Dia 1 de Novembro de 2019, reiniciamos mais uma etapa nesta viagem que nos propusemos fazer, pela N2. Vamos iniciar mais uns quilómetros sem grandes pressas, porque queremos usufruir o mais possível das vilas, aldeias e lugares deste Portugal.
Este percurso para a Sofia e o Gilberto vai ser feito numa fantástica autocaravana Hymer, sendo para nós uma novidade, mas só no final iremos fazer a nossa avaliação, no entanto estamos de veras desejosos por iniciarmos esta nova etapa da nossa estadia no planeta Terra, que vai ser fantástica, apesar de já ter conduzido a autocaravana do Orlando, mas desta forma vai ter outro impacto; andar 3 dias a fazer uma condução em pleno.
Combinamos encontrarmo-nos, no stand Antunes & Garcia que fica na margem sul, ou seja, no deserto além Tejo cerca das 9h00, dia 1 de Novembro, dia de todos os santos, só seis desses santos vão viajar com destino a São Pedro do Sul, são eles – Cândida; Carlos; Cláudio; Gilberto; Júlia e Sofia, equipa de seis viajantes terráqueos. Atravessamos a ponte Oliveira Salazar, poucos portugueses sabem onde fica tal travessia em direcção a Sacavém, Vila Franca de Xira, Carregado e Pombal e aí saímos da auto estrada para a Nacional 1, passando por Coimbra, seguimos para a estrada da morte (IP3), onde nos deparamos com diversos engarrafamentos, prosseguimos em direcção a
Viseu, por fim chegamos a São Pedro do Sul já eram horas de almoçar. Na verdade, o restaurante (Adega do Ti Joaquim) já estava marcado pela Júlia e ainda bem que o fez porque a sala estava totalmente cheia, com as comezainas que as pessoas aproveitam para fazer neste feriado o problema é que ficam a fazer sala, falam, quase dormem e não desarredam pé. Quando nos sentamos já eram umas duas horas e tal e a chuva caía incessantemente, almoçamos bem e julgo que fomos os últimos a sair, não porque estivéssemos a fazer sala, somente porque entramos muito tarde e esfomeados de tal maneira que comemos calmamente, dificilmente teremos vontade de jantar, mas vamos pensar nesse assunto mais tarde. Terminada tão farta refeição demos umas voltas por esta cidade da província da Beira Alta onde existem as tão famosas termas que são as mais frequentadas do país, sendo exploradas desde o século I em que os romanos aqui estiveram a aproveitar tão fértil região. Mais tarde D. Afonso Henriques mandou edificar o balneário, actualmente com o mesmo nome, com o passar dos anos foram construídas novas instalações.
Diz-se que o rei D. Afonso Henriques em 1169, frequentou as termas para se restabelecer de uma fractura de uma perna. Ao contrário do que nós pensávamos a água brota a uma temperatura de 68,7°
Passamos junto ao solar dos Malafayas, construído no século XVIII que teve como último proprietário Joaquim Telles Freyre D’Almeida Mascarenhas que na altura ficou desgostoso com a construção de uma estrada mesmo junto ao solar, ou seja aquela que passamos, agora alcatroada, resolveu mudar-se para outro local, cagando completamente neste edifício e nesta terra, agora encontra-se em ruínas há dezenas de anos, onde se pode ainda ver o brasão dos Malafayas.
Já era noite quando resolvemos ir para o parque de campismo de Vouzela situado na encosta da serra do Caramulo, numa zona que esteve já densamente arborizada, agora tudo queimado à sua volta, graça aos incendiários, porque infelizmente neste país não há lei para os lixar a todos, como por exemplo, eram-lhe retirados todos os bens e que tal uns 20 anos à sombra.
Como já tinha referido, nesta altura a fome não existe, então optamos por fazer uns chás para reconfortar o estomago e aproveitarmos para confraternizar todos dentro da cómoda e enorme autocaravana Hymer, vamos falando e olhando para a televisão. Já era tarde quando todos decidimos ir descansar, pois o cansaço já está a apoderar-se de nós e amanhã vamos ter que estar em forma porque espera-nos mais um dia cheio de histórias sobre esta extraordinária N2.
Choveu durante grandes períodos da noite, foi o que me disseram porque quando adormeço só muito barulho me acordaria a chuva por sua vez ajuda-me adormecer sossegadamente.
Entretanto a luz do dia chegou e seguidamente todos preparados para nos irmos embora, fomos pagar a nossa estadia no parque pela módica quantia de meia dúzia de euros que quando a Júlia ontem à noite perguntou se não havia descontos por isto ou por aquilo o funcionário informou que nada daquilo que falou tinha ali descontos, mas quando fez o documento de quanto teríamos de pagar nos disse que havia uma promoção 50%, assim superou todos os descontos que a Júlia mencionou, agora com todas estas benesses já pode comprar umas botas ou umas calças, assim é que ela fica rica mais depressa. Já nos encontrámos em Vouzela para tomarmos o pequeno almoço numa pastelaria meio antiga, mas que não tinha os tão famosos pastéis de Vouzela, fiquei com pena porque era a altura de pelo menos saborear um, fiquei-me por uma sandes com fiambre no final
apercebi-me que a maioria teve opção idêntica. Terminado o pequeno almoço fomos embora para conhecer esta vila que ardeu 90% da sua área florestal em 15 de Outubro de 2017. As obras que foram feitas nalgumas ruas e praças trouxeram benefícios para a população e forasteiros. Os prédios continuam bem cuidados e o comércio floresceu, há novas apostas em produtos que em anos atrás não se viam, Numa rua estava um carro com escada magiros dos bombeiros a limparem as caleiras de um prédio que na altura tinha muita lama, por aqui se vê os cuidados existentes para manterem uma boa aparência desta vila. Visitamos uma ponte que tem indícios de que parte dela foi construída nos tempos dos romanos, depois outras civilizações fizeram alterações, hoje monumento nacional para se apreciar e gostar. Por aqui existem muitas casas solarengas com as suas sacadas e escadas de pedra viradas para a rua, algumas que mantiveram o traço
de outros tempos, janelas de guilhotina, portadas divididas de 8 vidros em que nos fazem reviver outros tempos, quando era criança, para outras gerações não trazem qualquer referência, até uma porta que é tão baixa, mas usou-se assim. Ainda nos faltava duas situações para visitarmos, sendo a primeira e estação do caminho de ferro que apenas existe o edifício, linha de comboios nem vê-las, graças aos nossos gentis governantes que vierem depois de 25 de Abril que só lixaram o país e destruíram o que de bom existia, hoje este local é um terminal de camionagem que nesta altura estava às moscas. Fomos então para o 2º local a ponte por onde ele passava, vimos uma antiga locomotiva a vapor comprada à cerca de 100 anos aos alemães, ali está ela a repousar dos anos de fadiga e a encher de sonhos por quem lá passa. Sobre a ponte, estivemos em cima dela a olhar para o vale e rio que por ali atravessa, local lindo e nostálgico. Nesta altura começou a chover e lá tivemos de retroceder e abrigar-nos debaixo de uma árvore com muita folhagem que nos aguaritou.
Entretanto a luz do dia chegou e seguidamente todos preparados para nos irmos embora, fomos pagar a nossa estadia no parque pela módica quantia de meia dúzia de euros que quando a Júlia ontem à noite perguntou se não havia descontos por isto ou por aquilo o funcionário informou que nada daquilo que falou tinha ali descontos, mas quando fez o documento de quanto teríamos de pagar nos disse que havia uma promoção 50%, assim superou todos os descontos que a Júlia mencionou, agora com todas estas benesses já pode comprar umas botas ou umas calças, assim é que ela fica rica mais depressa. Já nos encontrámos em Vouzela para tomarmos o pequeno almoço numa pastelaria meio antiga, mas que não tinha os tão famosos pastéis de Vouzela, fiquei com pena porque era a altura de pelo menos saborear um, fiquei-me por uma sandes com fiambre no final
apercebi-me que a maioria teve opção idêntica. Terminado o pequeno almoço fomos embora para conhecer esta vila que ardeu 90% da sua área florestal em 15 de Outubro de 2017. As obras que foram feitas nalgumas ruas e praças trouxeram benefícios para a população e forasteiros. Os prédios continuam bem cuidados e o comércio floresceu, há novas apostas em produtos que em anos atrás não se viam, Numa rua estava um carro com escada magiros dos bombeiros a limparem as caleiras de um prédio que na altura tinha muita lama, por aqui se vê os cuidados existentes para manterem uma boa aparência desta vila. Visitamos uma ponte que tem indícios de que parte dela foi construída nos tempos dos romanos, depois outras civilizações fizeram alterações, hoje monumento nacional para se apreciar e gostar. Por aqui existem muitas casas solarengas com as suas sacadas e escadas de pedra viradas para a rua, algumas que mantiveram o traço
de outros tempos, janelas de guilhotina, portadas divididas de 8 vidros em que nos fazem reviver outros tempos, quando era criança, para outras gerações não trazem qualquer referência, até uma porta que é tão baixa, mas usou-se assim. Ainda nos faltava duas situações para visitarmos, sendo a primeira e estação do caminho de ferro que apenas existe o edifício, linha de comboios nem vê-las, graças aos nossos gentis governantes que vierem depois de 25 de Abril que só lixaram o país e destruíram o que de bom existia, hoje este local é um terminal de camionagem que nesta altura estava às moscas. Fomos então para o 2º local a ponte por onde ele passava, vimos uma antiga locomotiva a vapor comprada à cerca de 100 anos aos alemães, ali está ela a repousar dos anos de fadiga e a encher de sonhos por quem lá passa. Sobre a ponte, estivemos em cima dela a olhar para o vale e rio que por ali atravessa, local lindo e nostálgico. Nesta altura começou a chover e lá tivemos de retroceder e abrigar-nos debaixo de uma árvore com muita folhagem que nos aguaritou.
Havíamos combinado que íamos passar pela terra da avó e mãe da Cândida na aldeia de Paranho D’arca onde foi colocar flores na campa da mãe, visitamos a casa de família que está degradada, mas existe a ideia de ser restaurada e lhe dar um aspecto acolhedor. Viemos depois até ao local onde tinha ficado a autocaravana a mais linda das três, tiramos umas fotos a uma anta da idade megalítica que faz parte de várias fotos publicadas em livros e de uma outra pedra que representa uma figura, mais parece o pato donald, mas de certeza que tem outro significado, num roteiro da freguesia vi que é conhecido pela Pedra de Toutedo. Fiz uma consulta sobre esta anta e eis o que descobri:
Lenda da anta de Paranho de Arca
A anta de Paranho de Arca foi erigida por uma moura e a laje que se encontra horizontalmente em cima das que servem de pilares foi lá colocada pela dita moura que a trouxe-a à cabeça a fiar uma roca e com um filho ao colo. A dita moura aparece todos os anos na madrugada de S. João a fiar uma roca em cima da anta e rodeada por objectos de ouro. Ao feliz mortal que lá passar em primeiro lugar lhe será perguntado de qual gosta mais; se dos olhos da moura ou dos objectos de ouro que ela lá tem. Como todos têm dito
que gostam mais dos objectos de ouro, eles se têm sempre transformado em cinza devido aos poderes mágicos da moura. Só conseguirão os objectos de ouro quando se agradarem mais dos olhos da moura e não do ouro.
que gostam mais dos objectos de ouro, eles se têm sempre transformado em cinza devido aos poderes mágicos da moura. Só conseguirão os objectos de ouro quando se agradarem mais dos olhos da moura e não do ouro.
Consta ainda que debaixo da referida anta existem objectos em ouro e que tal ouro se conseguirá com a reza do livro de S. Cipriano. Algumas dezenas de anos são passados depois de 3 ou 4 fulanos lá foram à meia noite com umas luzes rudimentares, para efectuarem no local a devida reza do dito livro para tentarem levar o ouro. Conta-se que logo nas primeiras leituras se levantara tal ventania que todos eles fugiram espavoridos, cada uma para seu lado em direcção a suas casas.
Como podemos ver vivemos num país de lendas e cada terra tem a sua, porque o povo é fértil em imaginações.
Iniciamos o percurso para Tondela cruzando a serra do Caramulo passando por locais outrora, verdejantes agora paus queimados e cinzas, sem dúvidas este Portugal é para ficar todo ardido, é o que estamos a ver nos últimos anos que grandes áreas são queimadas, sem que os governos que vão passando façam algo de positivo, são os negócios dos madeireiros, bombeiros, aviões e helicópteros. Não há lei na nossa terra, somente para o pé rapado que rouba €500 vai preso ou outros gandis, estão em liberdade e com carta branca para poderem continuar a fazer das deles.
Continuando viagem para Tondela, telefonámos para um restaurante a marcar 6 lugares para almoço, aquele que era o nosso eleito, já não havia marcações, tivemos de optar por um outro, na realidade também fomos bem servidos, quando finalizamos a nossa refeição fomos até aos bombeiros voluntários para carimbar os passaportes que as senhoras possuem, é uma brincadeira que estão empenhadas em terem os carimbos de todos os locais indicados para serem visitados, porém os sítios onde devem ser carimbados neste fim de semana estão todos encerrados, não sejam eles serviços operados pelos funcionários públicos. Só devem estar a funcionar nas alturas em que não haja ninguém que é para poderem ausentar-se e não fazer nada. E nós todos a pagar para sustentar estes chulos que nunca fizeram nada. Neste dia havia festa, muitas crianças estavam felizes por poderem passar um dia com os bombeiros, passearam, fizeram caminhada e serviço público apanhando papéis que este povo porcalhão vai deitando para o chão, no final um grande almoço no quartel dos bombeiros, exista cooperação deste género em alguns sectores da sociedade e verão como a nossa terra terá um andamento muito superior ao actual. Desculpem devo estar a sonhar.
De regresso à N2 com destino a Santa Comba Dão, terra de um grande estadista de outros tempos em que nos últimos anos de governação se tornou ditador, ou seja ele sempre o foi porém no início do seu mandado era preciso um homem com tomates para encarar um país que era um caos, com os governos sempre a caírem, golpes de estado e assassinatos, era o que vinha acontecer desde a implementação da república.
Havíamos estado aqui nesta terra quando íamos começar a nossa rota da N2, altura em que havia grandes preparativos para a festa do corpo de Deus, hoje nem sinais de festa apenas o céu bastante nublado com alguns aguaceiros que vão aparecendo. Fizemos uma volta pela cidade, também fomos aos bombeiros atrás do carimbo para seguidamente irmos para o parque de campismo do Luso para repousar as amarguras dos dias de chuva que temos tido e os dias agora serem muito mais pequenos, é pena se fosse no verão havia outros impactos agradáveis. Novamente reunidos no salão da Hymer, onde houve vinho verde, bolos, queijos e conversa até às tantas. Foi numa das conversas que a menina Jula disse encontrar-se abandonada, aqui vai a letra de abandonada:
Abandonada por você
Apaixonada por você
Eu vejo o vento te levar
Mas tenho estrelas para sonhar
Abandonada por você
Tenho tentado te esquecer
No fim da tarde uma paixão
No fim da noite uma ilusão
No fim de tudo, a solidão
Mas você não vem
Nem me leva com você
Toda essa saudade
Nem sei mais de mim
Onde vou assim
Fugindo da verdade?
Abandonada por você
Apaixonada por você
Eu vejo o vento te levar
Mas tenho estrelas para sonhar
E ainda te espero todo dia.
Terceiro dia desta fuga, despertar cedo para aproveitamento a luz do dia, algum nevoeiro paira e como choveu durante períodos da noite as nossas caravanas estão molhadas, mas não nos afectou, caso do Cláudio como tem uma cobertura para resguardo do local onde dormem, este está molhado devido à condensação, mas foi recolhida e será em casa que irá
secar. Agora já prontos para darmos a partida para o Luso onde iremos tomar os pequenos almoços numa pastelaria já conhecida onde há bons bolos e um pão delicioso. A seguir estivemos a observar a quantidade de pessoas que trazem garrafões para se abastecer de água do Luso, é continuo este processo e lá vão todos carregados, situação engraçada terem água gratuitamente de enorme qualidade. Outras fontes podiam ter mesma atitude, mas nem pensar, há que ter lucros fabulosos, muitas vezes ilusão dos empresários. Mais adiante fomos até à estação do caminho de ferro de Santa Comba Dão que fica ainda muito longe da cidade. Noutro tempo tal estação era muito frequentada, podemos ver pelos edifícios que a rodeiam, hoje degradados e abandonados, mais parece uma zona de fantasmas. A determinado momento chegou um táxi que ficou à espera que o comboio chegasse para levar algum cliente que o tinha solicitado e nem mais vivalma. No cais de embarque estavam estas 6 aves penadas que mais pareciam que iriam embarcar, mas apenas íamos ver como é que era noutros tempos, sabemos que ainda passam por aqui comboios, mas não me digam que é resultado da evolução, pelo contrário, neste sector Portugal retrocedeu graças mais uma vez aos políticos
que escorraçam a população acabando com os combóios. Este sector foi desaparecendo graças a uma célebre espécie que o povo anónimo e estúpido escolheu de nome Encavado Silva, um “pobre” coitado, dito por ele que comentou em dado momento - como se consegue viver com o ordenado que tinha na altura. Mas falando de pobres, iremos dar continuidade ao nosso passeio de hoje e visitar a casa onde sim, nasceu um grande homem pobre e foi pobre toda uma vida, é que nunca roubou nada a ninguém de nome Oliveira Salazar. Tiramos as nossas fotos de ocasião e abalamos para uma terra muito próxima, que ninguém conhece, tal nome não é nem parece nome de terra ou de nada “ Óvoa”, que lhe foi dado foral no ano longínquo de 1514, na verdade não morreu no tempo e assim continua forte até aos dias de hoje, não avançou no tempo. Foi uma fuga até este lugar onde podemos ver um pelourinho, diferente de todos os outros que já vimos, um mini museu etnográfico, uma fonte de 1933 onde ainda se pode beber água, uma igreja, etc., isto numa antiga freguesia com 837 habitantes, apenas, quando em 1801 tinha 1503 habitantes, nessa altura ainda era vila e tinha mais duas freguesias a Almaça e Farinha Podre.
secar. Agora já prontos para darmos a partida para o Luso onde iremos tomar os pequenos almoços numa pastelaria já conhecida onde há bons bolos e um pão delicioso. A seguir estivemos a observar a quantidade de pessoas que trazem garrafões para se abastecer de água do Luso, é continuo este processo e lá vão todos carregados, situação engraçada terem água gratuitamente de enorme qualidade. Outras fontes podiam ter mesma atitude, mas nem pensar, há que ter lucros fabulosos, muitas vezes ilusão dos empresários. Mais adiante fomos até à estação do caminho de ferro de Santa Comba Dão que fica ainda muito longe da cidade. Noutro tempo tal estação era muito frequentada, podemos ver pelos edifícios que a rodeiam, hoje degradados e abandonados, mais parece uma zona de fantasmas. A determinado momento chegou um táxi que ficou à espera que o comboio chegasse para levar algum cliente que o tinha solicitado e nem mais vivalma. No cais de embarque estavam estas 6 aves penadas que mais pareciam que iriam embarcar, mas apenas íamos ver como é que era noutros tempos, sabemos que ainda passam por aqui comboios, mas não me digam que é resultado da evolução, pelo contrário, neste sector Portugal retrocedeu graças mais uma vez aos políticos
que escorraçam a população acabando com os combóios. Este sector foi desaparecendo graças a uma célebre espécie que o povo anónimo e estúpido escolheu de nome Encavado Silva, um “pobre” coitado, dito por ele que comentou em dado momento - como se consegue viver com o ordenado que tinha na altura. Mas falando de pobres, iremos dar continuidade ao nosso passeio de hoje e visitar a casa onde sim, nasceu um grande homem pobre e foi pobre toda uma vida, é que nunca roubou nada a ninguém de nome Oliveira Salazar. Tiramos as nossas fotos de ocasião e abalamos para uma terra muito próxima, que ninguém conhece, tal nome não é nem parece nome de terra ou de nada “ Óvoa”, que lhe foi dado foral no ano longínquo de 1514, na verdade não morreu no tempo e assim continua forte até aos dias de hoje, não avançou no tempo. Foi uma fuga até este lugar onde podemos ver um pelourinho, diferente de todos os outros que já vimos, um mini museu etnográfico, uma fonte de 1933 onde ainda se pode beber água, uma igreja, etc., isto numa antiga freguesia com 837 habitantes, apenas, quando em 1801 tinha 1503 habitantes, nessa altura ainda era vila e tinha mais duas freguesias a Almaça e Farinha Podre.
Demos uma fugida até à barragem da Aguieira para observarmos o nível da água, porque tanto se tem falado da falta de chuva em que as barragens estão muito vazias. Lembro-me perfeitamente de quando eu noutros anos do antigamente atravessava estes vales onde a N2 marcava a sua passagem e parávamos ao anoitecer ou já noite e gritávamos no vale para ouvirmos o eco, fantástico, também em determinado lugar cruzávamos uma aldeia e a ponte Salazar que agora estão totalmente submersas, tempos que já lá vão, agora só a nostalgia nos faz recordar.
Já havíamos combinado que noutra etapa teríamos de passar por Mortágua, mas afinal fizemos um pequeno desvio e fomos até lá, primeiramente carimbar os passaportes das madames e também darmos uma volta para ficarmos a conhecer um pouco desta terra, na verdade, pouca história tem até o seu centro é pobre, foi o quartel dos bombeiros que mais
nos chamou atenção, mais uma vez a simpatia de todos os elementos com quem trocamos algumas palavras e as viaturas antigas que são objectos da história desta corporação, até nos informaram que podíamos almoçar tendo como a melhor iguaria a “lampartana” confeccionada com carne de ovelha que depois de preparada e condimentada é colocada numa caçoila de barro e vai ao forno de lenha, o mesmo onde se coze o pão, acompanhado com batata com pele, grelos, pão caseiro e vinho do Dão. Como há amigos que não gostam de carne de caprinos optamos em ir almoçar noutro local, a opção é em Penacova no restaurante Panorâmico, local que já é conhecido por mim e pela Sofia, vamos também almoçar bem e onde teremos uma vista deslumbrante sobre o rio Mondego. Foi o que aconteceu, bom almoço, ambiente agradável e uma vista esplendida, tudo bom. Finalizada tão difícil tarefa, foi descer a rua íngreme e ir aos bombeiros para... Não vou perder tempo a escrever o resto.
nos chamou atenção, mais uma vez a simpatia de todos os elementos com quem trocamos algumas palavras e as viaturas antigas que são objectos da história desta corporação, até nos informaram que podíamos almoçar tendo como a melhor iguaria a “lampartana” confeccionada com carne de ovelha que depois de preparada e condimentada é colocada numa caçoila de barro e vai ao forno de lenha, o mesmo onde se coze o pão, acompanhado com batata com pele, grelos, pão caseiro e vinho do Dão. Como há amigos que não gostam de carne de caprinos optamos em ir almoçar noutro local, a opção é em Penacova no restaurante Panorâmico, local que já é conhecido por mim e pela Sofia, vamos também almoçar bem e onde teremos uma vista deslumbrante sobre o rio Mondego. Foi o que aconteceu, bom almoço, ambiente agradável e uma vista esplendida, tudo bom. Finalizada tão difícil tarefa, foi descer a rua íngreme e ir aos bombeiros para... Não vou perder tempo a escrever o resto.
Seguimos para a livraria do Mondego para as fotos tão desejadas, alguns de nós não sabiam que este nome é dado aquela formação geológica com cerca de 400 milhões de anos, ou mais estes livros não se vão estragar nos próximos milhões de anos. Seguidamente mais umas voltas demos até atingirmos Vila Nova de Poiares onde a noite pairava e os chuviscos iam aparecendo, apenas serviu como paragem no quartel dos bombeiros e mais nada vimos desta vila. Voltamos á nossa via de circulação para atingirmos Góis e mais uma vez nada se viu desta terra foi parar defronte dos bombeiros e decidirmos que via utilizaríamos para regressar a casa. Por conhecimentos do Carlos seguimos por uma via estreita e que subia parte da montanha para mais alguns quilómetros à frente apanharmos aí uma estrada que nos levou até ao restaurante Manjar dos
Leitões, mas não se comeu leitão a opção foi comer alguma coisa, porque a fome ainda não pairava nas nossas barrigas. Pouco tempo demoramos e prosseguimos a nossa marcha até Lisboa onde o Carlos e Júlia ficaram pelo caminho de casa, os restantes foram até à outra banda, onde deixamos a encantadora auto caravana com muita saudade porque eu e a Sofia já estávamos tão acomodados a ela que dificilmente a iremos esquecer, fomos felizes nestas voltas e agradecemos a amabilidade do Cláudio em nos ter oferecido tal prazer. Assim findou mais uma etapa na N2, ficando todos à espera de virmos a recomeça-la logo que tenhamos um fim de semana prolongado, vamos esperar que não demore. Ainda deitei a brasa para que na 6ª feira Santa dia de Páscoa dias 10, 11 e 12 de Abril do próximo ano de 2020 se inicie a 3ª etapa, nessa altura os dias já são maiores e o tempo costuma estar melhor do que agora.
Vamos então estar todos atentos e ficar à espera, até breve com uma pequena história do Califa, isto porque a 31 de Janeiro vamos todos para um cruzeiros em terras de Califas e Emires.
O Califa e a sua mulher.
O Califa mandou chamar o secretário:
-Tranque a minha mulher na torre enquanto estou de fora – ordenou.
-Mas ela ama Vossa Majestade!
-E eu amo-a – respondeu o Califa -, mas sigo um
velho provérbio da nossa tradição:
“Emagrece o teu cão e ele te seguirá; engorda o teu
cão e ele te morderá.”
O Califa partiu para a guerra, voltando seis meses
depois. Ao chegar, chamou o secretário e pediu para ver a esposa.
-Ela abandonou-o – foi a resposta do secretário. –
Vossa Majestade citou um lindo provérbio antes de partir, mas esqueceu-se de
outro ditado árabe: “Se o teu cão está preso, acompanhará qualquer pessoa que
lhe abra a sua jaula.”