Dia 23 Abril
A ideia seria de sairmos bem cedo para o dia ser bem
aproveitado, tanto que nesta altura do ano os dias já são maiores e como o
horário de Espanha é mais uma hora, seria excelente que viéssemos a ganhar uma ou duas horas, isso não aconteceu,
saímos cerca das 8H00, não foi suficiente.
Partimos, o tempo estava chuvoso,
não mais do que a chuva “molha tolos”, mas não mais do que isso, fomos
percorrendo calmamente o percurso estabelecido, não tem nada que enganar, há
anos que o fazemos. Não surgem grandes alternativas, as vias são as mesmas e já
a precisarem de melhorias. O auto-estrada Sines-Beja, que está parado há alguns
anos iria encurtar o tempo deste trajecto. Verificamos que já foi colocada uma
primeira fase de alcatrão. Será que
resolveram recomeçar as obras desta via tão necessária!
O certo é que já estamos a circular
há perto de 3 horas e a chuva engrossou e não pára, logo que entramos em
Espanha parou um pouco, mas foi de pouca dura já estamos novamente apanhar com
ela e não se vê melhorias. Como já temos umas horas de condução resolvemos
parar numa vila aqui em Espanha para comermos alguma coisa, parámos num tasco e
pedimos dois bocadillos de jamon mais uma caña e uma coca-cola em garrafa,
serviram uma das bem pequenas onde nos ofereceram um pires com umas azeitonas,
no final ao pagarmos pediram-nos qualquer coisa como €11,00, grande roubalheira
a deste saloio. Mais adiante e já perto
de Sevilha o tempo mudou; a chuva terminou e a temperatura está aumentar. Sem
dúvidas, estamos já a passar
Sevilha e o tempo nada tem a ver, não chove e o
calor já se sente. Sempre foi um local de temperaturas quentes e por vezes com
imenso calor que nos pode escaldar. Perto das 14H00 chegamos a Jerez de la
Frontera, onde fomos comprar os bilhetes para irmos ver as corridas de
motociclismo, decidimos adquirir lugares na bancada onde tivemos algumas
incertezas pelo local, pois faz a diferença nos valores que praticam, há
acessos onde os preços são muito elevados. Pensamos que escolhemos o melhor
local, amanhã tiramos as dúvidas. Pusemo-nos ao caminho e lá vamos em direcção
de Puerto de Santa Maria para tratar das nossa barrigas, já são quase 3 horas
da tarde. Passamos de fronte do Romerijo, onde vendem marisco, mas não tínhamos
grande vontade, resolvemos ir até ao assador e comer uns nacos de carne. Esperamos
alguns minutos para arranjar lugar, onde nos estalaram numa mesa espaçosa,
mandamos vir carne para nós assarmos e uma sangria. Tardou pouco tempo e lá
estacamo-nos os dois a degustar a boa carne que aqui se consome, era uma boa
sangria, estando tudo uma delicia.
A temperatura estava excelente, com
sol mas não em excesso, fomos como sempre dar uma volta nos locais onde há
centenas de motos para apreciarmos, tiramos as nossas fotografias, apreciamos
as diversas motos que engalanavam a avenida principal, estas roncando e
manobrando algumas conduções pouco recomendadas, pois o perigo sempre espreita.
Passamos algumas horas nesta volta para depois regressarmos ao autódromo onde
resolvemos dormitar dentro do nosso carro, escolhemos um local que parecia um
bom lugar, mas a meio da noite uns loucos lembraram-se de por as motas e
cagadeiras a trabalhar, provocando uma barulheira infernal. Ninguém consegue
dormir, é que são milhares de carros que se encontram neste parque imenso a
fazerem o mesmo do que nós – descansar um pouco.
Dia 24 Abril
Bem cedo acordamos, pegamos nas
nossas tralhas, onde está incluído o nosso pequenos almoço mais a merenda que
iremos comer nos intervalos das corridas. A distancia do local onde nos
encontramos até à nossa bancada onde vamos assistir a estas corridas ainda são
uns quatro quilómetros, tivemos de subir uma e mais outra vereda, a última bem
inclinada donde temos uma vista soberba sobre este autódromo gigantesco a quem
chamam a catedral do motociclismo. Não tenho dúvida, aqui se juntam milhares de
espectadores, este ano estão previstos mais de 250 mil, é obra.
Chegamos ao nosso local, este estava
todo molhado, pois ainda há muito nevoeiro, lá nos sentamos, preparamos o nosso
pequeno almoço e esperamos pelas primeiras provas. A primeira em moto GP3, foi
um espectáculo, não mais do que o último a largar a grelha de partida, pois
teve de partir a boxe, conseguiu chegar mais tarde ao primeiro lugar e ganhou a
corrida. A prova seguinte foi excelente por outros motivos, ânimos sempre quentes
e o local onde estamos instalados dá-nos um perspectiva de como vêm de uma
recta imensa, entram numa curva muito apertada para a direita para de seguida
haver uma pequenas recta para depois apanharem outra curva para a esquerda, sim
temos toda esta panorâmica, conseguimos tirar boas fotografias, ver-mos
espalhanços e manobras espectaculares. Por fim veio a corrida rainha, moto
GP1,
onde os Espanhóis lideram, são os senhores, mas há um Italiano que já com
muitos anos lhes vai fazendo frente. Foi isso que aconteceu, os Espanhóis a
correrem em casa não o conseguiram superar e o Rossi, ganhou a seu belo prazer
esta corrida, um espectáculo de principio ao fim com um sabor a amargo para a
maioria dos espectadores que torciam pelo seus hermanos.
Espectáculo terminado
começamos a sair em passo de caracol, havia milhares de pessoas a utilizar a
mesma porta do que nós, seguimos lentamente e passado uma hora conseguimos
chegar ao parque onde se encontrava estacionado o nosso carro. Arrancamos
e
mais outro engarrafamento onde seguiam uma imensidão de motas. Já no auto
estrada o transito era intenso, onde a maioria eram motas e a velocidade não
era muita, mas chegamos a Sevilha e de imediato pusemo-nos a circular em
direcção de Portugal, onde vamos entrar pelo Algarve, passou pouco mais de uma
hora e já estávamos na nossa terra, onde iremos dormir esta noite, mais
propriamente em Pedras D’el Rei, local que encanta a Sofia.
Principio da noite, resolvemos ir
jantar ao restaurante Ideal em Cabanas de Tavira, mas não gostamos dos pratos
que haviam e porque ainda tínhamos de esperar cerca de 45 minutos, foi de
opinião da D. Sófia porque não irmos a outro sítio, sítio esse que é em Vila
Real de Santo António, num restaurante há muito eleito por nós o melhor que
pode haver nesta zona. Assim foi, mais uma vez comemos bem, com qualidade e com
um preço que não foi nada caro para o requinte e atendimento que existe.
Regressamos ao nosso dormitório onde chegamos um pouco cansados mas bem
dispostos para descansarmos as nossas fadigas.
Dia 25 Abril
Estávamos mesmo muito cansados, mas
mesmo assim acordamos cedo. Preparamo-nos e fomos fazer uma caminhada até à
praia, passamos a pequenas ponte pedonal para depois seguirmos ao longo da
linha de comboio, são ainda uns 2 a três quilómetros. Está um dia ensolarado e
vê-se pouca gente ainda, são mais estrangeiros os que aqui se encontram apanhar
um pouco de sol. Conseguimos permanecer duas horas que deu para recarregar um
pouco as nossas baterias. Nesta altura percebemos que a hora se alterou esta
noite, mas os nossos telemóveis mantiveram a hora antiga, ou seja estamos
atrasados sobre a hora actual, não será problema, ganhamos essa hora. Sim vamos
a caminho de Olhão para irmos almoçar num restaurante aconselhável, pois os
pratos são ainda feitos com receitas de pessoas que ainda estão habituadas a
cozinhar como se fosse para suas casas. Ficamos bem instalados, mas o serviço é
muito lento, estivemos cerca de uma hora à espera para começarmos a almoçar.
Sem dúvida, não temos pressa, mas é muito tempo de espera. Comemos arroz de
marisco, estava bom, mas nunca poderemos dizer que é uma especialidade, mais
que nós somos bons apreciadores deste prato, sabemos o que é um bom prato
destes, classificamos como suficiente, quando temos um caso que demos a
classificação
de muito bom, assim podemos ver a grande diferença existente.
Recomeçamos a nossa etapa e percorremos mais uns bons quilómetros nesta estrada
125 que se encontra em muito mau estado, vimos que quando cruzamos Faro, já foi
numa variante nova, para depois voltarmos ao piso miserável e cruzarmos
pequenos aglomerados e vilas. Quando chegar o tempo das férias vai ser uma
bagunça circular por aqui. Resolvemos passar por Albufeira para aí darmos umas
voltas. Há anos que não passava-mos por lá. Recordamos, uma vez com os nosso
filhos demos uma volta, isto qualquer coisa como há 20 anos ou mais. Desta vez
descemos de escada rolante até a um largo que dá acesso a esta cidade para
continuarmos apreciar este local.
Vimos que está convidativo, muito direccionado
para os turistas estrangeiros, grandes esplanadas com música ao vivo e um
ambiente bem internacional, muitas lojas e ruas bem decoradas e arranjadas.
Sabemos que há bem pouco tempo houve aqui inundações que alagaram a baixas de
Albufeira, nesta altura não existem quaisquer indícios dessa desgraça.
Conseguimos percorrer a pé uma grande distância onde ficamos a conhecer bem
melhor esta terra.
No final do dia regressamos a casa
pela IC2, onde fizemos uma boa média, acima dos 120km/hora, para entrarmos na
A1 em Alcácer do Sal, fizemos bem mal porque ainda fomos apanhar um enorme
engarrafamento de cerca 20km. Por volta das 23h00 entramos na nossa casa, com
mais um fim de semana aproveitado até ao osso.