ROTA DO ROMÂNICO
Dia 25 de Março
Combinamos estar ao pé do
Carlos às 8h00, como sempre fomos todos pontuais
e lá seguimos para o nosso pequeno-almoço numa pastelaria ali perto onde todos
gostamos do atendimento e da qualidade dos bolos e sandes, já há poucos locais
como este. Montamos os rádios nas viaturas
para podermos comunicar entre ambos e lá fomos fazer a nossa primeira
etapa, até perto de Castelo de Paiva, onde chegamos passadas algumas horas,
começamos por visitar o Marmoiral de Sobrado, obra com alguns séculos que
serviu para a passagem fúnebre da
Infanta D. Mafalda. Filha de D. Sancho I e neta de D. Afonso Henriques.
Tínhamos programado visitar o local aonde
há 15 anos se deu o desastre de Castelo de Paiva em que a ponte ali existente
ruiu quando um autocarro quase cheio de pessoas
ali passava, arrastando ainda uns carros que também circulavam naquele
momento. Estivemos parados junto à ponte nova, mas nada de atravessar a ponte
da desgraça que já foi reconstruída há alguns anos. De seguida fomos visitar
outra obra do românico que ficava a poucos quilómetros deste local a Igreja de
Nossa Senhora da Natividade de Escamarão, local bem preservado que nós gostámos
de apreciar.
Chegou a hora do almoço, se no caminho encontrarmos um restaurante em condições será aí que iremos almoçar. Não demorou assim tanto tempo no nosso trajecto reparamos que há um no cimo da ladeira, Boa aposta esta, muito bem localizado com um vista para um vale com a serra lá ao longe, sol, e uma temperatura amena, comemos todos muito bem, os pratos estavam uma delicia e o preço não foi exagerado. Ainda deu para eu comprar duas garrafas de uma aguardente envelhecida em barril de casco de carvalho. Seguimos viagem, mais outro local da rota do românico para visitar Igreja de Santa Maria Maior de Tarouquela, local bem provinciano, integrado numa pequena aldeia, não ficando por aqui passamos ao próximo, não mais do que a procissão de 6ª feira santa em Santiago de Piães, mais outro trecho da nossa província ainda enraizada. Mais abaixo percorrendo estas estradas maravilhosas chegamos à barragem do Carrapatelo onde outrora mais concretamente em 2003 transpomos
esta barragem em barco, utilizando a eclusa, tempos que lá vão, em tempo que lá vamos, só coisas boas. Mais umas voltas e chegamos à Igreja de São Cristóvão de Nogueira, esta encontrava-se aberta, onde podemos ver o seu interior bem restaurado e vimos algumas beatas, mais interessadas no que se passava à sua volta do que na fé que dizem ter. De regresso ao caminho lá vamos nós circundar toda a estrada que rodopia a serra de Montemuro, sítios lindos, nalguns sítios havia alguma neblina mas lá chegamos à ponte da Panchorra escondida num vale, rodeado por imenso arvoredo onde corre um ribeiro de nome Cabrum. Local de grande beleza que seria interessante séculos atrás onde deveria ter imenso tráfego, por muito que possamos pensar não conseguimos imaginar o tipo de pessoas, famílias, soldados vestidos com seus trajes que aqui passariam, o barulho produzido pelas rodas das carroças e até o dialeto desta gente como seria e a comida! Local este de fascino perdido no tempo, séculos que já passaram e a modernidade não lhe tocou, ainda bem. O final do dia está aproximar-se vamos partir para o próximo destino o Mosteiro de Santa
Maria de Cárquere, está mais nevoeiro, começamos a circular devagar, conseguimos atingir este objectivo já de noite, mas sempre valeu a pena, foi uma visita nocturna, tanto que mesmo ao nosso lado está o cemitério da vila, onde se vêm as campas arranjadas e todas floridas, estamos na páscoa e os familiares recordam os seus ente queridos que partiram. Tiramos as nossa fotos e demos uma volta a este mosteiro. Não deu para mais, vamos pôr-nos ao caminho que daqui a Moscoso ainda são cerca de 100 quilómetros, alguns em estradas por nós desconhecidas. Nos últimos quilómetros, serra acima não se conseguia ver quase nada o nevoeiro estava completamente serrado, é um perigo circular nestas condições em que são curvas umas atrás das outras numa estrada que ao se cruzar um carro com o outro um deles tem que ir para a berma, existe uma linha no meio da estrada que mal se vê. Quando chegamos ao nosso restaurante Nariz do Mundo, estávamos em cima das 22h00, momentos antes tínhamos recebido uma chamado do proprietário a perguntar onde nós nos encontrava-mos, não é que estávamos mesmo à porta para entrarmos,
só nós. Agora chovia imenso, entramos e logo nos sentamos numa mesa à antiga portuguesa, corrida e com bancos que davam para três pessoas, corridos e com costas integrais, mais nos parecem uns caixotes, mas é agradável este ambiente. Comemos bacalhau com pouca vontade, tínhamos almoçado muito bem e o apetite era pouco, não bastando, mal terminamos de comer o que pusemos no prato e logo nos disseram que iam buscar a carne. Dissemos que não, não queremos mais nada estamos cheios, aqui come-se até rebentar e o preço é irrelevante. Já noite dentro subimos ao andar superior para descansar as amalgamas que o dia nos tinha deixado.
Chegou a hora do almoço, se no caminho encontrarmos um restaurante em condições será aí que iremos almoçar. Não demorou assim tanto tempo no nosso trajecto reparamos que há um no cimo da ladeira, Boa aposta esta, muito bem localizado com um vista para um vale com a serra lá ao longe, sol, e uma temperatura amena, comemos todos muito bem, os pratos estavam uma delicia e o preço não foi exagerado. Ainda deu para eu comprar duas garrafas de uma aguardente envelhecida em barril de casco de carvalho. Seguimos viagem, mais outro local da rota do românico para visitar Igreja de Santa Maria Maior de Tarouquela, local bem provinciano, integrado numa pequena aldeia, não ficando por aqui passamos ao próximo, não mais do que a procissão de 6ª feira santa em Santiago de Piães, mais outro trecho da nossa província ainda enraizada. Mais abaixo percorrendo estas estradas maravilhosas chegamos à barragem do Carrapatelo onde outrora mais concretamente em 2003 transpomos
esta barragem em barco, utilizando a eclusa, tempos que lá vão, em tempo que lá vamos, só coisas boas. Mais umas voltas e chegamos à Igreja de São Cristóvão de Nogueira, esta encontrava-se aberta, onde podemos ver o seu interior bem restaurado e vimos algumas beatas, mais interessadas no que se passava à sua volta do que na fé que dizem ter. De regresso ao caminho lá vamos nós circundar toda a estrada que rodopia a serra de Montemuro, sítios lindos, nalguns sítios havia alguma neblina mas lá chegamos à ponte da Panchorra escondida num vale, rodeado por imenso arvoredo onde corre um ribeiro de nome Cabrum. Local de grande beleza que seria interessante séculos atrás onde deveria ter imenso tráfego, por muito que possamos pensar não conseguimos imaginar o tipo de pessoas, famílias, soldados vestidos com seus trajes que aqui passariam, o barulho produzido pelas rodas das carroças e até o dialeto desta gente como seria e a comida! Local este de fascino perdido no tempo, séculos que já passaram e a modernidade não lhe tocou, ainda bem. O final do dia está aproximar-se vamos partir para o próximo destino o Mosteiro de Santa
Maria de Cárquere, está mais nevoeiro, começamos a circular devagar, conseguimos atingir este objectivo já de noite, mas sempre valeu a pena, foi uma visita nocturna, tanto que mesmo ao nosso lado está o cemitério da vila, onde se vêm as campas arranjadas e todas floridas, estamos na páscoa e os familiares recordam os seus ente queridos que partiram. Tiramos as nossa fotos e demos uma volta a este mosteiro. Não deu para mais, vamos pôr-nos ao caminho que daqui a Moscoso ainda são cerca de 100 quilómetros, alguns em estradas por nós desconhecidas. Nos últimos quilómetros, serra acima não se conseguia ver quase nada o nevoeiro estava completamente serrado, é um perigo circular nestas condições em que são curvas umas atrás das outras numa estrada que ao se cruzar um carro com o outro um deles tem que ir para a berma, existe uma linha no meio da estrada que mal se vê. Quando chegamos ao nosso restaurante Nariz do Mundo, estávamos em cima das 22h00, momentos antes tínhamos recebido uma chamado do proprietário a perguntar onde nós nos encontrava-mos, não é que estávamos mesmo à porta para entrarmos,
só nós. Agora chovia imenso, entramos e logo nos sentamos numa mesa à antiga portuguesa, corrida e com bancos que davam para três pessoas, corridos e com costas integrais, mais nos parecem uns caixotes, mas é agradável este ambiente. Comemos bacalhau com pouca vontade, tínhamos almoçado muito bem e o apetite era pouco, não bastando, mal terminamos de comer o que pusemos no prato e logo nos disseram que iam buscar a carne. Dissemos que não, não queremos mais nada estamos cheios, aqui come-se até rebentar e o preço é irrelevante. Já noite dentro subimos ao andar superior para descansar as amalgamas que o dia nos tinha deixado.
Dia
26 de Março
Durante esta noite a
chuva não parou, algum frio e nevoeiro, dormimos num ambiente muito rústico,
quartos por cima do restaurante onde tínhamos jantado, camas mesmo provincianas
e as janelas dos quatros, por serem bem pequenas, não eram mais do que
postigos, por elas entrava frio e vento, às vezes quando era mais forte
ouvia-se o assobiar do vento. Os quartos tinham todos casa de banho privativa
mas muito modestas, mesmo assim deu perfeitamente para descansar-mos as nossas
fadigas.
A nossa lide da manhã não
foi mais do que tomarmos os nossos pequenos almoços neste local de repasto tão
maravilhoso chamado “nariz do mundo” situado na serra da Cabreira onde o acesso
não é assim tão fácil como pode parecer, fica mesmo nos confins da serra.
Seguiram-se mais alguns momentos de conversa, há sempre algo para falarmos,
pois o momento é propicio. Partimos serra abaixo, pois temos como primeira
paragem, Sobrado em Valongo onde eu irei levantar uma prateleira de uma estante
que comprei há cera de 2 anos e só hoje a entregam, fizemos este percurso com
bastante chuva o que deu para aperceber que vai estar um péssimo dia para
darmos as voltas que tínhamos programado. Quando cheguei ao Sobrado,
praticamente não perdi tempo nenhum, já estavam à minha espera. Desta forma
partimos para a nossa primeira visita do dia, local muito perto de Paços de
Ferreira não mais do que a Torre dos Alcoforados, situada numa pequena povoação
que a escondia, por esse motivo não a conseguíamos ver,
perguntamos e lá estava ela no meio do casario, rodeada por um muro e com um portão fechado à chave, não foi problema, conseguimos forçar o portão e lá fomos admira-la de perto. Pena é que estes locais estejam fechados e os visitantes apenas as possam ver o seu exterior e pouco mais, também temos verificado que todos estes monumentos a quem chamam rota do românico estão muito bem preservados. A chuva continua a cair a vontade de sair do carro é pouca e a malta sente-se limitada pelo mau tempo. Fizemos mais umas voltas para encontrar outro monumento, mas foi em vão, resolvemos ir almoçar num restaurante que encontramos no caminho, pareceu-nos agradável. Entramos e deparamos com uma ementa de conversa em que nos disserem terem; feijoada e rojões e se quiséssemos outras coisas também faziam ou tinham, mas que a feijoada era muito boa, melhor que a dela, empregada. Mandamos vir feijoada e rojões. A Sofia foi a única a pedir vinho pois pensou que com a feijoada seria agradável a vinhaça. Trouxeram os tabuleiros e o Cláudio foi separar os pratos para os filhotes e comentou logo de imediato – isto é só ossos, todos olhamos mas não acreditamos de imediato, foi preciso todos começarem a tirar a sua parte e vermos que sim, só ossos, ainda mais o feijão não é aquele que se utiliza para a feijoada, mais ainda vinham bocados de dobrada.
Sobre os rojões a generalidade de todos acharam que não tinha qualidade, exceto o Carlos. Com toda esta panóplia de má qualidade lá conseguimos comer alguma coisa o valor da despesa também consideramos irrelevante. Partimos e avançamos para continuarmos a nossa rota, visitamos mais alguns locais interessantes para mais tarde chegarmos ao Mosteiro de Paço de Sousa onde se encontra o túmulo de Egas Moniz o aio de D. Afonso Henriques. Mais uma vez este monumento se encontrava fechado, mas a nossa ousadia e bisbilhotice levou-nos a espreitar e empurrar a porta, esta na verdade estava encostada. Entramos silenciosamente a luz encontrava-se apagada, interrogamo-nos se alguém lá se encontrava, fomos olhando e passados uns bons minutos ouvimos barulho, era uma mulher que estava perto do altar, não nos disse nada e fomos até a uma porta de onde provinha alguma claridade, espreitamos e lá estava outro homem de volta de umas velas. Bom dia dissemos nós, entramos para aquela sala enorme olhamos e para nosso espanto encontrava-se lá um relógio muito antigo em que os pêndulos eram em rocha, concretamente granito que pesavam umas dezenas de quilos, engraçado vermos peça tão bem preservada. No meio do silêncio ouvimos a mulher a usar o nome do prior, ah, então o homem era o padre. Quando saímos para a nave da catedral a luz acendeu-se, foi a ordem do padre que funcionou. Demos mais uma volta por esta igreja que pertence ao mosteiro e lá vamos para mais outra tirada até ao memorial de Ermida, não mais do que outra paragem do passeio fúnebre de D. Mafalda para o destino final em Arouca. A chuva continua a cair, hoje não estamos com sorte, precisávamos de bom tempo para engrandecer este passeio, teria outro impacto para todos.
A caminho para vermos a Igreja de Abragão, outra relíquia bem recuperada, mas fechada. Estes locais têm tanta importância que outros edifícios envolventes estão também bem conservados, aqui está quase concluído um centro de interpretação do românico feito com o traçado desta época tão longínqua. A tarde vai-se passando e resolvemos visitar o último monumento, propriamente o Mosteiro de Santa Maria de Vila Nova do Bispo que fica a pouco mais de 16 quilómetros donde estamos, percurso mais uma vez interessante, cruzamos pequenos povoados e estradas que circundam vales, montanhas e alguns rios desta região. Chegamos, fizemos a nossa paragem de observação e as respetivas fotografias, como não podiam faltar, mais a bisbilhotice do costume. Nesta altura ultrapassei um portão que se encontrava aberto e comecei a tirar umas fotos dentro desse recinto, mas quando me viro para trás verifiquei que alguém me estava a observar, espanto meu que a reacção foi – não há problema que tire uma fotos, resposta imediata, não. Questionei; este local é visitável?
perguntamos e lá estava ela no meio do casario, rodeada por um muro e com um portão fechado à chave, não foi problema, conseguimos forçar o portão e lá fomos admira-la de perto. Pena é que estes locais estejam fechados e os visitantes apenas as possam ver o seu exterior e pouco mais, também temos verificado que todos estes monumentos a quem chamam rota do românico estão muito bem preservados. A chuva continua a cair a vontade de sair do carro é pouca e a malta sente-se limitada pelo mau tempo. Fizemos mais umas voltas para encontrar outro monumento, mas foi em vão, resolvemos ir almoçar num restaurante que encontramos no caminho, pareceu-nos agradável. Entramos e deparamos com uma ementa de conversa em que nos disserem terem; feijoada e rojões e se quiséssemos outras coisas também faziam ou tinham, mas que a feijoada era muito boa, melhor que a dela, empregada. Mandamos vir feijoada e rojões. A Sofia foi a única a pedir vinho pois pensou que com a feijoada seria agradável a vinhaça. Trouxeram os tabuleiros e o Cláudio foi separar os pratos para os filhotes e comentou logo de imediato – isto é só ossos, todos olhamos mas não acreditamos de imediato, foi preciso todos começarem a tirar a sua parte e vermos que sim, só ossos, ainda mais o feijão não é aquele que se utiliza para a feijoada, mais ainda vinham bocados de dobrada.
Sobre os rojões a generalidade de todos acharam que não tinha qualidade, exceto o Carlos. Com toda esta panóplia de má qualidade lá conseguimos comer alguma coisa o valor da despesa também consideramos irrelevante. Partimos e avançamos para continuarmos a nossa rota, visitamos mais alguns locais interessantes para mais tarde chegarmos ao Mosteiro de Paço de Sousa onde se encontra o túmulo de Egas Moniz o aio de D. Afonso Henriques. Mais uma vez este monumento se encontrava fechado, mas a nossa ousadia e bisbilhotice levou-nos a espreitar e empurrar a porta, esta na verdade estava encostada. Entramos silenciosamente a luz encontrava-se apagada, interrogamo-nos se alguém lá se encontrava, fomos olhando e passados uns bons minutos ouvimos barulho, era uma mulher que estava perto do altar, não nos disse nada e fomos até a uma porta de onde provinha alguma claridade, espreitamos e lá estava outro homem de volta de umas velas. Bom dia dissemos nós, entramos para aquela sala enorme olhamos e para nosso espanto encontrava-se lá um relógio muito antigo em que os pêndulos eram em rocha, concretamente granito que pesavam umas dezenas de quilos, engraçado vermos peça tão bem preservada. No meio do silêncio ouvimos a mulher a usar o nome do prior, ah, então o homem era o padre. Quando saímos para a nave da catedral a luz acendeu-se, foi a ordem do padre que funcionou. Demos mais uma volta por esta igreja que pertence ao mosteiro e lá vamos para mais outra tirada até ao memorial de Ermida, não mais do que outra paragem do passeio fúnebre de D. Mafalda para o destino final em Arouca. A chuva continua a cair, hoje não estamos com sorte, precisávamos de bom tempo para engrandecer este passeio, teria outro impacto para todos.
A caminho para vermos a Igreja de Abragão, outra relíquia bem recuperada, mas fechada. Estes locais têm tanta importância que outros edifícios envolventes estão também bem conservados, aqui está quase concluído um centro de interpretação do românico feito com o traçado desta época tão longínqua. A tarde vai-se passando e resolvemos visitar o último monumento, propriamente o Mosteiro de Santa Maria de Vila Nova do Bispo que fica a pouco mais de 16 quilómetros donde estamos, percurso mais uma vez interessante, cruzamos pequenos povoados e estradas que circundam vales, montanhas e alguns rios desta região. Chegamos, fizemos a nossa paragem de observação e as respetivas fotografias, como não podiam faltar, mais a bisbilhotice do costume. Nesta altura ultrapassei um portão que se encontrava aberto e comecei a tirar umas fotos dentro desse recinto, mas quando me viro para trás verifiquei que alguém me estava a observar, espanto meu que a reacção foi – não há problema que tire uma fotos, resposta imediata, não. Questionei; este local é visitável?
Sim, resposta imediata.
Ainda acrescentei, é propriedade privada!
É, mas pode estar à
vontade.
Obrigado. Somos um grupo
de amigos que andamos por estas bandas e gostamos de ver, apreciar monumentos e
saber dos mesmos alguma história.
-Querem visitar o átrio?
-Sim queremos.
-Posso chamar o resto do
grupo.
-Sim, pode.
Fui ter com o resto da malta e perguntei se não queriam ver o interior, disseram que sim e informei-os que este mosteiro era de um particular, mas que estava na disposição de nos mostrar.
Fui ter com o resto da malta e perguntei se não queriam ver o interior, disseram que sim e informei-os que este mosteiro era de um particular, mas que estava na disposição de nos mostrar.
Cá vamos todos à visita.
A caminho o ilustre proprietário ainda nos perguntou se sabia-mos quem foi o
homem mais sério de Portugal, ficamos calados e nenhum de nós se arriscou adivinhar,
vamos esperar pelo momento e lá saberemos a resposta.
Mostrou-nos imensos
locais deste mosteiro, como salas, corredores, cozinha e até um quarto num
local muito reservado e fechado a sete chaves. Ficamos todos admirados e
contentes pelo que acabamos de ver. Mas quase no final da nossa visita fez-nos
uma pergunta – onde é que vocês estão hospedados, resposta pronta, precisa e
concisa do Carlos – no Porto, imediatamente a madame Júlia concluiu com uma
exactidão minuciosa. No camping Douro. Onde! Questionou o ilustre, e mais uma
vez, a Júlia com uma voz mais sonante e mais clara voltou a dizer no Camping Douro, havia dificuldade em
arranjarmos onde dormir e foi o que se arranjou. Todos nós ficamos em silêncio
e todos nós pés-rapados pensamos: já a Júlia abriu a matraca. O homem ficou em
silencio que pensou ele, é gente ordinária que eu estive a dar tantas
explicações e a perder o meu latim. Razão tão rápida de conclusão da visita.
Achamos que não valia tal explicação tanto que pensamos: o homem ainda nos ia
convidar para jantar, dormir e sabemos lá mais o quê. Há quem diga que no final
ia-nos ofertar uma garrafa do melhor vinho da sua adega, pronto, perdemos tudo.
A nossa vontade era desaparecer num instante e quase assim foi, adeusinho e muito obrigado. Conclusão, logo que saímos tivemos risota ao longo de muitos quilómetros até chegarmos ao nosso camping de 1/2 estrela. Ou seja toda a família dos Viscondes de Arrentela, Asseca e Grão-Pará, ficaram na lama, pois somos todos de famílias tão distintas e todos temos quintas no Rego e Brazão do grã-ducado. Já noite chegamos ao nosso poiso mesmo juntinho ao rio Douro. Já não é o que era há alguns anos atrás, mais parece um campo de refugiados Sírios.
Só vimos porcaria deste tipo, com pena ficamos de numa cidade como esta não ter nada de jeito nesta zona. Não há quem olhe para esta miséria que é um nojo neste local emblemático. Tivemos nesta altura ao nosso lado um grupo de espanhóis que também lamentavam o mal serviço prestado. Como já conhecemos esta cidade e estivemos aqui há poucos meses, resolvemos pormo-nos a caminho e direcionamo-nos até Espinho onde demos uma volta pela marginal, estava muito vento e frio, pensamos que podia-mos ir almoçar a Aveiro, também a distância não é longa, colocamo-nos a caminho e lá vamos fazer uns quilómetros mais. Chegamos perto das 15h00, onde fomos de imediato para o mercado do peixe, local onde se encontra um restaurante de grande qualidade, porém como já era muito tarde tivemos de optar por outro local este iria fechar de imediato porque era domingo de Páscoa .
Na mesma rua encontramos outro que não fomos mal servidos, gostamos mas o resto do grupo iria gostar muito mais do que inicialmente estava planeado. À tarde fomos dar uma volta por esta cidade, onde admiramos a beleza que representam os canais. Havia milhares de espanhóis que se deslocam a Portugal pela Páscoa, com isto, parques de estacionamento lotados e alguns encerrados, bem pensado. Finalmente resolvemos fazer a nossa viagem de regresso, havia muito trânsito, pequenas paragens no auto-estrada, mas todos chegamos sem problemas. Amanhã teremos todos mais uma semana de trabalho. Até breve.
A nossa vontade era desaparecer num instante e quase assim foi, adeusinho e muito obrigado. Conclusão, logo que saímos tivemos risota ao longo de muitos quilómetros até chegarmos ao nosso camping de 1/2 estrela. Ou seja toda a família dos Viscondes de Arrentela, Asseca e Grão-Pará, ficaram na lama, pois somos todos de famílias tão distintas e todos temos quintas no Rego e Brazão do grã-ducado. Já noite chegamos ao nosso poiso mesmo juntinho ao rio Douro. Já não é o que era há alguns anos atrás, mais parece um campo de refugiados Sírios.
Dia
27 de Março
Fomos dar uma volta pelo parque
de campismo para relembrar tempos passados, alguns de nós já aqui tinham
estado, fomos unanimes em afirmar que tudo tinha mudado, até o leito e margem
do rio Douro já nada tem a ver, podíamos ir até água com os pés em cima da
relva, ainda era um local selvagem. O homem transformou este local num sítio
desprezível, não tem beleza. Vamo-nos embora, pois até nem sítio em condições para
tomarmos o nosso pequeno almoço existe, vamos até ao Porto que aí temos imensos
à nossa escolha.
Fomos directos para esta
cidade e paramos num parque de estacionamento para evitar multas, atravessamos
Avenida dos Aliados e lá escolhemos uma pastelaria que nos pareceu ser em
condições, sentamo-nos e pedimos os nossos pequenos almoços, espanto nosso, não
tinham pão, só bolangas. Demos à soleta, fomos para a pastelaria ao lado,
melhor sorte não tivemos, esta tem um serviço precário e sujo, comemos mas
ficamos convencidos que nada ali prestava. Comentamos; aqui no centro da cidade
não há uma pastelaria em condições, verdade.
Só vimos porcaria deste tipo, com pena ficamos de numa cidade como esta não ter nada de jeito nesta zona. Não há quem olhe para esta miséria que é um nojo neste local emblemático. Tivemos nesta altura ao nosso lado um grupo de espanhóis que também lamentavam o mal serviço prestado. Como já conhecemos esta cidade e estivemos aqui há poucos meses, resolvemos pormo-nos a caminho e direcionamo-nos até Espinho onde demos uma volta pela marginal, estava muito vento e frio, pensamos que podia-mos ir almoçar a Aveiro, também a distância não é longa, colocamo-nos a caminho e lá vamos fazer uns quilómetros mais. Chegamos perto das 15h00, onde fomos de imediato para o mercado do peixe, local onde se encontra um restaurante de grande qualidade, porém como já era muito tarde tivemos de optar por outro local este iria fechar de imediato porque era domingo de Páscoa .
Na mesma rua encontramos outro que não fomos mal servidos, gostamos mas o resto do grupo iria gostar muito mais do que inicialmente estava planeado. À tarde fomos dar uma volta por esta cidade, onde admiramos a beleza que representam os canais. Havia milhares de espanhóis que se deslocam a Portugal pela Páscoa, com isto, parques de estacionamento lotados e alguns encerrados, bem pensado. Finalmente resolvemos fazer a nossa viagem de regresso, havia muito trânsito, pequenas paragens no auto-estrada, mas todos chegamos sem problemas. Amanhã teremos todos mais uma semana de trabalho. Até breve.