão, ou seja o motorista não devia estar assim tão tuberculoso, somos, mas é uma más línguas. Chegamos ao pagode Shwedagon é um dos pagodes mais famosas do mundo e certamente é a principal atração de Yangon, localmente conhecido como Shwedagon Zedi Daw, que fica no topo de uma colina  de 99 metros de altura. Pode ser visto da maioria dos lugares de Yangon de dia e de noite, como o telhado é dourado ilumina a cidade. Segundo alguns o pagode tem 2600 anos de idade, tornando o pagode Shwedagon o mais antigo do mundo. No entanto, não existem documentos oficiais que comprovem a sua construção e sua idade ainda é uma polémica.
O principal domo dourado é encimado por uma estupa contendo mais de 7000 diamantes, rubis, safiras e topázios, compensado por uma esmeralda enorme posicionada para refletir os últimos raios do sol poente. Não é de admirar que o Shwedagon seja referido em Myanmar como a "coroa da Birmânia". 
Como santuário mais venerado de Myanmar, sempre foi habitual para as famílias, os mendigos e os seguidores do Buda  fazerem a peregrinação ao Shwedagon em muito da mesma maneira que os muçulmanos se sentem compelidos a visitar a Caaba em Meca, pelo menos uma vez na vida. Tal é a robustez deste templo qua parece indestrutível, apesar de um grande terramoto em 1769 e outros de menores escala no século XX e de um grande incêndio em 1931, ainda permanece grandioso no topo desta colina.
Para visitarmos todo este complexo, fomos obrigados a tirar os sapatos ao entrar no Shwedagon e a pisar aquele piso escaldante e nalguns sítios muito sujo por causa dos escarros com cor de sangue é um processo muito difícil de transpor, mas valeu a pena, está ali um valor incalculável em ouro. Dizem também que contém oito cabelos do Buda.
Depois de vermos este pagode em pormenor, sim gostamos imenso é lindo e atraiu-nos, bem como as centenas de pessoas que aqui se encontram.
Seguidamente fomos visitar outros locais desta cidade, caminhamos por ruas e ruelas onde vimos muita pobreza mas pessoas simpáticas, andamos sempre sem qualquer receio.
Gostamos imenso de estar nesta cidade.


10 Agosto - Yangon - Mandalay 668km


São 03h00 horas da manhã, sim isso mesmo, 03H00 horas, estamos acordar porque temos voo marcado para as 06H00. Isto sim, são os princípios do viajante, nada de dificuldades porque o prazer de viajar vai superar qualquer esforço extra que tivermos a fazer. Ontem à noite combinamos com um taxista para nos vir buscar às 04H00 horas, falamos com o hotel para  ter alguma coisa que possamos comer e lá vamos a caminho do aeroporto, que fica  a alguns quilómetros do local onde nos hospedamos. Está uma noite estrelada, vimos ao longo deste caminho muitos monges descalços, sós, ou em grupos numerosos que circulam nas ruas desta longa cidade. Muitos transportam nos seus braços um pote com comida, ou seja os monges budistas pela madrugada têm um ritual de irem pedir comida.
Chegados ao aeroporto fomos tratar da documentação de embarque, não  despachamos as malas porque no final do dia 11, regressamos novamente a este hotel em Yangon. Vamos esperar cerca de 50 minutos para seguirmos no voo W9 121, que chegará a Mandalay cerca das 08H05.
Logo que chegamos a esta cidade fomos colocar toda a tralha no Hotel Sedona Mandalay e seguir o nosso trajecto para os locais previamente assinalados por nós. Quando íamos a caminho do pagode de Mahamuni e poucos quilómetros tínhamos andado já estamos a ser interpelados por polícias num posto de controlo onde fomos devidamente identificados. As nossas identificações foram escritas num livro, modelo já mais do que ultrapassado, ainda perdemos algum tempo pois o
polícia teve de escrever tudo o que constava nos passaportes debruçado sobre um banco que também servia de secretária. Mais adiante cruzamos a primeira bomba de abastecimento de   combustível, é um estrado com diversas garrafas e bidões de vários tamanhos, 1, 2, 5, 10 litros, cheios de gasolina da mais barata. Há também um tubo que serve de mangueira de abastecimento.
Finalmente chegamos ao pagode de Mahamuni, é grandioso, onde se encontra o Buda com o mesmo nome. É uma das imagens de Buda mais sagrados da Birmânia, coberto por uma tonelada de ouro, (eu e Carlos também contribuímos com umas finíssimas
folhas de ouro que foram calcadas com os nossos dedos em cima daquelas camadas já existentes, só os homens têm acesso, as mulheres ficam sentadas no chão) e muitas pedras preciosas, como diamantes, rubis, pérolas, safiras e esmeraldas. Voltamos ao centro de Mandalay e passeamos por locais que não imaginamos existirem, caminhos onde vimos artesãos de vários ofícios a trabalharem em pequenas lojas, nas ruas ao ar livre, toda a gente tem o seu trabalho, pedreiro, pintor, escultor, carpinteiro, estofador, alfaiate, picheleiro e etc. Ia-mos sempre a parar aqui e ali, a
perfeição chama-nos atenção. Um pintor veio ter connosco a mostrar a sua habilidade, com uma lâmina de barbear e um pouco de tinta preta conseguiu em poucos minutos desenhar e pintar uma paisagem lindíssima, numa folha de cartão. Fiquei espantado que comprei-lhe três dessas pinturas, uma delas foi pintada no momento. Vimos também crianças a bordarem com uma perfeição que os considero uns verdadeiros artistas. Nós vagueamos por todos estes sítios sem qualquer problema, ninguém nos chateou, pelo contrário foram todos muito amáveis connosco. Passaram por nós dois homens numa bicicleta carregada de patos vivos pendurados pelas pernas, só na Ásia isto pode ser visto. 
Seguidamente fomos visitar Sandamuni Paya, localizado a curta distância do Palácio Real, este templo é dedicado ao principe Sandamun que foi aqui assassinado.  A estrutura é composta por vários stupas brancos, rodeada por mais de mil placas que carregam esculturas budistas, seguindo o
exemplo da vizinha Kuthodaw pagode, que abriga o maior livro do mundo, gravado em placas. Mais à frente fomos até às margens do rio Ayeyarwady, um local com muita vida, pessoas a viveram em cima de estrados feitos em bambu, muitos barquitos, vacas a pastarem nas suas margens, raparigas a tomarem banho vestidas, nós falamos com algumas e demonstraram alegria, mas muito perto um miúdo fazia as suas necessidades para a água. Também ali se lavavam sacos de rafia usados no transporte de diversos produtos. O calor continuava abrasador, resolvemos ir beber umas cervejas num lugar gracioso, onde estavam uns quantos jovens que nos atenderam e se divertiram com as nossas conversas, até o abre latas, não era mais do que um prego espetado numa pequena tábua, entretanto eu tive de bebê-la com muito cuidado pois não me estava a sentir lá muito bem com a elevada temperatura.
Neste local estava uma mulher a calcetar um tipo de calçada portuguesa. 
Mais adiante estivemos a ver mais umas crianças a trabalharem, mas nada de fazerem trabalhos pesados. Finalmente regressamos ao nosso hotel onde nos fomos recompor deste dia tomando as nossas banhocas, para que depois do jantar assistirmos a um espetáculo de danças características da Birmânia.

11 Agosto - Mandalay - Yangon 668km


Andamos   ensonados,    há    dois    dias     atrás     apenas
descansamos 3 horas, esta noite dormimos mais um pouco mas não bastou, levantamo-nos cerca das 08H00, para aproveitarmos estas horas que ainda temos para visitar mais alguns locais nesta cidade. Tomamos mais uma vez um pequeno almoço substancial, com muitas vitaminas e proteínas, porque com a temperatura que hoje está, 33o e uma humidade a rondar os 90% é obra.
Vamos a caminho de Amarapura onde vamos encontrar mais templos.
Todos os templos que temos visto na Birmânia estão muito bem conservados e são espantosos. Neste trajecto vimos uma situação deplorável, um grupo enorme de crianças em que as idades variam entre quatro e os doze anos, estão maltrapilhos, alguns nus apanhar à mão uns peixinhos pequeninos que se encontram no charco enlameado, há dois homens que os controlam e recebem o que conseguem apanhar. Chegamos e vamos visitar e passear sobre uma ponte muito famosa a "U Bein Teca Bridge", com um comprimento de 1,2km que atravessa o lago Taungthaman, só podem transpô-la pessoas. Neste local conhecemos uma rapariga Birmanesa muito bonita e simpática de nome Enoé que nos fez companhia e nos acompanhou ao longo de muito tempo.
Finalizamos a visita a este local, para seguidamente alugamos um barco para nos transportar a Mingun, é uma barco enorme que podia transportar umas dezenas de pessoas, mas só nós os quatro lá vamos no convés, sentados em cadeirões de bambu admirar aquelas paisagens bonitas e ver embarcações de todo o tipo, algumas quase afundarem-se, tal é o peso que transportavam ou o mau estado de conservação. Esta travessia deu para ver tudo. Desembarcamos e pusemo-nos ao caminho para visitar e subir lá cima ao Mingun Pahtodawgyi, este templo é a stupa incompleta porque um astrólogo na altura disse se alguma vez fosse concluído o rei morreria. É nesta localidade que existe o maior sino do mundo, nós tocamos-lhes e só pesa 90718 quilos. A nossa subia ao cimo desta stupa foi complicado; a Sofia na altura cansava-se ao subir tantos degraus, não sei ao certo, talvez uns cento e muitos por locais que se encontravam lascados, devido a um forte tremor de terra que abalou este local em 1839 e abriu imensas rachas neste templo.
Paramos uma série de vezes, por fim ela e a Júlia ficaram a meio da subida, nós lá prosseguimos até ao topo de onde podemos admirar até perder de vista a imensidão de templos que rodeiam esta stupa, uma admiração. Finalmente tivemos de regressar ao hotel para levantar os nossos pertences e dirigimo-nos para o aeroporto, pois ainda hoje teremos de ir novamente para Yangon. Aconteceu que neste regresso passamos pelo palácio real para tirarmos mais umas fotografias e ver o aparato militar que o rodeia. A nossa paragem teve mais a ver com a possibilidade de tirar uma fotografia ao lado de um militar, caso raro e muito difícil de se conseguir. Sim tivemos essa tentativa com uns militares, não forçamos lá muito a situação e acabamos na mesma, como chegamos. Já estamos muito perto do aeroporto onde vamos seguir no voo W9 274 com partida para as 17H05 e chegaremos cerca das 18H30. Não tivemos nenhum atraso e são precisamente 20H00 e já estamos na porta do hotel, onde deparamos com uma recepção de embaixadores, sim não somos nós os embaixadores.

Há hoje neste hotel uma grande festa, celebram o dia nacional de Singapura, onde estão uma dezenas de embaixadores acreditados neste país, vimos grandes automóveis e muitos seguranças. Pareceu-me sermos, hoje, só nós os  únicos hospedes deste hotel. Lá fomos para os nossos quartos para depois regressarmos e jantarmos no grande salão do hotel. Foi um bom jantar, bem precisávamos. Amanhã uma nova tirada espera por nós.

12 Agosto - Yangon - Bangkok - Vientiane 581km+499km


Pequeno almoço no hotel, porquanto temos de sair por volta das 08H00, para apanhar o voo 8M 5224 com partida às 09H55, onde chegará a Bangkok cerca das 11H40, para depois fazermos o transbordo para o voo QV424, com partida às 15H00 e chegada a Vientiane no Laos às 16H20. Este dia quase foi inteiramente passado em aeroportos, foi cansativo, mesmo assim quando chegamos a Vientiane ainda fomos conhecer alguns locais perto do hotel onde estamos hospedados. Regressamos ao hotel e combinamos que amanhã vamos percorrer umas zonas importantes desta cidade. No entanto o cansaço está apoderar-se de nós, vamos mas é tomar uma boa banhoca, seguidamente um grande jantar, também será importante. Não estávamos à espera de ser apresentado neste hotel um lindo espectáculo de dança e cantares deste país, deu para nos distraímos um pouco e jantarmos com estas companhias.
Já noite dentro fomos dormir para repormos os nossos sonos. Estamos hospedados no Hotel Lao Plaza, é uma unidade hoteleira com grande qualidade.

13 Agosto - Vientiane - Hanói 485km


Mal acordamos recebemos a notícia que o Carlos se encontra  indisposto. Mas então o que se passa! De noite começou a sentir-se  incomodado e caminhou toda a noite para a casa de banho,
ao pequeno almoço tomamos as providências do que iria comer para  que a situação não se agrave, comeu umas torraditas mais um chazinho e  vamos ver o que vai acontecer. Um pouco mais tarde do que o costume, saímos do hotel para a nossa primeira visita de hoje, começamos por ir a um sítio muito lindo que é o símbolo nacional do Laos, mais propriamente o Pha That Luang, uma stupa da religião budista. Diz a lenda que Ashokan, missionários da India ergueram uma  Taħ/stupa aqui para colocarem um bocado do peito de buda, isto no terceiro século antes de cristo. Há um claustro com muros altos e
com janelas minúsculas que envolvem a stupa de 45 metros de altura. Mais adiante avistamos o Wat Si Saket que é mais um mosteiro na nossa maneira de ver, tem um claustro enorme onde existe uma parede que contém mais de 2000 cerâmicas e imagens do buda em prata, vimos uma pintura de um dragão que deve ter umas centenas de anos, mas ainda muito bem conservada. Com tudo isto o Carlos continua em maus lençóis, está com uma diarreia do caraças, mal encarado e com suores, sente-se fraco e vai ter de reforçar os medicamentos que já tomou para que
façam efeito rapidamente. Nesta altura começaram a cair uns pingos de chuva que faz o tempo ficar um pouco mais fresco. Mais adiante fomos até Patuxay, não é mais do que o Arco do Triunfo do Laos, subimos lá cima, avistamos uma grande parte desta cidade e reparamos que a construção é baixa, não existindo prédios altos. Neste local o Carlos esteve a descansar um pouco enquanto eu e a Sofia fomos ao mercado do ouro, comprar algumas peças que são valiosas e com um designe estupendo, este local mais parece uma fortaleza, tão bem guardado com tropas em todos os acessos e dentro, todos munidos com  metralhadores não vá o diabo tesselas. Seguidamente fomos visitar mais locais de interesse desta cidade que nos tem maravilhado, não fazíamos ideia do património arquitectónico existente. Ainda fomos visitar um mercado ao ar livre, onde podia-mos comer se quisesse-mos. Com tudo isto  as horas foram-se passando o Carlos tem melhorado lentamente e lá teremos de ir para o aeroporto porque às 17H40 temos de apanhar o voo VN840  e que chegará às 18H40 a Hanói. Estamos já no aeroporto a fazer o despacho das nossas malas,  seguidamente para o cais de embarque. Embarcamos num avião das linhas aéreas do
Vietname que nós achamos imensa graça, pois trata-se de uma aeronave com hélices um ATR-72, ou seja um turboélice que transporta 68 passageiros. Chegamos a Hanói ao final da tarde onde tínhamos transfer privado para o Hotel Nikko. Nesta noite provamos a comida Vietnamita, todos gostamos  à noite fomos dar uma volta por perto deste hotel, onde vimos uma quantidade de motas que circulam nesta cidade, são incontáveis, lá vão passando alguns automóveis, mas a quantidade de motas é notória. Deparamos com adversidade nas passadeiras de peões, elas existem, mas na verdade o trânsito não para, somos nós que nos temos de aventurar e passar porque eles, vão passando pela frente e por trás e não nos atropelam, aquilo está tão bem feito que nós ficamos boquiabertos. Estivemos muito tempo a ver aquelas habilidades nas passadeiras, é sem dúvida um país Asiático. Nesta altura o Carlos já está refeito da tragédia e pronto para uma próxima, esperamos que nestas férias isso não aconteça. Já  noite dentro, vamos para o hotel  dormir que amanhã iremos ter um dia em grande. Já agora deixo aqui uma mensagem Laociana:
"내부 천정에 묘사된 브라흐마,브슈누,시바,절대신과 시간의 흐름에 따른 꽃송이의 변화 그리고 4면의 천정벽화 바로 밑에 만들어진 불상이 힌두와 불교의 묘한 합체를 연상케하며 면의 모퉁이에 양각된 얼굴모양이 경주에서 출토된 기와편의 얼굴과 닮아 있다는 것이 묘한 동질감을 갖게 합니다."

14 Agosto - Hanói


Outra vez a levantarmo-nos cedinho, com pouca vontade, pois acomodação neste hotel é esplêndida a temperatura nos quartos é  5 estrelas. Temos estado à janela apreciar a quantidade de motos que se cruzam lá em baixo, são centenas que viram
à esquerda, outras para a direita ou em frente, isto sem pararem e sem haver qualquer acidente, tudo muito bem planeado e a existência de civismo, perdemos uns longos minutos apreciar aquele emaranhado de duas rodas, é fantástico. Agora que vamos para a rua, vai ser penoso, com uma temperatura a rondar os 29o às 09h00 e uma humidade  de 82% é agreste. Temos um transfer e um guia, hoje por nossa conta que nos vai dar a conhecer todos os principais locais de interesse nesta cidade.
Começamos por conhecer o bairro histórico desta metrópole, onde há um emaranhado de ruas e ruelas, cheias de gente, lojas, bicicletas e motas: Aqui tudo se vende, como fruta, animais, flores, as mais diversas peças, tintas, roupas, ferragens, comida já feita, etc. Os passeios estão totalmente ocupados por esta gente, mal podemo-nos movimentar. Foi muito agradável ver toda esta azafama, gente simpática e ordeira. Mais uma vez nos apercebemos que esta cidade tem uma trânsito caótico, mais o barulho ensurdecedor das buzinas e dos motores que nem se consegue ouvir o chilrear dos passarinhos que quase todos os vietnamitas prendem nos troncos das árvores e nas varandas das suas casas que eles dizem que é para lhes dar sorte. Reparamos que a frente de muitos edifícios não tem mais do que dois metros de largura, mas o seu comprimento parece nunca mais terminar, as alturas pode haver uma com três andares e logo a seu lado outro com
sete e logo a seguir mais outro com quatro. A arquitectura é tão variada que mais me parece desenhos de banda desenhada, isto pela diferença de cada um, como também pela sua cor.
Chegou hora do almoço o nosso guia fez questão de nos levar a um restaurante típico onde nos deliciaríamos com uns bons pratos de comida vietnamita, nome deste restaurante "SEN" localizado no número 10, 431 Alley, Au Co Road, junto ao West Lake. Sem dúvida tivemos um almoço espectacular, apreciamos imenso os diversos pratos, bem condimentados. Até as mesas, cadeiras, candeeiros, janelas e loiças são graciosas. Note-se que este restaurante tem um serviço de bufete, mas nós fomos atendidos numa sala que nos serviram individualmente.
De tarde abordamos o mausoléu onde se encontram os restos mortais de Ho Chi Minh, que foi um revolucionário e estadista do Vietname do Norte: Vimos o render da guarda de honra feita por militares que estão vestidos com fardas de gala, marchando e executando movimentos de marcha, moldados para aquela exibição. Seguidamente fomos até ao Palácio Presidencial que está todo pintado de um amarelo torrado que faz distingui-lo do meio deste emaranhado de edifícios, tiramos mais algumas fotografias, visitamos os jardins circunvizinhos e passamos a tarde deste dia a ver os locais históricos desta cidade que tem uma população de 6 milhões de habitantes. Já noite regressamos ao nosso hotel onde jantamos para que depois ainda viéssemos até à rua dar mais umas voltas e ver todo aquele ambiente nocturno.


15 Agosto - Hanói - Halong Bay - Danang 606km


Mais um dia que está abarrotar no tempo, pelo facto de que no final do dia temos mais uma passagem aérea para fazer, ainda mais vamos ter que fazer cerca de 150 quilómetros
que vai demorar 3 horas para lá chegarmos o mesmo se vai passar no regresso a Hanói. Já ontem tínhamos feito o nosso programa para hoje que é irmos até Halong Bay, localizada no litoral norte é uma maravilha natural deste país, composta por três mil ilhotas dentro do mar que têm uma vegetação densa que emerge das águas verdes do mar.
Chegamos e já tínhamos à nossa espera o barco composto com os apetrechos para o nosso almoço e pronto a partir. Começamos por conhecer a tripulação composta pelo piloto mais uma senhora que vai-nos fazer as delícias vietnamitas. A primeira visita surgiu passada meia hora, onde abordamos
uma destas ilhotas, desembarcarmos e fomos a uma caverna maravilhosa que  visitamos e demos uma voltinha subindo uma enorme escadaria  donde avistamos a quantidade de ilhas desta baía. Partimos de novo à volta de dezenas de ilhas, mais nos parece uma paraíso, é fantástico este aglomerado de tantas ilhotas tão verdejantes e duma apresentação inimaginável. Não fazia ideia  que existia local tão formoso neste Vietname. Com isto chegou a hora do almoço, apresentaram-nos uma grande mariscada, cozinhada neste junco enquanto nós íamos apreciando a beleza envolvente.
Deram-nos para beber, além das cervejas e sumos  um vinho francês "bordeaux Blanc" que gostamos e seguidamente uma grande travessa com vegetais saborosíssimos para depois finalizarmos com frutos,  alguns desconhecíamos. Andamos mais duas horas neste local para depois regressar-mos a terra e de seguida irmos para o aeroporto de Hanói. Temos de embarcar no voo VN317 que vai sair às 17H00 e pelas 18H15 chegaremos a Danang, outra cidade bonita deste Vietname. A viagem correu lindamente e chegamos ao hotel Royal, já com a reserva efectuada e no transfer privado. Depois do jantar ainda fomos dar uma volta por esta cidade, isto, já para nos habituarmos.

16 Agosto - Danang - Ho Chi Minh 603km 

Vai ser um dia encalorado, são 07H00 da manhã e já sentimos a presença do ar quente que já está. Vamos descer até à sala do hotel para tomar-mos o nosso pequeno almoço, como sempre será rico em proteínas e outras coisas mais que nos vão regalar e nos ajudem a transpor os obstáculos de hoje. Esta cidade de Danang está rodeada de grandes praias, não será desta vez o nosso destino de irmos até à praia, mas fica na nossa mente que um dia deverias vir até aqui com esse propósito.
Esta é a segunda maior cidade do Vietname, mas a nossa passagem por aqui está mais direccionada para irmos até Hôi An, património universal da Unesco. Logo que aqui chegamos deparamos com uma vila muito antiga, mas muito bem preservada. Estamos a visitar a ponte Chùa Cầu que foi construída no século XVI, para ligar aos bairros Chineses e Japoneses é uma estrutura coberta, feita de pedra e madeira que começou a ser erigida no ano do macaco e terminou no ano do cachorro. Fomos visitar vários locais onde vimos imensos objectos feitos em madeira ou mármore, e onde estivemos a ver os artífices a trabalha-los. Ficamos a saber que "LÔÍRA" quer dizer saída.

Soubemos também que os portugueses aqui estiveram em 1535, com o explorador António de Faria, capitão de mar, vindo de Danang, tentou estabelecer um importante centro comercial na aldeia. Estamos dentro dos jardins que rodeiam o templo Quan Cong, conjunto de edifícios muito bem conservados e rodeados de imensas plantas. O certo é que vagueamos por esta cidade, onde nos cruzava-mos com a população que se deparavam com as suas labutas matinais. São muito simpáticas e tantas veze chegamos a brincar com objectos que transportavam ou usavam, onde tiramos imensas fotos que mais tarde iremos recordar. Fomos visitar o mercado central, é um local tipicamente oriental, pela forma como estão dispostas as frutas, legumes, peixes, botões, tintas, sapatos e muitos mais objectos. Estas bancadas também servem para os vendedores se sentarem em cima ou mesmo para dormir. São na maioria velhotes e velhotas que dominam este mercado.
Chegou a hora de comermos alguma coisa, digo alguma coisa porque a maioria dos locais onde podíamos fazê-lo não nos atraí-a, são comidas por nós desconhecidas e o mais certo era  nem sabermos o que estávamos a comer. Mas passado algum tempo lá vimos algo que não tivemos dúvida, assim, comemos uma sopinha cada um, mais uns camarõezinhos, pão e cerveja e não podia faltar o ice tea de limão para a Júlia.
Comemos bem e sem ressentimento num bom restaurante desta cidade, para depois darmos seguimento à nossa volta. Desta vez fomos visitar mais uma fábrica de seda, vimos os verdadeiros bordados feitos com os fios finíssimos da seda, seguimos até ao rio para vermos toda a azafama dos pescadores nos seus barcos a motor ou movidos por varas que iam tocar no fundo e a força humana empurrava-as. As redes de pesca colocadas em estacas para depois serem baixadas para a água e a mulher sozinha no seu barquinho carregada de redes para a sua pescaria.
Este é um local aprazível em que nós passava-mos  mais algumas horas ou mesmo dias. Sabemos que aqui a meia dúzia de quilómetros há lindas praias que nós gostaríamos de usufruir, mas outras paragens esperam por nós. Temos de voltar a Danang, ir ao hotel levantar as nossas malas para seguidamente abalarmos para o aeroporto apanhar o voo VN327 que vai sair pelas 19H40 e chegará a Ho Chi Minh às 20H50.
Já estamos em Ho Chi Minh, vamos jantar e alojar-nos no Hotel Majestic, que fica situado num local central desta cidade, mesmo juntinho à marginal e do rio Sông Sài Gòn. Há noite viemos até à rua vermos os malabarismos dos transeuntes a atravessarem as passadeiras e dos milhares de motociclistas a cruzarem esta avenida, um verdadeiro espectáculo que nunca iremos esquecer.

17 Agosto - Ho Chi Minh

Cedinho  levantamo-nos para nos pormos ao caminho, hoje o dia está repleto de locais que temos de conhecer. Mas um bocadinho de história desta cidade que foi chamada de
Saigão até 1975 e a partir desta data de Cidade de Ho Chi Minh com cerca de 7,5 milhões de habitantes. Vai ser feito nesta cidade um aeroporto gigante que vai ter nada mais do que quatro pistas de aterragem com quatro quilómetros. É nesta altura do ano a época das monções nesta zona, mas por sorte nossa, até hoje nem um pingo, soubemos que há três dias atrás Saigão esteve completamente inundada pela força da chuva que aqui caiu. A nossa primeira visita aqui em Saigão, ou seja a mais emblemática é fitarmos a embaixada dos Estados unidos,
donde foi feita a evacuação de milhares de sul vietnamitas que tentavam escapar da aproximação do cerco das forças comunistas, desta forma a 29 de Abril de 1975, daqui saíram milhares de pessoas, sendo os últimos que saíram  os marines que foram evacuados  pelo telhado deste edifício onde nós nos encontramos. Soubemos aqui que esta operação de resgate durou perto de 14 horas, entre as manhãs do dia 29 e 30  de
Abril  foram retirados 1373 americanos e 5595 vietnamitas, utilizando helicópteros militares que levavam estas pessoas até aos porta-aviões e outros navios que se encontravam ao largo de Saigão. A nossa vinda aqui estabeleceu em nós os momentos de azafama aqui vividos há 30 anos atrás. Estivemos também nos jardins deste enorme edifício no local onde partiram os helicópteros como no sítio onde caíram duas bombas lançadas pelo 1º tenente Nguyen. Finalizada a nossa visita a este sítio fomos arranjar transporte que nos levasse até aos túneis de Cuchi que ainda ficam a 40 quilómetros deste local. Chegamos e fomos comprar as nossas admissões, combinamos todos aceder a estes túneis, mas as senhoras depois de ouvirem o guia ficaram sem vontade de entrarem neles. Lá fomos nós, Gilberto mais o Carlos e o nosso guia entrar num desses túneis. O começo não foi mal, caminhamos com imenso calor o nosso corpo ia passando com algum espaço, mas chegamos a um ponto que paramos, nada se via apenas o local onde nos encontrava-mos porque a lanterna do guia facultava um pouco de luz, mas o espaço era tão diminuto que chegamos a caminhar de cocaras, não havia altura e muito menos a largura, mesmo assim a nossa cabeça estava constantemente a bater no tecto que era de terra, já aflitos das pernas e com pouco ar, lá chegamos perto de um tubo que servia de respiradouro, para muito mais adiante alcançarmos uma sala de repouso. Dentro destes túneis, pensamos e se a Sofia e a Júlia tivessem vindo, teriam de ser retiradas por guincho, pois nem para a frente ou para trás elas iriam. Mais, neste sítio elas rastejando no escuro por túneis longos e claustrofóbicos em vários metros, seria lindo, um autêntico desastre e lá iam as nossa lindas férias. Era aqui onde os vietnamitas viviam de quando da guerra para a união dos dois Vietnames. Terminamos mais tarde a nossa fuga nos túneis e chegamos à superfície onde abunda uma imensa floresta de bambus e onde são recriadas com figuras a vida destes soldados. Também vimos alguns destroços de tanques americanos destruídos por estas forças.

Gostei de pegar numa metralhadora AK47 usada pelos Norte Vietnamitas e disparar alguns tiros verdadeiros numa carreira de tiro, estive sempre acompanhado por um militar, não fosse eu fazer merda e de que não  serviria para porra nenhuma, sim muita cautela, há muitos malucos por aí.


Pela tarde regressamos ao centro da cidade, fomos visitar mais alguns locais, entre eles a ópera de Saigão, onde pudemos ver actuar alguns músicos. Caminhamos pelas ruas mais movimentadas desta cidade, vimos grandes engarrafamentos de motas, são milhares. Este veículo dá para transportar tudo; latas de tinta, peças para automóveis, animais, escadotes, ferros, grades um sem número de objectos eles levam, mas todos ou quase todos, acompanhantes ou motoristas, têm uma  máscara colocada por causa da quantidade de gases que são expelidos. Final do dia regressamos ao nosso hotel para descansarmos um  pouco e seguidamente irmos jantar e saborear mais uns pratos de comida vietnamita que tanto gostamos. Ainda não estava-mos fartos de ver tantas motas, viemos novamente até à frente deste hotel ver passa-las e ver chegar barcos, autênticos cacilheiros apenhados de gente a carregaram e descarregarem milhares de pessoas a pé, em motas ou em carros.
Também testamos as nossas faculdades em atravessar esta grande avenida onde passam milhares de motas e carros que não param e lá vamos nós avançar por entre eles, sem parar até ao outro lado da rua. Assim mais um pouco de coragem e lá vamos novamente os quatro regressar ao ponto de partida, é giro, já parecemos vietnamitas. 
Aconselhamos a todos, venham até ao Vietname e façam o que nós já fizemos, ficam viciados e não vão querer outra coisa, senão o Vietname.

18 Agosto - Ho Chi Minh - Siem Reap 422km


Deu para dormir mais um pouco, tanto que só temos avião a meio da manhã. Vamos tomar o nosso último pequeno almoço no Vietname, descansadinhos e dar uma olhadela, mais, no que se vai passando nesta rua adjacente a este hotel é sempre um bom espetáculo. Saímos por volta das 10H00 para irmos apanhar o voo VN827 que parte às 11H40 e chega cerca das 12H40 a Siem Reap no Camboja. Chegados a esta cidade colocamos os nosso pertences no hotel Prince D'Angkor, situado no antigo bairro francês a cerca de 10 minutos de carro do templo de Angkor Wat. Estes dois dias que vamos permanecer aqui nesta zona de Siem Reap, vamos ter um guia que nos vai mostrar todos os locais importantes.
Este já se encontra connosco e está a dizer-nos por onde iremos começar, ou seja por Angkor Wat que é o maior e mais bem preservado templo que integra o assentamento de Angkor, inicialmente hindu pra depois ser budista. No entanto é considerado um dos maiores tesouros arqueológicos do mundo e a sua imagem está desenhada na bandeira do Camboja. Toda esta zona foi abandonada do século XVI, ficando sepultada por toda a selva que a rodeia,
excepção para o Angkor Wat que permaneceu ocupado por monges budistas. Só no século XIX, um naturalista francês a redescobriu acidentalmente quando caçava borboletas. Mas como todos sabemos os portugueses andavam por todo o lado, como nós os quatro, é verdade, pois o mais comum dos portugueses é irem para a Costa da Caparica ou para o Castelo do Queijo apanhar Sol. Mas em 1586, isso mesmo nesta data está documentada a primeira visita de um ocidental e foi realizada pelo freire capuchinho António da Madalena. As impressões do freire foram recolhidas por um funcionário público e historiador chamado Diogo do Couto que escreveu também que este português de 1ª veio a falecer num naufrágio ao largo de Natal na África do Sul. Ainda tentou a reconstrução de Angkor, mas o seu projecto não teve êxito. Passamos horas a visitar toda esta zona, ela seduz-nos, pela sua arquitectura, beleza, perseverança e qualidade das suas obras. São milhares de pessoas que visitam este local todos os anos, hoje já nos cruzamos com algumas centenas, acima de um milhar, sem dúvida. Ainda brincamos e demos de comer a alguns macacos que habitam alguns templos. Subimos uma escadaria com uma inclinação perigosíssima, era quase a pique, uma queda poderia ser fatal. Foi no cimo desta escadaria que fomos encontrar alguns monges que ainda permanecem no interior deste templo a orar, acenderem uma velinhas, colocando adornos em figuras de budas que se encontram nesta área.
Estivemos neste local já o Sol, começava a pôr-se lá no horizonte, seria engraçado ver o cair da noite, mas não é seguro, tanto que há zonas em redor que ainda existem minas da guerra civil Cambojana, foi um conflito que envolveu forças do partido comunista  do Kampuchea contra as forças governamentais do Camboja. Regressamos ao hotel e ainda deu para irmos até à piscina para mais tarde atacarmos o nosso jantar de comida Cambojana, e vermos mais um espetáculo cá da terra. Amanhã vamos continuar a visitar a zona envolvente de Siem Reap.

19 Agosto - Siem Reap 

Neste dia o Sol abriu muito forte, tínhamos deixado os estores meio abertos ele, logo entrou pelo nosso quarto adentro, começou assim a nossa boa disposição, prontamente nos levantamos, descemos até ao  átrio para esperarmos pelo outros compinchas e abalarmos para tomar mais um pequeno almoço. Terminado este acto tão sublime, seguidamente fomos atacar mais posições dentro de Angkor. Daí começamos por Thom, Ak Yum, Banteay Kdei, East Mebon e tantos outros, no total há cerca de 100 templos visitáveis, nesta manhã conseguimos ver bastantes e onde nos fartamos de subir e descer enormes escadarias, fomos a outras zonas muito extensas, onde podemos ver estátuas gigantescas, algumas dilaceradas pela raízes das árvores que as deitaram abaixo, ou mesmo mudadas do local pela força e espessura destas, tantas, tantas que caíram e despedaçaram-se, outras estão em desequilíbrio à espera da queda ou que outra raiz as segure, dependendo muito da forma como está a crescer. Nesta
volta andamos bem à vontade três ou quatro quilómetros, é deslumbrante vermos tanto arte que passados estes séculos ainda se encontram em bom estado de conservação. Nesta caminhada não podiam faltar os nossos primos, macacos, também fazem companhia e são uns pedinchões, estão sempre à espera de qualquer coisita para comer.

Depois de tanto andar regressamos à Victory Gate, esta encontra-se muito bem conservada, mais umas fotos e vamos dar o fora deste complexo de arte que nos fascinou e nunca iremos esquecer a beleza que tem séculos e deveria perdurar até, sempre.  Mal saímos e passados alguns quilómetros formos abordados por uma imensidão de crianças que nos queriam vender qualquer coisinha, lá compramos umas peças em folha de bambu para trazermos como memória deste local.
Agora o nosso destino vai ser o lago Sap ou Tonle Sap, têm uma extensão de 2590 km2, mas pode chegar aos 24605km2, durante a estação das chuvas, ou seja mesmo nesta altura em que nós aqui estamos. Vamos já a caminho
permanece um dia maravilhoso, avançamos por uma estrada em terra batida que nos vai levar a uma margem deste extenso lago, porém quando mais avançamos começamos a ver algumas casas palafitas que já se encontram a boiar. Chegamos a um local onde já nos espera um barco que mos vais levar a dar um passeio por estas águas. Entramos para o barco, mas nada de colocar os coletes salva-vidas, somos cá uns nadadores que não digo nada. Andamos uma distância considerável e eis que começamos a ver apenas as copas de algumas árvores. algumas já se encontravam totalmente submersas, a água estava turva o marinheiro diz-nos que o lago está a crescer muito depressa porque há dias que está a chover a norte deste local, há uma ondulação imensa que faz com que o barco balanceie bastante e este não nos dá grande segurança.
Até o acelerador é rudimentar, não mais do que um ferro comprido em que o pé é lá encostado e vai funcionando. Com este panorama todo resolvemos voltar para trás, pois o perigo é iminente e há mais coisas para se ver. No regresso vimos que já há locais que há 1 hora atrás não estavam submersos e agora já estão, vemos vários barcos cheios de pessoas a serem retirados desses sítios, ramos de árvores já soltos e já muito perto onde iremos desembarcar, uma criança dentro de um balde em plástico de lavar a loiça ou roupa aproxima-se de nós remando com uma tábua pequena, tão pequena como ele que não deveria ter mais do que três anos, uma outra mãe vai num barquito pequeno ela e seu filho, também a fugir àquela imensidão de água, note-se que neste lago há um bichinho muito simpático conhecido como alfaiate, ou seja crocodilo. Nem sabemos o que por aí vem. Chegamos sãos e salvos e no caminho para o hotel fomos falando naquela aventura que tínhamos acabado de ter.
Já noite, chegamos ao nosso hotel onde ainda fomos assistir a um bailado interpretado  por raparigas muito bonitas vestidas a rigor com trajes Cambojanos. Se, foi lindo estar em Siem Reap.
20 Agosto - Siem Reap - Phnom Penh 315km 



Continuamos a levantarmo-nos cedo, cerca das 05H00, porque a nossa viagem está marcada para o voo FT991 que vai sair desta cidade às 08H10, com chegada a Phnom Penh às 09H00, vai ser uma viagem curta,  de carro teríamos de percorrer 320 quilómetros.
Quando chegamos fomos descarregar as nossas malas mais um embrulho composto por quatro painéis em teca lacada, pintado com  paisagens do mar e figuras em madre pérola encrustadas, é  pesado e muito frágil para se transportar, este foi comprado no Palácio da Independência em Ho Chi Minh. Carga largada e já estamos a caminhar por esta cidade, capital do Camboja. O normal da população é deslocarem-se de motociclo ou tuk tuk o carro é pouco usual nesta cidade. Os sinais de trânsito é para se esquecer ou não ver, eles existem, mas ninguém lhes dá atenção.
Os cruzamentos são verdadeiros caos, parecem ninhos de vespas mas todos se entendem e lá vão passando sem bater ou gerar confusões ou stresse. As motas carregam mil e uma coisas, levam três ou quatro pessoas que por vezes podem ser cinco, caso haja uma criança. Em qualquer lugar há um posto der abastecimento de combustível, basta ter um garrafão de 2 ou 5 litros, algumas garrafas e já está o negócio montado.
Numa volta que nós demos de tuk tuk o motorista teve de abastecer, parou num destes sítios e comprou um litro de gasolina e lá vai feliz e contente. Uma curiosidade é que os casamentos são arranjados, onde os noivos só se conhecem na hora do casamento. Para casar o noivo tem de pagar o dote da noiva onde o dinheiro será usado para fazer a festa. Escola para as crianças, nem velas, mas quase todos os miúdos sabem falar inglês só do contacto com o turismo.
Visitamos uma fábrica de confecções onde todas as mulheres cosiam à máquina as diversas roupas, onde logo ao lado se comercializavam os seus trabalhos. Também entramos num mercado para comer, mas faltou-nos coragem quando vimos a comida e como ela estava a ser cozinhada. Neste lugar também comprei os meus postais, não me podia esquecer, são recordações muito valiosas. Está também muito calor e não podia faltar o excesso de humidade, isto faz que alguns funcionários estejam a dormitar, por vezes quando por eles passamos nem acordam, estão mesmo ferradinhos. à saída deste local até um homem estava deitado em cima da sua motocicleta a dormir.
Fomos também até ao rio Mekong ver o movimento que havia de barcos e admirar os rapazes que ali tomam banho. Este rio parece estar sujo pela cor das águas, mas também pelas chuvas que vão caindo nesta época do ano. Nós continuamos ser a chuva, esperamos que continue assim.
Visitamos o  Wat Phnom, um templo budista que deu o nome a esta cidade localizado num morro com 27 metros de altura, é engraçado, mas quem já viu umas dezenas de templos, este passa um pouco despercebido.

Concluímos que esta cidade não é bonita, mas é suja, há lugares que há mau cheiro, pouca iluminação, as pessoas são adoráveis, nunca nos sentimos inseguros. Regressamos ao hotel Phnom Penh para a nossa banhoca e irmos jantar mais descansados, porque amanhã mais uma etapa, esta um pouco maior.

21 Agosto -  Phnom Penh - Kuala Lumpur 1032km



Estamo-nos a preparar para mais outra tirada desta viagem que abrangeu uma grande quantidade de lugares, faziam parte do nosso imaginário, mas faltava conclui-los, estamos a finalizar um desses locais para que daqui a momentos fazermos o check-in no balcão da Malaysia airlines, para o voo MH755, com partida às 11H10 e chegada a Kuala Lumpur às 14H00. A burocracia de entrada neste país não se reconhece, foram rápidos e simpáticos para nos darem o visto e carimbarem os passaportes. Surgiu-nos aqui um problema, é que parte da nossa carga não chegou a este aeroporto, mais propriamente o pacote com as pinturas comprada no Vietname, nós tínhamos feito o despacho como carga muito frágil, tão frágil era que não chegou ao destino, perdemos algum tempo a reclamar mas, disseram-nos que tinha ficado em Phnom Penh e que à noite ou no dia seguinte a vamos receber, assim esperamos.
Quando nos acercarmos da zona das chegadas, logo avistamos uma pessoa com um placard, "Sofia Almas", não era mais do que o nosso tranfer privado que nos vai levar ao Equatorial hotel. Neste caminho avistamos as Petronas Twin towers, são dois arranha-céus, construídos pela construtora espanhola Acciona, com 88 andares e 452 metros de altura. Já no nosso hotel reparamos que no edifício defronte de nós que é todo em vidro estava a refletir-se na totalidade as Petronas, sem sabermos, elas estão por detrás do nosso hotel a pouquíssimos metros de distância. Da nossa janela temos uma vista soberba, podemos ver uma grande parte desta cidade, tal como a torre da televisão "Menara Kuala Lumpur, também muito alta com os seus 421 metros de altura, um bocadito mais baixa do que as Petronas, logo por baixo da janela vimos passar o metro em viaduto, mais conhecido como monotrilho. Recompostos da viagem, resolvemos sair e logo até às Petronas, mas soubemos na recepção do hotel que àquela hora já não havia visitas, mas que podia-mos ir ver a Menara, como era também perto no nosso local, resolvemos ir a pé.
Compramos os bilhetes de acesso e lá vamos subir  de elevador até ao ponto mais alto. Daqui podemos ver como certos prédios que nos pareciam muito altos são na realidade baixotes, comparados com a altura em que nos encontramos. Daqui vemos até perder de vista a imensidão desta cidade, a quantidade de prédios altos e muitas zonas verdes. Daqui as Petronas parecem-nos da mesma altura, por vezes mais altas ou até mais baixas, porque esta torre encontra-se já numa elevação. Mantivemo-nos neste local até escurecer para apreciar esta cidade vista daqui à noite. Valeu a pena é espectacular. No regresso ao hotel ainda vimos vender castanhas assadas que compramos, são idênticas às nossas, apenas o assador é diferente. Fomos jantar e saborear pela primeira vez a comida da Malásia. Soubemos que tem forte influência das culinárias chinesas, indianas, tailandesa e javanesa. Sendo uma mistura de sabores foi interessante. Já noite dentro fomos deitar-nos, amanhã mais um viagem pela frente.

22 Agosto - Kuala Lumpur 



Depois de uma noite de merecido repouso e de um bom jantar, de manhã não tivemos pressa em nos levantar, fomos tomar os nossos pequenos almoços, onde comemos bem e finalizamos todos com uma pratada de frutas desta terra maravilhosa. Reparei que no elevador não existia o número 4, a seguir ao 3º andar, existia o 3A, depois 5º 6º e restantes. Vim a saber que o número 4 em chinês representa a morte.  No átrio deste hotel fomos arranjar um táxi  para nos levar a conhecer mais alguns sítios desta cidade, lá conseguimos com o taxista elaborar um passeio para hoje. Combinamos ir até à junção de dois rios em Merdeka , que por sinal deu o nome de Kuala Lumpur, quer dizer canal lamacento, passamos pelo mercado central a caminho de uma floresta que se encontra a poucos quilómetros da cidade. Aí demos mais umas voltas o Carlos a Sofia e a Júlia ainda molharam os pés ao contrário de uns árabes que se molharam totalmente, ela estava toda vestida de preto,e ao molhar-se a sua roupa moldou-se ao corpo e mostrando todos os seus con-
tornos. Seguidamente atingimos o Batu Caves e quando chegamos o motorista avisou-nos de que nada de gorjeta ao monge hindu que se encontra lá no cimo. Este motorista já nos tinha informado que a  sua religião era cristã e que nada tinha a ver com as outras religiões. Vamos subindo aquela escadaria imensa, nesta altura vamos no degrau número 272 e sabemos que ainda há mais. Na passagem vamos vendo macacos e mais macacos em todo o caminho existe este bichinho simpático e atrevido, também serviu para nos irmos distraindo pois a subida com todo este calor é exaustiva, finalmente atingimos o cimo, depois de escalarmos 360 degraus, isto é obra.
Conseguimos ver o tal Hindu orando, vestindo um  trapo a tapar-lhe um bocado das costas peludas, transpiradas e com aspecto de badalhoco, tendo um rádio a tocar aquela lengalenga para atrair mais (in)fiéis. Concluímos que nada de especial há cá em cima, praticamente demos meia volta e lá vamos de  rabo alçado por ali abaixo. Viemos a este local onde está a ser construída a estátua do Senhor Muruga com 42,7 metros de altura. 
Regressamos a Kuala Lumpur, fomos logo visitar as Petronas, onde ficamos admirados da majestosa obra de arquitectura, é mais uma obra que um dia vai virar sucata, e quem será o sucateiro que vai comprar aquele ferro velho, todo, será que algum dia servirá para alguma coisa? Abandonamos este local e regressamos ao hotel para o nosso jantar, quando entrámos no hotel a recepção tinha já o nosso pacote com os quadros que estavam em falta, fiquei contentíssimo. No quarto verifiquei o estado deles, estavam em boas condições. Depois do jantar ainda fomos dar a última volta por esta cidade, pois logo estaremos de partida.

23 Agosto - Kuala Lumpur - Singapura - Frankfurt 296km + 10277km 



Inicialmente tínhamos pensado fazer o percurso entre Kuala Lumpur e Singapura de comboio, sabíamos que o valor de cada bilhete não iria custar mais do que €7,00, mas o tempo de viagem para nós era demasiado, cerca de 7 horas e o tempo que nos resta destas férias está acabar.
Hoje será mais um dia que nos estamos a levantar cedinho, resolvemos que por volta das 6H00, levantávamo-nos para  irmos para o aeroporto comprar bilhetes e partirmos de imediato. Assim foi, chegados ao aeroporto compramos os nossos ingressos para o voo SQ103, que vai partir às 8H00 e chegaremos às 8H45, numa companhia de
Singapura, passados 30 minutos estávamos a embarcar, nem parecia que íamos de avião, tão fácil, rápido a despachamos os nossos malões, bem pesados, sem problemas de sermos estrangeiros, ou seja, nada de burocracias. Esta acção demorou instantes. Já estamos a voar e daqui a poucos minutos aterramos em Singapura. No avião preenchemos logo os formulários que temos de entregar à chegada, papelinho já usual e nós fartos de preencher para que possamos passar a zona de imigração. A nossa saída foi rápida e muito profissional por parte das autoridades deste pequeno país. Sabemos que daqui a algumas horas vamos estar neste local novamente para embarcarmos para a nossa escala em Frankfurt, vamos ter de nos apressar, senão nada feito.

Sabemos que este país foi criado em 1965, sendo nessa altura dos mais pobres do mundo, hoje em 2005 é dos que mais cresce economicamente e onde estão uma grande parte dos ricos deste planeta. Por tudo isso estamos a caminhar numa zona onde abunda uma construção pomposa e onde estão instaladas grandes empresas mundiais, mais adiante visitamos a mesquita do sultão Masjid, onde o Carlos foi orar e as beatas Sofia e Júlia não puderam entrar, vestiram uns trajes, mas somente foram até uma sala onde as mulheres podem ficar. Finalizada esta visita continuamos a caminhar por esta linda cidade onde tudo é proibido e somos controlados a todo o momento, polícias disfarçados em todo o lado,
até como motoristas de táxi a espiarem para punirem todos aqueles que saem dos eixos. A pornografia é punida no entanto a prostituição não o é, não consegui perceber. Dar um abraço sem permissão pode levar-nos à cadeia. Droga é logo pena de morte. Nós, como somos pessoas cumpridoras, nada nos  inquieta. Todas as voltinhas que temos dado, uma delas levou-nos até um restaurante onde todos comemos piza e bebemos as nossas cervejolas, menos a menina Júlia que sempre opta pelo Ice tea de limão. Seguidamente fomos de metro até outro ponto da cidade e fomos visitar a Battle Box que foi um quartel general subterrâneo, usado pelos Ingleses para ajudarem Singapura a defender-se dos japoneses, mais conhecidos pelos amarelinhos. Vimos uma grande quantidade de salas que representam momentos dos afazeres dos oficiais e soldados
aqui instaladas. São figuras em cera que representam todos, esses homens, há mobílias originais ou réplicas. Ficamos bem representados numas destas cenas onde nós fomos parte integral no acordo de paz das nossas Berlengas, guerra essa que ainda hoje prevalece e nós portugueses já gastamos milhões de euros em material bélico. Estivemos bastante tempo aqui entretidos para que depois fossemos continuar o nosso trajecto por outras zonas desta cidade. Estamos cansados e já começa a escurecer é sinal de que temos de nos aproximar do aeroporto para que possamos fa-
er o check in e embarcar no voo LH777 que vai sair às 23H05, onde vamos passar toda a noite a bordo. Despachamos  a nossa bagagem, já como destino final Lisboa, e daqui a minutos vamos entrar no avião para fazermos umas longas horas de viagem.


24 Agosto - Frankfurt - Lisboa 1875km



É 1H00 da manhã, estamos a voar à cerca de duas horas, já nos deram o jantar, bebemos uma boa cafezada e vamos dormir um pouco. Ainda estamos muito longe do final da nossa tão grande viagem, são muitos os quilómetros que ainda temos de voar, será que este pássaro tem força e está bem alimentado para aguentar tal dificuldade, temos a esperança  que sim. Estamos todos acordados, no entanto uns conseguiram dormir uma boas horas, ou seja o meu caso, outros dormiram ou dormitaram acontece que acordei com a assistente de bordo a oferecer o pequeno almoço, desta forma já estamos muito perto de Frankfurt, pelas escotilhas do avião conseguimos ver que ainda está escuro, demos mais umas voltas nas cadeiras, por fim dão indicação de colocarmos os cintos de segurança
 para aterrarmos. Aqui já chegamos, são 05H25 e por volta das 09H30, iremos embarcar no voo LH4530 que nos levará até ao nosso destino final em Lisboa. São mais quatro horas que iremos estar a secar neste aeroporto, mas a vida de viajante é mesmo isto, temos de ter sempre paciência para todos estas situações do espera e desespera. Nesta espera fomos dar uma volta pelas lojas deste aeroporto, bebemos uma cerveja alemã como não podia ser outra, ainda comprei três postais para a minha colecção, para depois  irmos sentar-nos mais um pouco, já na zona de embarque. Com tudo isto estamos novamente dentro do avião para o nosso último percurso, onde vamos chegar a casa por volta das 11H25. Neste trajecto não deu para dormir, fomos falando nas diversas situações que ocorreram nestes dias e com saudades de um dia voltarmos a alguns destes locais.
Desta viagem pela Ásia, trouxe-mos boas recordações e propostas de como devemos encarar futuras viagens, aprendemos imenso, foi perfeita a participação deste grupo de caminheiros; Gilberto; Sofia; Carlos; Júlia,            que  apresentaram sempre projectos e acções de desenvolvermos o nosso potencial de boa compreensão em todos os momentos. Temos um futuro sustentável e optimista. Cá estaremos para muitas, grandes e boas viagens.



O Misterioso Iraque - 2025

O MISTERIOSO IRAQUE EXPEDICAO MESOPOTANIA