Dia 10 de agosto
Os anos vão passando e as nossas viagens vão acontecendo com sucesso
extraordinário, sendo o grupo vencedor deste ano composto pelas ilustres dignidades,
Cândida, Carlos, Catarina, Cláudio, Gilberto, Guilherme, Júlia e Sofia. Será
este ano, outro cheio de virtudes e alegrias, veremos, também alguns de nós vão
estando mais velhos e a caduquice é mais frequente, superada pela compreensão
entre todos.
Chegou o 10 de Agosto o grande dia da partida, tudo combinado e
pormenores acertados. Encontro marcado para as 12h00 na Portela, para fazermos
despacho das malas para os próximos 30 dias de férias e check-in de 8 espécies
raras deste planeta. Calmamente fomos para a zona de embarque para
mais tarde embarcarmos em mais um voo operado pela Emirates, empresa que nos ofereceu os melhores preços e que gostamos de viajar. Já ofereceu melhores serviços noutros tempos, mesmo assim consegue superar outras companhias. Já dentro do avião deparamo-nos com um problema de marcação de lugares, eis que a Ana Pombal distribuiu-nos paralelamente, tendo ficado 2 em cada ponta sem que pudéssemos conversar, caso estivéssemos 4+4, seria a opção correcta. Reparámos que o outro voo de ligação entre o Dubai e as Maurícias se encontram nas mesmas condições, chamo a esta questão; falta de mérito, qualidade no serviço prestado. Não ficando contente, mais tarde verifiquei todos os bilhetes e vi que os dois últimos voos de regresso a casa se encontram nas mesmas condições.
mais tarde embarcarmos em mais um voo operado pela Emirates, empresa que nos ofereceu os melhores preços e que gostamos de viajar. Já ofereceu melhores serviços noutros tempos, mesmo assim consegue superar outras companhias. Já dentro do avião deparamo-nos com um problema de marcação de lugares, eis que a Ana Pombal distribuiu-nos paralelamente, tendo ficado 2 em cada ponta sem que pudéssemos conversar, caso estivéssemos 4+4, seria a opção correcta. Reparámos que o outro voo de ligação entre o Dubai e as Maurícias se encontram nas mesmas condições, chamo a esta questão; falta de mérito, qualidade no serviço prestado. Não ficando contente, mais tarde verifiquei todos os bilhetes e vi que os dois últimos voos de regresso a casa se encontram nas mesmas condições.
A hora da partida foi com exactidão,
rápido levantamos e sobrevoamos uma parte de Lisboa par
a tomarmos a rota certa para o Dubai, durante este percurso fomos conversando e passando um pouco pelas brasas, nada de sonos profundos, apenas o fechar os olhos para ajudar a passar estes tempos
mortos. O Gui e a Tana, não desarmam, vão vendo uns filmes, é aqui que se nota a juventude, pois os mais velhos e os muito velhos têm outras atitudes, horas se passaram e já noite dentro aterramos. Para primeiro voo podemos dizer que o tempo passou rápido.
a tomarmos a rota certa para o Dubai, durante este percurso fomos conversando e passando um pouco pelas brasas, nada de sonos profundos, apenas o fechar os olhos para ajudar a passar estes tempos
mortos. O Gui e a Tana, não desarmam, vão vendo uns filmes, é aqui que se nota a juventude, pois os mais velhos e os muito velhos têm outras atitudes, horas se passaram e já noite dentro aterramos. Para primeiro voo podemos dizer que o tempo passou rápido.
Dia 11 agosto
Assim que chegamos tivemos de percorrer uma distância enorme, uma delas teve que ser de metro, pois este aeroporto é gigante, todo o caminho que fizemos parecia que nunca mais acabava, tal era a distância que nos separava do local de embarque do voo EK701U que partia às 2h35 com destino final nas Maurícias, irão ser mais uma boas horas dentro do supositório. Levantamos novamente voo e quando pensei que é desta vez que ia dormir uma boa soneca, aconteceu que devo ter dormido umas duas horas, nada mais. Ocorreu que as hospedeiras trouxeram um jantar ou almoço não sei do que se tratava, comi e bebi um copo de vinho, mais o café e nunca mais consegui dormir, fiquei com uma espertina que me fez estar acordado até chegarmos ao nosso destino final. Aterramos e fomos buscar as bagagens, seguidamente alugar carros para nos deslocarmos por esta ilha encantadora, assim é conhecida por quem aqui esteve. Poucos dias antes de partimos ouvimos depoimentos de portugueses que aqui passaram há poucos dias a dizerem maravilhas, cá estamos então para ver. Quando saímos do local de desembarque do aeroporto fomos à procura da rent car para alugar duas viaturas. Levantamento efectuado, colocar toda a tralha nos seus pequenos porta bagagens e a caminho para o hotel que fica numa zona oposta ao aeroporto, mesmo do outro lado da ilha, à volta de 60km, em Port Louis, capital deste pequeno estado do Oceano Indico que é conhecido pelas suas praias, lagoas e recifes, descoberto pelo portugueses de 1505 que iam a caminho da India, colonizado por holandeses, mais tarde, foi ocupada pelos franceses, por sua vez foi tomada pelos britânicos em 1814. Em 1968 tornou-se independente, fazendo parte da Commonwealth.
À saída do aeroporto iniciamos o percurso por via rápida de inicio bem escalonada mas rapidamente nos deparamos com rotundas umas a seguir às outras, autêntico carrossel, há pequenos troços em que já aparecem uns viadutos, mas poucos, grandes obras têm ainda para fazer para tornar o acesso rápido e seguro à capital e vice-versa. Reparámos que há bastante trânsito mas bem direccionado e com muita polícia nos cruzamentos mais dramáticos. Descobrimos que os apartamentos onde iremos ficar não são fáceis de descobrir, estão situados, num dos prédios mais altos da cidade, até é possível que seja este o mais alto. Estamos colocados no 15º piso e ainda há mais três acima de nós. Temos estacionamento privado no 3º piso os apartamentos são espaçosos, uma sala de estar enorme com uma kitchenette num canto, dois quartos com uma janela enorme, mais um interior mas também com dimensões fantásticas, uma varanda com uma vista para as montanhas e para uma grande parte desta cidade, mas com um senão é muito ventosa, vai tudo
pelos ares com esta ventania vinda do norte. O apartamento da família Garcia tem praticamente as mesmas características. Sem dúvida estamos bem instalados e num local muito sossegado, assim parece quando há momentos aqui chegamos. Propusemo-nos a dar uma volta pela cidade para virmos a conhecer alguns locais, desta forma resolvemos ir a pé e logo se verá até onde iremos. Um pouco abaixo da nossa residência, passamos por uma rua onde existe todo o tipo de comércio, mas reparamos que a altura ideal para os comerciantes e clientes é durante a parte da manhã, agora já um pouco a meio da tarde e com um sol ardente muita gente já recolheu às suas casas. Ficamos com uma visão da dimensão destes negócios do comprador ao vendedor onde tudo se comercializa. Continuamos em direcção à zona ribeirinha e demos atenção que existe uma grande quantidade de restaurantes, mas poucos barcos. Foi num destes restaurantes que fomos almoçar já tarde, comemos e bebemos umas cervejas daqui da terra, são boas e com pouco teor alcoólico. Estivemos num local onde um barco do tipo veleiro, um pouco velhote se encontrava
ancorado com três elementos da tripulação na sua labuta, uma a lavar roupa outro a fazer que fazia alguma coisa e o outro ia fazendo não me recordo o quê, mas não era nada de importante para me lembrar. A determinado momento começaram a cair uns pingos de chuva e lá tivemos de nos recolher, aqui a chuva vai caindo e o calor não desarma, mas foi o suficiente para abreviarmos o passo e aos poucos fomo-nos aproximando do local onde agora residimos. Deu para passar pela rua onde há poucas horas atrás havia uma feira, neste momento só restam meia dúzia de vendedores e notamos que a rua está muito limpa, esta situação em Portugal seria um nojo pela quantidade de porcarias, papéis e sacos de plástico, mais as cascas da fruta deixadas pelos feirantes. O final do dia está a chegar, porque aqui às seis horas anoitece, estão muitas nuvens e bastante vento, a nós Sofia e Gilberto faz-nos lembrar a nossa terra, Tapada das Mercês, onde passamos por meses de tempestades com vento deste tipo, para os restantes elementos da equipa apenas um dia ventoso. Como o tempo está tempestuoso fomos para os apartamentos descansar e deitar porque estamos ensonados e cansados.
pelos ares com esta ventania vinda do norte. O apartamento da família Garcia tem praticamente as mesmas características. Sem dúvida estamos bem instalados e num local muito sossegado, assim parece quando há momentos aqui chegamos. Propusemo-nos a dar uma volta pela cidade para virmos a conhecer alguns locais, desta forma resolvemos ir a pé e logo se verá até onde iremos. Um pouco abaixo da nossa residência, passamos por uma rua onde existe todo o tipo de comércio, mas reparamos que a altura ideal para os comerciantes e clientes é durante a parte da manhã, agora já um pouco a meio da tarde e com um sol ardente muita gente já recolheu às suas casas. Ficamos com uma visão da dimensão destes negócios do comprador ao vendedor onde tudo se comercializa. Continuamos em direcção à zona ribeirinha e demos atenção que existe uma grande quantidade de restaurantes, mas poucos barcos. Foi num destes restaurantes que fomos almoçar já tarde, comemos e bebemos umas cervejas daqui da terra, são boas e com pouco teor alcoólico. Estivemos num local onde um barco do tipo veleiro, um pouco velhote se encontrava
ancorado com três elementos da tripulação na sua labuta, uma a lavar roupa outro a fazer que fazia alguma coisa e o outro ia fazendo não me recordo o quê, mas não era nada de importante para me lembrar. A determinado momento começaram a cair uns pingos de chuva e lá tivemos de nos recolher, aqui a chuva vai caindo e o calor não desarma, mas foi o suficiente para abreviarmos o passo e aos poucos fomo-nos aproximando do local onde agora residimos. Deu para passar pela rua onde há poucas horas atrás havia uma feira, neste momento só restam meia dúzia de vendedores e notamos que a rua está muito limpa, esta situação em Portugal seria um nojo pela quantidade de porcarias, papéis e sacos de plástico, mais as cascas da fruta deixadas pelos feirantes. O final do dia está a chegar, porque aqui às seis horas anoitece, estão muitas nuvens e bastante vento, a nós Sofia e Gilberto faz-nos lembrar a nossa terra, Tapada das Mercês, onde passamos por meses de tempestades com vento deste tipo, para os restantes elementos da equipa apenas um dia ventoso. Como o tempo está tempestuoso fomos para os apartamentos descansar e deitar porque estamos ensonados e cansados.
Dia 12 agosto
Começamos por nos levantar por volta das 6h00, aqui o dia começa a esta hora, há que aproveitar, pois os hábitos que trouxemos da nossa terra, aqui terão de ficar por terra e nos habituarmos durante as próximas semanas a estas horas, tudo bem usufruído porque o tempo vai passar depressa. Temos a ideia de que é um local paradisíaco e que nos permite ter imensas actividades. Começamos o nosso percurso pela ilha num local oposto ao que nos encontramos Mahébourg, pelo caminho vimos imensas plantações de cana de açúcar, líder nas exportações desta ilha, rapidamente concluímos a viagem. Já tínhamos analisado com antecedência o que iriamos fazer hoje e eis que o primeiro local a ser escolhido foi o mercado. O Gui logo que chegou à porta de entrada ficou imediatamente agoniado com o cheiro pestilento que se fazia sentir, foi convidado a entrar e apercebeu-se que aquele cheiro desapareceria. Lá se convenceu e entrou, rápido reparou que o mal odor estava a dissipar-se, foi cheiro de pouca dura. A visita que fizemos
mais dava a entender que era trabalho de fiscais, olhávamos e apreciávamos a quantidade e qualidade
dos produtos, o funcionamento das pessoas, até as roupas que usavam, coloridas ou rotas, o contacto com elas também foi usado, até compras fizemos. À saída o Carlos lembrou-se de comer uns fritos famosos e viu um tascoso a vender, imensos nativos aguardavam pela sua vez, enquanto isso, fomos olhando o que ele vendia e com que higiene. Quase tudo são fritos amontoados em tinas ou travessas, mais a frascalhada com molhos utilizados para temperos. Sem dúvida que não para de vender e a fila vai aumentando para este negócio próspero, por fim o Carlos desistiu da sua compra mas ficou com o bichinho de que tinha de comer daquilo.
Seguimos para uma fábrica artesanal de bolachas ou similar, aqui chamam galhetas a uma pequena bolacha que é feita com a farinha de mandioca. Começamos a visita depois de nos cobrarem um valor de entrada que servia também para saborearmos um chá e um desses biscoitos. A visita estava bem escalonada, desde o cultivo da mandioca, moer, aquecimento da placa de cozedura e embalamento, tudo feito de forma arcaica e artesanal. Até o aproveitamento da lenha usada para o aquecimento da placa de aquecimento nos foi focado, sendo ramos de palmeira e da mandioca. No fim sentados numa sala ao ar livre, foram servidos chás e as galhetas de diversos aromas. Nós os Portugueses, devoramos tudo o que nos foi dado mais outras que foram disponibilizadas. Visita aprovada na integra por todos os intervenientes, porque saíram com a pança cheia. Prosseguimos para a orla marítima aonde a vontade de molhar os pés e dar uma banhoca é imensa, sucede que de vez enquanto vêm uns aguaceiros e molham de verdade, mas houve
voluntários que vestidos foram molhar os pés, somente para se aperceberem se a água está esplêndida, unânimes em afirmarem que está um pouco fria. Fomos andando parando aqui e ali até resolvermos ir até à ilha Migrettes, local onde há um habitat de tartarugas gigantes, quando estávamos a iniciar a compra dos bilhetes para o barco a Cândida notou a falta da bolsa onde se encontrava uma lente, cartões da máquina fotográfica e outros bens. Tinha sido o Gui na última praia onde estivemos que colocou a tralha em cima da relva e nunca mais de lembrou. Imediatamente a família Garcia teve que voltar à casa da partida melhor dizendo foram todos em grande velocidade ver se ainda conseguiam chegar a tempo de recuperar a mala perdida. Nós ficámos por ali à espera que eles voltassem a tempo de apanhamos o barco, pois ficamos a saber que o último barco estava prestes a partir, neste impasse fomos conversando e vimos o tempo a passar e os últimos bilhetes foram vendidos, paciência, talvez iremos lá noutro dia. Passaram-se mais alguns minutos e vimos ao fundo da estrada o carro do Cláudio a chegar, foi com agrado que vimos os sorrisos de todos eles e sim encontraram a bolsa, mas, mais um pouco de história. Quando chegaram ao local onde estaria a dita perca, viram um miúdo a ir-se
embora com ela na mão, nessa altura o Gui saiu do carro a correr em direcção a ele, o puto quando se apercebeu que ele era o dono da mala largou a bolsa e fugiu. Como até somos uns fulanos com alguma sorte, ainda conseguimos que o barco que transportou os últimos passageiros viesse de volta e nos levasse para a ilha, então mais um final feliz. Foi desta forma que fomos até à ilha de Migrettes onde existe uma colónia de tartarugas gigantes “Aldabra”, logo que desembarcarmos ainda tivemos de fazer um trilho e como não havia qualquer pressa demoramos ainda um pouco, não nos
apercebemos que a guia que nos esperava estava andar um pouco à nossa frente com passo largo, só quando chegamos a uma clareira é que vimos os visitantes que tinham partido antes de nós, eles estiveram à nossa espera para que a guia fizesse apresentação conjunta, de seguida percorremos uma parte da ilha onde podemos ver algumas tartarugas gigantes uma estátua de um lagarto e de um antigo habitante o saudoso Dodô, pena que tenha sido dizimado pela mão do homem, é que se não fosse a coragem de alguns humanos deste últimos tempos já nem tartarugas existiriam. Também há muitas aves, aranhas e outros insectos vivendo nesta minúscula ilha que se encontra totalmente coberta de arvoredo. A parte final deste passeio foi toda a gente querer tirar a foto para recordar junto às enormes tartarugas. No regresso meteram o pessoal
todo no mesmo barco, que na vinda tinha uma lotação de determinado número de passageiros, agora é tudo à molhada. Aproximou-se o final deste dia e procurou-se onde jantar, foi fácil havia perto da
zona onde estávamos um restaurante que nos encheu as medidas. O Gui estava a comer com tanta satisfação que no final começou a sentir-se mal, logo recorreu à casa de banho. A Cândida estranhando a sua demora foi ter com ele e teve uma grande trabalheira inglória porque o Gui vomitou o esparguete no lavatório, desta forma recorreu ao funcionário para desentupir o ralo, pois ficou completamente estanque. Ainda nos rimos com o mal do Gui nesta final da noite. Regressamos a Port Louis para irmos descansar deste longo dia.
mais dava a entender que era trabalho de fiscais, olhávamos e apreciávamos a quantidade e qualidade
dos produtos, o funcionamento das pessoas, até as roupas que usavam, coloridas ou rotas, o contacto com elas também foi usado, até compras fizemos. À saída o Carlos lembrou-se de comer uns fritos famosos e viu um tascoso a vender, imensos nativos aguardavam pela sua vez, enquanto isso, fomos olhando o que ele vendia e com que higiene. Quase tudo são fritos amontoados em tinas ou travessas, mais a frascalhada com molhos utilizados para temperos. Sem dúvida que não para de vender e a fila vai aumentando para este negócio próspero, por fim o Carlos desistiu da sua compra mas ficou com o bichinho de que tinha de comer daquilo.
Seguimos para uma fábrica artesanal de bolachas ou similar, aqui chamam galhetas a uma pequena bolacha que é feita com a farinha de mandioca. Começamos a visita depois de nos cobrarem um valor de entrada que servia também para saborearmos um chá e um desses biscoitos. A visita estava bem escalonada, desde o cultivo da mandioca, moer, aquecimento da placa de cozedura e embalamento, tudo feito de forma arcaica e artesanal. Até o aproveitamento da lenha usada para o aquecimento da placa de aquecimento nos foi focado, sendo ramos de palmeira e da mandioca. No fim sentados numa sala ao ar livre, foram servidos chás e as galhetas de diversos aromas. Nós os Portugueses, devoramos tudo o que nos foi dado mais outras que foram disponibilizadas. Visita aprovada na integra por todos os intervenientes, porque saíram com a pança cheia. Prosseguimos para a orla marítima aonde a vontade de molhar os pés e dar uma banhoca é imensa, sucede que de vez enquanto vêm uns aguaceiros e molham de verdade, mas houve
voluntários que vestidos foram molhar os pés, somente para se aperceberem se a água está esplêndida, unânimes em afirmarem que está um pouco fria. Fomos andando parando aqui e ali até resolvermos ir até à ilha Migrettes, local onde há um habitat de tartarugas gigantes, quando estávamos a iniciar a compra dos bilhetes para o barco a Cândida notou a falta da bolsa onde se encontrava uma lente, cartões da máquina fotográfica e outros bens. Tinha sido o Gui na última praia onde estivemos que colocou a tralha em cima da relva e nunca mais de lembrou. Imediatamente a família Garcia teve que voltar à casa da partida melhor dizendo foram todos em grande velocidade ver se ainda conseguiam chegar a tempo de recuperar a mala perdida. Nós ficámos por ali à espera que eles voltassem a tempo de apanhamos o barco, pois ficamos a saber que o último barco estava prestes a partir, neste impasse fomos conversando e vimos o tempo a passar e os últimos bilhetes foram vendidos, paciência, talvez iremos lá noutro dia. Passaram-se mais alguns minutos e vimos ao fundo da estrada o carro do Cláudio a chegar, foi com agrado que vimos os sorrisos de todos eles e sim encontraram a bolsa, mas, mais um pouco de história. Quando chegaram ao local onde estaria a dita perca, viram um miúdo a ir-se
embora com ela na mão, nessa altura o Gui saiu do carro a correr em direcção a ele, o puto quando se apercebeu que ele era o dono da mala largou a bolsa e fugiu. Como até somos uns fulanos com alguma sorte, ainda conseguimos que o barco que transportou os últimos passageiros viesse de volta e nos levasse para a ilha, então mais um final feliz. Foi desta forma que fomos até à ilha de Migrettes onde existe uma colónia de tartarugas gigantes “Aldabra”, logo que desembarcarmos ainda tivemos de fazer um trilho e como não havia qualquer pressa demoramos ainda um pouco, não nos
apercebemos que a guia que nos esperava estava andar um pouco à nossa frente com passo largo, só quando chegamos a uma clareira é que vimos os visitantes que tinham partido antes de nós, eles estiveram à nossa espera para que a guia fizesse apresentação conjunta, de seguida percorremos uma parte da ilha onde podemos ver algumas tartarugas gigantes uma estátua de um lagarto e de um antigo habitante o saudoso Dodô, pena que tenha sido dizimado pela mão do homem, é que se não fosse a coragem de alguns humanos deste últimos tempos já nem tartarugas existiriam. Também há muitas aves, aranhas e outros insectos vivendo nesta minúscula ilha que se encontra totalmente coberta de arvoredo. A parte final deste passeio foi toda a gente querer tirar a foto para recordar junto às enormes tartarugas. No regresso meteram o pessoal
todo no mesmo barco, que na vinda tinha uma lotação de determinado número de passageiros, agora é tudo à molhada. Aproximou-se o final deste dia e procurou-se onde jantar, foi fácil havia perto da
zona onde estávamos um restaurante que nos encheu as medidas. O Gui estava a comer com tanta satisfação que no final começou a sentir-se mal, logo recorreu à casa de banho. A Cândida estranhando a sua demora foi ter com ele e teve uma grande trabalheira inglória porque o Gui vomitou o esparguete no lavatório, desta forma recorreu ao funcionário para desentupir o ralo, pois ficou completamente estanque. Ainda nos rimos com o mal do Gui nesta final da noite. Regressamos a Port Louis para irmos descansar deste longo dia.
Dia 13 agosto
Percurso de hoje será feito pela parte oeste e um pouco do sul desta ilha, assim que saímos e ainda poucos quilómetros tínhamos andado e lá estávamos nós parados num engarrafamento que nos fez perder muito tempo, e nós pensávamos que só havia na nossa terra este trânsito caótico. E assim lá fomos andando até às salinas que seria a nossa primeira paragem, porém demos uma olhadela da estrada e vimos que praticamente não estavam a funcionar, optamos por ir andando até às Torres no Martello, aí sim foi realmente a nossa primeira paragem e lá saímos para vasculhar o que de interessante estas torres têm. Datam da ocupação britânica no período da abolição da escravatura. Estes, temendo uma revolta dos plantadores apoiados pela ilha Reunião, uma revolta que representaria uma ameaça directa à actividade agrícola os britânicos construíram 5 torres em pontos estratégicos na costa oeste. Estas torres foram erguidas em 1815 pelos homens da Génie Royal Britannique. Das 5 torres apenas visitamos a de Rivière-Noire que é a mais bem conservada, composta por 60 000 tijolos de pedra basáltica preta, tem 9 metros de altura e uma espessura das paredes de apenas 3,5 metros no entanto esconde um depósito subterrâneo que pode armazenar 17000 litros de água, no terraço existem 2 canhões direccionados para a baía de Rivière
Noire. Eram os homens que pensavam assim há 200 anos atrás e o que irão pensar daqui a mais 200 desta geração do ano 2000!
Dando continuidade ao nosso percurso chegámos às cataratas Alexandra em Chamarel onde nos regalamos com vistas magníficas, aqui chegamos com sol mas passados poucos minutos caiu uma carga de chuva que nos molhou todos, salvamo-nos porque estávamos munidos com as nossas capas que mais uma vez funcionaram. Seguimos para visitar a Rhumeria de Chamarel onde vimos como se
faz o rum, seguindo-se uma prova exaustiva dos vários sabores que dão ao rum as diversas qualidades baseando-se na graduação e envelhecimento. Bebi uns copitos de tão saborosa bebida, todos bebemos ou cheiraram, ninguém apanhou nenhuma “cadela”, até a Tana, Cândida e Júlia se aperceberam do sabor. Agora partimos para a terra de 7 cores, sempre vamos ver um chão com várias tonalidades?
É no parque de Chamarel que tem um pedaço de terra onde se consegue ver as sete cores da terra. Sendo esta uma atração turística formada por uma infinidade de dunas de areia de diferentes cores que estão no meio de um bosque. Esta incrível paisagem formou-se pela acção erosiva do solo de basalto e pela combinação de minerais com a chuva. O mais surpreendente ainda é o facto de as cores estarem separadas por camadas, ou seja, se misturarmos a terra de diferentes cores, ela acaba separando novamente e por
camadas. Havia nesta zona muitas mais situações ligadas à natureza, mas acabamos por desistir e optar por seguirmos viagem noutras direcções. Passamos pela grande baía para mais uma vez olharmos para este mar encantador, um pouco à frente um templo hindu situado à beira da estrada foi
factor para mais um stop e irmos dar outra olhadela. As nossas voltas por vezes mais parecem uma corrida em contra-relógio, pois já estamos em Mahebourg e o Carlos lembrou-se que queria comer um petisco que lhe tinha ficado atravessado na tasca “Gros Maraz”, do indiano que limpa o cú com a mão esquerda para poder cumprimentar com a direita. Não estava aberto, mas deu uma olhadela e o dito dono apareceu e vendeu-lhe o petisco. Não bastou que logo aparecessem mais clientes esfomeados e o negócio floresceu num instante. O Carlos, focou que não desgostou do produto, mas disse que tinha de comer o recomendado pela Lonely Planet, com esta
afirmação a verdade será validada?
Noire. Eram os homens que pensavam assim há 200 anos atrás e o que irão pensar daqui a mais 200 desta geração do ano 2000!
Dando continuidade ao nosso percurso chegámos às cataratas Alexandra em Chamarel onde nos regalamos com vistas magníficas, aqui chegamos com sol mas passados poucos minutos caiu uma carga de chuva que nos molhou todos, salvamo-nos porque estávamos munidos com as nossas capas que mais uma vez funcionaram. Seguimos para visitar a Rhumeria de Chamarel onde vimos como se
faz o rum, seguindo-se uma prova exaustiva dos vários sabores que dão ao rum as diversas qualidades baseando-se na graduação e envelhecimento. Bebi uns copitos de tão saborosa bebida, todos bebemos ou cheiraram, ninguém apanhou nenhuma “cadela”, até a Tana, Cândida e Júlia se aperceberam do sabor. Agora partimos para a terra de 7 cores, sempre vamos ver um chão com várias tonalidades?
É no parque de Chamarel que tem um pedaço de terra onde se consegue ver as sete cores da terra. Sendo esta uma atração turística formada por uma infinidade de dunas de areia de diferentes cores que estão no meio de um bosque. Esta incrível paisagem formou-se pela acção erosiva do solo de basalto e pela combinação de minerais com a chuva. O mais surpreendente ainda é o facto de as cores estarem separadas por camadas, ou seja, se misturarmos a terra de diferentes cores, ela acaba separando novamente e por
camadas. Havia nesta zona muitas mais situações ligadas à natureza, mas acabamos por desistir e optar por seguirmos viagem noutras direcções. Passamos pela grande baía para mais uma vez olharmos para este mar encantador, um pouco à frente um templo hindu situado à beira da estrada foi
factor para mais um stop e irmos dar outra olhadela. As nossas voltas por vezes mais parecem uma corrida em contra-relógio, pois já estamos em Mahebourg e o Carlos lembrou-se que queria comer um petisco que lhe tinha ficado atravessado na tasca “Gros Maraz”, do indiano que limpa o cú com a mão esquerda para poder cumprimentar com a direita. Não estava aberto, mas deu uma olhadela e o dito dono apareceu e vendeu-lhe o petisco. Não bastou que logo aparecessem mais clientes esfomeados e o negócio floresceu num instante. O Carlos, focou que não desgostou do produto, mas disse que tinha de comer o recomendado pela Lonely Planet, com esta
afirmação a verdade será validada?
Dia 14 agosto
recinto, se assim não fosse grande parte passaria por nós despercebida, pois existem mais de 650 variedades. Outra das atracções são as 85 espécies diferentes de palmeiras. Por aqui estivemos cerca de 2 horas que se passaram sem darmos por conta, tal era o empenho de todos nós que ficamos contentes e acrescentamos ao nosso curriculum um vasto conhecimento de botânica.
Mais, sem termos programado ainda passamos por outro templo Hindu, e mais outro, apenas tiramos algumas fotos e seguimos até à baía de Tombeau com uma praia e muitos coqueiros inclinados sobre o areal. Andávamos nós descontraidamente a fazer a nossa visita a este local, quando fomos surpreendidos por um casal de noivos pseudo indianos que tiravam fotografias na praia. E assim chegou mais um final de dia que por sinal é a nossa derradeira noite nesta linda ilha, escondida neste agradável oceano Indico que séculos atrás atraiu os nossos navegadores. Para finalizar esta última noite de férias nesta ilha fomos jantar num restaurante muito agradável.
Demos por terminada com muita pena nossa a estada nas maravilhosas Maurícias e por isso hoje vamos partir para mais uma aventura, mas desta vez em Madagáscar, o embarque está previsto para as 14h45, até lá ainda temos algumas horas para aproveitar da melhor maneira. Como estamos hospedados num local oposto ao aeroporto, ainda vamos ter de percorrer 49 quilómetros para lá chegar, ou seja cerca de uma hora de caminho. Já havíamos colocado a hipótese de irmos visitar o museu de história natural em Mahebourg ou outro local de interesse, a opção mais prática e económica foi o museu em que passamos o tempo apreciar a bicharada exposta até chegar a hora de seguirmos para o aeroporto. Entretanto chegou a hora de abalarmos, pois o tempo estava a escassear e temos que por pés ao caminho, pois ainda temos que entregar as viaturas alugadas, fazer o despacho das malas e irmos até ao cais de embarque. Eram cerca das 16h00 quando partimos, o avião estava atrasado, situação muito frequente nestes países, não basta o tempo que uma pessoa perde nos aeroportos por causa das horas que nos obrigam a chegar, para depois depararmo-nos com estes atrasos. Falta em todo o mundo a doutrina Japonesa que nos ensinava a sermos pontuais, na falta temos a bagunça implantada.
O percurso entre estas ilhas foi rápido, perto de 2 horas bastaram para que chegássemos a Antananarivo. Outro mundo e um aeroporto quase sem movimento, onde vimos mais dois aviões e chega. Todo o despacho alfandegário mesmo assim foi rápido, tivemos de cambiar euros em ariary que equivale a 0.00025€, eu cambiei 400€, recebi qualquer coisinha como 1,6 milhões de ariary, carregados de papel dentro de sacos que nos cederam. Seguidamente saímos e vimos um fulano com uma placa com o nome do Cláudio. Era um representante da empresa onde havíamos alugado o carro para as nossas voltas por Madagáscar, apresentações feitas e fomos informados que estava ali para nos encaminhar para a Europecar, lá vamos então a caminho pelas estradas e caminhos da capital, onde por fim lá num descampado paramos e chegou uma fulana intitulada de representante da empresa que nos informou de como se ia desenrolar o aluguer da viatura para aqueles dias. Disse-nos que havia trajectos que nós tínhamos pedido mas que não era possível passarmos por lá, somente com viaturas 4x4, pois as estradas não têm condições para outro tipo de viatura. Também nos informou que o aluguer era com motorista e
que esse era o que estava connosco. Questionamos qual era então a viatura, foi-nos dito que era esta, estranho pois a que havíamos alugado era uma VW em que o espaço era superior em nada parecida com esta Hyundai, tal foi o nosso espanto vermos uma viatura alugada à Europecar com aquele aspecto, tanto que mais perguntas fomos colocando até a do ar condicionado, à qual nos foi dito que esta viatura era similar e que tinha tudo o que nós tínhamos pedido e nós todos convencidos que esta seria somente para nos levar ao centro de atendimento, mas quais centro, no meio do ermo, mais parecia um negócio escuro, venda de armas ou droga ou o padrinho com o seu gang. Por fim a questão ficou resolvida sem que houvesse votação dos intervenientes, mas havia mais hipóteses. A questão de termos um motorista privativo até vai tornar-se mais cómodo, continuaremos a parar onde quisermos, apenas vamos ter que lhe de pagar à parte 1€ por cada hora acima das 19h00, não irá ser problema. A seguir a este encontro já era noite e quisemos ir levar as malas ao hotel, instalar-nos para seguidamente jantar.
Reportando o hotel, ficamos bastante contentes, pois estamos muito bem instalados e os quartos de uma qualidade superior, limpos, espaçosos, o quarto da Júlia é uma suite em que a sua dimensão é um exagero a casa de banho enormíssima com banheira gigante para hidromassagem. O local é tranquilo encontrando-se todo murado e jardinado.
Mas quando comecei a subir as escadas para o nosso quarto instalado no 2º andar, tinha subido 4 degraus e eis que quando vou colocar o pé no seguinte tropecei e fui embater violentamente com a cabeça num corrimão, estando a dois centímetros um suporte que não embati lá com a cabeça por muita sorte, ao tentar manter o equilíbrio vou bater com as costas das mãos num degrau e a outra mão ficou debaixo do corpo e contra um degrau que fiquei com a mão muito dorida até pensei que tinha alguma coisa partida. O estrondo foi de tal ordem que toda a comitiva veio ver o que se passava, não era mais do que um velho a escavacar-se todo ao subir a escada. Então Gilberto porque caíste – estou programado para subir escadas com degraus com medidas correctas e sucessivas, esta escada tinha em dois lances degraus mais baixos do que o normal, foi isso que me levou a cair com tanta violência. Felizmente nada de grave aconteceu, mas para começo das férias em Madagáscar poderia ter sido grave se tivesse partido ou fraturado a cabeça ou uma mão. Esperamos que nada mais nos aconteça, férias são férias e nada de mal nos venha a suceder, só queremos coisas boas.
Estava na hora de jantar e combinamos com o motorista que nos levasse a um restaurante por ali perto, havia dois e optamos por comer logo no primeiro, comida malgaxe, restaurante pobre mas pareceu-nos limpo, pedimos pratos de carne, como frango com arroz e costeleta de porco que de aspecto estavam bem, mais cervejas e sumos para todos, assim foi, comemos e reparamos que tinham muitas funcionárias que andavam descalças e quando estávamos a comer não tiravam os olhares de todos nós. Perplexos com este ambiente terminamos a refeição e voltamos para o hotel para descansar.
O percurso entre estas ilhas foi rápido, perto de 2 horas bastaram para que chegássemos a Antananarivo. Outro mundo e um aeroporto quase sem movimento, onde vimos mais dois aviões e chega. Todo o despacho alfandegário mesmo assim foi rápido, tivemos de cambiar euros em ariary que equivale a 0.00025€, eu cambiei 400€, recebi qualquer coisinha como 1,6 milhões de ariary, carregados de papel dentro de sacos que nos cederam. Seguidamente saímos e vimos um fulano com uma placa com o nome do Cláudio. Era um representante da empresa onde havíamos alugado o carro para as nossas voltas por Madagáscar, apresentações feitas e fomos informados que estava ali para nos encaminhar para a Europecar, lá vamos então a caminho pelas estradas e caminhos da capital, onde por fim lá num descampado paramos e chegou uma fulana intitulada de representante da empresa que nos informou de como se ia desenrolar o aluguer da viatura para aqueles dias. Disse-nos que havia trajectos que nós tínhamos pedido mas que não era possível passarmos por lá, somente com viaturas 4x4, pois as estradas não têm condições para outro tipo de viatura. Também nos informou que o aluguer era com motorista e
que esse era o que estava connosco. Questionamos qual era então a viatura, foi-nos dito que era esta, estranho pois a que havíamos alugado era uma VW em que o espaço era superior em nada parecida com esta Hyundai, tal foi o nosso espanto vermos uma viatura alugada à Europecar com aquele aspecto, tanto que mais perguntas fomos colocando até a do ar condicionado, à qual nos foi dito que esta viatura era similar e que tinha tudo o que nós tínhamos pedido e nós todos convencidos que esta seria somente para nos levar ao centro de atendimento, mas quais centro, no meio do ermo, mais parecia um negócio escuro, venda de armas ou droga ou o padrinho com o seu gang. Por fim a questão ficou resolvida sem que houvesse votação dos intervenientes, mas havia mais hipóteses. A questão de termos um motorista privativo até vai tornar-se mais cómodo, continuaremos a parar onde quisermos, apenas vamos ter que lhe de pagar à parte 1€ por cada hora acima das 19h00, não irá ser problema. A seguir a este encontro já era noite e quisemos ir levar as malas ao hotel, instalar-nos para seguidamente jantar.
Reportando o hotel, ficamos bastante contentes, pois estamos muito bem instalados e os quartos de uma qualidade superior, limpos, espaçosos, o quarto da Júlia é uma suite em que a sua dimensão é um exagero a casa de banho enormíssima com banheira gigante para hidromassagem. O local é tranquilo encontrando-se todo murado e jardinado.
Mas quando comecei a subir as escadas para o nosso quarto instalado no 2º andar, tinha subido 4 degraus e eis que quando vou colocar o pé no seguinte tropecei e fui embater violentamente com a cabeça num corrimão, estando a dois centímetros um suporte que não embati lá com a cabeça por muita sorte, ao tentar manter o equilíbrio vou bater com as costas das mãos num degrau e a outra mão ficou debaixo do corpo e contra um degrau que fiquei com a mão muito dorida até pensei que tinha alguma coisa partida. O estrondo foi de tal ordem que toda a comitiva veio ver o que se passava, não era mais do que um velho a escavacar-se todo ao subir a escada. Então Gilberto porque caíste – estou programado para subir escadas com degraus com medidas correctas e sucessivas, esta escada tinha em dois lances degraus mais baixos do que o normal, foi isso que me levou a cair com tanta violência. Felizmente nada de grave aconteceu, mas para começo das férias em Madagáscar poderia ter sido grave se tivesse partido ou fraturado a cabeça ou uma mão. Esperamos que nada mais nos aconteça, férias são férias e nada de mal nos venha a suceder, só queremos coisas boas.
Estava na hora de jantar e combinamos com o motorista que nos levasse a um restaurante por ali perto, havia dois e optamos por comer logo no primeiro, comida malgaxe, restaurante pobre mas pareceu-nos limpo, pedimos pratos de carne, como frango com arroz e costeleta de porco que de aspecto estavam bem, mais cervejas e sumos para todos, assim foi, comemos e reparamos que tinham muitas funcionárias que andavam descalças e quando estávamos a comer não tiravam os olhares de todos nós. Perplexos com este ambiente terminamos a refeição e voltamos para o hotel para descansar.
Dia 16 agosto
Não podia passar sem relatar alguns factos deste país, começamos por dizer que Madagáscar desprendeu-se do continente africano há 160 milhões da anos, deslizando pelo oceano Índico, seguindo um trajecto e gerando plantas e animais que não se encontram em mais nenhum local do mundo. Os grande mamíferos, tais como o elefante, rinoceronte, hipopótamos e felinos, nunca conseguiram cruzar este mar que tem 400km de largura. É que nem mesmo as cobras venenosas alcançaram esta ilha. Apenas os lémures conseguiram aqui desembarcar há 40 milhões de anos. Esta é a maior ilha de África e a quarta maior do mundo.
Passando por cima de muitos séculos de história chegou o ano de 1500, um Portuga dos bons chegou aqui, foi ele Diogo Dias, no século XVI, portugueses, holandeses e franceses tentaram fazer colónias nas costas malgaxe, mas fracassaram. Por fim passados muitos anos os franceses apoderaram-se da ilha, onde os piratas ingleses faziam incursões para a pilhagem. Foi no ano de 1960 que se tornou independente, resultando nos nossos dias dos países mais pobres do mundo no entanto encontram-se aqui lindas florestas tropicais e belas praias.
Sobre este dia iniciou-se pelas 6h00, isto é que madrugar, porque temos pela frente umas centenas de quilómetros que vão ser muito difíceis de se fazerem. Foi logo à saída da cidade que encontrámos um grupo de mulheres a lavarem no rio onde a cor da sua água é barrenta, mesmo assim lá estão de volta das roupas no mesmo complexo ao ar livre montes de fábricas de tijolos. É que de fábricas apenas dei este nome porque vimos o barro a ser retirado manualmente da margem para depois ser colocado em moldes, seguidamente amontoados em pilha onde o sol os vai secar, mais tarde são novamente empilhados numa altura considerável e no seu interior é colocada uma quantidade de lenha a arder e
assim os cozer, não são mais do que o tijolo burro utilizado à alguns anos atrás em Portugal mas com outras técnicas que não estas, aqui tudo é feito manualmente, onde a força humana supera a maquinaria. Mais uns quilómetros adiante cruzamos uma linha férrea que naquele local estava ocupada por vendedores, tudo se vende por estas bandas, desde roupas, legumes, carne e animais vivos. São estes contrastes que Madagáscar nos reserva e que iremos adorar. Está em cima da linha uma placa que indicada umas quantas localidades, o estradão aqui é paralelo à linha do comboio, será que ele ainda por aqui passa!
Possivelmente uma vez, por dia, semana ou mês.
Encontramos várias carroças, estas parecidas com as dos ciganos que nos são tão comuns a carregarem cana do açúcar. Por todo o lado vimos e cruzamo-nos com zebus. Por estes indícios este dia vai ser inspirador, por vezes mais parece que estamos a navegar, tais são os buracos, piso irregular e o desviar de outros carros e pessoas, concluímos que o nosso condutor tem um pouco de malabarista. A grande moda desta terra é o painel solar, tais como ver pessoas com rádios portáteis e
com um pequeno painel para lhe dar carga. E a quantidade de postos, barracas ou lojas para tratar das comunicações para os té-lé-lés, são milhares e vê-se imensa gente, novos ou velhos munidos de telemóvel. Neste percurso deparámo-nos com vários controlos policiais que têm locais bem assinalados para poderem mandar parar quem seja, ainda não nos calhou parar mas vai acontecer de certeza durante os dias da nossa permanência. Já passava das 14h00 quando chegámos ao nosso hotel que por acaso é modesto, mas vai dar para dormirmos esta noite. Já estávamos todos esfomeados, com este maravilhoso livro Lonely Planet é só procurar nas suas páginas o melhores sítios para almoçar, o eleito foi o restaurante Chez Jenny situado num local excepcional de Antsirabe, tendo um conjunto de refeições que abrangem todos os gostos. Sem dúvida um ambiente fabuloso e atendimento excelente, comemos todos bem e a satisfação foi unanime. À saída fomos interpelados por um sem número de vendedores que só nos queriam vender tudo.
Aqui os dias escurecem por volta das 18h00, ainda vamos ter tempo para dar umas curvas de carro pela cidade, sendo esta a terceira maior cidade com uma população de 258 mil, dados de 2014, onde nos cruzamos com carros de bois, bicicletas que são um número muito elevado, centenas de pousse-pousse, conhecidos no exterior do país como riquexós que vagueiam por toda a cidade. De seguida fomos até ao lago Andraikiba situado a pouca distância da cidade. Fizemos uma longa caminhada
pelas margens, fomos conversando e olhando para os negócios das barraquinhas, algumas quase a cair, mas vão servindo, vimos pouca gente a fazerem compras, nós olhamos mas também nada comprámos, é que não havia nada que despertasse o nosso interesse. Tivemos a oportunidade de ver que existe bombagem para captação de água deste lago, existindo maquinaria já obsoleta que ainda se mantém ali só para fazer mais lixo, no entanto já está outro equipamento mais moderno a fazer esse serviço. É que ainda existem outras estruturas para outras finalidades que bem se vê que já não há utilização mas ficaram ali para se irem deteriorando com o tempo.
Já demos as voltas que achamos necessárias, vamos regressar a Antsirabe. Fizemos uma parte do percurso de regresso pela mesmas estradas esburacadas para de seguida optarmos por outros caminhos até ao centro da cidade. Foi aí que o Carlos e Cláudio quiseram comprar uma dúzia de pousse-pousse para incrementar o negócio na zona da Expo e Charneca na margem sul. Antes tiveram de andar neles para testarem a motorização, suspensão e a possibilidade de adaptarem um para-brisas das T4 ou T5. Sucedeu que gostaram do que viram e andaram para que afluíssem a fazer a suas conduções numa das praças mais movimentadas, produto aprovado até que calhou a minha vez de andar e conduzir, apenas o escurinho que era o proprietário da máquina não confiou na minha condução e veio sempre atrás de mim para caso de acidente me lixasse. Um senão o Carlos e Cláudio terão de por mãos livres para adaptação de telemóvel, eu recebi uma chamada da Europa e ainda tive de atender o telefone antigo que trago sempre comigo. Depois desta palhaçada toda fomos terminar o dia no mesmo restaurante onde almoçamos, tendo chegado ao fim este 2º dia neste país encantador.
Passando por cima de muitos séculos de história chegou o ano de 1500, um Portuga dos bons chegou aqui, foi ele Diogo Dias, no século XVI, portugueses, holandeses e franceses tentaram fazer colónias nas costas malgaxe, mas fracassaram. Por fim passados muitos anos os franceses apoderaram-se da ilha, onde os piratas ingleses faziam incursões para a pilhagem. Foi no ano de 1960 que se tornou independente, resultando nos nossos dias dos países mais pobres do mundo no entanto encontram-se aqui lindas florestas tropicais e belas praias.
Sobre este dia iniciou-se pelas 6h00, isto é que madrugar, porque temos pela frente umas centenas de quilómetros que vão ser muito difíceis de se fazerem. Foi logo à saída da cidade que encontrámos um grupo de mulheres a lavarem no rio onde a cor da sua água é barrenta, mesmo assim lá estão de volta das roupas no mesmo complexo ao ar livre montes de fábricas de tijolos. É que de fábricas apenas dei este nome porque vimos o barro a ser retirado manualmente da margem para depois ser colocado em moldes, seguidamente amontoados em pilha onde o sol os vai secar, mais tarde são novamente empilhados numa altura considerável e no seu interior é colocada uma quantidade de lenha a arder e
assim os cozer, não são mais do que o tijolo burro utilizado à alguns anos atrás em Portugal mas com outras técnicas que não estas, aqui tudo é feito manualmente, onde a força humana supera a maquinaria. Mais uns quilómetros adiante cruzamos uma linha férrea que naquele local estava ocupada por vendedores, tudo se vende por estas bandas, desde roupas, legumes, carne e animais vivos. São estes contrastes que Madagáscar nos reserva e que iremos adorar. Está em cima da linha uma placa que indicada umas quantas localidades, o estradão aqui é paralelo à linha do comboio, será que ele ainda por aqui passa!
Possivelmente uma vez, por dia, semana ou mês.
Encontramos várias carroças, estas parecidas com as dos ciganos que nos são tão comuns a carregarem cana do açúcar. Por todo o lado vimos e cruzamo-nos com zebus. Por estes indícios este dia vai ser inspirador, por vezes mais parece que estamos a navegar, tais são os buracos, piso irregular e o desviar de outros carros e pessoas, concluímos que o nosso condutor tem um pouco de malabarista. A grande moda desta terra é o painel solar, tais como ver pessoas com rádios portáteis e
com um pequeno painel para lhe dar carga. E a quantidade de postos, barracas ou lojas para tratar das comunicações para os té-lé-lés, são milhares e vê-se imensa gente, novos ou velhos munidos de telemóvel. Neste percurso deparámo-nos com vários controlos policiais que têm locais bem assinalados para poderem mandar parar quem seja, ainda não nos calhou parar mas vai acontecer de certeza durante os dias da nossa permanência. Já passava das 14h00 quando chegámos ao nosso hotel que por acaso é modesto, mas vai dar para dormirmos esta noite. Já estávamos todos esfomeados, com este maravilhoso livro Lonely Planet é só procurar nas suas páginas o melhores sítios para almoçar, o eleito foi o restaurante Chez Jenny situado num local excepcional de Antsirabe, tendo um conjunto de refeições que abrangem todos os gostos. Sem dúvida um ambiente fabuloso e atendimento excelente, comemos todos bem e a satisfação foi unanime. À saída fomos interpelados por um sem número de vendedores que só nos queriam vender tudo.
Aqui os dias escurecem por volta das 18h00, ainda vamos ter tempo para dar umas curvas de carro pela cidade, sendo esta a terceira maior cidade com uma população de 258 mil, dados de 2014, onde nos cruzamos com carros de bois, bicicletas que são um número muito elevado, centenas de pousse-pousse, conhecidos no exterior do país como riquexós que vagueiam por toda a cidade. De seguida fomos até ao lago Andraikiba situado a pouca distância da cidade. Fizemos uma longa caminhada
pelas margens, fomos conversando e olhando para os negócios das barraquinhas, algumas quase a cair, mas vão servindo, vimos pouca gente a fazerem compras, nós olhamos mas também nada comprámos, é que não havia nada que despertasse o nosso interesse. Tivemos a oportunidade de ver que existe bombagem para captação de água deste lago, existindo maquinaria já obsoleta que ainda se mantém ali só para fazer mais lixo, no entanto já está outro equipamento mais moderno a fazer esse serviço. É que ainda existem outras estruturas para outras finalidades que bem se vê que já não há utilização mas ficaram ali para se irem deteriorando com o tempo.
Já demos as voltas que achamos necessárias, vamos regressar a Antsirabe. Fizemos uma parte do percurso de regresso pela mesmas estradas esburacadas para de seguida optarmos por outros caminhos até ao centro da cidade. Foi aí que o Carlos e Cláudio quiseram comprar uma dúzia de pousse-pousse para incrementar o negócio na zona da Expo e Charneca na margem sul. Antes tiveram de andar neles para testarem a motorização, suspensão e a possibilidade de adaptarem um para-brisas das T4 ou T5. Sucedeu que gostaram do que viram e andaram para que afluíssem a fazer a suas conduções numa das praças mais movimentadas, produto aprovado até que calhou a minha vez de andar e conduzir, apenas o escurinho que era o proprietário da máquina não confiou na minha condução e veio sempre atrás de mim para caso de acidente me lixasse. Um senão o Carlos e Cláudio terão de por mãos livres para adaptação de telemóvel, eu recebi uma chamada da Europa e ainda tive de atender o telefone antigo que trago sempre comigo. Depois desta palhaçada toda fomos terminar o dia no mesmo restaurante onde almoçamos, tendo chegado ao fim este 2º dia neste país encantador.
Dia 17 agosto
Esta noite a chuva não deu tréguas, apercebemo-nos que é frequente acontecer durante a noite e manhãs, porque já nos tinha sucedido nas Maurícias. Quando saímos o céu estava nublado e alguma humidade, mas dá perfeitamente para irmos à vontade, alguns elementos deste grupo de excursionistas amigos do amigo debatem-se com algum frio mas estão devidamente agasalhados. Perdemos pouco tempo com o pequeno almoço, uma vez que este estava incluído no alojamento. De seguida foi ajudar a carregar as malas para o tejadilho da carrinha e ao fim de pouco tempo principiamos a nossa viagem até Ranomafana, mas antes demos mais umas voltas por Antsirabe e assim ficamos a conhecer mais uns lugares. Já tínhamos feito uma centena de quilómetros quando alguns de nós começaram a ter cólicas e lá tivemos que fazer uma paragem forçada no meio do monte para vazamento de mercadoria. Situação resolvida e mais outra tirada,
passamos ao lado de uma ponte que o tabuleiro central quebrou no meio e numa das pontas, ficando suspenso à espera que um dia acabe por desabar na totalidade. O motorista disse-nos que tinha sido por causa do ciclone, na altura não liguei, mais tarde conclui que foi a passagem do ciclone “Idai “ que fez estragos e mortes em Moçambique que provocou na sua passagem aquele desabamento.
Isto hoje está mesmo mal pois tivemos de fazer mais uma paragem por causa de problemas intestinais de alguns de nós, é que desta vez uns foram para a direita da estrada e outros para o lado oposto, parece que casas de banho por estas bandas não faltam. Ou seja uma cagada geral para metade dos passageiros. Arrancamos outra vez e vamos ver por quanto tempo as pessoas aguentam.
Adiante passamos por uma cidade muito movimentada, as ruas estão apenhadas de gente os carros mal podem passar nas ruas que por sua vez estão em muito mal estado. Também os vendedores ambulantes ocupam os poucos espaços existentes, estes muitas vezes estão à frente de outros negócios, mesmo paralelos. É esta a forma de viver destes povos que recorrem a qualquer coisa que tenham para vender, frutas, legumes, carvão, madeira, acendalhas de madeira, eu chamo-lhe aparas de madeira, criação, como patos e galinhas. As lojas por trás destes negócios vendem pneus, pistões, molas, bancos, jantes, radiadores, etc., tudo em 2ª mão, mais nos parece sucata. Esta passagem tão lenta pela rua principal ou seja a estrada nacional N7 que começa em Antananarivo e finda em Toliara, deu para vermos com tanta exactidão tais pormenores da vida mundana desta pessoas. A viagem de hoje tem sido lenta, tanto que mal passamos esta cidade e poucos quilómetros havíamos feito e tivemos de parar novamente para esvaziar as cagadeiras, pareceu-me que as pizas que ontem à noite comemos não estariam nas melhores condições, ou foi do almoço de ontem ou daquele primeiro jantar de comida Malgaxe que nos fez mal. É que nesta altura mais alguém se está a queixar, já somos mais agora a ter cólicas.
A meio da tarde chegamos ao início do parque de Ranomafana onde parámos, mas desta vez para tirarmos algumas fotos da queda de água Andriamamovoka, aqui a força da água é enorme e a sua queda vertiginosa para o fundo do vale, se alguém tem um pequeno percalço e se desequilibre só pára lá do fundo da ravina é que não há qualquer hipótese de ficar ferido, logo a morte o espera. Digo isto porque o que se passou comigo foi que quando dei um pulo para cima de um muro houve da minha parte um pequeno desequilíbrio que podia ser fatal, o Cláudio que estava a meu lado disse – cuidado, fiquei calado mas com a mente a pensar que tinha acabado de fazer caquinha.
Primeiro contacto com este parque que hoje já não vai ser possível visitar, vamos então até ao hotel que fica um pouco mais abaixo, deixar as malas e descansar um pouco. A Sofia que é das pessoas que se encontram mal da barriga, vulga caganeira miudinha, está com vontade de se deitar e descansar um pouco. Quando chegamos vimos que os locais onde vamos pernoitar são casinhas isoladas feitas em madeira e com telha de zinco, coberto de folhas de palmeira, vamos ver depois de entrarmos com o que nos iremos deparar. Quando abrimos a porta vimos que esta fecha mal e que bichinhos podem entrar com muita facilidade por baixo dela. A Sofia com o seu receio de outros tempos que em nada se modificou deitou-se, tapou-se, colocou a mosquiteira e ficou a descansar das suas maleitas, eu fui ter com o resto da malta que se encontrava no restaurante a beberem qualquer coisa, como uns chás para acalmar o mal estar. No átrio deste hotel existe uma colónia numerosa de lémures que já estão tão habituados às pessoas que vêm para cima dos ramos das árvores mais próximos dos humanos, fotos tiradas com precisão e nitidez, foi gratificante esta nossa chegada, todos queríamos tirar mais e mais fotos. Combinámos depois que eu iria fazer companhia à minha cara metade e que por volta da hora do jantar ali estaríamos. Sucedeu que a minha fadiga evoluiu, doía-me o estomago mas ainda nada de diarreia, deitei-me e acabei por adormecer. O restantes amigos foram dar uma volta por Ranomafana ficando a conhecer mais desta cidade. Quando escurecia chegou a D. Júlia, bateu à porta a perguntar como nos encontrávamos, eu levantei-me e fui jantar com eles, mas com pouco apetite, comi qualquer coisa e a Júlia pediu um chá para a Sofia, este ajudou bastante a transpor o mal estar em que se encontrava.
Durante a noite ouvimos o barulho de que algum bicho que tentava entrar ou mesmo já habitava na cabana, pois o ruído de estar a roer qualquer coisa nos alertou. Adormecemos encalorados e com o soar da água que passava lá no fundo do desfiladeiro. Esqueci-me de relatar que hoje foi domingo e que nenhum de nós se apercebeu de tal, razão de estarmos completamente embrenhados em viajar e nada de querer saber a quantas andamos.
passamos ao lado de uma ponte que o tabuleiro central quebrou no meio e numa das pontas, ficando suspenso à espera que um dia acabe por desabar na totalidade. O motorista disse-nos que tinha sido por causa do ciclone, na altura não liguei, mais tarde conclui que foi a passagem do ciclone “Idai “ que fez estragos e mortes em Moçambique que provocou na sua passagem aquele desabamento.
Isto hoje está mesmo mal pois tivemos de fazer mais uma paragem por causa de problemas intestinais de alguns de nós, é que desta vez uns foram para a direita da estrada e outros para o lado oposto, parece que casas de banho por estas bandas não faltam. Ou seja uma cagada geral para metade dos passageiros. Arrancamos outra vez e vamos ver por quanto tempo as pessoas aguentam.
Adiante passamos por uma cidade muito movimentada, as ruas estão apenhadas de gente os carros mal podem passar nas ruas que por sua vez estão em muito mal estado. Também os vendedores ambulantes ocupam os poucos espaços existentes, estes muitas vezes estão à frente de outros negócios, mesmo paralelos. É esta a forma de viver destes povos que recorrem a qualquer coisa que tenham para vender, frutas, legumes, carvão, madeira, acendalhas de madeira, eu chamo-lhe aparas de madeira, criação, como patos e galinhas. As lojas por trás destes negócios vendem pneus, pistões, molas, bancos, jantes, radiadores, etc., tudo em 2ª mão, mais nos parece sucata. Esta passagem tão lenta pela rua principal ou seja a estrada nacional N7 que começa em Antananarivo e finda em Toliara, deu para vermos com tanta exactidão tais pormenores da vida mundana desta pessoas. A viagem de hoje tem sido lenta, tanto que mal passamos esta cidade e poucos quilómetros havíamos feito e tivemos de parar novamente para esvaziar as cagadeiras, pareceu-me que as pizas que ontem à noite comemos não estariam nas melhores condições, ou foi do almoço de ontem ou daquele primeiro jantar de comida Malgaxe que nos fez mal. É que nesta altura mais alguém se está a queixar, já somos mais agora a ter cólicas.
A meio da tarde chegamos ao início do parque de Ranomafana onde parámos, mas desta vez para tirarmos algumas fotos da queda de água Andriamamovoka, aqui a força da água é enorme e a sua queda vertiginosa para o fundo do vale, se alguém tem um pequeno percalço e se desequilibre só pára lá do fundo da ravina é que não há qualquer hipótese de ficar ferido, logo a morte o espera. Digo isto porque o que se passou comigo foi que quando dei um pulo para cima de um muro houve da minha parte um pequeno desequilíbrio que podia ser fatal, o Cláudio que estava a meu lado disse – cuidado, fiquei calado mas com a mente a pensar que tinha acabado de fazer caquinha.
Primeiro contacto com este parque que hoje já não vai ser possível visitar, vamos então até ao hotel que fica um pouco mais abaixo, deixar as malas e descansar um pouco. A Sofia que é das pessoas que se encontram mal da barriga, vulga caganeira miudinha, está com vontade de se deitar e descansar um pouco. Quando chegamos vimos que os locais onde vamos pernoitar são casinhas isoladas feitas em madeira e com telha de zinco, coberto de folhas de palmeira, vamos ver depois de entrarmos com o que nos iremos deparar. Quando abrimos a porta vimos que esta fecha mal e que bichinhos podem entrar com muita facilidade por baixo dela. A Sofia com o seu receio de outros tempos que em nada se modificou deitou-se, tapou-se, colocou a mosquiteira e ficou a descansar das suas maleitas, eu fui ter com o resto da malta que se encontrava no restaurante a beberem qualquer coisa, como uns chás para acalmar o mal estar. No átrio deste hotel existe uma colónia numerosa de lémures que já estão tão habituados às pessoas que vêm para cima dos ramos das árvores mais próximos dos humanos, fotos tiradas com precisão e nitidez, foi gratificante esta nossa chegada, todos queríamos tirar mais e mais fotos. Combinámos depois que eu iria fazer companhia à minha cara metade e que por volta da hora do jantar ali estaríamos. Sucedeu que a minha fadiga evoluiu, doía-me o estomago mas ainda nada de diarreia, deitei-me e acabei por adormecer. O restantes amigos foram dar uma volta por Ranomafana ficando a conhecer mais desta cidade. Quando escurecia chegou a D. Júlia, bateu à porta a perguntar como nos encontrávamos, eu levantei-me e fui jantar com eles, mas com pouco apetite, comi qualquer coisa e a Júlia pediu um chá para a Sofia, este ajudou bastante a transpor o mal estar em que se encontrava.
Durante a noite ouvimos o barulho de que algum bicho que tentava entrar ou mesmo já habitava na cabana, pois o ruído de estar a roer qualquer coisa nos alertou. Adormecemos encalorados e com o soar da água que passava lá no fundo do desfiladeiro. Esqueci-me de relatar que hoje foi domingo e que nenhum de nós se apercebeu de tal, razão de estarmos completamente embrenhados em viajar e nada de querer saber a quantas andamos.
Dia 18 agosto
Hoje o pessoal quando acordou já se encontrava melhor das suas maleitas o que quer dizer é possível continuar estas maravilhosas férias, por terras descobertas pelos nossos antepassados. Mas qual foi o espanto ao apercebermo-nos que um pão que se encontrava em cima da cadeira estava roído, bem dizíamos que havia companhia de um roedor. O ambiente neste local é de floresta e a humidade é elevada com uma temperatura a rondar os 28°e um pouco de chuva. Fomos para a entrada principal de acesso ao parque mas deparámo-nos com uma chuvada que nos estava a incomodar, tanto que desistimos e combinámos que no regresso marcado para o dia 24 agosto então o iriamos visitar se a chuva nessa altura tivesse cessado. Partimos então para Ambalavao, mais um local que faz parte do nosso roteiro que foi programado para visitarmos. Não podemos dizer que Madagáscar seja propriamente um daqueles destinos turísticos para todas as classes sociais ou idades, penso que a Tana e o Gui não estejam a dar o mesmo valor do que nós, nesta altura mas irão se recordar das voltas que deram com os pais e os outro velhotes que os acompanharam em tão ilustres viagens, será que lhes ficará no sangue todos estes destinos que fizeram quando eram ainda tão jovens.
Também irão de certeza recordar a nossa maravilhosa Van onde vamos sentamos nos nossos lugares que mais parecem ser reservados para toda a viagem, mas vamos perguntando, não queres ir aqui ou ali mas o entendimento é unanime, tanto que nem com a condução nos aborrecemos pois o motorista
é profissional e faz com que tenhamos confiança no que vai a fazer. As estradas são manhosas e perigosas, cruzamo-nos com animais e pessoas, estas até têm cuido ao cruzarem-se com os camiões e carros, há animais que pastam junto às estradas, até esses se cuidam. A dado momento passamos por grandes manadas de vacas e zebus que vêm ou vão para a feira para serem vendidos, cruzam a estrada ou por ela caminham levantando uma enorme poeira, mais adiante paramos para ver os festejos que é uma tradição africana, que consiste em retirarem o corpo do tumulo, que é embrulhado numa mortalha e assim os familiares carregam-nos aos ombros, dançam e cantam numa alegria desmedida, este ritual repete-se a cada cinco ou sete anos, em que essas famílias se reúnem com seus mortos – literalmente eles exumam os corpos de seus parentes e os enrolam em mortalhas, esta é uma tradição Malagsy chamada de Famadihana, este ritual só acontece na ilha de Madagáscar, sendo esta uma celebração com muita bebida, dança e comida. Estas famílias gastam até o equivalente de €2500 com o evento, sucede que este ritual é cada vez menos comum, pois cada vez mais as pessoas em Madagáscar vivem abaixo da linha de pobreza. Nesta altura veio-me ao pensamento que nós tão perto desta gente num ambiente hostil e porco, podia-se ver no seu aspecto que a higiene estava ausente e porque sei que no interior deste país há uma epidemia de um tipo de tuberculose, também é notícia de uma epidemia de peste bubônica, peste negra que nos finais de 2017 já tinha matado 124 pessoas e que havia 1231 afectadas e que nesta data ainda resiste, será mesmo uma aventura estarmos no meio da multidão e o azar nos possa bater à porta, vamos pensar que não. Sucedeu que andamos no meio da multidão onde vimos o cadáver que pouca carne já teria ou apenas os ossos do esqueleto macabro, mais o calor, poeira, humidade, suor e uma multidão de gente que fazia festa, acompanhada do álcool e comida, ao lado passavam com muita frequência manadas de zebus que levantam uma poeirada sufocante. O certo é que fizemos também parte da festa.
Novamente na N7 a caminho do parque de Anja onde iremos ver mais outra qualidade de lémures, foi só andarmos 2 horas e já nos encontrávamos arranjar forma de entrar neste parque, mas surgiu um problema a questão de termos de arranjar um ou dois guias, é obrigatório este procedimento é bem caro, pois reside o negócio desta gente em complemento com o estado que rege tais paragens e aqui até dois guias não chegaram, incluíram mais outro membro que não fiquei a saber o seu verdadeiro papel.
Fizemos o nosso piquenique dentro do parque, antes de iniciarmos a visita, como tínhamos pouco tempo estava fora de questão irmos almoçar a um restaurante, o que nos salvou foi termos comprado alguns mantimentos, que deu para desenrascar. Os pseudo guias esperaram que comêssemos para de seguida iniciarmos a caminhada. Mal tínhamos iniciado a nossa visita e já nos estavam a mostrar, o camaleão que deve estar sempre naquele ramo, logo à frente os primeiros lémures, um pouco
fugitivos e irrequietos, disseram-nos que aquela hora é normal aquele comportamento, noutro local detivemo-nos a observar uma grande colónia desta malta que estava bem disposta e fizeram quase uma manif para se mostrarem, passavam perto de nós caminhando ou pelas árvores saltando de ramo em ramo ou mesmo parados em cima dos pedregulhos ou nas encostas, mas a pouca distância. Aqui são todos simpáticos mas nada de virem para junto de nós, cautela fica-lhe muito bem. Mais adiante outro camaleão com maior porte, vai olhando para nós e fazendo movimentos lentos para
seguidamente parar por completo. Num outro local mais lémures e mais fotos tiramos, aqui temos razão para os fotografar são cerca de 30, até um deles parou à minha frente com um olhar majestoso, quase a querer perguntar o que eu queria dele. Já perto do trilho final um dos guias perguntou quem se sentia com força de fazer uma parte da caminhada complicada em que se teria de subir penedos e passar por locais estreitos, sucedeu que a Sofia e Júlia não quiseram ir e seguiram para o carro acompanhadas por dois guias o restante grupo optou por seguir o resto da montanha. Já meio trilho feito vimos que para elas era complicado aquele troço, vimos uma gruta onde os morcegos e lémures
se abrigam durante a noite para de seguida subirmos até um penedo enorme que nos mostra uma imensa vista do vale e montanhas muito longe daqui, conclui-se que valeu a pena.
Com esta caminhada concluímos as nossas voltas de hoje, vamos andar mais uns quilómetros até Ambalavao onde já temos reserva no hotel Tsienimparihy. Estávamos a deitar-nos quando a Sofia foi
colocar um tapete para cobrir a parte de baixo da porta pois esta tem um espaço grande onde os bicharocos mais pequenos podem entrar, parece que algo a estava a chamar atenção, foi que nessa altura deparou com um escorpião que estava dentro do quarto perto dessa porta de entrada. Abrimos a porta e foi vê-lo sair, soube logo donde tinha vindo. Para podermos dormir e por cautela colocamos o mosquiteiro para nos salvaguardar doutra bicheza.
Também irão de certeza recordar a nossa maravilhosa Van onde vamos sentamos nos nossos lugares que mais parecem ser reservados para toda a viagem, mas vamos perguntando, não queres ir aqui ou ali mas o entendimento é unanime, tanto que nem com a condução nos aborrecemos pois o motorista
é profissional e faz com que tenhamos confiança no que vai a fazer. As estradas são manhosas e perigosas, cruzamo-nos com animais e pessoas, estas até têm cuido ao cruzarem-se com os camiões e carros, há animais que pastam junto às estradas, até esses se cuidam. A dado momento passamos por grandes manadas de vacas e zebus que vêm ou vão para a feira para serem vendidos, cruzam a estrada ou por ela caminham levantando uma enorme poeira, mais adiante paramos para ver os festejos que é uma tradição africana, que consiste em retirarem o corpo do tumulo, que é embrulhado numa mortalha e assim os familiares carregam-nos aos ombros, dançam e cantam numa alegria desmedida, este ritual repete-se a cada cinco ou sete anos, em que essas famílias se reúnem com seus mortos – literalmente eles exumam os corpos de seus parentes e os enrolam em mortalhas, esta é uma tradição Malagsy chamada de Famadihana, este ritual só acontece na ilha de Madagáscar, sendo esta uma celebração com muita bebida, dança e comida. Estas famílias gastam até o equivalente de €2500 com o evento, sucede que este ritual é cada vez menos comum, pois cada vez mais as pessoas em Madagáscar vivem abaixo da linha de pobreza. Nesta altura veio-me ao pensamento que nós tão perto desta gente num ambiente hostil e porco, podia-se ver no seu aspecto que a higiene estava ausente e porque sei que no interior deste país há uma epidemia de um tipo de tuberculose, também é notícia de uma epidemia de peste bubônica, peste negra que nos finais de 2017 já tinha matado 124 pessoas e que havia 1231 afectadas e que nesta data ainda resiste, será mesmo uma aventura estarmos no meio da multidão e o azar nos possa bater à porta, vamos pensar que não. Sucedeu que andamos no meio da multidão onde vimos o cadáver que pouca carne já teria ou apenas os ossos do esqueleto macabro, mais o calor, poeira, humidade, suor e uma multidão de gente que fazia festa, acompanhada do álcool e comida, ao lado passavam com muita frequência manadas de zebus que levantam uma poeirada sufocante. O certo é que fizemos também parte da festa.
Novamente na N7 a caminho do parque de Anja onde iremos ver mais outra qualidade de lémures, foi só andarmos 2 horas e já nos encontrávamos arranjar forma de entrar neste parque, mas surgiu um problema a questão de termos de arranjar um ou dois guias, é obrigatório este procedimento é bem caro, pois reside o negócio desta gente em complemento com o estado que rege tais paragens e aqui até dois guias não chegaram, incluíram mais outro membro que não fiquei a saber o seu verdadeiro papel.
Fizemos o nosso piquenique dentro do parque, antes de iniciarmos a visita, como tínhamos pouco tempo estava fora de questão irmos almoçar a um restaurante, o que nos salvou foi termos comprado alguns mantimentos, que deu para desenrascar. Os pseudo guias esperaram que comêssemos para de seguida iniciarmos a caminhada. Mal tínhamos iniciado a nossa visita e já nos estavam a mostrar, o camaleão que deve estar sempre naquele ramo, logo à frente os primeiros lémures, um pouco
fugitivos e irrequietos, disseram-nos que aquela hora é normal aquele comportamento, noutro local detivemo-nos a observar uma grande colónia desta malta que estava bem disposta e fizeram quase uma manif para se mostrarem, passavam perto de nós caminhando ou pelas árvores saltando de ramo em ramo ou mesmo parados em cima dos pedregulhos ou nas encostas, mas a pouca distância. Aqui são todos simpáticos mas nada de virem para junto de nós, cautela fica-lhe muito bem. Mais adiante outro camaleão com maior porte, vai olhando para nós e fazendo movimentos lentos para
seguidamente parar por completo. Num outro local mais lémures e mais fotos tiramos, aqui temos razão para os fotografar são cerca de 30, até um deles parou à minha frente com um olhar majestoso, quase a querer perguntar o que eu queria dele. Já perto do trilho final um dos guias perguntou quem se sentia com força de fazer uma parte da caminhada complicada em que se teria de subir penedos e passar por locais estreitos, sucedeu que a Sofia e Júlia não quiseram ir e seguiram para o carro acompanhadas por dois guias o restante grupo optou por seguir o resto da montanha. Já meio trilho feito vimos que para elas era complicado aquele troço, vimos uma gruta onde os morcegos e lémures
se abrigam durante a noite para de seguida subirmos até um penedo enorme que nos mostra uma imensa vista do vale e montanhas muito longe daqui, conclui-se que valeu a pena.
Com esta caminhada concluímos as nossas voltas de hoje, vamos andar mais uns quilómetros até Ambalavao onde já temos reserva no hotel Tsienimparihy. Estávamos a deitar-nos quando a Sofia foi
colocar um tapete para cobrir a parte de baixo da porta pois esta tem um espaço grande onde os bicharocos mais pequenos podem entrar, parece que algo a estava a chamar atenção, foi que nessa altura deparou com um escorpião que estava dentro do quarto perto dessa porta de entrada. Abrimos a porta e foi vê-lo sair, soube logo donde tinha vindo. Para podermos dormir e por cautela colocamos o mosquiteiro para nos salvaguardar doutra bicheza.
Dia 19 agosto
Depois de tantas surpresas, estive a ver mais temas sobre Madagáscar na net e falando de desgraças o que eu fui ver: Quando no dia 26 de junho deste ano se festejou o 59º aniversário da independência de Madagáscar morreram 16 pessoas esmagadas e 82 ficaram feridas, quando saíam do estádio municipal de Mahamasina em Antananarivo, depois de assistirem a um desfile militar com a presença do presidente. No seguimento desta notícia vi outra que em 2016, também ao festejarem o dia da independência no mesmo estádio houve um atentado com granadas matando duas pessoas e ferindo 84, só li desgraças, mas não fiz qualquer comentário com o resto da malta para não haver alaridos.
Nesta manhã a malta já se encontra melhor, mas não totalmente boa, isto é que é gente forte, já todos preparados para outra etapa que se avizinha ser longa, vão ser só 264km até Ranohira, estas estradas para sul estão em melhores condições, há menos gente e carros porque também há poucas cidades. Ainda vi um camaleão enorme postado no tronco de uma árvore, não fui eu nem nenhum de nós que o descobriu, foi um funcionário do hotel que nos mostrou, este é mesmo grande, mas quando concluímos de olhar para o dito e tirar fotografias de imediato o fulano nos pediu dinheiro, é assim que todo este povo funciona, temos de dar sempre alguma coisa em troca, mas não lhe dei nada.
Um dos locais de paragem vai ser para visitar o tão célebre parque nacional de Isalo que ainda se encontra a uns bons quilómetros de distância, vamos ter de ir andando, apreciando a paisagem e falando com o resto do pessoal, é que há sempre uma questão de conversa. Deixamos o motorista ir rolando e ver se ele não adormecia é pessoa de poucas conversas e fala crioulo malgaxe e francês, dois dialetos que percebemos bem.
Também já marcamos com antecedência a nossa estadia em Ranohira que fica perto da porta de entrada do parque que iremos visitar. Quando chegamos fomos directos ao hotel The Orchid of Isalo para deixarmos as malas, mas não foi possível, porque os quartos não estavam desocupados.
Aproveitamos para perguntar como iriamos encontrar o acesso ao parque, imediatamente um mirone se intrometeu na conversa e deu a explicação como chegar e ofereceu-se para nos guiar. Não lhe demos grande oportunidade e fomos até às estradas como nos tinha informado, quando chegamos vimos lá a espécie rara que logo se prontificou a dar-nos todo o apoio, porém não ficámos nada entusiasmados em entrar porque os preços são um exagero para o nível de vida da população e achamos ser um roubo, porque além de outras coisas, temos de pagar o guia mais uma outra taxa é que a norma é um levar um guia por cada 4 pessoas, ainda mais furiosos ficámos, o Carlos propõe uma outra situação que seria a mais justa, mas foram relutantes em aceitar, ainda mais com a sombra do guia que nós não quisemos piorou. A Cândida insistiu que ia entrar mesmo nas condições por eles propostas, eu e o Carlos não queríamos entrar, mas ficava também feio
da nossa parte em não entrar e deixar a família Garcia irem sozinhos. Resolvemos então também ir mas com uma condição de irem 2 guias, pois o pagamento era na base de dois guias, se assim é que venha o 2º, já que temos de pagar, venha ele. Agora um guia fala francês e o outro inglês. Lá vão dois
grupos a partir para aventura numa caminhada, no começo tudo bem, rimo-nos do sucedido e a dado momento o percurso tornou-se sinuoso com subidas e descidas, regos de água, passagens estreitas possíveis de uma escorregadela, há situações que a queda até pode ser fatal tal é a altura e a quantidade de pedras existentes. É que fizemos tantas subidas e descidas que íamos perguntando ao guia se faltava muito para atingir a piscina natural que é o ponto principal do trilho. Já fartos de tanto andarmos o nosso guia disse que as pessoas mais velhas era difícil de fazer o resto do percurso, já desanimados resolvemos prosseguir, somente a Sofia optou por ficar sentada no meio do vale, não teve medo de ficar ali sozinha, os restantes elementos deste grupo lá foram andando. O outro grupo seguia muito à nossa frente, na volta já chegaram há muito tempo. Durante o giro interroguei-me por diversas vezes o que este parque tem de belo, sei que existem mais percursos, nós optamos por este, mas realmente não vi uma beleza tal para que se pratiquem valores tão altos nos ingressos , vimos uma única vez dois lémures, caminhamos ao longo de um vale.
Quando chegamos ao final, vimos uma pequena queda de água e uma piscina natural e os nossos amigos que já tinham tomado as suas banhocas e nos disseram até que já julgavam que tínhamos desistido. Estivemos ali poucos minutos e regressamos. Dei uma vista de olhos rápida e fui ao encontro da Sofia que estava a uns 300 metros daquele sítio, aligeirei o passo e ainda dei uma escorregadela numas pedras meias soltas e molhadas, tive sorte consegui equilibra-me pois trazia a
máquina fotográfica e o estrago seria elevado. Cheguei ao local onde se encontrava a Sofia e lá seguimos o caminho de retorno, um pouco à frente reuniu-se todo o grupo e aí fomos descontraidamente subindo e descendo escadas. Ao fim da tarde chegamos ao hotel com mais um objectivo cumprido.
Nesta manhã a malta já se encontra melhor, mas não totalmente boa, isto é que é gente forte, já todos preparados para outra etapa que se avizinha ser longa, vão ser só 264km até Ranohira, estas estradas para sul estão em melhores condições, há menos gente e carros porque também há poucas cidades. Ainda vi um camaleão enorme postado no tronco de uma árvore, não fui eu nem nenhum de nós que o descobriu, foi um funcionário do hotel que nos mostrou, este é mesmo grande, mas quando concluímos de olhar para o dito e tirar fotografias de imediato o fulano nos pediu dinheiro, é assim que todo este povo funciona, temos de dar sempre alguma coisa em troca, mas não lhe dei nada.
Um dos locais de paragem vai ser para visitar o tão célebre parque nacional de Isalo que ainda se encontra a uns bons quilómetros de distância, vamos ter de ir andando, apreciando a paisagem e falando com o resto do pessoal, é que há sempre uma questão de conversa. Deixamos o motorista ir rolando e ver se ele não adormecia é pessoa de poucas conversas e fala crioulo malgaxe e francês, dois dialetos que percebemos bem.
Também já marcamos com antecedência a nossa estadia em Ranohira que fica perto da porta de entrada do parque que iremos visitar. Quando chegamos fomos directos ao hotel The Orchid of Isalo para deixarmos as malas, mas não foi possível, porque os quartos não estavam desocupados.
Aproveitamos para perguntar como iriamos encontrar o acesso ao parque, imediatamente um mirone se intrometeu na conversa e deu a explicação como chegar e ofereceu-se para nos guiar. Não lhe demos grande oportunidade e fomos até às estradas como nos tinha informado, quando chegamos vimos lá a espécie rara que logo se prontificou a dar-nos todo o apoio, porém não ficámos nada entusiasmados em entrar porque os preços são um exagero para o nível de vida da população e achamos ser um roubo, porque além de outras coisas, temos de pagar o guia mais uma outra taxa é que a norma é um levar um guia por cada 4 pessoas, ainda mais furiosos ficámos, o Carlos propõe uma outra situação que seria a mais justa, mas foram relutantes em aceitar, ainda mais com a sombra do guia que nós não quisemos piorou. A Cândida insistiu que ia entrar mesmo nas condições por eles propostas, eu e o Carlos não queríamos entrar, mas ficava também feio
da nossa parte em não entrar e deixar a família Garcia irem sozinhos. Resolvemos então também ir mas com uma condição de irem 2 guias, pois o pagamento era na base de dois guias, se assim é que venha o 2º, já que temos de pagar, venha ele. Agora um guia fala francês e o outro inglês. Lá vão dois
grupos a partir para aventura numa caminhada, no começo tudo bem, rimo-nos do sucedido e a dado momento o percurso tornou-se sinuoso com subidas e descidas, regos de água, passagens estreitas possíveis de uma escorregadela, há situações que a queda até pode ser fatal tal é a altura e a quantidade de pedras existentes. É que fizemos tantas subidas e descidas que íamos perguntando ao guia se faltava muito para atingir a piscina natural que é o ponto principal do trilho. Já fartos de tanto andarmos o nosso guia disse que as pessoas mais velhas era difícil de fazer o resto do percurso, já desanimados resolvemos prosseguir, somente a Sofia optou por ficar sentada no meio do vale, não teve medo de ficar ali sozinha, os restantes elementos deste grupo lá foram andando. O outro grupo seguia muito à nossa frente, na volta já chegaram há muito tempo. Durante o giro interroguei-me por diversas vezes o que este parque tem de belo, sei que existem mais percursos, nós optamos por este, mas realmente não vi uma beleza tal para que se pratiquem valores tão altos nos ingressos , vimos uma única vez dois lémures, caminhamos ao longo de um vale.
Quando chegamos ao final, vimos uma pequena queda de água e uma piscina natural e os nossos amigos que já tinham tomado as suas banhocas e nos disseram até que já julgavam que tínhamos desistido. Estivemos ali poucos minutos e regressamos. Dei uma vista de olhos rápida e fui ao encontro da Sofia que estava a uns 300 metros daquele sítio, aligeirei o passo e ainda dei uma escorregadela numas pedras meias soltas e molhadas, tive sorte consegui equilibra-me pois trazia a
máquina fotográfica e o estrago seria elevado. Cheguei ao local onde se encontrava a Sofia e lá seguimos o caminho de retorno, um pouco à frente reuniu-se todo o grupo e aí fomos descontraidamente subindo e descendo escadas. Ao fim da tarde chegamos ao hotel com mais um objectivo cumprido.
Dia 20 agosto
Temos pela frente mais uma mão cheia de quilómetros 272 que vão ser feitos nuns troços de estrada em bom estado. Hoje estamos impulsionados pelo traçado e acreditamos chegar cedo a Toliara ,mas não programamos o que iremos visitar, são muitas vezes esses os trajectos mais agradáveis. Inicialmente andamos nas montanhas que circulamos sempre pelo vale para depois os locais planos aparecerem e chegarmos ao local onde são exploradas pedras preciosas, sendo as mais comuns, safiras e granadas. Do cimo de uma ponte estivemos a ver as dezenas de garimpeiros que escavam e peneiram as possíveis pedras encontradas para seguidamente as venderem nos mais diversos comerciantes que as irão revender e os mais sofisticados que as vão polir e dar-lhe o brilho na lapidação, estes negócios são praticamente explorados e controlos por europeus. Foi numa destas lojas que fomos fazer uma visita para saber mais sobre a lapidação e possível compra. Comprámos duas pedras – Cândida comprou uma granada
rosa, pedra mais rara por isso mais cara, tem a particularidade de mudar a sua cor, eu conhecia as granadas na cor verde a Sofia foi para a safira, idêntica no tamanho, feitio e até o fio igual ao da Cândida só que mais barato. Nesta fábrica havia uma ave tipo papagaio que foi o brinquedo por alguns momentos de todos nós, andava nas mãos, ombros e até na cabeça, simpático.
Partimos em direcção a sul onde o nosso destino espera por nós, cruzamos, lugares e aldeias com casas em madeira outras com tijolos e palha, mais conhecidas por palhotas, li que esta é arquitectura de Madagáscar, sendo única em África, tendo forte semelhança com as normas e métodos construídos
no sul de Bornéu, do qual acredita-se que os primeiros habitantes tenham daí imigrado, tanto que nas florestas do planalto central exista a comunidade Zafirmaniry que preservou as tradições arquitectónicas de madeira, tendo sido adiccionado à lista do património cultural material da Unesco em 2003. Vimos que a população deste país derruba uma grande quantidade de árvores para fazerem carvão, sendo que nos próximos anos não haja nem uma árvore para mostrarem aos seus filhos que em tempos existiam uns paus grandes e grossos que tinham folhas e alguns davam uns frutos deliciosos. Hoje como a madeira tornou-se escassa é um privilégio da classe nobre em certas comunidades mandar fazer uma casa em madeira. Também encontrámos ao longo da viagem a arquitectura funerária, muitas vezes distantes dos locais habitacionais.
É uma constante as crianças estarem à beira da estrada a pedirem ou a dizer que taparam aquele buraco no asfalto para nós lhe darmos alguma coisa, eles ficam contentes com o que lhes possamos dar. Numa aldeia quando a passávamos vimos uma grande quantidade de pessoas de volta de fogueiras, amparadas por tijolos e uns bidões onde um homem munido de um moca pisava não sabemos o quê. Foi razão para pararmos e ver qual a utilização daquela tralha. Ficamos a saber que ali a céu aberto se produziam centenas ou milhares de litros de rum, não mais uma destilaria artesanal, vimos e falamos com pessoas que ali trabalhavam, um deles com um pilão esmagava num bidão de 200 litros uma enorme quantidade de aparas de cana de açúcar que anteriormente foram cortadas naquela forma, coitado, pois o seu esforço é medonho e não vi mais alguém por ali que o substitui-se para poder
descansar num dia como este que está um calor e uma humidade do caraças. O Cláudio focou que ele não tinha quaisquer dores nas costas. As fogueiras, serviam para fazer a destilação do líquido fermentado da cana. Aqui param carros para comprarem o milagroso produto que dá paz e muito amor quando é bebido sem excesso. Perguntaram-nos se nós tínhamos garrafas de água vazia, são depois utilizadas como vasilhame de venda de menores quantidades. O Carlos arranjou um amigo aqui na terra oferecendo-lhe uma t-shirt, ficando depois de uma grande conversação com o Carlos como representante legítimo em Loures do Rum da estrada N7 em Cabanas de Viriato lá do Sítio Delas.
Já um pouco tarde recomeçamos a marcha, fomos olhando se o Dodô não adormecia, pois a menina Jula que estes últimos dias vem a fazer o lugar de navegador não o deixa dormir. Já estamos a chegar a Toliara, já se vê mais trânsito e mais gente. Já dissemos ao Dodô o nome do local onde nos iremos alojar, mas ele não conhece, dissemos, deve ser coisa boa! Assim que chegámos deu mais umas voltas e ao fim de algum tempo teve de ligar para o hotel , recebeu a informação e aí vamos directos. Também foi chegar colocar as malas nos quartos e prontos para sairmos novamente porque a fome já aperta e a malta nova está esfomeada, é que não podem esperar mais. Quando eu já estava no átrio onde existia um restaurante e olhava para os preço e comentava com a Sofia que até podíamos comer ali o ambiente era agradável e os preços normais nada de exageros. Naquele momento estava uma miúda no balcão para que depois chegasse uma outra fulana que já a tinha visto mais lá dentro perto
da cozinha e começasse a mudar os preços aumentando todos em mais 2000 ariary, equivalente a um aumento imediato de meio euro. Comentei com o resto do pessoal e rimo-nos e daí resolvemos que não, aqui não iremos almoçar. Já era tarde, ainda fomos procurar um restaurante na cidade que estivemos a ver no Lonely Planet que indica o “Le Corto Maltèse”, quando chegamos já passava das 15h00 e já não nos atenderam, no entanto marcamos a nossa ida para o jantar. Resolvemos comer qualquer coisita e fomos em direcção a uma das praias ao redor de Toliara, mas não existem acessos capazes de a alcançarmos, resolvemos estudar a forma de passar o dia de amanhã aqui em Toliara, mas vimos que há outra opção muito mais engraçada em Anakao que fica a umas boas milhas de Toliara, há que fazer uma passagem em barco rápido que leva cerca de 1h45 a travessia, ficou resolvido que uns ficavam ao pé do carro os outros elementos foram procurar como poderíamos lá chegar. O grupo dos procuras tiveram uma luta de titãs, não era fácil enquadrar, passagem e hotéis e regresso no dia seguinte, lá conseguiram, desta maneira o programa para amanhã, já existe na perfeição.
Há noite sempre fomos jantar ao restaurante Le Corto Maltèse que nos preparou uns petiscos deliciosos, é daqueles restaurantes que se enquadra com os tipos de alimentos que gostamos.
rosa, pedra mais rara por isso mais cara, tem a particularidade de mudar a sua cor, eu conhecia as granadas na cor verde a Sofia foi para a safira, idêntica no tamanho, feitio e até o fio igual ao da Cândida só que mais barato. Nesta fábrica havia uma ave tipo papagaio que foi o brinquedo por alguns momentos de todos nós, andava nas mãos, ombros e até na cabeça, simpático.
Partimos em direcção a sul onde o nosso destino espera por nós, cruzamos, lugares e aldeias com casas em madeira outras com tijolos e palha, mais conhecidas por palhotas, li que esta é arquitectura de Madagáscar, sendo única em África, tendo forte semelhança com as normas e métodos construídos
no sul de Bornéu, do qual acredita-se que os primeiros habitantes tenham daí imigrado, tanto que nas florestas do planalto central exista a comunidade Zafirmaniry que preservou as tradições arquitectónicas de madeira, tendo sido adiccionado à lista do património cultural material da Unesco em 2003. Vimos que a população deste país derruba uma grande quantidade de árvores para fazerem carvão, sendo que nos próximos anos não haja nem uma árvore para mostrarem aos seus filhos que em tempos existiam uns paus grandes e grossos que tinham folhas e alguns davam uns frutos deliciosos. Hoje como a madeira tornou-se escassa é um privilégio da classe nobre em certas comunidades mandar fazer uma casa em madeira. Também encontrámos ao longo da viagem a arquitectura funerária, muitas vezes distantes dos locais habitacionais.
É uma constante as crianças estarem à beira da estrada a pedirem ou a dizer que taparam aquele buraco no asfalto para nós lhe darmos alguma coisa, eles ficam contentes com o que lhes possamos dar. Numa aldeia quando a passávamos vimos uma grande quantidade de pessoas de volta de fogueiras, amparadas por tijolos e uns bidões onde um homem munido de um moca pisava não sabemos o quê. Foi razão para pararmos e ver qual a utilização daquela tralha. Ficamos a saber que ali a céu aberto se produziam centenas ou milhares de litros de rum, não mais uma destilaria artesanal, vimos e falamos com pessoas que ali trabalhavam, um deles com um pilão esmagava num bidão de 200 litros uma enorme quantidade de aparas de cana de açúcar que anteriormente foram cortadas naquela forma, coitado, pois o seu esforço é medonho e não vi mais alguém por ali que o substitui-se para poder
descansar num dia como este que está um calor e uma humidade do caraças. O Cláudio focou que ele não tinha quaisquer dores nas costas. As fogueiras, serviam para fazer a destilação do líquido fermentado da cana. Aqui param carros para comprarem o milagroso produto que dá paz e muito amor quando é bebido sem excesso. Perguntaram-nos se nós tínhamos garrafas de água vazia, são depois utilizadas como vasilhame de venda de menores quantidades. O Carlos arranjou um amigo aqui na terra oferecendo-lhe uma t-shirt, ficando depois de uma grande conversação com o Carlos como representante legítimo em Loures do Rum da estrada N7 em Cabanas de Viriato lá do Sítio Delas.
Já um pouco tarde recomeçamos a marcha, fomos olhando se o Dodô não adormecia, pois a menina Jula que estes últimos dias vem a fazer o lugar de navegador não o deixa dormir. Já estamos a chegar a Toliara, já se vê mais trânsito e mais gente. Já dissemos ao Dodô o nome do local onde nos iremos alojar, mas ele não conhece, dissemos, deve ser coisa boa! Assim que chegámos deu mais umas voltas e ao fim de algum tempo teve de ligar para o hotel , recebeu a informação e aí vamos directos. Também foi chegar colocar as malas nos quartos e prontos para sairmos novamente porque a fome já aperta e a malta nova está esfomeada, é que não podem esperar mais. Quando eu já estava no átrio onde existia um restaurante e olhava para os preço e comentava com a Sofia que até podíamos comer ali o ambiente era agradável e os preços normais nada de exageros. Naquele momento estava uma miúda no balcão para que depois chegasse uma outra fulana que já a tinha visto mais lá dentro perto
da cozinha e começasse a mudar os preços aumentando todos em mais 2000 ariary, equivalente a um aumento imediato de meio euro. Comentei com o resto do pessoal e rimo-nos e daí resolvemos que não, aqui não iremos almoçar. Já era tarde, ainda fomos procurar um restaurante na cidade que estivemos a ver no Lonely Planet que indica o “Le Corto Maltèse”, quando chegamos já passava das 15h00 e já não nos atenderam, no entanto marcamos a nossa ida para o jantar. Resolvemos comer qualquer coisita e fomos em direcção a uma das praias ao redor de Toliara, mas não existem acessos capazes de a alcançarmos, resolvemos estudar a forma de passar o dia de amanhã aqui em Toliara, mas vimos que há outra opção muito mais engraçada em Anakao que fica a umas boas milhas de Toliara, há que fazer uma passagem em barco rápido que leva cerca de 1h45 a travessia, ficou resolvido que uns ficavam ao pé do carro os outros elementos foram procurar como poderíamos lá chegar. O grupo dos procuras tiveram uma luta de titãs, não era fácil enquadrar, passagem e hotéis e regresso no dia seguinte, lá conseguiram, desta maneira o programa para amanhã, já existe na perfeição.
Há noite sempre fomos jantar ao restaurante Le Corto Maltèse que nos preparou uns petiscos deliciosos, é daqueles restaurantes que se enquadra com os tipos de alimentos que gostamos.
Dia 21 agosto
Hoje vamos dar descanso ao nosso Dodô, ele vai ficar no nosso hotel e vai guardar as nossas malas, como já estamos fartos de andar de carrinha resolvemos então andar de barco, apenas iremos utilizar meia dúzia de quilómetros a carrinha para nos levar ao porto de embarque.
Entramos no pavilhão onde estão dois restaurantes para seguirmos para o cais de embarque. Chegámos cedo como nos tinham informado, mas o barco ainda não havia chegado, no entanto começamos por nos questionar onde é que ele iria acostar, há apenas uma parede logo a seguir uma pequeníssima língua de areia e o mar está logo ali. Fomos conversando, quer dizer fazendo tempo para que o bote chegue, este vai chegar com algum atraso, pois já vimos movimentação no cais de embarque, começam a chegar mais passageiros e para espanto de todos nós, da água chegam uma, duas, três, quatro e mais carroças puxadas por zebus que estão com água acima
dos tomates. Entretanto chega a tal embarcação a toda a velocidade e eis que as tais carroças estavam à espera do barco para começarem a fazer o transbordo dos passageiros e demais carga, caixotes e caixas. Desembarque feito, agora é a nossa vez, tanto que a Sofia disse-me, vou ter de subir para a carroça para ir para o barco, com certeza, eu não vou naquela porcaria, ainda caio e nem vou
conseguir subir para cima da roda para depois saltar lá para dentro. Na realidade as carroças são muito altas para que possam ir para junto do barco e que as pessoas não se molhem é que a água chega nesta altura a meio do dorso dos animais. Mesmo assim subimos para o cimo da carroça, ajudei primeira a Sofia a subir para cimo da roda para depois entrar na carroça que só pode levar 4 pessoas sentadas nos cantos, não cabe mais nada, são muito pequenas, fomos andando até ao barco, onde há uma pequena ondulação que vamos saindo consoante o afastamento da onda. Agora já estamos todos dentro do barco e acomodados, fomos comentando aventura que estávamos a passar, com risos e a questionar como vai ser o desembarque em Anakao. E depois destas peripécias lá partimos , agora estamos a sair do porto e a entrar na baía, onde a ondulação é mais forte. A distância é tão grande até ao nosso destino que não se vislumbra ver a costa, fomos navegando com grandes ondulações e correntes, por vezes o piloto teve de reduzir a velocidade e navegar de forma a contornar as vagas que iam aparecendo. A meio da viagem teve de parar para colocar mais um depósito com combustível, tínhamos vistos no cais carregar dois depósitos cheios de gasolina, mas nunca pensamos que um deles iria ser para o nosso barco. Estávamos um pouco ansiosos por chegar a Anakao, por nos livrarmos de tantos saltos e salpicos de água que por vezes vinham para cima de nós, mas nesta altura já observamos e vimos no horizonte a terra, sinal de que já estamos mais perto. Ao fim do tempo determinado chegámos à praia, nada de cais de acostagem, começaram a largar os passageiros, consoante o hotel ou resort pertencentes, nós por acaso fomos os últimos. A chegada um pouco
diferente da partida, carroças não existem, cais, não existe, praia sim, muito extensa e agora no nosso caso tivemos de tirar sapatos ou os ténis, arregaçar as calças e saltar para a água, que por acaso aqui até não é assim tão fundo para a forma de desembarque, água pelos joelhos, pouco mais, ainda carregados com os sacos que continham os nossos bens para um dia e noite que aqui iremos passar. Deparamo-nos com um complexo turístico de muita qualidade, até na forma como fomos recebidos, com uma bebida para podermos brindar. A rapariga que nos recebeu veio dar-nos uma primeira informação, mas a seguir veio ter connosco a pessoa responsável pelo complexo, uma senhora francesa que formalizou a nossa chegada. A seguir fomos então para as nossas casinhas, muitos típicas feitas em madeira, lindamente decoradas, direccionadas para o turista que ali vai e fica encantado em encontrar tal acomodação nestas paragens tão longínquas de Madagáscar. Fizemos as nossas voltas de reconhecimento por esta zona para que chegasse a hora de almoço, que estava incluído no nosso pacote. Foi uma refeição com qualidade servida num recinto coberto por folhas de palmeira e de bananeira, tipicamente caribenho mas em Madagáscar. Estamos felizes pela nossa vinda aqui, está a valer a pena o esforço da viagem. São situações que não podemos perder, pois provavelmente será a única vez que vimos a este país que esconde coisas fantásticas. Da parte da tarde fomos todos fazer uma caminhada ao longo da praia, dissemos que iriamos até ao fim, mas o problema é que o fim
nunca mais chegava, porque era uma circunferência tão longa que nos enganou, fazendo que andássemos muito mais, mas para alguns de nós até teve a sua graça, porque fomo-nos entretendo a apanhar conchas e também ao longo do percurso fomos várias vezes abordados por pessoas a venderem artesanato, passeios de barco e peixe, este para ser utilizado num jantar ou almoço num restaurante por eles designado, só negócios.
Uma situação que achamos muito estranha, foi haver muita roupa espalhada ao longo da praia, calças, camisas e outras peças de roupa, o que me ocorreu perante esta situação, será que estas roupas não são resultado da queda do avião, que se despenhou há três anos no oceano Índico, dando à costa africana bocados da aeronave, quem poderá pensar que estas roupas não são dos passageiros, são probabilidades que ainda ninguém congeminou, logo tinha de ser eu, mas tudo é possível, verdade!
Ao fim de 2 horas lá chegamos nós ao nosso ponto de partida uns ficaram por ali deitados ao sol os restantes seguiram para o outro lado da praia, um percurso mais curto, também pela razão de estarmos constantemente a sermos importunados por mais vendedores e mais negociantes de peixe fresco para o irmos comer num dos tais restaurantes. É que por aqui existem muitos barcos de pesca, muitos já em cima da areia, depois da fauna da pesca ter já findado, muitos pescadores e familiares sempre a aborrecer-nos. Voltamos para trás com um grupo enorme de crianças atrás de nós, alguns um pouco mais velhinhos e insolentes, no entanto crianças que vão dos 5 anos até aos 10.
O por do sol está aí, é lindo vê-lo pôr-se daqui da praia, lá no horizonte a esconder-se, quase a dizer-nos até amanhã. Por fim demos por terminado o nosso passeio, fomos até às nossas casinhas tomar o nosso banho porque está na hora de irmos jantar.
Terminamos mais um dia nesta, África Nossa que todos tão a adoramos.
Entramos no pavilhão onde estão dois restaurantes para seguirmos para o cais de embarque. Chegámos cedo como nos tinham informado, mas o barco ainda não havia chegado, no entanto começamos por nos questionar onde é que ele iria acostar, há apenas uma parede logo a seguir uma pequeníssima língua de areia e o mar está logo ali. Fomos conversando, quer dizer fazendo tempo para que o bote chegue, este vai chegar com algum atraso, pois já vimos movimentação no cais de embarque, começam a chegar mais passageiros e para espanto de todos nós, da água chegam uma, duas, três, quatro e mais carroças puxadas por zebus que estão com água acima
dos tomates. Entretanto chega a tal embarcação a toda a velocidade e eis que as tais carroças estavam à espera do barco para começarem a fazer o transbordo dos passageiros e demais carga, caixotes e caixas. Desembarque feito, agora é a nossa vez, tanto que a Sofia disse-me, vou ter de subir para a carroça para ir para o barco, com certeza, eu não vou naquela porcaria, ainda caio e nem vou
conseguir subir para cima da roda para depois saltar lá para dentro. Na realidade as carroças são muito altas para que possam ir para junto do barco e que as pessoas não se molhem é que a água chega nesta altura a meio do dorso dos animais. Mesmo assim subimos para o cimo da carroça, ajudei primeira a Sofia a subir para cimo da roda para depois entrar na carroça que só pode levar 4 pessoas sentadas nos cantos, não cabe mais nada, são muito pequenas, fomos andando até ao barco, onde há uma pequena ondulação que vamos saindo consoante o afastamento da onda. Agora já estamos todos dentro do barco e acomodados, fomos comentando aventura que estávamos a passar, com risos e a questionar como vai ser o desembarque em Anakao. E depois destas peripécias lá partimos , agora estamos a sair do porto e a entrar na baía, onde a ondulação é mais forte. A distância é tão grande até ao nosso destino que não se vislumbra ver a costa, fomos navegando com grandes ondulações e correntes, por vezes o piloto teve de reduzir a velocidade e navegar de forma a contornar as vagas que iam aparecendo. A meio da viagem teve de parar para colocar mais um depósito com combustível, tínhamos vistos no cais carregar dois depósitos cheios de gasolina, mas nunca pensamos que um deles iria ser para o nosso barco. Estávamos um pouco ansiosos por chegar a Anakao, por nos livrarmos de tantos saltos e salpicos de água que por vezes vinham para cima de nós, mas nesta altura já observamos e vimos no horizonte a terra, sinal de que já estamos mais perto. Ao fim do tempo determinado chegámos à praia, nada de cais de acostagem, começaram a largar os passageiros, consoante o hotel ou resort pertencentes, nós por acaso fomos os últimos. A chegada um pouco
diferente da partida, carroças não existem, cais, não existe, praia sim, muito extensa e agora no nosso caso tivemos de tirar sapatos ou os ténis, arregaçar as calças e saltar para a água, que por acaso aqui até não é assim tão fundo para a forma de desembarque, água pelos joelhos, pouco mais, ainda carregados com os sacos que continham os nossos bens para um dia e noite que aqui iremos passar. Deparamo-nos com um complexo turístico de muita qualidade, até na forma como fomos recebidos, com uma bebida para podermos brindar. A rapariga que nos recebeu veio dar-nos uma primeira informação, mas a seguir veio ter connosco a pessoa responsável pelo complexo, uma senhora francesa que formalizou a nossa chegada. A seguir fomos então para as nossas casinhas, muitos típicas feitas em madeira, lindamente decoradas, direccionadas para o turista que ali vai e fica encantado em encontrar tal acomodação nestas paragens tão longínquas de Madagáscar. Fizemos as nossas voltas de reconhecimento por esta zona para que chegasse a hora de almoço, que estava incluído no nosso pacote. Foi uma refeição com qualidade servida num recinto coberto por folhas de palmeira e de bananeira, tipicamente caribenho mas em Madagáscar. Estamos felizes pela nossa vinda aqui, está a valer a pena o esforço da viagem. São situações que não podemos perder, pois provavelmente será a única vez que vimos a este país que esconde coisas fantásticas. Da parte da tarde fomos todos fazer uma caminhada ao longo da praia, dissemos que iriamos até ao fim, mas o problema é que o fim
nunca mais chegava, porque era uma circunferência tão longa que nos enganou, fazendo que andássemos muito mais, mas para alguns de nós até teve a sua graça, porque fomo-nos entretendo a apanhar conchas e também ao longo do percurso fomos várias vezes abordados por pessoas a venderem artesanato, passeios de barco e peixe, este para ser utilizado num jantar ou almoço num restaurante por eles designado, só negócios.
Uma situação que achamos muito estranha, foi haver muita roupa espalhada ao longo da praia, calças, camisas e outras peças de roupa, o que me ocorreu perante esta situação, será que estas roupas não são resultado da queda do avião, que se despenhou há três anos no oceano Índico, dando à costa africana bocados da aeronave, quem poderá pensar que estas roupas não são dos passageiros, são probabilidades que ainda ninguém congeminou, logo tinha de ser eu, mas tudo é possível, verdade!
Ao fim de 2 horas lá chegamos nós ao nosso ponto de partida uns ficaram por ali deitados ao sol os restantes seguiram para o outro lado da praia, um percurso mais curto, também pela razão de estarmos constantemente a sermos importunados por mais vendedores e mais negociantes de peixe fresco para o irmos comer num dos tais restaurantes. É que por aqui existem muitos barcos de pesca, muitos já em cima da areia, depois da fauna da pesca ter já findado, muitos pescadores e familiares sempre a aborrecer-nos. Voltamos para trás com um grupo enorme de crianças atrás de nós, alguns um pouco mais velhinhos e insolentes, no entanto crianças que vão dos 5 anos até aos 10.
O por do sol está aí, é lindo vê-lo pôr-se daqui da praia, lá no horizonte a esconder-se, quase a dizer-nos até amanhã. Por fim demos por terminado o nosso passeio, fomos até às nossas casinhas tomar o nosso banho porque está na hora de irmos jantar.
Terminamos mais um dia nesta, África Nossa que todos tão a adoramos.
Dia 22 agosto
É com imensa tristeza que estamos de partida deste maravilhoso paraíso, prontos para mais uma aventura, dirigimo-nos para a praia onde iremos apanhar a lancha que nos vai levar de regressar a Toliara. O embarque foi feito da mesma forma que desembarcamos, tipo Ardenas, pés e calças molhadas e um salto para dentro do barco, rapidamente antes que venha uma onda maior e fiquemos molhados até ao pescoço, já todos acomodados dento da lancha e prego a fundo que se faz tarde, apercebemo-nos que o mar hoje está flete, pelo menos por aqui, fizemos uma boas milhas para avistarmos terra. Quase que dizendo cuidado que vêm aí os portugueses. Conseguimos chegar vivos e prontos para sairmos, as carroças já estão prontas para nos transportar para terra firme, não esquecer que há um mestre de desembarque que coordena todos os condutores de carroças dando-lhes ordenações e eles metem o rabinho entre as pernas e é o que diz,
mais nada, haja alguém que saiba mandar. A situação é que hoje a maré está mais alta e os pobres zebus têm medo, porque a água a alguns já lhes chega ao cú, é por aquele buraco que eles se podem afogar. O nosso desembarque foi sem percalços, lá saímos pela carroça nº 1, 2 e 3, levantamento de bagagem e o nosso motorista privativo Mr. Dodô, já estava à nossa espera com os nossos malões colocados no tejadilho do machimbombo para nos levar para a roça. Partimos para mais uma etapa
em modo auto, são uns 272km para chegarmos, passamos pelo Arboretum D’Antsokay, quando haviam decorridos uns 15km, paramos e fomos visita-lo, como tudo aqui neste país é pago este também não podia deixar de ser. Percorremos o jardim acompanhados por um guia, que era bastante simpático nos foi elucidando das árvores que mais se destacam. O parque está num estado selvagem, existindo uns caminhos térreos por onde nós íamos passando, mas mesmo ali a poucos metros estava a bichara, vimos umas cobras, pássaros e camaleões, muitas mais existirão no interior que pode ser explorado mas com equipamento apropriado. Foi muito saudável fazer esta visita porque ficámos a saber muito de Biologia. Reiniciámos a viagem e mais à frente o motorista teve de encher o depósito, este já estava a ficar nas lonas e não há assim tantas bombas de abastecimento. Abastecimento efectuado, reiniciamos a nossa viagem mas a determinado momento achamos que o carro estava a perder força, nas subidas o comportamento dele era péssimo, quando afrouxava engasgava-se até que estávamos a ficar apreensivos e foi quando questionamos o Dodô, sobre o que se estava a passar, deu-nos a justificação que o gasóleo que tinha metido tinha problemas e fazia com que a injecção fosse defeituosa. Mas
mais à frente numa vila teve de reduzir a velocidade e o carro acabou por parar, oferecemo-nos para empurrar e lá estava parte da turma a empurrar o machimbombo, ora essa aquela malta toda a ver três portugas a trabalharem ali. Foi com muita dificuldade que chegamos ao destino. Ficamos no mesmo
hotel onde havíamos estado quanto seguíamos para baixo. O Dodô informo-nos que já tinha falado com a empresa a dar conhecimento do sucedido, a peça vinha para baixo durante a noite e que de manhã o problema era resolvido. Fomos tomar as nossas banhocas para de seguida jantar e beber uns copos, amanhã outro dia nos espera.
mais nada, haja alguém que saiba mandar. A situação é que hoje a maré está mais alta e os pobres zebus têm medo, porque a água a alguns já lhes chega ao cú, é por aquele buraco que eles se podem afogar. O nosso desembarque foi sem percalços, lá saímos pela carroça nº 1, 2 e 3, levantamento de bagagem e o nosso motorista privativo Mr. Dodô, já estava à nossa espera com os nossos malões colocados no tejadilho do machimbombo para nos levar para a roça. Partimos para mais uma etapa
em modo auto, são uns 272km para chegarmos, passamos pelo Arboretum D’Antsokay, quando haviam decorridos uns 15km, paramos e fomos visita-lo, como tudo aqui neste país é pago este também não podia deixar de ser. Percorremos o jardim acompanhados por um guia, que era bastante simpático nos foi elucidando das árvores que mais se destacam. O parque está num estado selvagem, existindo uns caminhos térreos por onde nós íamos passando, mas mesmo ali a poucos metros estava a bichara, vimos umas cobras, pássaros e camaleões, muitas mais existirão no interior que pode ser explorado mas com equipamento apropriado. Foi muito saudável fazer esta visita porque ficámos a saber muito de Biologia. Reiniciámos a viagem e mais à frente o motorista teve de encher o depósito, este já estava a ficar nas lonas e não há assim tantas bombas de abastecimento. Abastecimento efectuado, reiniciamos a nossa viagem mas a determinado momento achamos que o carro estava a perder força, nas subidas o comportamento dele era péssimo, quando afrouxava engasgava-se até que estávamos a ficar apreensivos e foi quando questionamos o Dodô, sobre o que se estava a passar, deu-nos a justificação que o gasóleo que tinha metido tinha problemas e fazia com que a injecção fosse defeituosa. Mas
mais à frente numa vila teve de reduzir a velocidade e o carro acabou por parar, oferecemo-nos para empurrar e lá estava parte da turma a empurrar o machimbombo, ora essa aquela malta toda a ver três portugas a trabalharem ali. Foi com muita dificuldade que chegamos ao destino. Ficamos no mesmo
hotel onde havíamos estado quanto seguíamos para baixo. O Dodô informo-nos que já tinha falado com a empresa a dar conhecimento do sucedido, a peça vinha para baixo durante a noite e que de manhã o problema era resolvido. Fomos tomar as nossas banhocas para de seguida jantar e beber uns copos, amanhã outro dia nos espera.
Dia 23 agosto
Quando descemos para o pequeno almoço fomos logo informados que estávamos com um grande problema, primeiro que a peça não chegou, mas vem um carro para substituir o nosso. Passada uma hora, pelo menos, apareceu a tal viatura, o condutor olhou para as nossas malas e passageiros e informou o Dodô que não podia transportar toda aquela carga, pela conversa entendemos que ele argumentava que as malas não cabiam dentro da viatura, mas nós perguntamos porque não as colocava no tejadilho, porque tinha uma grade para levar carga em cima, outros argumentos impeditivos sucederam tais como que não ia estragar a suspensão e que o carro lhe tinha custado uns milhões de Ariary. Com este gajo, assunto arrumado, mais questões foram colocadas que não resolveram absolutamente nada, até que as horas se iam
passando e nós ali à seca. O Carlos ainda telefonou para a empresa de aluguer que se prontificou a resolver o problema quanto antes, mas as horas iam-se passando, tanto que ao fim de tanta conversa e mais telefonemas apareceram duas viaturas para nos levar até Fianarantsoa, com a condição que seriamos nós a pagar o combustível das duas viaturas tanto a ida como o retorno. O nosso Dodô só terá o carro pronto no outro dia e apenas nos encontraremos com ele em Ranomafana. Pouco satisfeitos com a situação e desconfiados de uma resolução aceitável, com toda estas questões negativas partimos e fomos devorando quilómetros por paisagens verdadeiramente surpreendentes, um itinerário no qual já havíamos feito em sentido contrário mas à mesma apaixonante. Uma nova passagem por povoações que dias antes já nos havíamos divertido. O carro onde vem a família Garcia tem problemas na suspensão, tiveram de passar para o nosso o Gui, que coitado já está farto de levar porradas no lugar onde vem. Se olharmos para a frota de carros deste país diremos sim que estão todos com problemas, todos avariados são mesmo machimbombos.
Cruzamo-nos com um enterro que seguia ao longo da estrada, urna, se não um caixote coberto com um pano branco encardido carregado aos ombros com duas estacas a fazer de padiola, muita gente acompanhava o fiel defunto para a sua última morada a não ser que daqui a 5 ou 7 anos a família se lembre de lhe fazer uma festa e aí está ele novamente a dançar ao som da música e as pessoas, algumas tocadas pelo álcool, tudo dançará nessa altura, por isto de dizer a última morada não é bem assim.
Cruzamos várias povoações, muita gente a esta hora do dia nas ruas e a confusão para passar por estas vilas é complicado, os carros têm de circular devagar porque as pessoas têm dificuldade em andarem pelos passeios, quando estes existem, ou se encontrem bloqueados pelas bancas, carrinhos ou alcofas dos vendedores. Mais à frente outra cerimónia fúnebre que não podemos ver tão bem é que é no cimo de uma colina onde há uma multidão de gente. A plantação de arroz é constante, existem muitos terrenos com esta cultura, devem ser feitas colheitas umas atrás das outras, aqui as terra secam com muita facilidade e na nossa passagem vamos vendo os homens a cavar as terras de uma forma tão estranha, nada que se pareça com uma enxada a peça mais vulgar que nós conhecemos para se cavar à mão, é uma peça que tem a figura de uma pá de padeiro, sem qualquer curvatura, mesmo vertical, olhamos para uma pá do padeiro é igual a única diferença é que a do padeiro é feita toda em madeira, esta apenas o cabo o resto em ferro. Será que foi esta a forma mais fácil que acharam para poderem cavar!
Finalmente chegamos a Fianarantsoa, onde tínhamos marcado o hotel, mas tivemos muita dificuldade em encontrá-lo, porque os gps, davam-nos a posição errada, andamos por ali às voltas num raio de 500 metros e nada, tivemos de perguntar a um transeunte onde ficava, demos uma volta e dali a 150 metros aí estava ele. O acesso exterior do edifício a este hotel fez-nos pensar, que raio de local é este, onde vamos ficar, foi apenas a entrada, mas nada tinha a ver verdadeiramente com o interior, este é
bom, sossegado e recatado, gostamos. Nesta noite fomos jantar ao restaurante La Riziere, localizado no cimo do vale com um vista estupenda, sendo uma escola hoteleira, fomos bem servidos e reparamos nas dificuldades existentes no pessoal, é que estão aprender e têm medo de fazer algo mal, estão a ser avaliados por um professor colocado num local estratégico para ver os seus comportamentos. Já tarde regressamos ao centro da cidade para um descanso merecido.
passando e nós ali à seca. O Carlos ainda telefonou para a empresa de aluguer que se prontificou a resolver o problema quanto antes, mas as horas iam-se passando, tanto que ao fim de tanta conversa e mais telefonemas apareceram duas viaturas para nos levar até Fianarantsoa, com a condição que seriamos nós a pagar o combustível das duas viaturas tanto a ida como o retorno. O nosso Dodô só terá o carro pronto no outro dia e apenas nos encontraremos com ele em Ranomafana. Pouco satisfeitos com a situação e desconfiados de uma resolução aceitável, com toda estas questões negativas partimos e fomos devorando quilómetros por paisagens verdadeiramente surpreendentes, um itinerário no qual já havíamos feito em sentido contrário mas à mesma apaixonante. Uma nova passagem por povoações que dias antes já nos havíamos divertido. O carro onde vem a família Garcia tem problemas na suspensão, tiveram de passar para o nosso o Gui, que coitado já está farto de levar porradas no lugar onde vem. Se olharmos para a frota de carros deste país diremos sim que estão todos com problemas, todos avariados são mesmo machimbombos.
Cruzamo-nos com um enterro que seguia ao longo da estrada, urna, se não um caixote coberto com um pano branco encardido carregado aos ombros com duas estacas a fazer de padiola, muita gente acompanhava o fiel defunto para a sua última morada a não ser que daqui a 5 ou 7 anos a família se lembre de lhe fazer uma festa e aí está ele novamente a dançar ao som da música e as pessoas, algumas tocadas pelo álcool, tudo dançará nessa altura, por isto de dizer a última morada não é bem assim.
Cruzamos várias povoações, muita gente a esta hora do dia nas ruas e a confusão para passar por estas vilas é complicado, os carros têm de circular devagar porque as pessoas têm dificuldade em andarem pelos passeios, quando estes existem, ou se encontrem bloqueados pelas bancas, carrinhos ou alcofas dos vendedores. Mais à frente outra cerimónia fúnebre que não podemos ver tão bem é que é no cimo de uma colina onde há uma multidão de gente. A plantação de arroz é constante, existem muitos terrenos com esta cultura, devem ser feitas colheitas umas atrás das outras, aqui as terra secam com muita facilidade e na nossa passagem vamos vendo os homens a cavar as terras de uma forma tão estranha, nada que se pareça com uma enxada a peça mais vulgar que nós conhecemos para se cavar à mão, é uma peça que tem a figura de uma pá de padeiro, sem qualquer curvatura, mesmo vertical, olhamos para uma pá do padeiro é igual a única diferença é que a do padeiro é feita toda em madeira, esta apenas o cabo o resto em ferro. Será que foi esta a forma mais fácil que acharam para poderem cavar!
Finalmente chegamos a Fianarantsoa, onde tínhamos marcado o hotel, mas tivemos muita dificuldade em encontrá-lo, porque os gps, davam-nos a posição errada, andamos por ali às voltas num raio de 500 metros e nada, tivemos de perguntar a um transeunte onde ficava, demos uma volta e dali a 150 metros aí estava ele. O acesso exterior do edifício a este hotel fez-nos pensar, que raio de local é este, onde vamos ficar, foi apenas a entrada, mas nada tinha a ver verdadeiramente com o interior, este é
bom, sossegado e recatado, gostamos. Nesta noite fomos jantar ao restaurante La Riziere, localizado no cimo do vale com um vista estupenda, sendo uma escola hoteleira, fomos bem servidos e reparamos nas dificuldades existentes no pessoal, é que estão aprender e têm medo de fazer algo mal, estão a ser avaliados por um professor colocado num local estratégico para ver os seus comportamentos. Já tarde regressamos ao centro da cidade para um descanso merecido.
Dia 24 agosto
De manhã quando partimos percebemos que a viatura onde viaja o Cláudio e restante família tinha sido substituída, amanhã já teremos o nosso motorista habitual, vamos ver.
O percurso de hoje não vai ser longo, temos muito tempo e como o iremos gastar também já o sabemos, há um mosteiro a poucos quilómetros e é para lá que vamos dar uma fugida, sendo este o mosteiro de Maromby, ocupado por frades, só conseguimos ver apenas um o que se encontrava no local onde fomos recebidos, este deu autorização para que a visita fosse feita chamando um fulano que nos guiou dentro e fora do convento, mostrou-nos o local de oração em que se encontravam os cadernos e livros dos frades, seguidamente mostrou-nos os terrenos onde fazem as culturas sendo o vinho o ex-líbris mas cultivam outros produtos. Esta visita foi mais um conhecer doutra vertente que desconhecíamos. Este complexo ocupa uma área muito extensa, uns bons hectares que a igreja aqui detém. A igreja com tamanha riqueza em todo o mundo que se diz defender a pobreza e que aqui em África é extrema, constrói novas igrejas para expandir a fé cristã esquecendo-se da parte mais principal que há na terra – pobreza=fome.
Vamos a caminho do parque nacional de Ranomafana onde existe fauna e quedas de água. Aqui há 12 espécies de lémures, 29 espécies de mamíferos, 100 espécies de aves, 62 espécies de répteis, 90 espécies de borboletas e 350 espécies de aranhas e 8 espécies raras de portugueses, só de passagem. O valor de cada entrada é cerca de 55 mil ariary, cerca de €16, deste valor 50% vai para projectos das comunidades locais, quando chegámos o tempo encontra-se bom para caminhar ao contrário de dias anteriores estar a chover, impossibilitando-nos o percurso, é que não estamos preparados para
caminhar e levar com a chuva, esta quando cai aqui é sem dó nem piedade. Tivemos mais uma vez de pagar ao guia mais ao ajudante e a não sei quem mais, é nestas coisas que o estado se governa, porque depois tudo é barato, mais barato para nós. Um se não a Sofia abdicou de fazer esta visita ficou no quarto a descansar, porque não estava lá muito bem, sentia-se cansada e sem vontade, também. Um bichinho muito comum nos parques que temos visto e aqui foi logo avistado, mas com ajuda do guia, mais um camaleão, bem perto também em cima de um ramo um bicho pau, nome comum, na verdade um Phasmida, reparo que os guias sabem logo onde eles se encontram, deve ser ali que residem sempre. Na caminhada o guia ia recebendo informações de outros guias onde haveria mais malta para vermos, eis que na zona onde o arvoredo e os bambus são vastos, estava no cimo de uma das árvores um lémure, muito raro, segundo nos disse só existe neste parque e foi descoberto por um explorador que há alguns anos passou por aqui. Tivemos que sair do trilho e andar por cima de arbustos e havia a possibilidade de tombarmos, porque o terreno é muito inclinado e terminava em
ravina. Consegui com muita sorte tirar uma mão cheia de fotos, pois estava escuro por causa da densidade da folhagem e ele movimentava-se, ia saltando de ramo para ramo, no final aproveitei duas fotos que considero que foi uma grande sorte a sua nitidez e contraste. Vi ainda mais umas rãs e outros bicharocos ao longo do percurso. Finalizamos a volta e regressamos à cidade para visitar as termas que estavam cheias de nadadores salvadores a darem os seus mergulhos de final de dia. No final concluí que não valorizei este parque na base daquilo que já tinha lido, achei-o vulgar.
O percurso de hoje não vai ser longo, temos muito tempo e como o iremos gastar também já o sabemos, há um mosteiro a poucos quilómetros e é para lá que vamos dar uma fugida, sendo este o mosteiro de Maromby, ocupado por frades, só conseguimos ver apenas um o que se encontrava no local onde fomos recebidos, este deu autorização para que a visita fosse feita chamando um fulano que nos guiou dentro e fora do convento, mostrou-nos o local de oração em que se encontravam os cadernos e livros dos frades, seguidamente mostrou-nos os terrenos onde fazem as culturas sendo o vinho o ex-líbris mas cultivam outros produtos. Esta visita foi mais um conhecer doutra vertente que desconhecíamos. Este complexo ocupa uma área muito extensa, uns bons hectares que a igreja aqui detém. A igreja com tamanha riqueza em todo o mundo que se diz defender a pobreza e que aqui em África é extrema, constrói novas igrejas para expandir a fé cristã esquecendo-se da parte mais principal que há na terra – pobreza=fome.
Vamos a caminho do parque nacional de Ranomafana onde existe fauna e quedas de água. Aqui há 12 espécies de lémures, 29 espécies de mamíferos, 100 espécies de aves, 62 espécies de répteis, 90 espécies de borboletas e 350 espécies de aranhas e 8 espécies raras de portugueses, só de passagem. O valor de cada entrada é cerca de 55 mil ariary, cerca de €16, deste valor 50% vai para projectos das comunidades locais, quando chegámos o tempo encontra-se bom para caminhar ao contrário de dias anteriores estar a chover, impossibilitando-nos o percurso, é que não estamos preparados para
caminhar e levar com a chuva, esta quando cai aqui é sem dó nem piedade. Tivemos mais uma vez de pagar ao guia mais ao ajudante e a não sei quem mais, é nestas coisas que o estado se governa, porque depois tudo é barato, mais barato para nós. Um se não a Sofia abdicou de fazer esta visita ficou no quarto a descansar, porque não estava lá muito bem, sentia-se cansada e sem vontade, também. Um bichinho muito comum nos parques que temos visto e aqui foi logo avistado, mas com ajuda do guia, mais um camaleão, bem perto também em cima de um ramo um bicho pau, nome comum, na verdade um Phasmida, reparo que os guias sabem logo onde eles se encontram, deve ser ali que residem sempre. Na caminhada o guia ia recebendo informações de outros guias onde haveria mais malta para vermos, eis que na zona onde o arvoredo e os bambus são vastos, estava no cimo de uma das árvores um lémure, muito raro, segundo nos disse só existe neste parque e foi descoberto por um explorador que há alguns anos passou por aqui. Tivemos que sair do trilho e andar por cima de arbustos e havia a possibilidade de tombarmos, porque o terreno é muito inclinado e terminava em
ravina. Consegui com muita sorte tirar uma mão cheia de fotos, pois estava escuro por causa da densidade da folhagem e ele movimentava-se, ia saltando de ramo para ramo, no final aproveitei duas fotos que considero que foi uma grande sorte a sua nitidez e contraste. Vi ainda mais umas rãs e outros bicharocos ao longo do percurso. Finalizamos a volta e regressamos à cidade para visitar as termas que estavam cheias de nadadores salvadores a darem os seus mergulhos de final de dia. No final concluí que não valorizei este parque na base daquilo que já tinha lido, achei-o vulgar.
Dia 25 agosto
Quando abri a porta da habitação onde estávamos a dormir vi logo o Dodô de volta da ilustre carripana, a tratar da limpeza para que fique com bom aspecto, temos verificado que ele tem esse cuidado, todas as manhãs ou ao final do dia, hoje já iremos andar todos juntos e assim já podemos conversar. Já alguns dias que ando para colocar um postal nos correios e como ontem à noite reparei numa placa a informar o Post office, lá vamos nós caminhar um pouco até lá, ficamos admirados porque se encontrava fechado, só passados uns minutos nos apercebemos que mais coisas ainda se encontravam fechadas, na verdade hoje é domingo, aqui certos serviços e negócios também fecham neste dia, nós é que andamos perdidos no tempo e nunca sabemos em que dia da semana nos encontrámos, assim é que é, para nós é mais um dia, não nos estamos a preocupar em que dia da semana nos encontramos.
Hoje vamos até Anstirabe, por aqui se vê que as nossas voltas neste país maravilhoso estão a findar, aqui já é um sinal profundo de regresso a Antananarivo. Voltamos a passar junto a uma povoação onde vimos 4 vendedores de perus deitados junto a eles num pequeno morro, aquilo é que é trabalhar, é que a quantidade de perus não chega a ser dois para cada. Ali deveria estar o administrador, sócio gerente, contabilista e o vendedor, mas o aspecto era de 4 calinas prostrados de papo para o ar a rirem-se das nossas caras quando afrouxamos para mais umas fotos. Paramos num sítio para ver o que umas crianças tinham para vender, nada nos interessou, apenas o Dodô comprou três molhos de aparas de maneira em que ele nos disse que eram porreiras para o fogareiro, ajuda o carvão acender mais rápido.
Pelo caminho encontrámos as mais diversas situações, como esta, mais ou menos uma dúzia de homens a empurrarem numa subida um atrelado que é composto por um eixo de 2 rodas numa ponta e mais duas na outra onde em cima dele está um poste em cimento para transporte de electricidade. Porque o camião não foi descarregando esta mercadoria mais perto do local onde será colocado. Como a mão de obra é barata e a oferta é imensa, vão ter de os manter ocupados por meia dúzia de ariarys.
Numa das localidades havia uma festa junto à estrada, um grupo de raparigas, bem vestidas dançavam ao som da música, muito certinhas nos movimentos, paramos para vermos animação e filmar, estavam muito embrenhadas na sua actuação, era com enormes sorrisos que encantavam os mirones que chegavam mais a populaça que ali se encontrava. Não poderia faltar um cromo que fazia os seus disparates para tentar chamar mais a sua atenção, é esta a atitude deste tipo de gente, na verdade vamos olhando para ele também.
Foi ao final do dia que chegamos ao destino, desta vez optamos por outro hotel situado no outro lado da cidade onde nos acomodámos e jantamos, a questão de jantarmos no hotel foi uma aposta negativa, havia pratos que alguns de nós não gostávamos. Resolvemos também ficar aqui uma noite além desta, vamos ver se será uma boa opção.
Hoje vamos até Anstirabe, por aqui se vê que as nossas voltas neste país maravilhoso estão a findar, aqui já é um sinal profundo de regresso a Antananarivo. Voltamos a passar junto a uma povoação onde vimos 4 vendedores de perus deitados junto a eles num pequeno morro, aquilo é que é trabalhar, é que a quantidade de perus não chega a ser dois para cada. Ali deveria estar o administrador, sócio gerente, contabilista e o vendedor, mas o aspecto era de 4 calinas prostrados de papo para o ar a rirem-se das nossas caras quando afrouxamos para mais umas fotos. Paramos num sítio para ver o que umas crianças tinham para vender, nada nos interessou, apenas o Dodô comprou três molhos de aparas de maneira em que ele nos disse que eram porreiras para o fogareiro, ajuda o carvão acender mais rápido.
Pelo caminho encontrámos as mais diversas situações, como esta, mais ou menos uma dúzia de homens a empurrarem numa subida um atrelado que é composto por um eixo de 2 rodas numa ponta e mais duas na outra onde em cima dele está um poste em cimento para transporte de electricidade. Porque o camião não foi descarregando esta mercadoria mais perto do local onde será colocado. Como a mão de obra é barata e a oferta é imensa, vão ter de os manter ocupados por meia dúzia de ariarys.
Numa das localidades havia uma festa junto à estrada, um grupo de raparigas, bem vestidas dançavam ao som da música, muito certinhas nos movimentos, paramos para vermos animação e filmar, estavam muito embrenhadas na sua actuação, era com enormes sorrisos que encantavam os mirones que chegavam mais a populaça que ali se encontrava. Não poderia faltar um cromo que fazia os seus disparates para tentar chamar mais a sua atenção, é esta a atitude deste tipo de gente, na verdade vamos olhando para ele também.
Foi ao final do dia que chegamos ao destino, desta vez optamos por outro hotel situado no outro lado da cidade onde nos acomodámos e jantamos, a questão de jantarmos no hotel foi uma aposta negativa, havia pratos que alguns de nós não gostávamos. Resolvemos também ficar aqui uma noite além desta, vamos ver se será uma boa opção.
Dia 26 agosto
Quais as curiosidade de hoje, conhecer mais umas situações fantásticas de África e sem dúvida existem nesta cidade e qual delas a mais interessante.
A primeira visita de estudo de hoje foi vermos a transformação de corno de Zebu de uma forma arcaica de seguida vamos para uma unidade industrial de transformação de materiais obsoletos em brinquedos ou peças decorativas, tudo isto feito à mão e com uma rapidez do caraças, vale a pena ver com que facilidade tudo é feito, exemplo de uma roda de bicicleta, já se vê tem que ser do tamanho miniatura; como são feitos os raios a jante e o pneu o quadro o selim, tudo se faz com uma minuciosidade que ficamos espantados.
Dos que achei mais graça destaco o riquexó e a bicicleta, os carros e as carrinhas, também. Outro vizinho deste complexo industrial a fábrica de bordados a trabalhar a todo o gás, duas bordadeiras, uma sentada do chão a outra no pequeno degrau, na saleta ao lado uma rapariga a fiar a seda natural, tirada dos casulos dos bichinhos da seda. Mais outra divisão, aí o tear está a desenvencilhar-se muito bem, tecendo um echarpe, mas que trabalheira esta, não faço ideia de quantos centímetros são feitos numa hora. Foram locais que todos fizemos compras e a clientela surge a todo o momento, são os turistas como nós que aqui de deslocam, A artéria que passa aqui é muito movimentada por riquexós e alcatrão não tem, na volta até o desconhecem, quando chover vira lamaçal. Lugares visitados logo partimos e demos mais umas voltas por outras ruas movimentadas, onde o comércio retalhista de banca, cesta ou alcofa é extenso, vejo que prejudicam tantas vezes os negócios que estão montados por detrás deles em barraquitas de madeira ou de tijolo, qualquer pessoa está a vender coisas, por vezes fazem parecer que passam ali o dia inteiro sem que algo vendam. Os grande negociantes são os transportadores “riquexós” que andam sempre ocupados a levarem ou a trazerem pessoas, há aqueles que passam por nós carregados de sacos e materiais, que vão super-carregados, necessitando da ajuda de outro elemento que deve ser o ajudante, a estes carregadores de mercadorias lhes chamo de “TIR” que passam por nós todos empenados por causa do excesso de carga ou tamanho dele.
Aproveitei o estar nesta cidade para ver onde poderia por no correio o postal que carrego há dias, perguntei ao Dodô onde há um correio, foi quanto bastou para irmos a uma praça onde havia o correio central, comprei o selo e logo o coloquei no marco para ser enviado para a minha mãe. Quando saí logo a turma estava quase toda fora do carro a verem t-shirts e o Carlos e Cláudio, mais uma vez a testarem os ciclo riquexós para a tal possível aquisição e incremento no mercado nacional para por os nossos políticos e funcionários camarários a dar aos pedais; passados alguns momentos também quis ver com o aquilo funcionava, dei uma volta mas inicialmente o proprietário não me largava tinha medo que eu me escavaca-se de encontro a qualquer coisa. Terminamos os testes em ciclo riquexó e fomos dar inicio a uma volta até à fábrica de rebuçados “senhor Chez Marcel”, para vermos a linha de produção de tão consagrados rebuçados. Vimos o inicio da preparação até à sua finalização, são vários os sabores o formato é igual para todos, são três pessoas que compõem esta fabriqueta e pelo que vi o negócio continua de pompa e circunstância, podem já estar podres de ricos, mas não querem dizer a ninguém. Adorámos ver e todos compramos guloseimas.
Estávamos de saída e passou por nós mais um TIR super carregado de jerricans, alguns caíram e o Carlos foi socorrê-los, no entanto um pouco mais abaixo voltaram a cair novamente, tudo por causa de excesso de peso e mercadoria mal distribuída. Neste sítio passou uma carroça carregada de sacos, pareceu ser de farinha ou grãos de cereais, também com excesso de carga, pesados sem dúvida que eram, mas puxada por um homem, havendo 4 homens a empurrá-la aqui a GNR safava-se facilmente a multar esta gente.
Quisemos queimar tempo e ir até ao lago Tritriva de origem vulcânica, localizado perto da aldeia de Belazao, este lago enche uma cratera extinta com 146 metros de profundidade. Quando chegamos tivemos de arranjar um guia para nos acompanhar, coitado tinha apenas um dente, este frontal e muito grande a que nós começamos a trata-lo por mono dente, fomo-nos rindo mas como o notável não entendia ia sorrindo com o seu dente maroto.
Acompanhou-nos sempre até lá baixo, indicando como deveríamos fazer depois o percurso à volta do lago. Foi mais um lugar que ficámos a conhecer e lá do alto temos uma paisagem verdejante dos campos até perder de vista onde se cultiva o arroz em grande escala. Regressamos a Antsirabe pela mesma estrada de terra cheia de buracos e poeirenta, ainda foram uns quilómetros jeitosos até chegarmos a Antsirabe. Nesta cidade fomos até ao mercado de Tsena Asabotsy onde nessa área nos cruzamos com
imensos pousse pousse, antes de entrarmos o nosso ilustre Dodô disse-nos para termos cautelas pois há pessoal no gamanço, somos cautelosos e facilmente nos apercebemos desse tipo de gente. Ficamos com pena de muitas bancas já se encontrarem encerradas, deveria ser interessante a nossa visita por aqui nas horas da confusão, entre o barulho e os atropelos entre comerciantes e clientes, ainda fizemos um percurso interessante para ficarmos a saber como aquilo funciona, é um autêntico souk marroquino.
A primeira visita de estudo de hoje foi vermos a transformação de corno de Zebu de uma forma arcaica de seguida vamos para uma unidade industrial de transformação de materiais obsoletos em brinquedos ou peças decorativas, tudo isto feito à mão e com uma rapidez do caraças, vale a pena ver com que facilidade tudo é feito, exemplo de uma roda de bicicleta, já se vê tem que ser do tamanho miniatura; como são feitos os raios a jante e o pneu o quadro o selim, tudo se faz com uma minuciosidade que ficamos espantados.
Dos que achei mais graça destaco o riquexó e a bicicleta, os carros e as carrinhas, também. Outro vizinho deste complexo industrial a fábrica de bordados a trabalhar a todo o gás, duas bordadeiras, uma sentada do chão a outra no pequeno degrau, na saleta ao lado uma rapariga a fiar a seda natural, tirada dos casulos dos bichinhos da seda. Mais outra divisão, aí o tear está a desenvencilhar-se muito bem, tecendo um echarpe, mas que trabalheira esta, não faço ideia de quantos centímetros são feitos numa hora. Foram locais que todos fizemos compras e a clientela surge a todo o momento, são os turistas como nós que aqui de deslocam, A artéria que passa aqui é muito movimentada por riquexós e alcatrão não tem, na volta até o desconhecem, quando chover vira lamaçal. Lugares visitados logo partimos e demos mais umas voltas por outras ruas movimentadas, onde o comércio retalhista de banca, cesta ou alcofa é extenso, vejo que prejudicam tantas vezes os negócios que estão montados por detrás deles em barraquitas de madeira ou de tijolo, qualquer pessoa está a vender coisas, por vezes fazem parecer que passam ali o dia inteiro sem que algo vendam. Os grande negociantes são os transportadores “riquexós” que andam sempre ocupados a levarem ou a trazerem pessoas, há aqueles que passam por nós carregados de sacos e materiais, que vão super-carregados, necessitando da ajuda de outro elemento que deve ser o ajudante, a estes carregadores de mercadorias lhes chamo de “TIR” que passam por nós todos empenados por causa do excesso de carga ou tamanho dele.
Aproveitei o estar nesta cidade para ver onde poderia por no correio o postal que carrego há dias, perguntei ao Dodô onde há um correio, foi quanto bastou para irmos a uma praça onde havia o correio central, comprei o selo e logo o coloquei no marco para ser enviado para a minha mãe. Quando saí logo a turma estava quase toda fora do carro a verem t-shirts e o Carlos e Cláudio, mais uma vez a testarem os ciclo riquexós para a tal possível aquisição e incremento no mercado nacional para por os nossos políticos e funcionários camarários a dar aos pedais; passados alguns momentos também quis ver com o aquilo funcionava, dei uma volta mas inicialmente o proprietário não me largava tinha medo que eu me escavaca-se de encontro a qualquer coisa. Terminamos os testes em ciclo riquexó e fomos dar inicio a uma volta até à fábrica de rebuçados “senhor Chez Marcel”, para vermos a linha de produção de tão consagrados rebuçados. Vimos o inicio da preparação até à sua finalização, são vários os sabores o formato é igual para todos, são três pessoas que compõem esta fabriqueta e pelo que vi o negócio continua de pompa e circunstância, podem já estar podres de ricos, mas não querem dizer a ninguém. Adorámos ver e todos compramos guloseimas.
Estávamos de saída e passou por nós mais um TIR super carregado de jerricans, alguns caíram e o Carlos foi socorrê-los, no entanto um pouco mais abaixo voltaram a cair novamente, tudo por causa de excesso de peso e mercadoria mal distribuída. Neste sítio passou uma carroça carregada de sacos, pareceu ser de farinha ou grãos de cereais, também com excesso de carga, pesados sem dúvida que eram, mas puxada por um homem, havendo 4 homens a empurrá-la aqui a GNR safava-se facilmente a multar esta gente.
Quisemos queimar tempo e ir até ao lago Tritriva de origem vulcânica, localizado perto da aldeia de Belazao, este lago enche uma cratera extinta com 146 metros de profundidade. Quando chegamos tivemos de arranjar um guia para nos acompanhar, coitado tinha apenas um dente, este frontal e muito grande a que nós começamos a trata-lo por mono dente, fomo-nos rindo mas como o notável não entendia ia sorrindo com o seu dente maroto.
Acompanhou-nos sempre até lá baixo, indicando como deveríamos fazer depois o percurso à volta do lago. Foi mais um lugar que ficámos a conhecer e lá do alto temos uma paisagem verdejante dos campos até perder de vista onde se cultiva o arroz em grande escala. Regressamos a Antsirabe pela mesma estrada de terra cheia de buracos e poeirenta, ainda foram uns quilómetros jeitosos até chegarmos a Antsirabe. Nesta cidade fomos até ao mercado de Tsena Asabotsy onde nessa área nos cruzamos com
imensos pousse pousse, antes de entrarmos o nosso ilustre Dodô disse-nos para termos cautelas pois há pessoal no gamanço, somos cautelosos e facilmente nos apercebemos desse tipo de gente. Ficamos com pena de muitas bancas já se encontrarem encerradas, deveria ser interessante a nossa visita por aqui nas horas da confusão, entre o barulho e os atropelos entre comerciantes e clientes, ainda fizemos um percurso interessante para ficarmos a saber como aquilo funciona, é um autêntico souk marroquino.
Dia 27 agosto
Outro dia na estrada e mais umas centenas de quilómetros pela frente nestas estradas de Madagáscar, algumas intransitáveis, algum trânsito com condutores respeitadores, razão de termos visto ao longo destes dias um número muito reduzido de acidentes. A nossa primeira paragem foi na fundição de alumínio em Ambatolampy, aqui se produzem panelas do aproveitamento de qualquer tipo de alumínio que é fundido e colocado em moldes. È um processo rudimentar mas funcional. Cada trabalhador não tem tempo para olhar seja para o que for, tal é o seu contributo do que está a fazer, provável que estejam a trabalhar por tarefas concluídas, pareceu-me. Se o turista quiser comprar uma pequena peça para recordação sai-lhe muito cara, parece que está qa comprar uma panela para levar para casa, tal é o preço elevado.
Ainda temos uma horas para chegar a Antananarivo, mas não vamos parar existe um sítio arqueológico ade que fica a norte, cerca de 20 quilómetros. Aconteceu que quando estávamos a meia dúzia de quilómetros, tivemos de parar num engarrafamento medonho onde perdemos quase duas horas, quando chegámos a Ambohimanga já não podemos entrar, fizemos uma pequena volta tiramos uma fotos áquilo que podemos. Estivemos na porta que dava acesso ao complexo real para vermos o tamanho daquele rochedo que era manobrado manualmente por homens para bloqueio da entrada. Este local é considerado sagrado para os Malgaxes.
Antes dos ingleses ou franceses terem ganho controlo sobre esta ilha, esta era governada por uma dinastia do clã Merina e aqui em Ambohimanga ficava o seu palácio, mais tarde quando Antananarivo se tornou capital aqui vinha aos fins de semana a família real, mas em 1895 os franceses invadiram Madagáscar a rainha foi exilada para a Argélia, aconteceu que os franceses nunca deixaram voltar a família real.
Considero que foi o dia menos propicio para todos nós foi andar de carro e ficarmos horas dentro dele à noite fomos todos jantar e foi nosso convidado o Dodô num restaurante que julgamos ser agradável, pelo contrário, muito fraco para a nossa última refeição nesta terra que tanto gostámos.
Ainda temos uma horas para chegar a Antananarivo, mas não vamos parar existe um sítio arqueológico ade que fica a norte, cerca de 20 quilómetros. Aconteceu que quando estávamos a meia dúzia de quilómetros, tivemos de parar num engarrafamento medonho onde perdemos quase duas horas, quando chegámos a Ambohimanga já não podemos entrar, fizemos uma pequena volta tiramos uma fotos áquilo que podemos. Estivemos na porta que dava acesso ao complexo real para vermos o tamanho daquele rochedo que era manobrado manualmente por homens para bloqueio da entrada. Este local é considerado sagrado para os Malgaxes.
Antes dos ingleses ou franceses terem ganho controlo sobre esta ilha, esta era governada por uma dinastia do clã Merina e aqui em Ambohimanga ficava o seu palácio, mais tarde quando Antananarivo se tornou capital aqui vinha aos fins de semana a família real, mas em 1895 os franceses invadiram Madagáscar a rainha foi exilada para a Argélia, aconteceu que os franceses nunca deixaram voltar a família real.
Considero que foi o dia menos propicio para todos nós foi andar de carro e ficarmos horas dentro dele à noite fomos todos jantar e foi nosso convidado o Dodô num restaurante que julgamos ser agradável, pelo contrário, muito fraco para a nossa última refeição nesta terra que tanto gostámos.
Dia 28 agosto
Último dia em Madagáscar, chegou a hora de abandonar-mos este país fantástico, ainda não vamos de regresso a casa pois se assim fosse mais nostálgica seria, foi um país que nos cativou pelas paisagens, cores e a simpatia e sorrisos deste povo que nunca se irão apagar das nossas memórias. Quem me diz que um dia ainda não poderei aqui voltar, quem sabe!
Como o voo está marcado para as 12h35 ainda vamos dar uma fugida até ao Croc Pharma, este fica um pouco acima do aeroporto. Quando chegámos ainda estivemos à espera da sua abertura, foram pontuais, abriram na hora precisa. Início da visita por uma sala de vitrines enormes, no seu interior havia cobras, que se confundiam com os ramos secos onde estavam empoleiradas, rãs venenosas, camaleões e insectos, nalguns casos foi difícil ver onde alguns dos bichos se encontravam, tal era a sua camuflagem. Lá fora, estava uma jaula habitada por tucanos, simpáticos e muito bonitos. Muita mais bicharada fomos encontrando, alguns muito próximos dos seus habitats naturais, mas outros irrequietos e com pouco pelo devido à sua idade, ao pouco espaço para se movimentarem e ao seu estado de prisioneiros dos humanos. Há aqui um sem número de camaleões de diversas espécies, alguns completamente estanques outros com os seus movimentos ultralentos. Há uns de uma cor verde que são os mais bonitos, outros uns gigantes em comparação com os que já temos visto. Agora já nos encontrámos nos recintos onde abundam os alfaiates todos apanhar o sol da
manhã, são mais de duas centenas, dispersos por todos os lados, uns mais pequenos mas os adultos são enormes e todos bem gordos, aqui não passam fome. Neste recinto há um restaurante que serve carne de crocodilo, não iremos ter tempo, mas era muito capaz de provar a carne destes monstros. Assim se passaram duas horas de volta do paraíso dos crocs. Demos por terminada a nossa visita porque temos que ir para o aeroporto antes que se faça tarde. Finalizamos mais um roteiro que nos deixa com vontade de voltarmos, há muito mais para se conhecer nesta fantástica ilha vermelha, terra dos Lémures.
manhã, são mais de duas centenas, dispersos por todos os lados, uns mais pequenos mas os adultos são enormes e todos bem gordos, aqui não passam fome. Neste recinto há um restaurante que serve carne de crocodilo, não iremos ter tempo, mas era muito capaz de provar a carne destes monstros. Assim se passaram duas horas de volta do paraíso dos crocs. Demos por terminada a nossa visita porque temos que ir para o aeroporto antes que se faça tarde. Finalizamos mais um roteiro que nos deixa com vontade de voltarmos, há muito mais para se conhecer nesta fantástica ilha vermelha, terra dos Lémures.
Este aeroporto é muito antigo e com pouco movimento, vamos embarcar num avião da companhia aérea de Madagáscar, a viagem vai demorar 1h25m, não vai dar para nos cansarmos, para mim andar de avião é perder tempo na vida, demora-se muito tempo à espera do embarque, vamos encurralados nos bancos e quando desembarcarmos mais tempo iremos demorar, até o levantar das malas é moroso.
Eram 15 horas quando chegamos e 16 horas quando íamos a sair do aeroporto para levantarmos a viatura alugada, tivemos de saber onde a levantar e apanhar o transfer da companhia para o local de levantamento que estava a alguns quilómetros do aeroporto. Vamos acreditar que a opção do aluguer de viaturas vai-nos ser favorável e que nos possamos andar livremente desta vez. Pelo pouco que vimos até aqui, parece-nos que não estamos em África, isto é Europa, estradas, passeios, semáforos, passadeiras para peões, limpeza, ordenação do trânsito, etc., isto é aquilo que não vemos desde o começo das férias. Às vezes não quer dizer que será o melhor, mas são coisas organizativas que fazem parte já da nossa mente e hábitos destes não se perdem assim. Quando íamos na marginal, olhamos para o nosso lado direito onde temos o oceano Indico como vizinho e vimos uma ponte extensíssima tipo Vasco da Gama em que o fim não conseguimos ver, esta circundava a ilha e passados muitos quilómetros se avizinhou o final, mas logo
à frente ela recomeçava. Esta obra será no futuro um complemento da via rápida que circulávamos, soubemos mais tarde que é subsidiada pela EU, pois esta ilha da Reunião é um departamento francês com características de ultramar. Como já é tarde, anoiteceu e a saída dos empregos já aconteceu o trânsito é intenso e lento, por vezes com muitas paragens, também a distância até ao local onde iremos ficar nos próximos dias fica a cento e poucos quilómetros do aeroporto.
à frente ela recomeçava. Esta obra será no futuro um complemento da via rápida que circulávamos, soubemos mais tarde que é subsidiada pela EU, pois esta ilha da Reunião é um departamento francês com características de ultramar. Como já é tarde, anoiteceu e a saída dos empregos já aconteceu o trânsito é intenso e lento, por vezes com muitas paragens, também a distância até ao local onde iremos ficar nos próximos dias fica a cento e poucos quilómetros do aeroporto.
Durante o caminho telefonamos para o hotel a informar do nosso atraso, para contarem que vamos chegar e não nos perdemos ou morremos.
Quando saímos da estrada nacional ainda percorremos alguns quilómetros sempre a subir, passando pelo meio de campos agrícolas que predomina a cultura da cana do açúcar e lá no cimo a nossa casinha. Esta não é mais do que uma casa de turismo rural, farme, num local privilegiado. Fomos recebidos com pompa e circunstância pelo dono, dando-nos as boas vindas com licores produzidos
por ele, fantástico, ficamos muito impressionados pela sua atitude, não bastando galardoou-nos com um jantar substancial, dizendo-nos no início que ia arranjar qualquer coisinha para jantar. Fantástica tal atitude para 8 comilões que estavam a chegar esfomeados. Foi tudo excelente, no final mais
licores e sobremesas do melhor que poderíamos esperar. Perguntamos se podíamos ir tomar o pequeno almoço no dia seguinte, informou-nos que os pequenos almoços seriam oferecidos por ele. Então, que mais podemos querer!
por ele, fantástico, ficamos muito impressionados pela sua atitude, não bastando galardoou-nos com um jantar substancial, dizendo-nos no início que ia arranjar qualquer coisinha para jantar. Fantástica tal atitude para 8 comilões que estavam a chegar esfomeados. Foi tudo excelente, no final mais
licores e sobremesas do melhor que poderíamos esperar. Perguntamos se podíamos ir tomar o pequeno almoço no dia seguinte, informou-nos que os pequenos almoços seriam oferecidos por ele. Então, que mais podemos querer!
Final de dia estupendo e boas vindas a mais uma etapa das nossas vidas.
Reunião, aqui estamos para nos aturarem nos próximos dias.
Dia 29 agosto
Esta ilha foi visitada, embora não colonizada por marinheiros portugueses, árabe e polinésios, foi reclamada pela primeira vez em 1644 pela Companhia Francesa das Índias Orientais que levou para esta ilha colonizadores franceses e escravos africanos. Em 1764 a ilha passou a ser governada directamente pela França e as revoltas de escravos que se produziram propiciaram a fuga de muitos para o interior e o estabelecimento de seus próprios povoados. A ilha teve uma forte crise quando a escravidão foi abolida em princípios do século XIX em que os franceses tiveram de importar mão de obra hindu que passaria a modificar a composição demográfica da ilha. Após a 2ª guerra mundial, passou a ser um departamento francês do ultramar e desde os anos 70 têm surgido pressões, desde os partidos da esquerda para lograr uma maior
autonomia da ilha. Uma ilha conhecida pelo seu interior vulcânico, florestas e recifes de corais e praias. O local mais famoso é o Piton de la Fournaise, vulcão activo com 2632 metros de altitude que pode ser escalado e será esta o nosso primeiro passeio.
Esta manhã foi diferente das anteriores em vez de um Dodô, havia dois turistas que na altura foram promovidos por nós a ocuparem tal cargo o Carlos e Cláudio têm a responsabilidade de nos levarem. Delineado o primeiro percurso por um dos locais mais lindo e com vistas fantásticas. Já no cimo do vulcão foi escolher o ponto que mais nos agrada-se e olhar para o centro da cratera com uma profundidade enorme, pisamos resíduos de antigas erupções que se soltam debaixo dos nossos pés, existem plantas raras de uma cor amarela e de um formato tão diferente a nascerem nas moitas, o silêncio espectacular e a satisfação de estarmos tão longe da nossa terra a ver coisas diferentes. Fomos para o outro flanco em que descemos uma vertente de uma cratera monstruosa, ainda mais antiga, tal era há milhares de anos a dimensão deste vulcão. Às vezes faz-me pensar que este local tão árido e cheio de pedregulhos parece estar todo desarrumado, foi o resultado de diversas erupções. Nesta altura está a fazer muito vento e chuvisca. Vamos descer e continuar a contornar a costa da ilha. Fizemos uma pequena paragem para observar um edifício com os seus traços coloniais em Plaine des Palmistes de nome La Maison de Villeneuve, reconstruído, com lindos jardins. O Carlos propôs visitar o lago
Etang, houve dificuldade em encontrar o trajecto, estrada sem identificação e caminhos muito estreitos para seguirmos de carro, então optamos por fazer parte do trajecto a pé por cima de pedras que se encontram espalhadas e outras amontoadas até chegarmos às orlas do lago que se encontra no meio da floresta e a nossa visão torna-se dificultada pelos arbustos e arvoredo que temos pela frente,
vimos lá à frente um bocado do lago, porque para chegarmos às margens o caminho piora e nem sinal de trilho, bastou-nos chegar aqui, agora vamos regressar, fazendo a mesma caminhada no meio da vegetação densa. A nossa próxima paragem será no Le Grand Brûlé, para lá chegarmos basta andar pela marginal que cobre a totalidade da ilha, a meio do percurso detivemo-nos com a ponte des Anglais, dizem que era a maior ponte suspensa do mundo quando foi construída no século XIX, actualmente já não se circula nela, ficando somente como museu. Ao pé da ponte encontramos um agricultor a vender baunilha em vagem, chá ou líquida, as senhoras optaram por comprar a versão essência.
Plantações de cana do açúcar são sequenciais, todos os terrenos servem para esta plantação que o cultivo deve ser constante ao longo do ano, não param.
Finalmente chegamos ao Le Grand Brûlé, por todo o lado vê-se lava, umas mais antigas, outras mais recentes até quando olhamos para o cone do vulcão podemos ver ainda lava a deitar fumo da última erupção, muito recente.. Esta lava invadiu a floresta deixando pelo caminho inúmeros fluxos de lava
negra e prateada que nos mostra uma paisagem desolada. Em 2007 houve uma enorme erupção que veio pela encosta e tapando os caminhos, nalguns lugares atingiu 60 metros de altura, foram precisos sete meses de estudo e trabalho para reabrir a N2.
No Point de la Table a plataforma de lava aumentou a superfície da ilha em 30 hectares. Fomos vendo ao longo desta estrada os painéis que datam os fluxos de lava cruzados, podemos ver a quantidade de erupções que foram ao longo dos anos marcando a superfície destas terras. Aqui estivemos apreciar e ainda subimos uma centena de metros para nos embrenharmos no meio de uma corrente negra de lava. Como sempre o nosso dia termina com um delicioso jantar na farm onde estamos hospedados.
Dia 29 agosto
Esta ilha foi visitada, embora não colonizada por marinheiros portugueses, árabe e polinésios, foi reclamada pela primeira vez em 1644 pela Companhia Francesa das Índias Orientais que levou para esta ilha colonizadores franceses e escravos africanos. Em 1764 a ilha passou a ser governada directamente pela França e as revoltas de escravos que se produziram propiciaram a fuga de muitos para o interior e o estabelecimento de seus próprios povoados. A ilha teve uma forte crise quando a escravidão foi abolida em princípios do século XIX em que os franceses tiveram de importar mão de obra hindu que passaria a modificar a composição demográfica da ilha. Após a 2ª guerra mundial, passou a ser um departamento francês do ultramar e desde os anos 70 têm surgido pressões, desde os partidos da esquerda para lograr uma maior
autonomia da ilha. Uma ilha conhecida pelo seu interior vulcânico, florestas e recifes de corais e praias. O local mais famoso é o Piton de la Fournaise, vulcão activo com 2632 metros de altitude que pode ser escalado e será esta o nosso primeiro passeio.
Esta manhã foi diferente das anteriores em vez de um Dodô, havia dois turistas que na altura foram promovidos por nós a ocuparem tal cargo o Carlos e Cláudio têm a responsabilidade de nos levarem. Delineado o primeiro percurso por um dos locais mais lindo e com vistas fantásticas. Já no cimo do vulcão foi escolher o ponto que mais nos agrada-se e olhar para o centro da cratera com uma profundidade enorme, pisamos resíduos de antigas erupções que se soltam debaixo dos nossos pés, existem plantas raras de uma cor amarela e de um formato tão diferente a nascerem nas moitas, o silêncio espectacular e a satisfação de estarmos tão longe da nossa terra a ver coisas diferentes. Fomos para o outro flanco em que descemos uma vertente de uma cratera monstruosa, ainda mais antiga, tal era há milhares de anos a dimensão deste vulcão. Às vezes faz-me pensar que este local tão árido e cheio de pedregulhos parece estar todo desarrumado, foi o resultado de diversas erupções. Nesta altura está a fazer muito vento e chuvisca. Vamos descer e continuar a contornar a costa da ilha. Fizemos uma pequena paragem para observar um edifício com os seus traços coloniais em Plaine des Palmistes de nome La Maison de Villeneuve, reconstruído, com lindos jardins. O Carlos propôs visitar o lago
Etang, houve dificuldade em encontrar o trajecto, estrada sem identificação e caminhos muito estreitos para seguirmos de carro, então optamos por fazer parte do trajecto a pé por cima de pedras que se encontram espalhadas e outras amontoadas até chegarmos às orlas do lago que se encontra no meio da floresta e a nossa visão torna-se dificultada pelos arbustos e arvoredo que temos pela frente,
vimos lá à frente um bocado do lago, porque para chegarmos às margens o caminho piora e nem sinal de trilho, bastou-nos chegar aqui, agora vamos regressar, fazendo a mesma caminhada no meio da vegetação densa. A nossa próxima paragem será no Le Grand Brûlé, para lá chegarmos basta andar pela marginal que cobre a totalidade da ilha, a meio do percurso detivemo-nos com a ponte des Anglais, dizem que era a maior ponte suspensa do mundo quando foi construída no século XIX, actualmente já não se circula nela, ficando somente como museu. Ao pé da ponte encontramos um agricultor a vender baunilha em vagem, chá ou líquida, as senhoras optaram por comprar a versão essência.
Plantações de cana do açúcar são sequenciais, todos os terrenos servem para esta plantação que o cultivo deve ser constante ao longo do ano, não param.
Finalmente chegamos ao Le Grand Brûlé, por todo o lado vê-se lava, umas mais antigas, outras mais recentes até quando olhamos para o cone do vulcão podemos ver ainda lava a deitar fumo da última erupção, muito recente.. Esta lava invadiu a floresta deixando pelo caminho inúmeros fluxos de lava
negra e prateada que nos mostra uma paisagem desolada. Em 2007 houve uma enorme erupção que veio pela encosta e tapando os caminhos, nalguns lugares atingiu 60 metros de altura, foram precisos sete meses de estudo e trabalho para reabrir a N2.
No Point de la Table a plataforma de lava aumentou a superfície da ilha em 30 hectares. Fomos vendo ao longo desta estrada os painéis que datam os fluxos de lava cruzados, podemos ver a quantidade de erupções que foram ao longo dos anos marcando a superfície destas terras. Aqui estivemos apreciar e ainda subimos uma centena de metros para nos embrenharmos no meio de uma corrente negra de lava. Como sempre o nosso dia termina com um delicioso jantar na farm onde estamos hospedados.
Dia 30 agosto
Mais um dia nesta encantadora ilha. Hoje começamos a nossa visita por uma vertiginosa estrada que nos vai levar até Cilaos, apenas tínhamos percorrido alguns quilómetros e já estávamos encantados com o traçado repleto de curvas entre montanhas e vales, neste trajecto podemos deslumbrarmo-nos com uma vegetação luxuriante, pequenas quedas de água, grandes montanhas e repito e aquelas curvas que nos fazem crer que estamos a voltar para trás, fantástico, não nos cansamos de ver a beleza que nos é oferecida a todo o momento, razão de pararmos diversas vezes, reduzirmos a marcha e as máquinas fotográficas e os telemóveis não têm descanso, são tiradas fotos a cada instante. Até as nuvens que ficam abaixo das montanhas embelezam ainda mais tais paisagens, soberba esta ida até Cilaos. Possivelmente neste percurso poderemos cruzar mais do que um micro clima, conjuntos de humidade, ventos e calores provocam essas diferenças. Quando atravessamos um túnel para o outro lado da montanha já temos outra temperatura. Apesar de estarmos aqui no mês de Agosto é a estação de inverno com muito sol.
A nossa permanência nesta ilha vai ser de 4 dias, mas seriam precisos pelo menos mais 3 para conseguirmos visitar alguns locais que terão de ficar de fora, como por exemplo esta nossa ida a Cilaos é programa para um só dia, vamos andar sempre à pressa para abranger o mais possível a nossa passagem pela Reunião.
Atravessámos um túnel que só tem uma faixa de rodagem, é necessário estarmos atentos para ver se ao longe vem algum carro o que também poderá acontecer que no lado oposto esteja um autocarro a entrar, isto porque a entrada de qualquer dos lados é em 90°, dificultando a manobra que poderá vir a ocorrer. Estivemos à espera que um autocarro entrasse para ver que espaço tinha de cada lado sendo que a saída do lugar que nós nos encontrávamos era a mais estreita, aí o autocarro fez a manobra lentamente para sair, já trazia os espelhos rectrovisores um pouco recolhidos para não haver arranhões. Conforme vamos subindo em direcção a Cilaos a estrada torna-se ainda mais sinuosa e muito estreita, há locais que temos de dar prioridade a outras viaturas, para podermos cruzar com segurança. Ao fim de imenso tempo chegamos à cidade, vimos que há muitos restaurantes e as construções são na maioria fabricadas em madeira, pintadas com cores garridas, de seguida fizemos uma volta a pé pela cidade em que inicialmente era para comermos num dos restaurantes, mas houve quem não quisesse e tiveram outra opção, de virem a comer qualquer coisa. Fomos depois até La Roche Merveilleuse, penhasco onde em tempos foi local de refúgio dos escravos que conseguiram fugir dos usurpadores brancos. Aí aproveitamos para desfrutar da maravilhosa vista sobre a cidade, que mais nos parece estar no centro de um gigantesco
vulcão. Aqui finalizamos o percurso por esta área, vamos retomar o caminho para a capital Saint-Denis, onde iremos fazer o mesmo trajecto, pois outro percurso não existe, é mesmo voltar para trás e sabermos que o nosso destino fica à nossa frente.
Já na capital iniciamos as nossa voltas pelo jardim L’etat , anteriormente chamado jardim del Rey é o único jardim botânico da cidade, prosseguimos numa das avenidas principais até ao centro, nesta
altura começa a escurecer e vimos uma parte do que será a vida nocturna nesta cidade, já muitos bares e restaurantes, estão apinhados de gente que espera pela hora de beberem mais uns copos e terminarem a noite em grande, eu digo bêbados, muita gente usa o termo “em grande”. Ainda andamos pela marginal onde o mar está enfurecido, Também é por aqui que passa a principal via desta ilha onde o trânsito é constante e intenso.
Finalmente chegou a hora tão esperada e a opção foi a de irmos a um bom restaurante o Le Roland Garros, que nos serviu umas deliciosas refeições, contrariamente ao pedido da Júlia, que não vinha bem passado como ela tinha pedido, já todos tínhamos praticamente jantado e o comer dela não havia meio de chegar, acho que se perdeu pelo caminho quando apareceu vinha frio e a salada vinha cozida,
o que se depreende que foi tudo para dentro do forno ou microondas. Era já noite dentro quando regressamos ao nosso doce lar. Houve arrependimentos de não termos vindo jantar aqui, porque somos bem servidos num ambiente de veras familiar, amanhã a opção vai ser mesmo esta, jantar em nossa casa.
Dia 31 agosto
A nossa permanência nesta ilha vai ser de 4 dias, mas seriam precisos pelo menos mais 3 para conseguirmos visitar alguns locais que terão de ficar de fora, como por exemplo esta nossa ida a Cilaos é programa para um só dia, vamos andar sempre à pressa para abranger o mais possível a nossa passagem pela Reunião.
Atravessámos um túnel que só tem uma faixa de rodagem, é necessário estarmos atentos para ver se ao longe vem algum carro o que também poderá acontecer que no lado oposto esteja um autocarro a entrar, isto porque a entrada de qualquer dos lados é em 90°, dificultando a manobra que poderá vir a ocorrer. Estivemos à espera que um autocarro entrasse para ver que espaço tinha de cada lado sendo que a saída do lugar que nós nos encontrávamos era a mais estreita, aí o autocarro fez a manobra lentamente para sair, já trazia os espelhos rectrovisores um pouco recolhidos para não haver arranhões. Conforme vamos subindo em direcção a Cilaos a estrada torna-se ainda mais sinuosa e muito estreita, há locais que temos de dar prioridade a outras viaturas, para podermos cruzar com segurança. Ao fim de imenso tempo chegamos à cidade, vimos que há muitos restaurantes e as construções são na maioria fabricadas em madeira, pintadas com cores garridas, de seguida fizemos uma volta a pé pela cidade em que inicialmente era para comermos num dos restaurantes, mas houve quem não quisesse e tiveram outra opção, de virem a comer qualquer coisa. Fomos depois até La Roche Merveilleuse, penhasco onde em tempos foi local de refúgio dos escravos que conseguiram fugir dos usurpadores brancos. Aí aproveitamos para desfrutar da maravilhosa vista sobre a cidade, que mais nos parece estar no centro de um gigantesco
vulcão. Aqui finalizamos o percurso por esta área, vamos retomar o caminho para a capital Saint-Denis, onde iremos fazer o mesmo trajecto, pois outro percurso não existe, é mesmo voltar para trás e sabermos que o nosso destino fica à nossa frente.
Já na capital iniciamos as nossa voltas pelo jardim L’etat , anteriormente chamado jardim del Rey é o único jardim botânico da cidade, prosseguimos numa das avenidas principais até ao centro, nesta
altura começa a escurecer e vimos uma parte do que será a vida nocturna nesta cidade, já muitos bares e restaurantes, estão apinhados de gente que espera pela hora de beberem mais uns copos e terminarem a noite em grande, eu digo bêbados, muita gente usa o termo “em grande”. Ainda andamos pela marginal onde o mar está enfurecido, Também é por aqui que passa a principal via desta ilha onde o trânsito é constante e intenso.
Finalmente chegou a hora tão esperada e a opção foi a de irmos a um bom restaurante o Le Roland Garros, que nos serviu umas deliciosas refeições, contrariamente ao pedido da Júlia, que não vinha bem passado como ela tinha pedido, já todos tínhamos praticamente jantado e o comer dela não havia meio de chegar, acho que se perdeu pelo caminho quando apareceu vinha frio e a salada vinha cozida,
o que se depreende que foi tudo para dentro do forno ou microondas. Era já noite dentro quando regressamos ao nosso doce lar. Houve arrependimentos de não termos vindo jantar aqui, porque somos bem servidos num ambiente de veras familiar, amanhã a opção vai ser mesmo esta, jantar em nossa casa.
Dia 31 agosto
O despertar neste local é maravilhoso, durante a noite e o amanhecer usufruímos da soada da chuva, aqui quando cai é abundante e com energia. Vamos descer para tomarmos um pequeno almoço suculento, este termo ao longo desta viagem é repetitivo por alguém do grupo, sempre que as coisas são boas no ponto de vista dele são “suculentas”. Se todos os dias devorasse um pequeno almoço assim rapidamente era um 2 cruzeiros, estava acima das 8 arrobas. A realidade é que os produtos são todos bons e variados, dão-nos alma para as tiradas que fazemos todos os dias, é por isso que almoçamos sempre mais tarde.
Terminado o pequeno almoço lá vamos nós mais um dia à descoberta de novas aventuras, nesta zona existe uma plantação de cana de açúcar enormíssima, todos os dias nos cruzamos com tractores que puxam atrelados carregados de cana para as levarem para a fábrica de trituração, hoje tínhamos andado poucos metros quando de repente apareceu à nossa frente uma dessas cargas. Há dias o proprietário do local onde nos encontramos sediados, perguntou se nós já havíamos ido ver a Cascata de Langevin, tanto que logo no primeiro dia nos deu várias indicações do que podíamos ver e um deles foi essa cascata. Assim sendo hoje o destino vai ser esse, apanhamos a estrada nacional e fomos
andando, mas não conseguimos encontrar o verdadeiro acesso, os gps nalguns casos são uma tanga, foi o que aconteceu, perguntamos a umas pessoas que nos deram a indicação de como lá chegar, porém já havíamos passado pela estrada de acesso e não descobríamos como ir, apanhámos o trajeto e andámos, andámos que a certa altura já estávamos todos desanimamos, cruzamos uma ponte a jusante da cascata que não trazia nenhuma água, mas que raio, aqui não há água, quer dizer que a cascata
nesta altura do ano também não tem água! Mas como somos persistentes e não nos damos por vencidos facilmente, fomos andando e ainda fizemos uns quantos quilómetros até depararmos com a harmoniosa cascata, esta despeja água por tudo que é vertente a meio da escarpa do cimo e dos lados, é diferente de todas as que temos visto ao longo das nossas viagens, inclusive as da Islândia que tantas cascatas tem. Esta é diferente e valeu a pena aqui virmos e as fotos não poderiam faltar.
Por vezes mais parece que estamos na corrida contra o tempo pois para chegarmos à nossa próximo etapa que vai ser Salazie vamos ter que andar muitos quilómetros, mas é um local que não podemos perder, fica oposto ao sítio onde nos encontramos. Vamos percorrer meia ilha até lá chegarmos. Quando chegamos a Salazie a primeira coisa que nos chamou atenção foi um vendedor ambulante que vendia frangos assados numa praça, detivemo-nos apreciar como é que estes eram feitos, sem dúvida de uma maneira diferente da que estamos habituados mas que nos abriu o apetite, comprámos frangos e fomos à procura de bebidas, estas um pouco mais abaixo numa mercearia, mais uma venda dos nossos tempos antigos em que as vendas eram as mercearias das terriolas. Aí um sujeito perguntou-nos se eramos portugueses, começou logo a contar a sua história de vida, que era filho de emigrantes que foram para França e que ele agora estava a viver e trabalhar ali, há portugueses por todo o mundo como todos sabemos. Agora temos de encontrar um local onde possamos fazer o piquenique, mas mais adiante num recanto da estrada havia um pequeno local de descanso onde colocamos a tralha em cima de uma mesa ali existente e lá nos fartamos de comer à antiga portuguesa, sem garfos ou facas, era retraçar o frango e devorá-lo. A certa altura apareceu um cão amedrontado demos-lhe uns ossos e mais tarde apareceu outro mas este mais sociável que esteve
junto de nós a comer aquilo que nos restava, até deu para brincarmos com ele. Terminada tão árdua tarefa de comer, continuamos a subir e apreciar a beleza da paisagem onde vimos mais quedas de água, grande montanhas, arvoredos viçosos e pequenas aldeias espalhadas pelos montes, até que chegámos a Hell-Bourg e deparamo-nos com uma vila espectacular também feita com casas de madeira que a torna ainda mais bela, grande dificuldade tivemos em arranjar estacionamento, depois fomos dar as nossas voltas a pé, fizemos mais umas compras e voltamos para o carro porque
começou a chover. Mas como ainda temos de ir a outros locais programados, arrancamos para o litoral onde fomos até a outra cascata a de Niágara em que nesta altura do ano corre apenas uma pinga de água, neste trajecto ainda tirei um tronco de cana de açúcar para a Júlia provar, rejeitou, disse que não prestava. De seguida fomos até uma plantação de baunilha – Domaine du Grand Hazier que ficava por ali perto, vimos um viveiro que se encontrava à entrada para depois podermos fazer a
visita, esta é tão cara que abdicamos de tal, comprámos uns gelados com sabor a baunilha, aproveitámos e fomos às casas de banho e foi no caminho que podemos apreciar outros factores do armazenamento e tratamento da baunilha e não pagámos um tusto. Vimos que há um produtor de nome Gilberto que na verdade não sou eu. Sobre este produto, soubemos que é uma vagem de uma planta da família das orquídeas, por sua vez tem um paladar irresistível, sendo um aromatizante para
o leite, mas este tem que estar quente, caso contrário o paladar passa despercebido, serve para enfeitar um prato ou perfumar um bolo, palavras de um chefe de cozinha a baunilha Bourbon deverá estar sempre presente à mesa segundo ele Olivier Roellinger, basta um terço de uma vagem de baunilha de qualidade para 4 a 6 pessoas. Abre-se a vagem no sentido do comprimento e raspa-se as sementes com a parte de trás de uma faca.
Há dias que pensamos ver uma zona de praias maravilhosas desta ilha situadas em Sainte Paul, vai ser hoje, fica distante do local onde nos encontrámos mas lá vamos a caminho, antes de chegarmos estivemos numas escarpas junto ao mar a ver uns mergulhadores ou pescadores que estavam a nadar neste mar que tem uns bichinhos que para eles somos duros de roer mas eles gostam muito e não têm problemas em darem umas valentes dentadas, esfarrapando-nos os
membros para de seguida comerem o resto, são eles os nossos amigos tubarões. Nós no local onde nos encontrámos vimos vários avisos sobre o perigo de existirem nesta local. Mas quando chegamos à praia o sol estava a pôr-se, demos umas voltas, observamos o mar e a areia, idêntica à das nossas praias, foi quanto bastou, porque o sol até já se pôs no horizonte.
Acabámos as nossas voltas e regressamos ao nosso turismo rural de nome:
Ferme Auberge Desprairies,Terminado o pequeno almoço lá vamos nós mais um dia à descoberta de novas aventuras, nesta zona existe uma plantação de cana de açúcar enormíssima, todos os dias nos cruzamos com tractores que puxam atrelados carregados de cana para as levarem para a fábrica de trituração, hoje tínhamos andado poucos metros quando de repente apareceu à nossa frente uma dessas cargas. Há dias o proprietário do local onde nos encontramos sediados, perguntou se nós já havíamos ido ver a Cascata de Langevin, tanto que logo no primeiro dia nos deu várias indicações do que podíamos ver e um deles foi essa cascata. Assim sendo hoje o destino vai ser esse, apanhamos a estrada nacional e fomos
andando, mas não conseguimos encontrar o verdadeiro acesso, os gps nalguns casos são uma tanga, foi o que aconteceu, perguntamos a umas pessoas que nos deram a indicação de como lá chegar, porém já havíamos passado pela estrada de acesso e não descobríamos como ir, apanhámos o trajeto e andámos, andámos que a certa altura já estávamos todos desanimamos, cruzamos uma ponte a jusante da cascata que não trazia nenhuma água, mas que raio, aqui não há água, quer dizer que a cascata
nesta altura do ano também não tem água! Mas como somos persistentes e não nos damos por vencidos facilmente, fomos andando e ainda fizemos uns quantos quilómetros até depararmos com a harmoniosa cascata, esta despeja água por tudo que é vertente a meio da escarpa do cimo e dos lados, é diferente de todas as que temos visto ao longo das nossas viagens, inclusive as da Islândia que tantas cascatas tem. Esta é diferente e valeu a pena aqui virmos e as fotos não poderiam faltar.
Por vezes mais parece que estamos na corrida contra o tempo pois para chegarmos à nossa próximo etapa que vai ser Salazie vamos ter que andar muitos quilómetros, mas é um local que não podemos perder, fica oposto ao sítio onde nos encontramos. Vamos percorrer meia ilha até lá chegarmos. Quando chegamos a Salazie a primeira coisa que nos chamou atenção foi um vendedor ambulante que vendia frangos assados numa praça, detivemo-nos apreciar como é que estes eram feitos, sem dúvida de uma maneira diferente da que estamos habituados mas que nos abriu o apetite, comprámos frangos e fomos à procura de bebidas, estas um pouco mais abaixo numa mercearia, mais uma venda dos nossos tempos antigos em que as vendas eram as mercearias das terriolas. Aí um sujeito perguntou-nos se eramos portugueses, começou logo a contar a sua história de vida, que era filho de emigrantes que foram para França e que ele agora estava a viver e trabalhar ali, há portugueses por todo o mundo como todos sabemos. Agora temos de encontrar um local onde possamos fazer o piquenique, mas mais adiante num recanto da estrada havia um pequeno local de descanso onde colocamos a tralha em cima de uma mesa ali existente e lá nos fartamos de comer à antiga portuguesa, sem garfos ou facas, era retraçar o frango e devorá-lo. A certa altura apareceu um cão amedrontado demos-lhe uns ossos e mais tarde apareceu outro mas este mais sociável que esteve
junto de nós a comer aquilo que nos restava, até deu para brincarmos com ele. Terminada tão árdua tarefa de comer, continuamos a subir e apreciar a beleza da paisagem onde vimos mais quedas de água, grande montanhas, arvoredos viçosos e pequenas aldeias espalhadas pelos montes, até que chegámos a Hell-Bourg e deparamo-nos com uma vila espectacular também feita com casas de madeira que a torna ainda mais bela, grande dificuldade tivemos em arranjar estacionamento, depois fomos dar as nossas voltas a pé, fizemos mais umas compras e voltamos para o carro porque
começou a chover. Mas como ainda temos de ir a outros locais programados, arrancamos para o litoral onde fomos até a outra cascata a de Niágara em que nesta altura do ano corre apenas uma pinga de água, neste trajecto ainda tirei um tronco de cana de açúcar para a Júlia provar, rejeitou, disse que não prestava. De seguida fomos até uma plantação de baunilha – Domaine du Grand Hazier que ficava por ali perto, vimos um viveiro que se encontrava à entrada para depois podermos fazer a
visita, esta é tão cara que abdicamos de tal, comprámos uns gelados com sabor a baunilha, aproveitámos e fomos às casas de banho e foi no caminho que podemos apreciar outros factores do armazenamento e tratamento da baunilha e não pagámos um tusto. Vimos que há um produtor de nome Gilberto que na verdade não sou eu. Sobre este produto, soubemos que é uma vagem de uma planta da família das orquídeas, por sua vez tem um paladar irresistível, sendo um aromatizante para
o leite, mas este tem que estar quente, caso contrário o paladar passa despercebido, serve para enfeitar um prato ou perfumar um bolo, palavras de um chefe de cozinha a baunilha Bourbon deverá estar sempre presente à mesa segundo ele Olivier Roellinger, basta um terço de uma vagem de baunilha de qualidade para 4 a 6 pessoas. Abre-se a vagem no sentido do comprimento e raspa-se as sementes com a parte de trás de uma faca.
Há dias que pensamos ver uma zona de praias maravilhosas desta ilha situadas em Sainte Paul, vai ser hoje, fica distante do local onde nos encontrámos mas lá vamos a caminho, antes de chegarmos estivemos numas escarpas junto ao mar a ver uns mergulhadores ou pescadores que estavam a nadar neste mar que tem uns bichinhos que para eles somos duros de roer mas eles gostam muito e não têm problemas em darem umas valentes dentadas, esfarrapando-nos os
membros para de seguida comerem o resto, são eles os nossos amigos tubarões. Nós no local onde nos encontrámos vimos vários avisos sobre o perigo de existirem nesta local. Mas quando chegamos à praia o sol estava a pôr-se, demos umas voltas, observamos o mar e a areia, idêntica à das nossas praias, foi quanto bastou, porque o sol até já se pôs no horizonte.
Acabámos as nossas voltas e regressamos ao nosso turismo rural de nome:
44 Chemin Matouta
Matouta 97480
Tele +262 262 37 20 27
Dia 1 setembro
Chegou o dia da partida para as Seychelles, mas só temos avião às 12h30, como a distância é grande deste local e não sabemos como é o trânsito ao domingo, decidimos partir um pouco mais cedo para irmos mais à vontade e não haver atrasos, o que não convinha nada.
Despedimo-nos com saudades e agradecimentos, do dono da Farme, local onde ficamos e que durante toda a nossa estadia foi uma simpatia e tratou-nos bem, tal como hoje o célebre pequeno almoço, excelente. Partimos rumo ao aeroporto, mas não nos podemos esquecer que ainda temos uma obrigação, lavar os carros e dar-lhe uma aspiradela, pois o aluguer é bem claro quanto à devolução das viaturas, estas têm que estar limpas caso contrário temos de pagar uma boa quantia de euros e não estamos nessa, por isso parámos numa estação de serviço e lá fizemos as limpezas obrigatórias, até porque os carros não estavam assim tão sujos, mas não sabemos
quais os parâmetros do grau de limpeza desta gente. Quando fomos entregar os carros tivemos dificuldade em encontrar o local, mais uma vez o gps geraram erros, andámos às voltas, mas finalmente vimos o sítio. Já no aeroporto fizemos o check-in e subimos para o piso superior para
comermos mais qualquer coisa. À hora exacta partimos para as Seychelles, fazendo uma viagem de 2h40 num avião da Air Austral, companhia da Reunião. O desembarque foi na pista, parece que por estas bandas não existem cais. Também os funcionários da alfândega são lentos para fazerem o desembarque de pouco mais de 100 passageiros, demoraram, demoraram, pressa que é isso!
Tudo muito complicado até alugar um carro aqui no aeroporto é serviço complicado, todas as agências de aluguer estão encerradas, só existia uma aberta, uma outra tinha as luzes acesas mas nada de funcionários, esta que se encontrava aberta deu-
nos uns preços exorbitantes, procuramos outros meios não desistimos por agora, tentamos arranjar táxi, também os preços eram inflacionados, assim é que é, país rico este. Mesmo assim, alugamos um carro que nos levou a todos. O percurso até ao hotel foi cerca de 13 quilómetros, também foi muito
caro. Já nos apartamentos alugados foi descarregar a tralha e perguntar aos proprietários onde havia um local para jantar, imediatamente se prontificaram a levar-nos lá, simpáticos, também se ofereceram a arranjar 2 carros alugados e que no dia seguinte logo de manhã teríamos esses automóveis e por um preço mais económico daquele que nos queriam fretar. Fomos jantar já noite pois a noite aqui vem cedo, já não estávamos habituados a que a noite fosse tão cedo, comparando com a nossa terra. Na verdade não nos deliciámos com o jantar, caro e de pouca qualidade, haviam-nos dito que era bom, para nós não foi. Tudo muito lento, quando queríamos pagar demorou muito tempo, a seguir ficamos à espera do troco, que nunca mais vinha, foi preciso perguntar e tanto demoraram que fui-me embora porque as pessoas que nos foram buscar já estavam à nossa espera há muito tempo. Finalizamos os primeiros momentos nas Seychelles com estes momentos proibitivos.
Despedimo-nos com saudades e agradecimentos, do dono da Farme, local onde ficamos e que durante toda a nossa estadia foi uma simpatia e tratou-nos bem, tal como hoje o célebre pequeno almoço, excelente. Partimos rumo ao aeroporto, mas não nos podemos esquecer que ainda temos uma obrigação, lavar os carros e dar-lhe uma aspiradela, pois o aluguer é bem claro quanto à devolução das viaturas, estas têm que estar limpas caso contrário temos de pagar uma boa quantia de euros e não estamos nessa, por isso parámos numa estação de serviço e lá fizemos as limpezas obrigatórias, até porque os carros não estavam assim tão sujos, mas não sabemos
quais os parâmetros do grau de limpeza desta gente. Quando fomos entregar os carros tivemos dificuldade em encontrar o local, mais uma vez o gps geraram erros, andámos às voltas, mas finalmente vimos o sítio. Já no aeroporto fizemos o check-in e subimos para o piso superior para
comermos mais qualquer coisa. À hora exacta partimos para as Seychelles, fazendo uma viagem de 2h40 num avião da Air Austral, companhia da Reunião. O desembarque foi na pista, parece que por estas bandas não existem cais. Também os funcionários da alfândega são lentos para fazerem o desembarque de pouco mais de 100 passageiros, demoraram, demoraram, pressa que é isso!
Tudo muito complicado até alugar um carro aqui no aeroporto é serviço complicado, todas as agências de aluguer estão encerradas, só existia uma aberta, uma outra tinha as luzes acesas mas nada de funcionários, esta que se encontrava aberta deu-
nos uns preços exorbitantes, procuramos outros meios não desistimos por agora, tentamos arranjar táxi, também os preços eram inflacionados, assim é que é, país rico este. Mesmo assim, alugamos um carro que nos levou a todos. O percurso até ao hotel foi cerca de 13 quilómetros, também foi muito
caro. Já nos apartamentos alugados foi descarregar a tralha e perguntar aos proprietários onde havia um local para jantar, imediatamente se prontificaram a levar-nos lá, simpáticos, também se ofereceram a arranjar 2 carros alugados e que no dia seguinte logo de manhã teríamos esses automóveis e por um preço mais económico daquele que nos queriam fretar. Fomos jantar já noite pois a noite aqui vem cedo, já não estávamos habituados a que a noite fosse tão cedo, comparando com a nossa terra. Na verdade não nos deliciámos com o jantar, caro e de pouca qualidade, haviam-nos dito que era bom, para nós não foi. Tudo muito lento, quando queríamos pagar demorou muito tempo, a seguir ficamos à espera do troco, que nunca mais vinha, foi preciso perguntar e tanto demoraram que fui-me embora porque as pessoas que nos foram buscar já estavam à nossa espera há muito tempo. Finalizamos os primeiros momentos nas Seychelles com estes momentos proibitivos.
Dia 2 setembro
Há muitos anos, ouvi falar das Seychelles em que as férias lá sairiam muito caras, mas que era um destino muito bonito e recomendava, na altura supus que haveria de ter estado num resort, não seria para menos, estas palavras saíram da boca de uma antiga directora e ao mesmo tempo patroa quando eu trabalhava na J.A. Baptista de Almeida, Lda., mais tarde Jaba Farmacêutica, SA. Tive desta senhora as melhores impressões a nível profissional, foi uma pessoa de 5 estrelas, faleceu a meio do ano que passou, soube-o mais tarde.
Assim chegou a hora de eu também ir lá, mas noutro tempo e sem ter as mesmas condições económicas do que ela. Mas aqui estou na companhia da minha cara metade e de um grupo de amigos.
As Seychelles é um país insular situado do oceano Índico, com uma superfície de 459km2 e uma população de 95000 habitantes, formado por um conjunto de 115 ilhas distribuídas por vários arquipélagos, mas apenas vamos estar em duas delas, na principal e de outra que se situa muito apegada, unidas por uma pequena ponte. A capital é Victoria. Juntamente com os Tunísia, Líbia, Botswana e as Maurícias, são os únicos países do continente africano com índice de desenvolvimento humano considerado alto.
Embora mareantes austronésios ou mercadores árabes possam ter sido os primeiros a visitar as desabitadas Seychelles o primeiro registo europeu conhecido do avistamento destas ilhas ocorreu em 1502, foi o nosso tetra avô da parte dos outros nossos tetra avôs Vasco da Gama que cagou na cama e disse às nossas tetras avós que era lama que nessa altura atravessou as ilhas Almirante, nomeando-as em honra de si próprio “Ilhas do Almirante”, ele era almirante nessa época. A primeira visita a terra
foi pelos piratas da tripulação do East Indiaman, inglês em 1609. Ocasionalmente estas ilhas eram utilizadas por outros piratas, até que os franceses iniciaram o controlo em 1756. Mas os ingleses não ficaram contentes com estes gajos e entre 1794 e 1812 disputaram o seu controlo, entretanto a Grã-Bretanha acabou por assumir o controlo total em 1814, até que em 1976 se tornou independente, logo a seguir em 1977 apareceu um golpe de estado. Hoje o que vale a este país é o turismo que emprega 30% da classe trabalhadeira.
Realmente o que é que nós viemos aqui fazer; o primeiro impacto foi onde vamos encontrar um local para tomar o pequeno almoço, fizemos uma primeira procura que saiu frustrada, ainda é muito cedo para esta gente começar a trabalhar, perguntamos onde nos podíamos desenrascar e informaram-nos que num resort ali perto serviam pequenos almoços, entramos no resort o Avani Seychelles em que o segurança indicou onde nos devíamos dirigir, pelo aspecto achei que iriamos pagar uma nota, vai, vai sair bem caro, verão, disse eu. A funcionária arranjou uma mesa para todos e começamos a servimos, comemos bem e a grande qualidade imperava. Eu não consegui comer a fruta, já era tarde e o serviço encerrou, desta forma vai sair-me mais caro porque não consegui comer o que queria, claro fiquei lixado, grande burro. O que deveria ter feito era falar com a funcionária e de certeza que a situação seria ultrapassada a meu favor, mais uma vez, burro. No final pagamos sem dúvida uma nota gorda pelo serviço, apenas aproveitamos estar dentro do resort e fomos até sua praia, mas de pouco nos valeu começo a chover e
fomos embora. Agora, sendo este país um dos destinos de praias mais cobiçados pelo mundo é o que vai acontecer-nos, aí vamos nós para a primeira praia que nos aparece sendo esta a de Barbarons Grand Anse, não está um dia de sol aberto, vai calor e alguma humidade para nós não é enigma a água uma maravilha, temos esta praia só para nós, é que não está mais ninguém e se dissermos que é enorme esta baía e em toda ela há praia, ainda mais nos convencemos que a requisitámos.
Mas nós aqui temos mais praias, vamos andar mais um pouco e fomos parar na Grand Anse, mais outra praia, ainda maior do que a anterior e só nós novamente, mais umas banhocas. Já nos encontrávamos há muito tempo neste local quando vimos ao longe um casal a dirigir-se para estes lados, vamos ter-lhe que lhe dizer que isto é só para nós - queiram fazer o favor de desandar…
Não ficamos satisfeitos com esta praia por ser muito grande e estarmos com medo de aqui ficar, resolvemos andar mais um quilómetros até Port Glaud, outra praia fabulosa mas não quedamos lá muito tempo, havia mais outra a Port Launay, no caminho fomos andar num passadiço que entra por um mangal adentro para de seguida, passamos por mais praias mas não paramos em nenhuma, fomos admirar a paisagem ao longo desta marginal até ao ponto em que termina a estrada e regressamos devagar admirando todo o panorama, regressando ao condomínio para tomarmos banho e arranjarmos um sítio em Victoria para jantar, no restaurante Marie Antoinette. Sem dúvida uma grande aposta, onde só comemos coisas boas, quando terminámos passamos pelo centro da cidade onde avistamos uma cerimónia hindu, onde
o Brahmin seguia empoleirado num atrelado com um altar incorporado, coisas de indianos. Estávamos todos recreados a ver o ritual e apercebemo-nos de que havia três fulanos indianos com todo o aspecto de ladrões a chegarem-se para nós, tivemos cautela e já éramos nós a não tirar o olhar dos mangas, como também o corso estava prestes a terminar fomos caminhando para os carros que se encontravam algures. Regressamos sossegados a casa para que amanhã usufruamos de mais um dia positivo.
Assim chegou a hora de eu também ir lá, mas noutro tempo e sem ter as mesmas condições económicas do que ela. Mas aqui estou na companhia da minha cara metade e de um grupo de amigos.
As Seychelles é um país insular situado do oceano Índico, com uma superfície de 459km2 e uma população de 95000 habitantes, formado por um conjunto de 115 ilhas distribuídas por vários arquipélagos, mas apenas vamos estar em duas delas, na principal e de outra que se situa muito apegada, unidas por uma pequena ponte. A capital é Victoria. Juntamente com os Tunísia, Líbia, Botswana e as Maurícias, são os únicos países do continente africano com índice de desenvolvimento humano considerado alto.
Embora mareantes austronésios ou mercadores árabes possam ter sido os primeiros a visitar as desabitadas Seychelles o primeiro registo europeu conhecido do avistamento destas ilhas ocorreu em 1502, foi o nosso tetra avô da parte dos outros nossos tetra avôs Vasco da Gama que cagou na cama e disse às nossas tetras avós que era lama que nessa altura atravessou as ilhas Almirante, nomeando-as em honra de si próprio “Ilhas do Almirante”, ele era almirante nessa época. A primeira visita a terra
foi pelos piratas da tripulação do East Indiaman, inglês em 1609. Ocasionalmente estas ilhas eram utilizadas por outros piratas, até que os franceses iniciaram o controlo em 1756. Mas os ingleses não ficaram contentes com estes gajos e entre 1794 e 1812 disputaram o seu controlo, entretanto a Grã-Bretanha acabou por assumir o controlo total em 1814, até que em 1976 se tornou independente, logo a seguir em 1977 apareceu um golpe de estado. Hoje o que vale a este país é o turismo que emprega 30% da classe trabalhadeira.
Realmente o que é que nós viemos aqui fazer; o primeiro impacto foi onde vamos encontrar um local para tomar o pequeno almoço, fizemos uma primeira procura que saiu frustrada, ainda é muito cedo para esta gente começar a trabalhar, perguntamos onde nos podíamos desenrascar e informaram-nos que num resort ali perto serviam pequenos almoços, entramos no resort o Avani Seychelles em que o segurança indicou onde nos devíamos dirigir, pelo aspecto achei que iriamos pagar uma nota, vai, vai sair bem caro, verão, disse eu. A funcionária arranjou uma mesa para todos e começamos a servimos, comemos bem e a grande qualidade imperava. Eu não consegui comer a fruta, já era tarde e o serviço encerrou, desta forma vai sair-me mais caro porque não consegui comer o que queria, claro fiquei lixado, grande burro. O que deveria ter feito era falar com a funcionária e de certeza que a situação seria ultrapassada a meu favor, mais uma vez, burro. No final pagamos sem dúvida uma nota gorda pelo serviço, apenas aproveitamos estar dentro do resort e fomos até sua praia, mas de pouco nos valeu começo a chover e
fomos embora. Agora, sendo este país um dos destinos de praias mais cobiçados pelo mundo é o que vai acontecer-nos, aí vamos nós para a primeira praia que nos aparece sendo esta a de Barbarons Grand Anse, não está um dia de sol aberto, vai calor e alguma humidade para nós não é enigma a água uma maravilha, temos esta praia só para nós, é que não está mais ninguém e se dissermos que é enorme esta baía e em toda ela há praia, ainda mais nos convencemos que a requisitámos.
Mas nós aqui temos mais praias, vamos andar mais um pouco e fomos parar na Grand Anse, mais outra praia, ainda maior do que a anterior e só nós novamente, mais umas banhocas. Já nos encontrávamos há muito tempo neste local quando vimos ao longe um casal a dirigir-se para estes lados, vamos ter-lhe que lhe dizer que isto é só para nós - queiram fazer o favor de desandar…
Não ficamos satisfeitos com esta praia por ser muito grande e estarmos com medo de aqui ficar, resolvemos andar mais um quilómetros até Port Glaud, outra praia fabulosa mas não quedamos lá muito tempo, havia mais outra a Port Launay, no caminho fomos andar num passadiço que entra por um mangal adentro para de seguida, passamos por mais praias mas não paramos em nenhuma, fomos admirar a paisagem ao longo desta marginal até ao ponto em que termina a estrada e regressamos devagar admirando todo o panorama, regressando ao condomínio para tomarmos banho e arranjarmos um sítio em Victoria para jantar, no restaurante Marie Antoinette. Sem dúvida uma grande aposta, onde só comemos coisas boas, quando terminámos passamos pelo centro da cidade onde avistamos uma cerimónia hindu, onde
o Brahmin seguia empoleirado num atrelado com um altar incorporado, coisas de indianos. Estávamos todos recreados a ver o ritual e apercebemo-nos de que havia três fulanos indianos com todo o aspecto de ladrões a chegarem-se para nós, tivemos cautela e já éramos nós a não tirar o olhar dos mangas, como também o corso estava prestes a terminar fomos caminhando para os carros que se encontravam algures. Regressamos sossegados a casa para que amanhã usufruamos de mais um dia positivo.
Dia 3 setembro
A volta agendada para hoje continua a ser a digressão pelas praias, circulamos para sul em direcção da baía de Lazare para podermos fazer a máxima distância junto ao mar apreciando um sem número de praias que nos deliciamos em poder encontrar as mais bonitas do mundo, é por isso que aqui estamos. Mas não só as praias, há também as palmeiras sobre elas, tornando-as ainda mais belas, por sua vez as estradas ou carreiros também beneficiam destas árvores. Chegamos até Police bay, outro local fantástico, areia muita areia, mas não ficamos por aqui, depois de termos concluído outros locais, fomos e esbarrámo-nos numa estrada em que o seu piso é areia, ficamos a pensar se conseguíamos passar com os carros que temos e se por acaso mais adiante as dificuldades possam aumentar, estacionamos e fomos a pé até que pensamos, ainda estamos longe do local onde queremos ir, voltamos então às viaturas e fomos andando mais devagar mas chegamos a um ponto que a partir
daí só a pé, também há uma cancela que impede a passagem a carros. Fizemos a caminhada a pé até Ance Capucins, linda praia esta, apenas estava um casal e ela tão a vontade estava que fazia nudismo, foi quanto bastou mal nos avistou vestiu-se. Continuamos para Ance Parnel onde fomos dar banho ao cágado e assim passamos o resto do dia de praia em praia, só desta forma podemos dizer que não temos dúvidas de dizer “belas praias há nas Seychelles”.

Quando no final do dia regressamos aos apartamentos tínhamos uma surpresa, ofereceram-nos coco ralado com açúcar, foi muito bom. O dia não acabou aqui, à noite fomos até á ilha Eden jantar no restaurante Bravo junto à marina e como não podia deixar de ser outro requintado petisco esperou por nós. Já noite adentro tivemos de atravessar a ilha para irmos para a nossa casa que fica do outro lado, sendo o regresso pela estrada de montanha com muitas curvas.
daí só a pé, também há uma cancela que impede a passagem a carros. Fizemos a caminhada a pé até Ance Capucins, linda praia esta, apenas estava um casal e ela tão a vontade estava que fazia nudismo, foi quanto bastou mal nos avistou vestiu-se. Continuamos para Ance Parnel onde fomos dar banho ao cágado e assim passamos o resto do dia de praia em praia, só desta forma podemos dizer que não temos dúvidas de dizer “belas praias há nas Seychelles”.
Quando no final do dia regressamos aos apartamentos tínhamos uma surpresa, ofereceram-nos coco ralado com açúcar, foi muito bom. O dia não acabou aqui, à noite fomos até á ilha Eden jantar no restaurante Bravo junto à marina e como não podia deixar de ser outro requintado petisco esperou por nós. Já noite adentro tivemos de atravessar a ilha para irmos para a nossa casa que fica do outro lado, sendo o regresso pela estrada de montanha com muitas curvas.
Dia 4 setembro
Destino para hoje – Beau Valbon, uma das melhores praias e a mais concorrida, também com águas completamente transparentes e ideais para nadar, como todas as outras existe uma barreira de coral com imensos peixes. O percurso que temos de fazer é novamente atravessar a ilha o mais a norte possível para encurtá-lo mas sempre em montanhas com uma estrada estreita e com muitas curvas, onde existem lugares que nos dão paisagens extraordinárias, pena é, que apenas houvesse um miradouro para pararmos com segurança, porque as outras pausas que fomos fazendo os carros ficavam a ocupar uma nesga da faixa de rodagem, não bastando a estrada ser estreita, quanto mais ainda nós a dificultar o trânsito que nesta altura do dia é mais intenso. Numa dessas paragens podemos observar ao longe a quantidade de ilhas visíveis de terra, todas fazem parte deste imenso paraíso das Seychelles. No alto da serra estivemos no início de um trilho que tem avisos que é perigoso e nesta altura é proibido o seu trajecto. Depois de exploramos todo o percurso, chegamos finalmente à praia de Beau Valbon. O primeiro impacto que tivemos foi que a praia é enorme, depois procuramos o espaço onde poderíamos ficar à sombra, havia uma árvore que os seus ramos inclinam-se para cima do areal, assim já temos sombra e território só para nós. Aqui abandonamos todo o equipamento que trouxemos, para passar este dia somente na
praia e fizemos a primeira caminhada até a uns rochedos que ficavam ao nosso lado direito, por aí andamos, fotografamos, apenas o Gui e a Tana se borrifaram para as nossas voltas e lá estão como dois patos dentro de água a fazer o que mais gostam, Snorkelling e mais aqui onde podem ver muitos peixes tropicais, estão na sua praia. A este mergulho, posso chamar-lhe desporto é praticado em águas rasas com o objectivo de recreação, relaxamento e lazer, eles usam apenas uma máscara, barbatanas e um tubo de aproximadamente 40 centímetros para respirar sob a água.
praia e fizemos a primeira caminhada até a uns rochedos que ficavam ao nosso lado direito, por aí andamos, fotografamos, apenas o Gui e a Tana se borrifaram para as nossas voltas e lá estão como dois patos dentro de água a fazer o que mais gostam, Snorkelling e mais aqui onde podem ver muitos peixes tropicais, estão na sua praia. A este mergulho, posso chamar-lhe desporto é praticado em águas rasas com o objectivo de recreação, relaxamento e lazer, eles usam apenas uma máscara, barbatanas e um tubo de aproximadamente 40 centímetros para respirar sob a água.
Vimos uma “foca” em cima de uma rocha e tiramos-lhe umas fotos, era o Carlos com as suas brincadeiras, ou seja, férias são férias e desta forma ou de outras demonstramos o prazer e bem estar em que nos encontrámos. Ao fim de algum tempo regressamos à nossa gigantesca árvore e lá em baixo na água continuam dois patos dentro dela. Agora é a nossa vez de lhes fazer companhia, vamos para dentro desta água límpida com uma temperatura de fazer inveja que nos tira a vontade de lá sair, foi a melhor opção que tivemos de estar quase sempre dentro de água até que nos chegou a fome e tivemos de ir manjar qualquer coisa, para mal dos nossos pecados existe um restaurante a cerca de 50 metros e foi aí que fomos, é que nem foi preciso estarmo-nos a vestir fosse o que fosse, sentamo-nos e pedimos umas pizas e uns peixes que faziam parte do menu, mais uns sumos naturais e cervejas,
tivemos sorte em arranjar uma mesa num lugar fabuloso, também já era tarde o que nos favoreceu, é mesmo aquele ambiente de que estávamos à espera porque encontramo-nos de férias com toda a despreocupação. Pachorrentamente almoçamos e só faltou adormecermos porque despois das barriguinhas cheias a preguiça surgiu.
tivemos sorte em arranjar uma mesa num lugar fabuloso, também já era tarde o que nos favoreceu, é mesmo aquele ambiente de que estávamos à espera porque encontramo-nos de férias com toda a despreocupação. Pachorrentamente almoçamos e só faltou adormecermos porque despois das barriguinhas cheias a preguiça surgiu.
Para esticar as pernas fomos fazer outro giro pela praia, desta vez o percurso foi muito maior, caminhamos ao longo da praia e a certa altura estivemos a ver a festa de um casamento que se estava a comemorar na praia, havia poucos convidados só reparei que a noiva era bonita. Demos continuidade à nossa volta e passeámos uns quilómetros jeitosos para depois voltarmos para trás e quando chegamos à célebre árvore da sombra tinha já começado a escurecer, podemos apreciar o pôr do sol que por estas bandas é fantástico. Para jantarmos elegemos mais outro restaurante fabuloso o Boat House aqui em Beau Valbon, que mais uma vez foi uma aposta bem-sucedida.
Dia 5 setembro
A melhor forma que tivemos para nos deslocarmos foi mesmo alugar carros, estamos sempre preparados e disponíveis para fazermos o que nos vem à cabeça, não dependemos de ninguém, hoje o nosso percurso vai levar-nos até a Eden Island, sendo uma ilha artificial é onde fica a principal marina da Seychelles, aqui é o lugar onde os muito, mas muito ricos do mundo têm as suas propriedades dentro de um condomínio fechado exclusivíssimo, com parque particular, praia privada na parte interior, além de decks para lanchas, iates e barcos de vários tipos, locais esses onde não se pode visitar sem ser morador. Esta ilha ainda tem um pequeno centro comercial e bons restaurantes ao redor da área da marina, onde o público mais abastado costuma perambular, isto sucedeu connosco que anteontem fomos jantar ao restaurante Bravo, não fossemos nós os Marqueses de Marialva e Marvila, Condes do Pé Rapado e Sarilhos Pequenos e Viscondes da
Asseca e do Bacalhau, nessa altura parámos no parque de figuras célebres com as nossas carroças de alta cilindrada e lá fomos todos engalanados dar uma volta por este local. O Carlos e Cláudio estiveram a ver um iate que estavam interessados em comprar, não concluíram tal compra pois queriam comprar algo com mais categoria, uma coisinha como o iate que tem o presidente do Chelsea, grande amigo de ambos, eu também queria comprar qualquer coisinha, mas apenas para fazer figura, mas o modelo que gostava ali, não existia nenhum, não mais do que um zebro remendado em 3ª mão.
Asseca e do Bacalhau, nessa altura parámos no parque de figuras célebres com as nossas carroças de alta cilindrada e lá fomos todos engalanados dar uma volta por este local. O Carlos e Cláudio estiveram a ver um iate que estavam interessados em comprar, não concluíram tal compra pois queriam comprar algo com mais categoria, uma coisinha como o iate que tem o presidente do Chelsea, grande amigo de ambos, eu também queria comprar qualquer coisinha, mas apenas para fazer figura, mas o modelo que gostava ali, não existia nenhum, não mais do que um zebro remendado em 3ª mão.
Depois de termos gasto uma parte das nossas economias passamos pela linda praia de Inner Arbour com a sua ondulação calma, areia fina, água límpida e rodeada de rochedos e palmeiras tombadas sobre a areia que lhes dão ainda mais encanto. Aqui a nossa paragem foi apenas para tirar uma fotos e vermos mais um local encantador, porque o nosso destino final de hoje é novamente a nossa eleita
Beau Valbon. Novamente debaixo da enorme árvore que ainda não sei o seu verdadeiro nome, desconfio que seja da família dos mangais, mas nada de certeza, verificamos que nos seus ramos mais altos andavam morcegos gigantes que de vez em quanto deixam cair umas sementes, mas não nos afligimos e por aqui ficamos. Aqui ao lado há uma colónia de pescadores que vão recolhendo as suas pescarias, para de seguida os venderem. Foi o que se passou, observamos um barco a chegar com várias qualidades de peixes, até aquelas espécies que vimos nos aquários de água salgada, mas aqui
em estado adulto alguns pesam mais de 1 quilo, são enormes com as suas cores azuis, amarelas ou vermelhas, estão entre a pescaria que no entanto são também vendidos e que o valor nos pareceu ser ainda mais elevado do que os mais vulgares. Há também alguns que as suas barbatas dorsais são venenosas e como ainda estão vivos os pescadores demonstram grandes cuidados quando os agarram.
Passamos mais uma vez o resto do dia nesta praia, apanhando banhos de sol e as banhocas dentro desta água que não iremos esquecer. Já perto do final do dia a Tana entreteve-se a fazer umas gracinhas na areia, agora um círculo depois outro e mais outro, surgiram mais algumas ideias do exterior e a Tana lá concluiu um desenho com grandes dimensões, no fundo está uma descrição com o nome das Seychelles, serviu para mais fotos e será o logotipo da nossa estadia por estas bandas. Por aqui passamos o resto do dia já o sol se tinha posto quando fomos jantar e fazermos o percurso de volta a casa.
Dia 6 setembro
Beau Valbon. Novamente debaixo da enorme árvore que ainda não sei o seu verdadeiro nome, desconfio que seja da família dos mangais, mas nada de certeza, verificamos que nos seus ramos mais altos andavam morcegos gigantes que de vez em quanto deixam cair umas sementes, mas não nos afligimos e por aqui ficamos. Aqui ao lado há uma colónia de pescadores que vão recolhendo as suas pescarias, para de seguida os venderem. Foi o que se passou, observamos um barco a chegar com várias qualidades de peixes, até aquelas espécies que vimos nos aquários de água salgada, mas aqui
em estado adulto alguns pesam mais de 1 quilo, são enormes com as suas cores azuis, amarelas ou vermelhas, estão entre a pescaria que no entanto são também vendidos e que o valor nos pareceu ser ainda mais elevado do que os mais vulgares. Há também alguns que as suas barbatas dorsais são venenosas e como ainda estão vivos os pescadores demonstram grandes cuidados quando os agarram.
Passamos mais uma vez o resto do dia nesta praia, apanhando banhos de sol e as banhocas dentro desta água que não iremos esquecer. Já perto do final do dia a Tana entreteve-se a fazer umas gracinhas na areia, agora um círculo depois outro e mais outro, surgiram mais algumas ideias do exterior e a Tana lá concluiu um desenho com grandes dimensões, no fundo está uma descrição com o nome das Seychelles, serviu para mais fotos e será o logotipo da nossa estadia por estas bandas. Por aqui passamos o resto do dia já o sol se tinha posto quando fomos jantar e fazermos o percurso de volta a casa.
Dia 6 setembro
Vamos continuar a explorar a costa norte desta ilha para continuarmos
a sonhar com as belezas que queremos continuar a encontrar. Nesta altura devido
aos dias que aqui estamos existem percursos que já se tornaram repetitivos para
podermos alcançar novos locais, não é em nada massudo mas já não
são novidade, hoje temos como objectivo irmos até Danzil para depois seguirmos ainda mais além, são percursos curtos que no final não chegam aos 80 quilómetros, nós nem dá-mos por conta, percorrer tal distância, pois já estamos habituados a andar centenas ou milhares de quilómetros numa só etapa.
são novidade, hoje temos como objectivo irmos até Danzil para depois seguirmos ainda mais além, são percursos curtos que no final não chegam aos 80 quilómetros, nós nem dá-mos por conta, percorrer tal distância, pois já estamos habituados a andar centenas ou milhares de quilómetros numa só etapa.
pouco mais à frente um guarda estava a informar que teríamos de deixar ali os carros e fazer o resto do percurso a pé. A maioria de nós não estava com esse propósito de fazer esse trajecto naquela
altura, combinámos que voltaríamos depois do almoço, assim invertemos o percurso e fomos mais uma vez comer no restaurante Boat House em Beau Valbon, onde dias antes já tínhamos jantado, desta vez a opção foi diferente e a maioria foi para o peixe que também foi uma opção excelente.
À tarde abalámos para a praia que já era nossa conhecida mais uma vez
para aquela árvore que já considerávamos nossa, aquela que no alto dos ramos
existe uma colónia de morcegos. Mal tínhamos chegado à praia os patos Tana e
Gui lá foram eles para as águas límpidas fazer Snorkelling, mais tarde o Gui começou
por fazer um buraco na areia e a determinada altura estava tão grande que a
Tana resolveu colocar-se lá dentro, foi azo para que idealizássemos que dali podíamos
fazer uma sereia, era só fazer-se-lhe a cauda e as escamas de resto sereia já
havia, foi mais uma obra de quem se entreteve a brincar às construções na
areia.
Hoje temos um jantar oferecido pelos donos do condomínio onde nos
encontrámos hospedados, vamos ter de ir embora pois temos hora marcada para
esse evento. Por esse motivo já não tivemos tempo para irmos até Anse
Major.
Sobre o jantar estava feito com
primazia, grandes quantidades e qualidades, todos gostamos por esta benesse que não fazia parte do nosso
roteiro que alguma vez nos fossem brindar desta forma, havia uma travessa que
trazia um peixe enorme que deu para todos, é que somos 8, daí se vê o que de grande
era. No final fomos entregar o que sobrou deste jantar porque era uma pena que
fosse deitado para o lixo. Ficamos todos a conversar ao relento até que chegou
a hora de irmos fazer as nossas sonecas.
Dia 7 setembro
Hoje vai ser o nosso último dia de férias nestas ilhas encantadoras, pelas 23h50 vamos rumar para o Dubai, até lá temos ainda um dia pela frente, daí resolvermos ir até a uma praia do lado de cá da ilha, mais perto de nós sendo ela Ansa Louis, já conhecida por nós com uma baía lindíssima, mas pouco tempo lá estivemos a maré estava em praia mar e a ondulação não satisfazia a vontade de alguns de nós. Trouxas novamente para os carros e lá vão os pacóvios para a praia de Port Launay, também por nós já explorada e que também gostamos. Estendemos as toalhas e para dentro de água, vão ser os últimos banhos no Índico, por agora, não me digam que não havemos de voltar a molhar as pernas nestas águas deste oceano. Está um dia perfeito para fazer praia e relaxar. Há perto de nós um vendedor com cocos que conseguiu apanhar um morcego que coitado lá está pendurado no tronco de uma árvore, mas dali não se mexe, não consigo perceber porque não se vai embora, bem estranho. Passamos uma boa parte do dia apanhar também uns banhos de sol, o tempo também ficou um pouco nublado e apercebi-me que este sol não queima tanto como o nosso porque aos dias que aqui estamos já devíamos estar mais bronzeados e isso não aconteceu com nenhum de nós, as cores de bronze são as de Portugal. O tempo
estava a mudar, começava a cair uns pingos e optamos por ir almoçar num resort que se encontrava mesmo em frente da praia, aí surge um dilema o Carlos para variar diz que não tem fome e fica na praia a Júlia veio connosco mas estava triste porque na opinião dela ele deveria ter vindo também mesmo que não comesse estávamos todos juntos. Pedimos o comer e Júlia lá foi ter com o Carlos que continuava a insistir em não vir, começamos a comer e mais uma vez a Júlia levantou-se da mesa e foi novamente insistir com o Carlos que não ficava nada bem ele não estar presente depois de tanta insistência e para consolo da Júlia lá vem o Carlos que por sinal dizia que não tinha fome. O mais engraçado disto tudo foi que o Carlos mal chegou à mesa começou a comer pão com manteiga e pediu um prato muito maior de que qualquer um de nós tinha comido, o PDI é lixado. Ao final da tarde regressamos ao condominio para tomarmos banho e arrumar o resto da tralha para seguirmos viagem. Já com as malas e bagagens no carro fomos jantar.
O local escolhido foi o mesmo do primeiro dia, é que por aqui não há muita escolha, também não gostamos, um restaurante com condições excelentes mas a comida deixa muito a desejar. Terminada a refeição, fomos para o aeroporto que está do lado oposto desta ilha, são poucos quilómetros, alguns feitos pela montanha. Temos de deixar as viaturas num dos parques do aeroporto, não há um local exacto mas o combinado é deixa-las fechadas e colocar as chaves debaixo dos tapetes dos condutores, assim foi, ficaram uma perto da outra, porque a maioria dos parques estavam completamente cheios, tivemos muita sorte em arranjar estes lugares. De seguida fizemos os chek-In e lá fomos para a zona
de embarque, depois de todos os procedimentos alfandegários que sempre são massudos e algumas situações um pouco incompreensíveis. Ainda faltava algum tempo para levantar voo, deu para comermos ainda qualquer coisa no aeroporto, também era para gastarmos as últimas rupias, nós nunca levamos para casa dinheiro que não valha na nossa terra.
estava a mudar, começava a cair uns pingos e optamos por ir almoçar num resort que se encontrava mesmo em frente da praia, aí surge um dilema o Carlos para variar diz que não tem fome e fica na praia a Júlia veio connosco mas estava triste porque na opinião dela ele deveria ter vindo também mesmo que não comesse estávamos todos juntos. Pedimos o comer e Júlia lá foi ter com o Carlos que continuava a insistir em não vir, começamos a comer e mais uma vez a Júlia levantou-se da mesa e foi novamente insistir com o Carlos que não ficava nada bem ele não estar presente depois de tanta insistência e para consolo da Júlia lá vem o Carlos que por sinal dizia que não tinha fome. O mais engraçado disto tudo foi que o Carlos mal chegou à mesa começou a comer pão com manteiga e pediu um prato muito maior de que qualquer um de nós tinha comido, o PDI é lixado. Ao final da tarde regressamos ao condominio para tomarmos banho e arrumar o resto da tralha para seguirmos viagem. Já com as malas e bagagens no carro fomos jantar.
O local escolhido foi o mesmo do primeiro dia, é que por aqui não há muita escolha, também não gostamos, um restaurante com condições excelentes mas a comida deixa muito a desejar. Terminada a refeição, fomos para o aeroporto que está do lado oposto desta ilha, são poucos quilómetros, alguns feitos pela montanha. Temos de deixar as viaturas num dos parques do aeroporto, não há um local exacto mas o combinado é deixa-las fechadas e colocar as chaves debaixo dos tapetes dos condutores, assim foi, ficaram uma perto da outra, porque a maioria dos parques estavam completamente cheios, tivemos muita sorte em arranjar estes lugares. De seguida fizemos os chek-In e lá fomos para a zona
de embarque, depois de todos os procedimentos alfandegários que sempre são massudos e algumas situações um pouco incompreensíveis. Ainda faltava algum tempo para levantar voo, deu para comermos ainda qualquer coisa no aeroporto, também era para gastarmos as últimas rupias, nós nunca levamos para casa dinheiro que não valha na nossa terra.
À hora marcada estávamos a levantar voo com destino aos Emiratos Árabes Unidos.
Dia 8 setembro
Depois de umas valentes horas de voo aterramos no Dubai, eram 4h20 da manhã. Temos que fazer o transbordo para outro terminal que fica distante do local onde nos encontramos, vamos ter que andar bastante e utilizar um metro que funciona em modo automático, mais escadas rolantes e elevadores até chegarmos à nossa porta de embarque, isto depois de mais outras regras de segurança que tivemos de passar. Eram 7h25 da manhã estávamos já dentro do voo 191 da Emirates, que nos vai levar de volta a Lisboa, depois de 8h10 de viagem. Eu a Sofia, mais o Carlos e a Júlia, não tivemos a terceira pessoa ao nosso lado o que facilitou assim podemos viajar mais à vontade, assim tive a opção de ir para o lado da janela o que fez despertar mais atenção e com muita frequência ia olhando para o exterior, onde podia ver as nuvens e lá em baixo
sinais de terra. A curiosidade era tanta e sono nem velo, uma das vezes estava a ver o que se passava lá em baixo, isto já sobrevoávamos a Arábia Saudita, porque tinha à minha frente o ecrã da rota do avião que me indicava a nossa posição, reparei que algumas estradas estavam cortadas com a camada de areia, porque havia troços de alcatrão que se via com nitidez, fez-me lembrar as tempestades de areia no deserto. Seguidas de dunas e dunas de areia, mais ao longe o Mar Vermelho com montanhas neste sítio de um lado e do outro, seguindo-se uma parte do Sinai, depois o Golfo do Suez, até que a certa altura sobrevoávamos Egipto, penso que não estou errado por causa da quantidade e dimensão do casario o Cairo e finalmente o Mar Mediterrâneo até chegarmos a Malta. A distância foi encurtando e a determinada ocasião quando entramos no espaço aéreo português fomos informados que não seria possível aterrar em Lisboa, pois havia uma situação de emergência por causa de um avião que estava a perder combustível . Ocorreu que andamos às voltas na zona de Setúbal, passou algum tempo e já as voltas eram maiores, já estávamos a circundar Tróia, tanto que as voltas já eram excessivas, então fomos informados que iriamos aterrar em Faro para reabastecimento de
combustível, lá seguimos para o Algarve onde avistei Sines, Porto Covo, Ilha do Pessegueiro e mais, até que aterramos em Faro. Ficamos durante algum tempo parados num recanto do aeroporto, onde observei que algumas pessoas aproveitaram para tirarem fotos ao avião, pensei que raramente um gigante destes ali vai parar, ainda mais um avião da Emirates que nem ali faz escala. O que toda aquele gente pensou quando viu aterrar tão estranho objecto, este o maior bimotor do mundo o boeing 777-300ER que pode transportar até 550 passageiros a uma velocidade de cruzeiro de 905km/hora.
Aterragem de emergência, alguém doente, sabe-se lá o quê.
sinais de terra. A curiosidade era tanta e sono nem velo, uma das vezes estava a ver o que se passava lá em baixo, isto já sobrevoávamos a Arábia Saudita, porque tinha à minha frente o ecrã da rota do avião que me indicava a nossa posição, reparei que algumas estradas estavam cortadas com a camada de areia, porque havia troços de alcatrão que se via com nitidez, fez-me lembrar as tempestades de areia no deserto. Seguidas de dunas e dunas de areia, mais ao longe o Mar Vermelho com montanhas neste sítio de um lado e do outro, seguindo-se uma parte do Sinai, depois o Golfo do Suez, até que a certa altura sobrevoávamos Egipto, penso que não estou errado por causa da quantidade e dimensão do casario o Cairo e finalmente o Mar Mediterrâneo até chegarmos a Malta. A distância foi encurtando e a determinada ocasião quando entramos no espaço aéreo português fomos informados que não seria possível aterrar em Lisboa, pois havia uma situação de emergência por causa de um avião que estava a perder combustível . Ocorreu que andamos às voltas na zona de Setúbal, passou algum tempo e já as voltas eram maiores, já estávamos a circundar Tróia, tanto que as voltas já eram excessivas, então fomos informados que iriamos aterrar em Faro para reabastecimento de
combustível, lá seguimos para o Algarve onde avistei Sines, Porto Covo, Ilha do Pessegueiro e mais, até que aterramos em Faro. Ficamos durante algum tempo parados num recanto do aeroporto, onde observei que algumas pessoas aproveitaram para tirarem fotos ao avião, pensei que raramente um gigante destes ali vai parar, ainda mais um avião da Emirates que nem ali faz escala. O que toda aquele gente pensou quando viu aterrar tão estranho objecto, este o maior bimotor do mundo o boeing 777-300ER que pode transportar até 550 passageiros a uma velocidade de cruzeiro de 905km/hora.
Aterragem de emergência, alguém doente, sabe-se lá o quê.
Já fartos de ali estar, perguntavámos quando é que partíamos, mas demorou o seu tempo até que começou a fazer-se à pista e rapidamente começou a voar para Lisboa a baixa altitude. Por fim chegámos a Lisboa sãos e salvos de mais uma peripécia de chegar a casa. Neste caso perdemos mais de 2 horas, só para dizer que fomos a Faro e viemos de avião, verdade que nunca tal coisa nos tinha acontecido de mal o menos.
Finalizamos mais um ano de férias com todos os objectivos por nós idealizados cumpridos na íntegra, já preparados para as próximas viagens que se advenham, uma viagem deste tipo só poderia ter como elenco as seguintes personagens Cândida, Tana, Júlia e Sofia, Carlos, Cláudio, Gilberto e Gui.
Deixo aqui um verso e uma frase muito minha:
Há quem viva nesta vida
Poupando tudo que tem,
Se preocupando em deixar
Carro, casa ou outro bem,
Mas lhe digo uma verdade:
Bom mesmo é deixar saudade
No coração de alguém.
Na terra onde vivo só estou a envelhecer, só a morte pode esperar por
mim,
só a vou atrasando porque viajar me vai escondendo de tal final
maldito,
posso dizer que tudo isto é uma grande merda,
mas na verdade ninguém quer morrer,
porque isto é bonito – planeta Terra.