domingo, 10 de setembro de 2017

Feiras Novas de Ponte de Lima - 2017




08 Setembro

Este fim de semana já estava programado há já algum tempo, só faltava concluir alguns detalhes para a sua concretização, um dos pormenores era que teríamos de sair na 6ª feira depois do almoço, mas não se concretizou devido ao grupo ser numeroso, sendo assim difícil  a sua conciliação para que todos estivessem disponíveis à mesma hora..
Como eu, Sofia, Carlos e Júlia, despachamo-nos mais cedo combinamos ir almoçar à Expo uns hambúrgueres num restaurante italiano  que existe no centro comercial, têm muitas variedades, qual delas a melhor. Não sou grande apreciador desta comida, mas nesta hamburgueria como com satisfação. Bem confeccionados e saborosos.
Depois deste momento de boa degustação fomos até à 2ª circular junto ás bombas da Galp onde por volta das 15h00 a malta foi encontrar-se. Recepção de todos os intervenientes, Luís,João, Alice, Cláudio, Cândida, Guilherme, Catarina, Carlos, Júlia, Sofia e finalmente eu, Gilberto, Não mais do que os "11 Magníficos".
Ao fim de algum tempo de troca de conversas partimos em direcção a Carreço terra onde iremos pernoitar durante as próximas duas noites, oferta graciosa da família Garcia. Fizemos estes primeiros quilómetros numa velocidade estável de 130/140 quilómetros, com segurança e sem quaisquer perigos, Fizemos uma curta paragem a meio do caminho para depois retomarmos o trajecto e finalmente chegarmos a Carreço.
Mal chegamos fomos arrumar toda a tralha para que mais tarde quando chegarmos, bem de noite não tenhamos a trabalheira de nos ajeitarmos e gerar confusão.
Partimos para Ponte de Lima, local onde iremos jantar e dar as primeiras voltas pelas muito badaladas "Feiras Novas". Conseguimos estacionar a três viaturas numa via com bastante movimento num local onde poucos se atreviam a estacionar. Fomos então pela marginal que estava cheia de feirantes, tendas em tudo que é sítio sem espaços para mais nada. Vende-se de tudo para vestir e calçar nestes primeiros metros para mais adiante começar aparecer as tendas e roulottes de comida. Muita gente por todo o lado, iluminação colocada nos ramos de árvores que nos faz parecer dia. Por fim avistamos um restaurante que nos pareceu ser o eleito, subimos uma escadaria e conseguimos uma mesa para nos instalarmos e pedirmos os pratos que mais gostamos. Comemos com satisfação e a qualidade dos alimentos estavam excelentes, vieram as sobremesas, cafés e por fim a dolorosa.  Quando esta veio achamos que o preço não estavas correcto, verificamos as parcelas e valores e não há dúvida, enganaram-se nos preços ou na quantidade do que comemos. Uma parte do grupo achou que deveríamos pagar o valor que vinha indicado na factura a outra parte achou que alertaríamos o funcionário para que fizesse a rectificação da conta. Depois deste empate técnico optou-se por pagar e não dizermos nada. Fomos embora, ainda à espera que viessem atrás de nós, mas nada disso aconteceu. Na rua fomos rindo e a galhofa tornou-se tema ao longo do percurso pelas diversas ruas desta vila onde a festa é constante.
Tínhamo-nos afastado poucos metros do restaurante quando a Sofia deu por falta da tampa da lente da máquina fotográfica, procurou nos bolsos na mala e não a  encontrou o que a  levou a pensar na possibilidade de a ter deixado em cima da mesa no restaurante onde tínhamos estado a jantar, sendo a opção ir lá procurar.  E pensei bem, tenho que lá ir, ouve logo comentários do resto da malta que achou invulgar ir lá quando nos viemos
embora com a sensação de que não pagamos tudo o que tínhamos consumido mas foi a conta que nos foi apresentada . O certo é que fui mesmo lá e fui procurar nas mesas onde estivemos, estas estavam já limpas e não havia indícios da tampa. Resolvi ir perguntar a um dos empregados que nos atendeu, este afirmou que não a tinha visto, mas bastante simpático  perguntou ao resto do pessoal se tinham encontrado alguma coisa, disseram que não mas que iam procurar no lixo onde tinham deitado as toalhas de papel que continham restos de comida e guardanapos. Presenciei a procura exaustiva desta gente que não conseguiram encontrar seja o que for. Agradeci toda a trabalheira que tiveram e fui-me embora. Quando regressei ao grupo  contei o sucedido, mais uma vez  foi uma galhofada da malta. No entanto a Sofia encontrou a tampa, estava escondida  num canto da mala. Agora reparem, se o restaurante tivesse descoberto o erro que tinham cometido! Para mim não seria problema, até lhes tinha dito de imediato que a conta estava mais do que correta, porque estavam a colocar tal questão, com descontracção e calma tudo se ultrapassaria.
Continuamos o nosso passeio, há música por todos os lados, sendo a concertina e o acordeão os instrumentos mais usados. Juntam-se grupos de pessoas que sabem bem tocar e outros cantam com vozes estridentes onde por vezes há bebida em excesso faz a diferença, festa é festa e que venha a alegria e boa disposição, "ah canudo".
Percorremos  todos os locais onde a festa abundava, a satisfação exubera em todos nós, vimos que esta é uma festa a sério, mais uma das grandes romarias deste Minho, ou seja o Minho está sempre em festa, esta gente supera as demais que vimos noutros locais do nosso Portugal.
Já a noite vai longa, resolvemos ir para casa, pois teremos de descansar deste dia que se alongou até altas horas da noite. O Gui e a Tana, já acusam sonolência e cansaço, vão a dormir durante os poucos quilómetros que faltam para chegarmos a Carreço.
Primeiro dia concluído com admirável sucesso. 

09 Setembro 


Acordamos cedo para que não existissem atropelos na altura de todos quererem tomar  banho, são duas casas de banho, mas acontece que somos 11 galifões que se querem despachar o mais rápido possível, mas não ouve nenhum problema tudo decorreu com normalidade. Quando chegou a hora do pequeno almoço fui ter com o Cláudio que tinha saído há algum tempo para comprar pão fresco, manteiga e leite. Fui encontrá-lo ainda dentro da pastelaria ou padaria, não me recordo bem o que era. Então com toda a logística efectuada, começamos  a tratar das nossas barriguitas, momento trabalhoso mas todos estávamos bem dispostos e prontos para o próximo desenlace. 
Eram praticamente 11h00 quando partimos em direcção a Caminha, estava um dia de sol como aqueles que encontramos nos dias de primavera, não é que já seja inverno, mas para lá caminhamos a passos largos, daqui a poucos dias já entramos no outono e como já terminamos as nossas férias, mais nos parece que o bom tempo já lá vai, não é que tenhamos qualquer pressa mas às vezes as nossas memórias trazem-nos pensamentos estranhos Depois de diversas voltas aqui por esta linda vila de Caminha, chegou a hora de almoço. Tínhamos várias opções, resolvemos por ir a um restaurante que em tempos eu e a Sofia fomos bem atendidos e a comida tinha sido excelente, assim  a nossa aposta foi mesmo ir até esse restaurante o Chafariz situado na  Praça Conselheiro Silva Torres, 61, quase sempre cheio, mas conseguimos lugares para todos, foi apenas esperar algum tempo. Mais uma vez gostamos do atendimento, pratos tipicamente Minhotos, acompanhados pela bela pinga desta  região, bom almoço em que a malta nova adorou.
Depois desta degustação do que é boa comida fomos até Vilar de Mouros onde foram dadas as voltas do costume, ponte sobre o rio Coura, parque onde se realiza o tão célebre festival de música, azenha, etc. Numa das voltas deparámo-nos com um grupo de estrangeiros que faziam a descida do rio em prancha. Esta volta finalizou-se e eis que tomámos o caminho para Ponte de Lima para regressarmos à farra. Chegámos já cerca do final do dia onde demos mais um passeio muito idêntico ao da noite anterior para que não tardasse e estivéssemos novamente a jantar. Hoje foi bem complicado arranjar um local para comermos, estava tudo cheio e nalguns sítios já nem queriam reservas. Conseguimos um local, mas com a nossa trafulhice, conseguimos passar à frente de numerosas pessoas que ansiavam pelo mesmo, para isso ouve infiltração de espiões nossos para dentro do restaurante  que por sua vez aldrabaram alguns funcionários dizendo-lhe que nos tinham chamado para entrarmos,  mentira, mas como não sabiam o que se passava à entrada situada no piso inferior, não se julgavam enganados, assim passados poucos minutos lá conseguiram com muita dificuldade arranjar uma mesa para os compinchas que acabavam de entrar. Desta forma conseguimos avançar no tempo, mais uma vez comemos muito bem e com fartura, ficamos amigos destes funcionários e a festa está ao rubro. Um à parte o preço de hoje estava correcto e foi sem dúvida mais caro.
Agora o que fomos fazer!
Continuamos o nosso trajecto, repetir coisas que já vimos e aproveitar outras situações, neste caso foi as senhoras resolveram ir comprar  lenços tradicionais do Minho, todos lindos consoante o gosta de cada uma.
Com isto chegou a altura do fogo de artificio, momento muito esperado por todos os foliões que se aproximavam da margem do rio Lima para presenciarem melhor este acontecimento.
Primeiros foguetes estoiram, clarão imenso, sendo de seguida o lançar de outras técnicas de pirotecnia que deslumbram quem aqui vem, sem dúvida momentos de grande eforia que a mim me faz lembrar há muitos anos o fogo das festas da senhora da Agonia em Viana do Castelo. Tirei imensas fotos e ainda deu para fazer um  filme deste espetacular momento de fogo de artificio . Valeu a pena estes longos minutos que se passaram a olhar para o ar. Terminado o fogo a maioria das pessoas regressam  às suas casas e nós fizemos o mesmo tomarmos o rumo a Carreço.

Outra dia se passou que me fez recordar outros tempos e vontade de  repetir, se possível já amanhã.


10 Setembro

Acordamos com uma manhã soalheira num sítio tão maravilhoso como este é gratificante. Terras tão prodigiosas como esta só no alto Minho, sendo ela Carreço. Não se ouve alma nenhuma, somos nós que nos vamos movendo neste silêncio provinciano, nem vozes que chamem os catraios, estes são Gui e Tana. Acordaram com fome o local é propício a tal, nós vamos vagueando pelo terreno e arvoredo que envolve esta casa com traços alentejanos desterrada a centenas de quilómetros da sua morada. Está completamente adaptada às exigências da actualidade, todos nós somos unanimes em afirmar que foi uma boa aposta nas obras que foram consumadas.
Quando chegou a hora do pequenos almoço estávamos todos envoltos nessa tão requintada refeição que foi deliciada sem afogadilho, porque pressa não é o sentido para hoje, podemos dizer que temos todo o tempo do mundo. Terminada tão glutona tarefa, fomos carregar as nossas carroças com toda a tarecada que tínhamos trazido. Pensamos ir almoçar ao Porto comer umas francesinhas ao Capa Negra, para depois dirigirmo-nos parra as nossa casas, não havia vontade de acabar esta fuga a Ponte de Lima e terminar a noite nessa linda cidade  assistir ao tão célebre fogo de artificio, fiquei com imensa pena por não concretizar tal feito, mas possivelmente terei no próximo ano essa oportunidade, se é que não fico pelo caminho que ainda nos separa, porque não, até poderei morrer antes e não o concretizar, quero dizer que era mais um pequeno salto e todos iriamos ficar de boquiaberta.
Almoço finalizado, mais um pouco de conversa e regressámos ao sul para repousarmos nossos ossos pois amanhã é dia de trabalho, eu estava preparado para fazer quase uma direta, pois caso fossemos a Ponte de Lima teríamos chegado lá para as 4h00 da madrugada e tinha apenas 2 horas para descansar, que seria o suficiente.

Caminhada concluída com sucesso e companheirismo de todos os intervenientes.















O Misterioso Iraque - 2025

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