FILIPINAS
PAPUA-NOVA GUINE
TAIWAN
5 Dezembro - Principiamos este dia com a ida ao parque de campismo, buscar toalhas de praia e uns calções que estão na nossa autocaravana, aproveitamos e juntamos o útil ao agradável, estive a ver se tínhamos carga na bateria, e qual não foi o meu espanto as portas abriram com o comando, mas quando fui pô-la a trabalhar fiquei confuso, então tem estado ligada à energia eléctrica e não arranca, dia 7 já estamos com o Carlos e Cláudio e vão desvendar o enigma. Se fosse o caso de irmos sair com a autocaravana, o problema estava resolvido, porque já tenho uns cabos de bateria e com o boguinhas da Sofia é o suficiente para dar energia e arrancarmos. O passo seguinte foi irmos ao banco para levantarmos mais uns Euros, mas como não tinha comigo o telemóvel para receber o código para poder levantar mais dinheiro tive que levantar com o meu cartão e o da Sofia apenas 800€.
6 Dezembro - Finalmente aterramos em território Turco, mas vamos ter que esperar 6 horas para levantarmos novamente voo com destino a Cebu.
Permanecemos a descansar todas estas horas num local sossegado, ao fim de algum tempo, decidi e fui-me deitar habitando três bancos onde dormitei ainda bastante tempo, foi a Sofia que me acordou pois estava quase na hora de nos dirigirmos para a zona de embarque, colocámo-nos a caminho, andando uma distância considerável por este soberbo aeroporto, lojas por todo o lado e abertas ao público, sim a esta hora da noite, é que noutros aeroportos estariam encerradas. Já no cais de embarque foi aguardar alguns minutos e partir para uma saga de 11h15, ainda teremos uma escala em Manila, depois o trajecto final até Cebu, dentro de um airbus A350-900 um gigante do ar, unicamente com dois astronómicos motores transportando umas centenas de pessoas, reparei que vai completamente lotado.Há momentos deram-nos o peque almoço em que estamos a sobrevoar uma parte do Irão, mais tarde nos céus do Paquistão e India, por fim acabamos por adormecer e conseguimos dormir umas boas horas, acordamos praticamente quando nos estavam a dar outra refeição e desta vez já sobre o Vietname. Nesta altura ainda muito longe do nosso destino final, mas sempre no pensamento o nosso querido filho Gonçalo, tristes muito tristes, não o vamos ver mais essa é a realidade absoluta, apenas no pensamento que nos trás nesta altura tristeza e mágoa. Enfim chegamos a Manila, fartos de estarmos dentro deste charuto voador. Manila serviu para que a maioria dos passageiros aqui saíssem, sendo este um ponto de escala, pois o destino final será Cebu o local onde iremos sair. Passaram-se cerca de 40 minutos e levantamos voo. Esta será ainda uma distância razoável, 1h35, mas depois destas horas todas, mais uma e tal, nada nos aborrecerá.7 Dezembro - Chegámos ao destino final pela 1h00 da manhã desembarcamos apressadamente, porque os passageiros também são poucos.
A partir daqui transpomos a alfândega onde exibimos os documentos de entrada nas Filipinas e o passaporte, mais adiante levantar a mala, trocar alguns euros e comprar o cartão para o telemóvel, já no exterior arranjar táxi para nos levar à residência reservada para uma noite. Os nossos amigos já se encontram em Cebu, pela manhã vamos nos encontrar. Como em quase todo o mundo os taxistas que existem nos aeroportos são ladrões nos preços praticados, assim no primeiro impacto, pediram 600 pesos, fui ter com outro que também pediu um valor alto por fim levaram 300 pesos, ainda mais o local do hotel fica muito perto do aeroporto, cerca de 3 minutos. Chegámos ao hotel, fizemos o Check-in também esse foi rápido e fomo-nos deitar tristes pela falta do nosso Gonçalo que está sempre no nosso pensamento.Aí conseguimos adormecer. De manhã saímos com o propósito de irmos para o Savoy hotel em Mactan, é onde os nossos amigos se encontram hospedados, marcamos três noites, deixamos a mala e outros pertences a guardar e seguimos para ir ter com eles à praia do hotel, fizemos um pequeno trajecto a pé e fomos directos ao ponto GPS que nos enviaram, lá estavam eles; beijinhos, abraços, lágrimas e palavras de conforto. Amigos que se juntaram à nossa tristeza neste canto do mundo, gostaram da nossa atitude de nos reunirmos todos para os acompanhar nos últimos dias que lhes faltam para o término desta viagem, inicialmente feita antecipadamente para o nosso grupo, nunca pensando no desfecho que começou a 5 de Junho e finalizou com o desaparecimento do nosso filho Gonçalo no dia 28 de Novembro. Faltamos à real partida que foi a 11 de Novembro. Só agora eu e a Sofia, tardiamente acabamos por vir, pois era um dos desejos do nosso filho de que deveríamos ter vindo com os nossos amigos, mas com a doença dele, nunca seríamos capazes de termos tal atitude. Agora estamos todos reunidos na praia, mas não ficámos lá muito tempo porque não gostámos nada da praia pois era só calhaus. Fomos até o hotel para ir buscar a mala à recepção do hotel pois já estava na hora de podermos entrar no quarto.Saímos mais tarde para irmos comer alguma coisa, tardiamente fomos dar umas voltas por esta ilha de Mactan, visitamos o local onde foi morto em 27 de Abril de 1521 o nosso navegador Fernando de Magalhães ao serviço do reino de Castela. Esta tarde concretizou-se com a ida da Sofia ao dentista, anda com uma dor de dentes insuportável. Foi trabalhoso encontrar um dentista, mas a opção saiu-nos vagarosa, o local indicado na net existia, mas o dentista mudou de instalações e saber para onde foi! Coisa difícil, mas pergunta aqui e acolá conseguimos encontrar. A Sofia já tem o dente consertado, mas como uma pequena dor que irá passar com o tempo. A noite já impera, temos de ir jantar e os nossos amigos já sabiam o local onde deveríamos ir, eles optaram por comer leitão, nós não gostamos do que vimos, achamos que era muito gorduroso, optando por camarões e lulas, os camarões foram acompanhados de uma molhanga super-gordurosa e eu que não gosto de nada de banhas. Bebemos umas cervejas as senhoras uns sumos, assim finalizamos este dia desta forma, foi agradável para o nosso primeiro dia com os nossos amigos.8 Dezembro – Combinamos ir até à ilha de Cebu iniciar um passeio ao seu interior. No hotel conseguimos alugar um carro com motorista este de nome “Nonói” que nos propôs um programa que consideramos engraçado, logo aceite. Alguns momentos depois partimos numa carrinha bastante espaçosa e confortável, percorremos uma distância considerável em Mactan, atravessamos a ponte velha de betão e seguimos pelo interior da cidade de Cebu City para nos embrenharmos nas estradas de montanha com vistas fabulosas até que depois de uma mão cheia de quilómetros chegámos a um local muito lindo de nome Sirao Garden, entramos e percorremos uns carreiros que nos colocaram em locais em que tiramos muitas fotos, aqui existem 20 espécies de flores colocadas em locais pitorescos com muitas figuras onde se podem tirar as mais diversas fotos entre elas, “as mãos carinhosas” em que nos juntamos todos para a foto em grupo, muitas mais fotos em grupo tiramos mas esta é a de maior evidência.
Partimos então para a próxima paragem em que almoçamos no restaurante La Parisience Sky, localizado bem no alto da montanha que nos oferece uma vista fabulosa sobre Cebu City. Almoço também farto e saboroso. A volta não ficaria por aqui, estrada abaixo fizemos uma paragem no Temple of Leah que se encontra com grandes obras de restauro, vimos no seu interior peças muito valiosas que estão algumas a degradar-se.
Fomos mais tarde até à cidade visitar o monumento dedicado a Fernando de Magalhães para depois, ali perto a cruz que simboliza o baptismo da rainha Cebulina, por fim uma casa chinesa “Yap-San Diego Ancestral House”, residência histórica construída no século XVII, com móveis esculpidos à mão, foi uma visita cheia de factos e imagens que nos interessaram. Também foi aqui que finalizamos as visitas de hoje e logo regressamos ao hotel para o descanso merecido.
9 Dezembro – Tencionámos saber como nos deslocarmos para outras ilhas a solução foi irmos até ao cais de embarque 1 e obtermos algumas informações que nos vão ser úteis nos próximos dias, perdemos imenso tempo no trajecto para lá muito trânsito e a confusão destes locais, muita gente a embarcar mais os vendedores de rua as casas ou barracos onde são vendidos os bilhetes, tudo muito atabalhoado para nós que vivemos com princípios práticos e inovadores, nada daquilo que fomos encontrar.
Esclarecimentos obtidos e regressamos para visitar a basílica de Cebu, onde existia mais um casamento, outras voltinhas e fomos até ao Mac Donald’s comer a comida em que o Cláudio afirma ser a melhor do Mundo. Por fim de volta ao hotel para que o Cláudio e Cândida levantassem os seus haveres porque terão de ir para o aeroporto a sua partida, vai verificar-se pelas duas horas da madrugada. Nós mantivemo-nos no hotel, para mais tarde jantarmos no local já do nosso conhecimento, não é a comida que nos mais agrade, mas remediou.10 Dezembro – Hoje somos menos dois viajantes o Cláudio e a Cândida regressaram a Portugal, ficamos nós, Gilberto, Sofia, Carlos e Júlia.
Tínhamos combinado ontem irmos até à ilha Bohol, assim o fizemos. Saímos do hotel em Mactan para perseguirmos de táxi até ao cais de embarque localizado na outra ilha vizinha de Cebu que se encontram ligadas por algumas pontes. Tivemos de encontrar o local para adquirir os respectivos ingressos, que se encontra fora do cais em sítios manhosos e por vezes com péssimo aspecto. Na primeira paragem fomos logo parar num local desses, mas não era aí que eram vendidos os bilhetes da companhia que queríamos viajar, tivemos de ir para outro lugar mais à frente e aí sim, bilhetes adquiridos, seguimos para o respectivo embarcadouro de embarque, esperamos relativamente pouco tempo passados minutos estávamos a dirigirmo-nos para o barco, este modelo de barco nunca visto por nenhum de nós, mais parecia um supositório gigante, todo pintado de amarelo.O seu interior apertado, não mais do que o aproveitamento para transportar o máximo de pessoas. Fomos colocados no deck mais profundo, sendo este o que mais pessoas comportava. A Sofia pensei que fosse vomitar, mas a velocidade e o baloiçar não a amolaram. Ao fim de pouco mais de uma hora já nos encontrávamos em Bohol, apanhamos um triciclo com carenagem, velocípede muito comum nestas paragens. Seguimos depois a pé para uma das vias mais movimentadas e paramos junto a uma residência precária desta vila, por fim apareceu o residente que nos cumprimentou e dali a pouco veio ter connosco a perguntar se precisávamos de ajuda, na altura não lhe demos muita aceitação, contudo perante a simplicidade que nos abordou resolvemos ouvi-lo, tendo ele nos proposto darmos uma volta pela ilha. Gostamos do percurso que nos apresentou e também do preço, foi buscar uma viatura e partimos à aventura. Tivemos a primeira paragem nas Colinas do Chocolate, situadas em Carmen – Montehermoso, são 1268 montanhas em formas cónicas com tamanhos parecidos que ocupam uma área de 50km2, todos nós subimos a escadaria de uma delas para avistar o horizonte onde se deslumbram as centenas de montanhas que a nossa visão pode alcançar. De seguida percorremos mais outra distância, para Bilar onde vimos duas pitons amarelas que podem chegar a 10 metros e pesarem 80 quilos, sendoestas consideradas uma das maiores serpentes do mundo. Noutro sector fomos encontrar os macacos Tarsius, espécie pequeníssima que nunca havíamos visto, mais outra novidade que fomos conhecer. Mais adiante as borboletas que nos despertaram pouco interesse, eram poucas e já tínhamos visto noutros sítios quantidades e muitas variedades. Finalizada esta volta lá fomos para o rio Loboc onde almoçamos num barco com espectáculo próprio e ao longo do trajecto que foi feito, também gostamos da comida e do programa.Finalizamos a nossa volta por esta ilha, regressamos ao ponto de partida para apanhar o barco de tornada ao hotel. Foi sem dúvida mais um dia excelente, mas não conseguimos apaziguar as nossas tristezas, estão a todo o momento no pensamento.
11 Dezembro – Mantivemo-nos no hotel algumas horas, viemos até à piscina para ajudar a passar o tempo, pois ao fim da tarde vamos apanhar o primeiro voo que nos levará até Manila para de seguida apanharmos um outro voo para Port Moresby capital da Papua-Nova Guiné, no entanto chegámos a Manila e logo que entrei no voo eu adormeci quase de imediato e acordei quando estavam a servir o jantar, bebi 2 copos de vinho branco, porque a mãe também lhe apeteceu vinho, mas só bebeu uma golada.
Voltei a adormecer e quando estávamos a cerca de uma hora da chegada acordei e a partir daí já não dormi mais. Já no aeroporto fomos comprar os cartões para termos net, cambiar algum dinheiro, depois telefonar para o hotel para virem-nos buscar, chegámos ao hotel onde fomos tomar o pequeno-almoço e de seguida para o quarto repousar um pouco, pois a estafa era enorme, praticamente não tivemos descanso. Mantivemo-nos o resto do dia no hotel na zona da piscina e desta forma passamos o tempo no bom descanso.
12 Dezembro – De tarde já perto das 15h00, apanhamos um táxi até ao centro desta cidade, Port Moresby.
O taxista direccionou-nos por outras artérias onde fizemos o reconhecimento, observamos que é uma cidade arrumada sem barracas, dispersa sem qualquer mota ou bicicleta, verdade nem uma destas formas de transporte alcançámos aqui ver. É que nestes países, destas regiões são milhares estes meios de transporte, nada mesmo destes transportes aqui existem. Será interdito? No final pagamos 100 kinas o equivalente a cerca de 30€, caríssimo para o nível de vida da população do país. Dissemos ao motorista que foi um valor exorbitante, ele afirmou que não. Pois claro, nunca poderia dizer o oposto. Fomos visitar um mercado de peixe perto de uma aldeia palafita e ver a azafama dos pescadores e peixeiras, grandes quantidades de peixe e marisco, as navalheiras eram tantas e enormes, até os peixes exóticos, adultos eram vendidos, alguns ainda não tinham perdido as suas cores originais que nós os costumamos ver em aquários de água salgada e que nos custam umas notas quando são ainda pequeníssimos.13 Dezembro – Não houve pressa da saída para a nossa volta de hoje, tomamos o pequeno almoço no hotel onde nos encontrámos hospedados Hideaway hotel. Havíamos combinado de que temos de ir falar com a Philippine Airlines para alterarem a nossa saída deste país. Ficamos muito desiludidos com a insegurança que detectámos, e questionamo-nos se vale a pena continuar por aqui com tantas faltas de inseguridade. Não conseguimos, pois, todos os voos já estavam esgotados e os valores que nos mencionaram eram exorbitantes, coisa que não compreendemos pois se não havia lugares qual a razão de nos informarem tais preços.
Hipótese colocada de parte e seguirmos as datas iniciais estabelecidas. Já fazia também parte do programa, logo seguimos para o Nature Park, sucedeu que o motorista que nos trouxe vai transportar-nos até ao parque pela módica quantia de 50 kinas o equivalente a 15€, mais uma vez um valor exorbitante para o nível de vida do país. A entrada custou mais 20 kinas por pessoa. Agora passamos à digressão onde encontrámos uma infinidade de pássaros entre eles os morcegos gigantes a dormirem pendurados no arvoredo e sujarem o chão, tivemos cuidado quando passávamos por baixo deles porque uma cagadela deles é nojeira completa. Mais adiante vimos o pássaro mais perigoso no nosso planeta o Casuar (cassowary), que pode medir até 1,5 metros de altura e pesar cerca de 60 quilos, é uma ave tramada que quando fica zangada parte com ferocidade para cima do seu oponente, sei que consegue com a sua crista em osso partir uma perna de um homem. Vimos algumas espécies de animais deste país tais como o Petauro do açúcar, Thylogale muito parecido com o canguru, Dendrolagus e a Equidna de Barton. Foi um passeio interessante que todos louvamos. Assim demos por finalizado o programa de hoje, neste país que é temerário para o turismo onde não têm quaisquer escrúpulos em assaltar ou matar o transeunte. Vamos ter cuidado nos dias que se seguem.14 Dezembro – Falar um pouco deste país para que todos consigamos saber mais história desta terra nos confins do mundo. A Papua-Nova Guiné situa-se no sudoeste do oceano pacífico e abrange uma metade da ilha oriental da Nova Guiné, esta tem uma diversidade cultural e biológica, também é conhecido pelas suas praias e recifes de corais, tem vulcões activos e uma densa floresta tropical.
A sua população em 2021 era de 9 949 000, sua capital é Port Moresby. Os idiomas, são, inglês, Hiri Motu, Tok Pisin, para além das 848 línguas diferentes. O primeiro europeu a chegar a estas paragens longínquas teria de ser um português de nome Jorge de Menezes em 1511 que lhe deu o nome de Nova Guiné, depois outros europeus aqui chegaram e a dividiram em três partes a norte a Nova Guiné ficou para a Alemanha a parte ocidental para a Holanda e a Sul a Papua para os ingleses. Mais tarde a 2ª guerra mundial destroçou todas estas divisões. Neste momento nós os Portugas de 2024 decidimos mudar de hotel e estamos neste momento no “The Sanctuary Hotel Resort” um pouco mais longe do aeroporto, mas com uma qualidade superior. Pela primeira vez desde que aqui permanecemos começou a chover com grande intensidade, vou suspender de escrever por algum tempo.A chuva passou e cá estou a recomeçar a descrever o dia de hoje. A solução para a tarde foi ficarmos a descansar junto à piscina do hotel, os mais audazes Carlos e Júlia ainda entraram na água, mas rapidamente dela saíram pois havia uns residentes que também entraram para a piscina, porém o cheiro deles nauseabundo e a porcaria que podiam nela depositar os nossos amigos saltaram logo para fora. Resolvi escrever uns dias que estavam atrasados mais o dia de hoje que estou a descrever. Fomos falando e combinamos o que fazer no dia seguinte, entre as decisões, ficar aqui mais dois dias. Até que chegou a hora de jantarmos, dirigimo-nos mais tarde para o restaurante deste hotel e verificamos logo que os preços são um pouco mais económicos do que o anterior. Assim já sentados pedimos a uma das funcionárias que se dirigiu a nós para saber o que seleccionaremos para o nosso repasto. Repetiu o que desejávamos, repetiu e também estranhamos um pouco a forma como se expressava de maneira trapalhona, tanto quando passado o tempo de preparação dos pratos reparamos que algo vinha a mais, ou seja, quando esteve a elucidar que um prato acompanhava um molho entre dois que podíamos escolher, resolvemos dizer que para cada um daqueles pratos podiam vir molhos diferentes, esses pratos foram os escolhidos por mim e pela Sofia, inclusive o que trazia vegetais, ok. Mas a confusão partiu da altura que se falou em lagosta e para nós era um dos peixes do nosso prato que na realidade eram um sortido de diversos peixes, mas não foi nada disso, vieram para a mesa os pratos com a variedade dos vários peixes e mais dois pratos com bocados de lagosta e os tais molhos, não eram mais do que estavam a envolver os pedaços da lagosta. Ou seja, tivemos comida em excesso que não conseguimos comer, mais os pratos, quaisquer um deles já vinham bem servidos. E finalizando os preços são sempre elevados, tivemos de pagar por esta confusão que é muito usual nesta gente o valor de 105,00€. Não ficamos nada satisfeitos o Carlos mais do que furioso pela engrenagem da fulana que só fazem borradas, não é excepção, no outro hotel em dois casos para se exprimirem com clareza nunca foi substantificada, sempre confusões e obrigaram-nos a repetir as coisas muitas vezes, burrinhas mesmo burras minhas queridas.15 Dezembro – Para hoje,6 planeamos ir visitar o National Museum and Art Gallery construído em 1975, mas apenas abriu ao público em 1977, este abriga artefactos de 22 províncias do país.
Visita terminada, telefonamos para o hotel a solicitar transporte como havíamos combinado, estivemos mais de 30 minutos à espera, voltamos a telefonar e disseram que nos iam buscar dentro de 30 minutos quando este se encontra tão perto, pouco mais de 1,5km, resolvemos apanhar um táxi, mas quando já íamos a partir chegou o transporte do hotel e lá saímos do táxi que na realidade não sabia onde fica este hotel que é tão conhecido nesta cidade. Quando chegamos caiu uma carga de água, mas poucos minutos passaram e o sol começou a brilhar.
16 Dezembro – Os dias destinados para conhecer alguns locais deste país não seriam em excesso, caso pretendêssemos ir para o norte ou centro e uma ou duas ilhas o tempo nestas circunstâncias tornar-se-ia reduzido.
18 Dezembro – Empoleirada sobre a Austrália a ilha da Nova Guiné – assim baptizada pelo portugueses no ano de 1511, é a segunda maior ilha do mundo.
19 Dezembro – Mais uma vez chegámos imensamente cedo ao aeroporto a distância entre o resort é relativamente curta e o trânsito quase inexistente, mas o Carlos quando chegámos ao aeroporto ficou assustadíssimo quando viu na rua uma imensidão de pessoas numa fila infindável,
Iniciamos
o regresso e fomos até à praia que tanto apreciamos, aí estivemos mais uma vez
dentro de água que nos conforta com a sua temperatura extraordinariamente
quente, assim que dela saímos vem o frio de uma temperatura exterior de 32.
Mantivemo-nos por ali até que adviesse o pôr do sol para depois irmos jantar
num restaurante de um resort. Gostamos dos pratos que escolhemos bem como do
local.
Regressamos pelo acesso
principal do resort, mas o caminho é extenso para o local onde temos o carro estacionado,
é que caminhamos muito mais, se tivéssemos ido pela praia teríamos uma
distância mais curta. Passado algum tempo chegámos ao nosso resort de uma
categoria muito inferior, comparado com este onde jantamos, mas o nosso também
é muito agradável.
23 Dezembro – Dia de retorno à base sitiada no hotel Savoy na ilha de Mactan, foi neste ponto onde encontramos no 2º dia da nossa chegada às Filipinas com os nossos amigos, Cândida, Cláudio, Carlos e Júlia.
Adoramos ter estado num resort em ambiente rural, excelente “Happy Bear, situado em Kalingking, arredores de Moalboal, nesta ilha de Cebu. O retorno a Mactan é sempre fastidioso, muito trânsito, nomeadamente a passagem por diversas aldeias. Existem triciclos a motores e outros a pedais que muito atrapalham os automóveis são viaturas fantásticas e muito práticas na sua mobilidade, há milhares de modelos, dependendo do seu proprietário com imaginação de criar um diferente de todos os outros, nos milhares que vimos não existe um idêntico. Mas hoje chegou o dia em que o Carlos e a Júlia vão ter de estar no aeroporto pelas 23h00, porque o avião vai descolar pelas 2h40 da madrugada, vão regressar a Portugal, é com pena de ambas as partes esta desvinculação, todavia por razões óbvias da nossa parte as coisas alteraram-se com imensa pena, nossa, em que perdemos uma peça muito importante da nossa vida o nosso guerreiro Gonçalo que nunca vamos esquecer e a tristeza é nossa companheira. Adoramos a parceria. No início da tarde chegamos a Mactan e fomos comer qualquer coisa para no seguimento ingressarmos ao hotel para largarmos toda a tralha. De seguida abordamos a piscina onde estivemos a descansar e fazer horas para irmos até ao aeroporto levar os nossos parceiros. Concluímos desta forma mais um trecho da nossa presença por estas terras. Amanhã nova etapa vai principiar.24 Dezembro – Hoje fazia o meu irmão José 66 anos, foi-se embora a 10 de Maio de 1984, nunca me esqueço e já se passaram 39 anos, tão novo que ele era, também um grande amigo, além de ser irmão.
Este é o primeiro dia em que eu e a Sofia permanecemos sós nestas tão longínquas terras orientais. Não tivemos quaisquer pressas em nos levantar, fomos tomar o pequeno almoço fora do hotel para de seguida irmos até à zona da piscina sentar-nos e escrever mais umas palavras para o nosso blogue. Quando chegou a hora do almoço caminhamos um pouco até ao local convencionado pelo resto do grupo que uns já estão em casa outros a caminho dela. Comemos mais uma vez “lechon”, que na realidade é leitão, parecido com o que comemos na Bairrada, nada que chegue à qualidade e sabor no nosso leitão, mas mesmo assim vamos trinca-lo. Fizemos mais umas voltas, estivemos no centro comercial, mas nada compramos e seguimos até ao carro alugado para irmos para o aeroporto. Sucedeu que atrás dele estava estacionado um Toyota a obstruir a minha saída, tive de ir até à portaria do hotel com a matrícula do suspeito e dizer-lhes que aquele maldito estava a tapar-me a saída. Tive de estar à espera uns 15 minutos até que descobrissem o coreano dum cabrão. Saímos e fomos fazer a entrega do carro, estava tudo ok, mas ainda uma espera, não tinham ninguém para nos transportar ao aeroporto. Já no aeroporto outro problema a nossa mala pesava 23,8kg. Queriam cobrar mais uns pesos, raios que os partam tirei alguma roupa para o saco que a Júlia nos tinha deixado e assunto arrumado, mais adiante tivemos de pesar os sacos, aí não tivemos problemas, até pensamos que pesassem mais. O embarque para a ilha de Panay deu-se com alguma demora, mas nada de importante. O trajecto foi rápido e passado uma hora e mais uns minutos pousamos em Caticlan. A mala que seguiu no porão foi recebida em perfeitas condições e aí fomos apanhar transporte para o cais de embarque que nos levará para a ilha vizinha de Boracay, feito todos os processamentos para embarque e não são poucos, embarcamos quando começou a chover com intensidade, barquinho cheio a navegar pelo canal que separa estas duas ilhas lá atracamos no molhe número… não sei são tantos e tão à toa os sítios onde atracam. Mais uma saída para outro trajecto e arranjar triciclo para o resort, conseguimos ao fim de tanta confusão com outros necessitados como nós, misturados com a chuva que ia caindo. Conseguimos transporte onde ficamos perto do resort, mas caminhamos ainda uns bons metros com a mala e sacos. Já no hotel tudo facilitado e tralha arrumada no quatro 202 localizado no 2º piso. Tivemos de tomar um valente banho porque estávamos cansados e a suar para logo sairmos e dar a volta de reconhecimento. Este lugar tem um ambiente nocturno igual às grandes cidades europeias e do nosso Portugal. Fomos mais tarde arranjar onde jantar, depois de darmos algumas voltas lá encontrámos o lugar que nos parece ser o ideal. Lugar com música ao vivo que para nós não tem qualquer proveito, mas foi o que se pode arranjar pelas horas tardias no momento cerca das 22h00, comemos frango de caril e umas lulas, ora vejam esta foi a nossa ceia de natal. Ceia de natal! Para nós não faz qualquer sentido, foi alimentar-nos unicamente, regressar ao hotel já depois da meia-noite aqui, mais precisamente quatro horas da tarde em Portugal. Não tenho mais palavras para esta data.25 Dezembro – Acordamos por volta das 9h00 e seguimos para a praia para nos metermos logo dentro da água. Aí estivemos bem longe da margem, notamos que a água é um pouco mais fria do que a de Cebu, mas maravilhosa, sem pedras, água translúcida e muito calminha.
Esta praia tem uma extensão enorme, ladeada por muito coqueiros e por detrás destas imensas lojas, onde se pode comprar quinquilharias e roupas. Há imensos bares, restaurantes e muito mais. Mantivemo-nos por várias horas dentro e fora de água, até que um pouco cansados e com alguma fome fomos colocar as coisas ao resort, onde tomamos as nossas banhocas e lá fomos procurar onde lográssemos comer. Paramos no local onde estivemos ontem à noite a jantar, sentamo-nos e aguardamos que nos viessem atender, não apareceu ninguém apenas uma funcionária que veio fazer as contas com uma mesa ao nosso lado, olhou para nós, fizemos sinal de que algo queríamos, mas nunca mais apareceu ela ou alguém. Ao balcão estavam uns quantos fulanos a beber e comer, mas nós não éramos nada, então resolvemos ir embora e caminhamos ao longo da praia procurando outro local. Fomos, no entanto, interceptados por uma sujeita que propõe, mariscos ou peixes, perguntamos valores e achamos que seriam admissíveis.Lá fomos atrás dela por uma rua acima até que entramos numa outra ruela, esta bem estreita e rodeada de vendedores nas suas tendas, até que chegamos à praça do peixe, lá escolhemos aquilo que desejávamos comer, desde as quantidade, qualidades e saber os preços reais, até aqui tudo dentro do que planeamos, porém questionamos e agora onde são confeccionados os produtos – ali no restaurante e então quanto é que vamos pagar, aí as coisas se modificaram, achei que havia outro negócio que não nos era favorável, questões colocadas por mim e questionadas, porque achei haver trafulhice pelo meio, tanto que demorou algum tempo a concretizar-mos a refeição, ou seja nestes países pobretanas e reles que advêm dos latinos há sempre um ponto de oportunismo. Preço discutido e aceite, entretanto, adiantei que fazia o pagamento no final, também aceitaram.O restaurante era mesmo ali ao lado, entramos, havia uma mesa com quatro pessoas que estariam a comer da mesma forma que nós iriamos fazer. Já sentados pedimos duas cervejolas das mais vulgares, assim foi S. Miguel bem frias, logo vieram e esperamos então que cozinhassem as nossas coisas. Passados alguns minutos veio o primeiro e quase logo de seguida os outros dois pratos. Tudo bem apresentado e bem confeccionado. Principiada a degustação, fomos provando de uns e dos outros sabores, gostamos de todos, terminando esta tarefa tão dolorosa com a barriguita, cheia, ou seja, este foi o nosso almoço de Natal totalmente diferente do usual ao longo de todos os anos da nossa vida, mais longe da família, longe da terra natal e com a falta do nosso querido Gonçalo que nos deixou precocemente que nunca iremos esquecer ao longo dos anos que estejamos por cá. Finalmente pedimos a conta, eu logo vi que poderia existir mais valores do que foi estipulado inicialmente, e aconteceu mesmo, no final estavam a colocar mais uma taxa não sei do quê, mas mostraram-me uma lista que indicava que essa taxa teria de ser paga, Não aceitei porque o valor que me tinham informado não falava em mais taxa nenhuma, mais ainda os produtos adquiridos na praça não podiam englobar tal taxa. Disse logo que só pagava o valor inicialmente aceite, insistiram, mas levantei-me e acharam que eu não pagava mais nada. Aceitaram e assunto finalizado. Fomos de saída até à rua principal, entramos num beco para comprar bananas. De regresso ao resort, parámos num café e bebemos um cappuccino cada um, mais uma fatia de bolo bem gostoso. Ainda comprámos uns magnéticos para a Sofia e para oferecer. Nesta altura já eram 18h50, da noite e provavelmente mais logo vamos dar a nossa volta nocturna. Hoje foi dia de Natal, para nós um dia de Natal muito triste.26 Dezembro – Este Natal passou por nós com apenas o nome, mais nada mesmo.
O ambiente natalício para quase a totalidade dos turistas que se encontram nesta ilha não tem grande significado apesar da totalidade dos recintos estarem todos engalanados com a iluminação, mais me parece que estão preparados para a passagem do ano, nessa altura já estaremos numa outra ilha muito distante desta. O que fizemos hoje foi percorrer toda a praia para o lado direito da nossa posição no resort, ida e volta 5,3km, estava calor e por vezes o sol queimava, no regresso caminhamos diversas vezes pela água a dado momento a Sofia já escaldada foi tomar uma banhoca para refrescar o ânimo. Andamos nesta caminhada à procura de conchinhas, encontrei eu uma primeira, pequena, mas muito linda para que depois a Sofia deparasse outra mais linda ainda e comprida, vão fazer parte do espólio da mãe que gosta de levar estas coisas dos locais onde nos encontramos com o mar. Concluímos a caminhada um pouco cansados, porque já não fazíamos este tipo de trajecto há vários meses, mais precisamente desde o dia 5 de Junho do corrente ano, por causa do início da grave doença do Gonçalo.Chegamos ao hotel, tomamos mais um banho para refrescar e aí ficamos também deitados em cima da cama a relaxar. A meio da tarde fomos até à praia banhar-nos e apanhar mais sol que é o que estamos a precisar, também tiramos umas fotos engraçadas ao pôr do sol. Depois do jantar fizemos mais outra caminhada do sentido oposto até ao final dos resorts e restaurantes, foi mais curta, nada tem a ver com a da manhã, foi mais para ficarmos a conhecer este flanco. Pela noite mais uma vez estivemos ao telefone com o nosso filhote Ricardo a saber como estavam as coisas e a perguntar pelos nossos peludos. A Sofia pediu-lhe para nos enviar umas fotos dos nossos peludinhos que já não os vemos há três semanas.27 Dezembro – Continuamos hospedados no mesmo hotel, este é muito modesto e com um serviço péssimo, à noite uma barulheira infernal da música ao vivo até à meia-noite, o ar condicionado barulhento, não existe uma cadeira no quarto e o preço que pagamos exorbitante, não aconselho ninguém a frequentar este hotel resort de nome Bamboo Beach Resort em Between Station 2 & 3, 5608, Boracay, Filipinas.
Esta manhã novamente praia, já me esquecia o pequeno almoço não está incluído na estadia, mais a torna indesejável, mas tem uma vantagem está juntinho a uma praia maravilhosa é só atravessar o arruamento de areia e temos logo o areal e água à nossa disposição. Com o calor que está conseguimos manter-nos dentro de água por muito tempo e de vez enquanto apanhar um pouco de sol. Ao nosso lado assistimos como se sobe a um coqueiro para os apanhar com grande facilidade, perguntaram-nos se queríamos um, mas não. Nós não compramos porque tínhamos deixado o dinheiro no quarto. Também não é daquelas coisas que damos valor à água de coco. À tarde fomos dar outra volta pela praia no sentido contrário ao que havíamos feito no dia anterior, caminhamos ao longo desta mais 3,3km para as nossas pernas que já não estão habituadas a estas marchas. Combinamos que logo vamos ter de acordar cedo o cedo nestas circunstâncias será por volta das 5h30, isso para não termos surpresas, chuva, transportes e outros. É que hoje será o último dia de estadia nesta ilha paradisíaca.
28 Dezembro - Mas eram 6h00 quando começamos a descer a tralha e a fazer o Check Out. Isto só acontece em países atrasados como este, tiveram de ir ao quarto cocheira, ver se haveríamos roubado um lençol, uma toalha, a sanita ou mesmo a cama.
Ao fim de uns minutos deram autorização para nos irmos embora, os portugueses não conseguiram roubar nada. Eu preparadíssimo para alancar com a mala mais o saco até à rua pavimentada quando um dos funcionários do resort se ofereceu para me ajudar, fiquei contente. Colocada toda a bagagem na rua em condições, foi arrastar tudo até que uns metros à frente se ofereceram para nos levar tudo até ao aeroporto por um preço que não consegui entender, o meu ingrelês é de trazer por casa, não pelo quinteiro. Lá no final da rua arranjamos o mais difícil transporte desta terra o famoso triciclo que nos levou até ao cais por uns modestos 200 pesos. Chegados ao cais mal sabíamos nós na confusão que surgiu, preenche documento, paga documento, paga barco, isto é dar mesmo trabalho a umas quantas pessoas. Agora arrastar as malas até à entrada do barco, o que vale é que tivemos mais uma ajuda, um dos homens reparou na nossa dificuldade pois a escada é em madeira, muito ingreme e estreita por esse motivo o funcionário do barco nos ter ajudado, foi ele mesmo que trouxe o malão para dentro do barco. Quando chegamos à outra ilha mais um problema para descarregar a mala, mas à saída mais uma ajuda de outro homem, foram simpáticos e não vou esquecer. Agora apanhar mais um triciclo para o aeroporto, carrega portuga, por mais 100 pesos. Ia-me esquecendo o valor do barco foram de 50 pesos por pessoa. Aqui é que reparei como o preço é exorbitante.
Já no aeroporto reparei que era o mais rudimentar que eu conheci até aos dias de hoje, é que nem na África que conhecemos, termos visto uma coisa tão tosca. A minha mala tinha a mais 1,3kg tive de colocar umas peças de roupa no saco que a D. Júlia teve amabilidade de nos emprestar, olhem que nos tem feito imenso jeito, quando o entregar a Júlia bem o pode meter no lixo, pois este está velho e conspurcado de nhanha destes filipinos que a maioria são uns atrasados, sim estúpidos, tenho uma série de situações que me levam a pensar desta maneira. Depois de entrarmos na zona de embarque tivemos de passar para outra sala onde esperamos que venham autocarros para levar aquela gente para um ponto do aeroporto e embarcarmos. No avião estivemos algum tempo à espera que houvesse ordem de descolagem. O trânsito de aeronaves aqui é intenso, razão de tanta demora, O quê um avião de meia em meia hora, na volta estou a exagerar. Quando chegámos a Cebu tivemos de sair ir levantar a mala e fazer novo despacho, é que as companhias de aviação são diferentes. Outra falta, compro uma passagem de avião de Boracay até Puerto Princesa e levo com duas companhias adversas. A empregada da Philipines Air Ásia obrigou-nos a colocar toda a tralha na balança para pesar e é que tínhamos três quilos a mais, tive de pagar mais 900 pesos, se soubesse falar decentemente o inglês de certeza que lhe ia perguntar se não queria pesar os meus tomates. Ao fim tantas peripécias chegamos a Puerto Princesa, onde fomos alugar um carro tipo espada fora do aeroporto e julgo que foi o local onde os nossos antepassados, Carlos e Cláudio alugaram o seu bote. Nós um Toyota de cor laranja que nos trouxe até Sabang beach, local com uma vista maravilhosa sobre o mar. Mal chegámos alugamos um quarto no hotel Hill Myna Beach Cottges que mal percebíamos estar a 100 metros da praia. Também já pagamos o passeio para amanhã até ao rio subterrâneo. À noite fomos comer a um restaurante aqui bem perto em que fomos informados de ser dos melhores deste local. Eu e a Sofia pedimos dois pratos diferentes de peixe, uma cerveja e um shake de manga, no final de muito tempo veio o prato da Sofia, espanto que não viesse o meu, esperei pelo meu que tardou a vir, levantei-me para ir ter com a funcionária e perguntar pelo restante prato – afirmou peremptoriamente que estava esgotado, ok, então não vou pagar nada pela vossa triste falta. Assim foi, fomo-nos embora e assunto arrumado, ainda consegui comprar numa loja uma cerveja de 0,5 litros bem fresca e umas bolachas, foi este o jantar do Gilberto. Termino com uma data tristíssima para nós os dois, faz hoje um mês que o nosso querido Gonçalinho partiu, uma dor que prevalece nos nossos corações e muita raiva à mistura. São situações destas que há muitos anos as religiões para mim são um engano e ajuda os pobres de espírito a viverem na santa ignorância ou desconhecimento, como queiram interpretar. Mais digo sem quaisquer arrependimentos, não há deus nem santos, são simplesmente ideias de há milhares de anos em que as pessoas não tinham qualquer conhecimento da verdade. A morte é o fim de tudo, para os vivos uma tristeza e uma dor sem tréguas, nós que o afirmamos. Gonçalo fostes forte, foi pena que não nos escutasses tantas as circunstâncias, Beijinho grande da mãe do pai e do mano as pessoas que verdadeiramente te amam, coitadinha da tua avó que tanto sofre com a tua morte, ela não se esquece de ti.29 Dezembro – Acordamos cerca das 7h00 e faltavam poucos minutos para as 8h00 já estávamos na rua prontos para tomar o pequeno-almoço e partimos para a nossa visita ao rio subterrâneo.
A Sofia já estava um pouco nervosa porque o homem tinha combinado connosco estar aqui às 8h00 e já são 8h30 e ele nada. Por fim ele aparece, tarde, sem qualquer reparo e vimos que numa mesa ao nosso lado estavam também cinco pessoas à espera do filipino. Partimos e apercebemo-nos que ele não nos deu qualquer aceitação, tanto que a empregada do resort antes acenou-nos com a cabeça para partimos, nada de palavras. Lá fomos atrás deles até ao cais de embarque. Mais uma vez e como sempre a Sofia vai para estas coisas com receio. E quando viu o tipo de embarcação ainda pior ficou, subiu para o barco, depois de caminhar por cima de seixos e água por meio das pernas, partimos com alguma ondulação, contudo todos com os coletes colocados, não venha por aí algum percalço é que nunca se sabe. Percorreu-se uma distância aceitável para entrarmos numa enseada e desembarcarmos, outra cena que tivemos de sair com as ondas a baterem no barco e nós saltarmos para a água, até um dos meus chinelos ficou a boiar na água, já à entrada tinha acontecido o mesmo. Caminhamos até ao lago de acesso ao rio subterrâneo, de nome Cabayugan com uma extensão de 24km, quatro dos quais são navegáveis, nós apenas iremos visitar 1,5km, aqui nos deram um capacete e um transmissor em língua espanhola para nós entendermos a realidade do percurso, lá embarcamos numas canoas que não levam mais de 7 pessoas incluindo o mestre ou capitão de costa, aqui só pode ser capitão de lago-rio. Este rio está classificado pela Unesco como património mundial. Logo que entramos vimos que a escuridão é total e existem milhares de morcegos, esta embarcação tem um holofote que vai ao longo do caminho projectando luz nas zonas mais importantes, há figuras que nos fazem parecer elefantes, tartarugas ou outras imagens que possamos imaginar, como é que a natureza ao longo de milhares de anos contribuiu para nos presentear com tantas surpresas que nos surpreendem.Retomamos a marcha para a saída da escuridão, por sorte nada nos caiu em cima, pois os morcegos fazem coisas que repugnamos. Desembarcamos da canoa e mais à frente embarcamos no estranho barco de nome Balangay, por ondulação idêntica há de horas atrás e lá chegamos são e salvos a bom porto. Fomos até ao resort, demos uma volta completa pela praia para depois comermos qualquer coisa eu bebi uma cervejola de 1 litro e a Sofia um shack de ananás sentados numa mesa junto à praia, andei de baloiço e conversamos ao som do mar que aqui nesta praia tem uma ondulação forte. Fomos dormir e havíamos pensado em jantar no restaurante do resort, tem bons preços e algumas variedades, mas como tínhamos ido dormir e quando acordei perguntei à Sofia, então não vamos comer nada, disse que não tinha fome e estava com muito frio, foi desta forma o final do dia de aniversário do nosso casamento há 48 anos atrás, uma vida longa e…30 Dezembro – Combinamos ir para norte da ilha para Port Barton um local também muito apetecível a 160km donde nos encontrámos, no entanto já havíamos percorrido uns 90km, pensamos se não seria melhor irmos para El Nido a distância mais longe no nosso percurso e fomos mesmo para lá, percorrendo 267km na qual chegamos pelas 15h00, apenas fizemos uma paragem já em El Nido para marcarmos hotel, não havia grandes escolhas porque estamos na véspera da passagem de ano, mesmo assim marcamos um em que a distância é curtíssima, porém marquei o local no GPS do telemóvel e lá vamos nós, só que o local fica a 1,7km, quando chegámos o sítio era de outro hotel, logo nos indicaram que o nosso é muito perto do porto, lá fomos para trás e eis que agora vimos que a distância indicada quando do aluguer estava correcta, mas o ponto GPS, completamente equivocado.
O hotel fica a dois paços da praia e da zona movimentada da cidade. Cansados e transpirados fomos tomar banho para refrescar e logo saímos para trocar uns euros, só que hoje é sábado e os bancos estão encerrados, demos umas voltas e perguntamos num hotel onde seria possível cambiar euros, informaram-me que no restaurante Angel Wish situado na Serena St, em Barangay Buena Suerte fazem câmbios, quando lá cheguei este restaurante fica pertíssimo do hotel. Lá estava o estaminé montado com a indicação das moedas de câmbio, em destaque o euro a 58 pesos, perguntei se não podia alterar a cotação de imediato escreve num papel 59 pesos, ok, negócio feito. Ou seja, conseguimos arranjar um hotel perto de tudo que sorte a nossa. Nesta altura tinha pouca carga no telemóvel, fomos ao hotel que é ali pertinho, quando chegamos o empregado do hotel disse que havia um erro nas datas do booking, sim reparei que indicava check-In a 1 de Janeiro e Check-Out a 3 de Janeiro, mas que erro, vi na marcação final e lá estava esta data, mas a Sofia foi verificar na inicial e aí a data mencionada por mim era 30 a 1 de Janeiro, a questão é que o quarto onde nos encontramos estava já reservado para aquela data, conseguiu-se remediar a situação, só que tivemos de mudar de quarto, este de uma qualidade inferior, não nos chateamos.Questão resolvida, saímos e fomos ver um restaurante para jantar, encontrámos um à beira da praia que tinha várias qualidades de peixe, assim a Sofia optou por escolher lulas, foram retiradas do recipiente à nossa frente a senhora escolheu três exemplares enormes, mandou-nos subir as escadas e sentamo-nos num local sossegado, este restaurante encontra-se numa construção toda em madeira, coisa bem típica, até as mesas e cadeiras fazem o cenário, quando demos por conta estava completamente cheio,pedimos duas cervejas, fomos bebendo e algum tempo depois apresentaram as lulas em três pratos separados, serviço exemplar, mais adiante mais duas cervejas e conseguimos devorar todo aquele arsenal. Este jantar faz parte do dia de anos da Sofia ela faz hoje 67 anos, que se repitam por longos anos, são os meus desejos. Pena nesta altura da vida sermos somente 3 e mais 2 peludos. Saudades e lágrimas do nosso rapazola que nos está a fazer tanta falta.31 Dezembro – Longe da nossa terra natal, quase no outro lado do mundo iremos passar a passagem de ano nesta terra maravilhosa, El Nido nas Filipinas. Ontem compramos um pacote para visitar três ilhas que ficam algumas milhas de onde nos encontramos. Iniciamos a viagem e percorrida uma primeira distância razoável tivemos uma primeira paragem numa praia sendo incontestavelmente a melhor que permanecemos até hoje nas Filipinas ou mesmo nas caraíbas, esta tem uma água completamente translúcida, com uma cor de sonho, ondulação quase inexistente e uma temperatura da água fenomenal.
Apenas se pode vir para esta praia ou ilha de barco, não existe outra forma de lá ir ter. Permanecemos 1h30, o suficiente. Partimos para a próxima paragem noutra ilha também com uma praia excelente onde almoçamos. Mais tarde saímos para a proximidade de outra ilha onde alguns dos companheiros, que são franceses, italianos e colombianos e mais um casal que não chegamos a saber a sua nacionalidade estiveram alguns a fazer mergulho e snorkeling. Ao todo eramos 11 passageiros, nós olhamos e pouco mais fizemos. Terminada esta tarefa abordamos outra ilha em que os aficionados pelo snorkeling, mostraram mais uma vez as suas faculdades, porém um francês e um italiano foram picados por uma medusa, peixe balão que com os seus espinhos provoca dores fortes. Os filipinos conseguiram reduzir as dores com água fria nos locais afectados. Num outro local foi a altura de andar de canoa, o mar calminho a água límpida e a boa vontade de dar uma voltas. Foi aqui o final no passeio, a partir de agora vamos fazer mais umas milhas e regressar a El Nido. Mal chegámos fomos tomar um banho refrescante para tirar todo o salitre do corpo. Também temos de ir comer, eram 6 horas quando fomos jantar, ou seja, jantar de velhos que se vão deitar cedo, nem pensar. Comemos dois pratos de camarões, uns com um preparo filipino de alho e outro com caril, tudo nos trinques, acompanhados de duas cervejas S. Miguel e dois sumos de calamansi, uma das bebidas favoritas da Sofia aqui nas Filipinas. Refeição terminada, fomos andar pela principal rua da cidade, muito movimentada mais parece uma zona pedonal duma cidade europeia.Fizemos mais uma compra de magnéticos para a Sofia oferecer às suas amigas. No hotel comprei finalmente a máscara que o Gonçalo tanto queria, vai ser colocada no seu quarto juntamente com a adquirida na Papua-Nova Guiné. Ainda temos de comprar a de Taiwan. Nesta altura são 21h45 e já existe uma barulheira infernal, vamos ver como será a meia-noite. Combinámos sair do hotel por volta das 11h30 para presenciarmos a passagem do ano na rua. Que 2024 nos seja totalmente adverso ao ano trágico de 2023. Às 11horas e qualquer coisa estávamos a sair em direcção à zona marítima onde nos mantivemos por largos minutos, iam estoirando alguns foguetes, uma barulheira infernal das motecas e mais pessoas se foram juntando por aqui, chegada a meia noite, ou mais faltavam uns 5 minutos começaram a deitar mais foguetes até que à meia-noite, ruídos, estoiros, gritos, música e muita bebida à mistura, a maioria das pessoas são ocidentais, entre australianos, americanos ou de toda a parte do mundo, até entre a multidão encontravam-se dois portugueses que não faziam nada, uns caras de pau. Durou muito tempo o fogo de artificio, mas resolvemos passear pela ruas principais apreciando a alegria de tantos, conseguimos andar uma hora até que fomos para o hotel. Quando chegamos o dono tinha bebidas, bolos, comida e o célebre porto filipino “lechon” para comermos, o porco era enorme e ainda tinha muito para se comer, mais de metade, mas nós sem apetite, apenas comemos uns doces e refrigerantes. Uma atitude simpática que ninguém esquece. Mantivemo-nos por ali algum tempo para depois nos irmos deitar.
1 Janeiro – Partimos para Long Beach em S. Vicente, tudo a decorrer com normalidade, mas ao fim de 100 quilómetros o sinal GPS, baralhou-se e por muitos minutos não tivemos informação das estradas a percorrer mantivemo-nos na rota de que era sempre em frente, pois também as estradas são poucas e não há nada que enganar, ao fim de umas dezenas de quilómetros apareceu o sinal GPS, vimos que íamos bem, mais uns quilómetros e o sinal desaparece, volta aparecer e lá vamos fazendo quilómetros a certa altura surge a informação de que faltam 90km para o final depois 46, mais diante mais dados irregulares aparecem, parei e tive de perguntar qual a estrada para Port Barton, porque há alguns quilómetros atrás resolvemos alterar o destino final, disseram-me que era no sentido contrário, foda-se como é isto possível, eu nunca mudei de direcção, não consegui compreender a realidade é que de certeza fiz umas dezenas largas de quilómetros, nalgum cruzamento da treta nestas estradas sem quaisquer sinalização ou placa a dizer terras ou quilómetros, nada disso aqui existe, mais a merda do sinal GPS baralhou-se completamente, nunca em altura nenhuma indicou que deveria inverter a marcha ou lá o que fosse.
Fiquei mais do que danado com esta treta de GPS e a falta de sinalização. Há muitas ilhas, locais e pessoas que são do terceiro mundo, isso não tenhamos qualquer dúvida. Entretanto lá chegamos, tentei logo arranjar onde ficar, foi muito fácil como tem acontecido até agora. Fomos depois até à praia que não gostamos, fizemos como sempre um longo percurso a pé, o tempo está a pedir chuva, muito nublado, porém com uma temperatura agradável. Quando chegou a hora do jantar é que foram elas – primeiro restaurante que fomos este na praia, muito bom aspecto, tivemos de nos descalçar para entrar, sentamo-nos e trouxeram o cardápio com imensos pratos, pedimos um prato de peixe para mim e outro diferente para a Sofia, resposta, não temos, o quê não têm! A Sofia tentou outro prato e a mesma resposta, levantamo-nos e pusemo-nos na alheta. Um outro pormenor, como nos queriam bem instalados e como estava muito calor a empregada foi buscar uma ventoinha enorme e ligou-a atrás de mim eu ainda lhe disse, aí não, tentou mudar a posição, mas não fez nada de bom, pois o vento continuou a bater nas minhas costas. Percorremos mais uma distância e fomos pensando o que vamos comer. Como tínhamos passado também na praia por um outro restaurante cheio de bom aspecto e qualidade lá entramos pedimos pizza e até perguntamos se uma pizza dava para dois, disseram que não tinham, este restaurante fazia propaganda numa placa da entrada a pizzas e comida italiana. desta forma arredamos mais uma vez pé. O outro pormenor, não é a primeira, nem segunda, muito menos a terceira vez que lidamos com pessoas muito burrinhas, já tivemos um sem número de borradas que seria fastidioso estar a enumerá-las todas, algumas já as fiz, mas vou ficar por aqui. Cansados viemos para o interior da vila onde a maioria das ruas são térreas, lama, buracos, barraquedo, pouca luz e muitos cães. Não tivemos medo de passar por locais sem uma lâmpada, sabíamos que era em frente pois lá adiante via-se luz. A determinada altura mudamos de rua e numa tasquinha de rua com duas ou três mesas e onde já estavam a comer três estrangeiros. Reparamos que tinha numa bacia umas lulas, noutra camarões e noutra uns peixes tipo atum. Escolhemos duas lulas, seis camarões que eram grandes e um peixe. Esperamos que tudo fosse assado e lá conseguimos jantar, trouxeram duas cassolinhas com arroz que só aqui nas Filipinas é que comemos este tipo de arroz, já estivemos numa grande quantidade de países desta zona e nunca mos havia comido tal tipo de arroz – branquinho parece que tem cola e nem uma pitada de sal, ok já estamos habituados. Viemos a saber que as pessoas que estavam ao nosso lado a jantar para nós e pela fala pareciam russos, não o eram, eram Sérvios.
2 Janeiro – Hoje a Sofia acordou com todos os azeites, inicialmente tudo bem, fomos tomar o pequeno-almoço, um pouco diferente, mas iguais a todos os outros, é que nada muda, somente o nome. Fomos até à praia com alguns pingos à mistura e ela adora contrariar-me, embirrando com tudo, deixei-a só e fui dar uma volta, quando regressei lá estava ela no baloiço.
Fomos dar uma volta pelo interior da vila e começou a chover, tivemos de nos abrigar num telheiro de chapa ondulada e mantivemo-nos por muito tempo a chuva engrossou e não dava nada para nos pormos a caminho, estivemos mais de meia-hora ali de baixo, quando passou fomos recarregar o cartão da Globo pois recebi mensagem que amanhã dia 3 ficaria anulado. Foi numa lojinha de madeira e lata o dono que vende estes cartões e outros, mais uns telemóveis fez o serviço por mais 12 dias por 200 pesos, barata a festa. Também chegou a hora de comermos, como já havíamos passado por vários locais com bom aspecto, foi apenas de nos localizarmos e conseguimos um deles. Arranjámos onde comer bem, tudo com bom aspecto, a quantidade soberba, não conseguimos comer tudo apesar no nosso esforço. Sim caso raro em Port Barton. Algumas informações deste país que é composto por 7641 ilhas, cuja capital é Manila. Teve a sua independência de Espanha e dos Estados Unidos em 1898, mas somente reconhecida a 4 de Julho de 1946, a população ronda os 103 995 000, há uma diferença horária em relação a Portugal de 8 horas. O nosso Fernão de Magalhães em 1521 deu o início da colonização europeia. No final do século XIX, ocorreu a revolução filipina, contudo a Espanha não reconheceu a sua independência e cedeu o território aos Estados Unidos, estabelecendo o controlo até à 2ª guerra mundial em que os japoneses invadiram este país, após a libertação as Filipinas tiveram por fim a sua independência reconhecida pelo Estado Unidos. Hoje mais dois portugueses desbravam estas terras longínquas, Sofia e Gilberto, praticamente sós neste mundo.3 Janeiro – Hoje vamos tentar chegar à praia de Long Beach situada em San Vicente, pois há dois dias abortarmos o itinerário pelos factos já mencionados.
O despertar foi sem pressas, arrumamos as malas, sacos, mochilas e tudo o que trazemos atrás de nós que não é pouco, são 47 dias e tivemos de nos acautelar. No entanto a Sofia tem vindo a lavar toda a roupa, mas se usássemos a mesma roupa durante mais dias seria fastidioso é por isso que vimos carregados e dia 5 de Janeiro vai fazer um mês que estamos viajando. Fomos tomar o pequeno-almoço no mesmo restaurante onde ontem estivemos a almoçar, como gostamos, aí está a ideia de lá irmos novamente. Pedimos um pequeno-almoço um pouco diferente e fomos informados que ia demorar mais de meia-hora, sim nós esperámos. Passado alguns minutos a funcionária informou-nos que não tinham manga e deveríamos escolher outra coisa, lá tivemos de optar por algo que não era o inicialmente suposto. Imediatamente veio os copos de café com leite e mais de meia-hora depois apareceram os nossos pratos. Estavam bem servidos, não conseguimos comer tudo quem nos deu uma ajuda foi um cão que se abeirou de nós e íamos-lhe dando ração.Terminada esta tarefa fomos para o hotel carregar o resto da tralha e pusemo-nos a caminho. Neste trajecto coloquei a opção de passarmos por uma bomba de gasolina que são poucas por estas terras e pôr mais uns litros como segurança. Verificamos que hoje o GPS tem funcionado em pleno e conseguimos finalmente chegar ao destino. Chegamos a um caminho térreo que dá acesso à tão badalada Long Beach, nem uma pessoa conseguimos ver nesta praia, sem dúvida ela é imensa e o mar com ondulação forte, mas nem vivalma. Tivemos de procurar hotel, aqui sinal de net não existe, fomos andando e num acesso estava uma placa a indicar hotel Elizabeth Resort and Villas, lá fui, perguntei preços a funcionária não me podia dar o preço, no entanto ia chamar o boss, assim sucedeu, veio o tal boss que perguntou se não queria ver o quarto, disse-lhe que não pois nesta altura o que me interessa é o preço da estadia.Quando me informou que eram 25 000 pesos, informei-o que era mais caro do que o Sheraton numa grande cidade europeia, sempre simpático adiantou que me podia fazer uma atenção para ficar nos 20 000 pesos, disse-lhe, não posso aceitar é um valor exorbitante. Como neste local havia dois traços de net aproveitei e consegui marcar hotel bem perto, fiquei com cautela porque não tinha forma rápida de saber onde fica, ainda perguntei ao boss e bem simpático me informou que fica a cerca de 600 metros daqui, logo finalizei a reserva pelo booking. Este hotel “La Bella Swiss Inn”, é o melhor hotel em que estivemos desde que aqui estamos nas Filipinas, amplo, organizado, com uma varanda com uma mesa em madeira e quatro cadeiras rústicas, duas camas de casal, super limpo e um restaurante e bar com vista panorâmica. Sem qualquer dúvida é excelente.Pela tarde fomos até à praia que está a 100 metros, cederam-nos duas toalhas de praia. Apenas nós, sós nesta praia, nem habitantes, nem barcos, nem nada, uma praia para nós os dois. Tomamos a banhoca com alguma ondulação que a Sofia não gosta, para de seguida pormo-nos ao sol, foi preciso começar a ficar escuro e arrancamos, pois, a chuva vem aí, foi o que aconteceu passados alguns minutos estava a cair em quantidade, mas, já estávamos abrigados no hotel.4 Janeiro – Quando acordamos estava a chover a cântaros, tivemos de estar à espera que amainasse para descermos as escadas exteriores e irmos tomar o pequeno-almoço, numa sala do lado oposto do hotel.
Não tivemos pressa em nos despacharmos bem como da nossa saída deste lugar tão amistoso. Mais uma vez ao fim das tantas vezes que têm acontecido, tivemos de pegar na nossa tralha descomunal e colocá-la no carro alugado há 8 dias atrás. Ligamos o GPS para nos ajudar a sair desta encrenca de ruelas e atalhos, porque não é nada fácil conduzir apenas com o nosso intuito de que é sempre em frente, engano, tantas viragens à esquerda ou direita para nos embrenharmos noutras vias. Assim que saímos começamos de imediato a fazer quilómetros para que a distância fosse encurtando, a nossa velocidade de cruzeiro manteve-se e os quilómetros custaram a passar. Também estas vias passam por locais verdejantes, mas nunca existe um parque ou um desvio que nos leve com segurança a uma praia que estão sempre ao nosso lado ou a uma montanha. Ao longo de todo o trajecto há obras por todo o lado, algumas paradas, há muitos meses ou anos, há locais em que a vegetação já ocupa uma das faixas, o trânsito é pouquíssimo. Desta maneira chegámos a Puerto Princesa. Fomos atestar o carro para o ir entregar. Estivemos à procura de hotel no booking, há imensas ofertas e uma variedade de preços para todas as carteiras. No final optamos por um que achamos ser interessante. Marcação e pagamento efectuado, agora é vermos onde ele se situa, muito complicado o mapa GPS dá-nos posições estranhas, mas que baralhada até apareceu a nossa cidade do Porto, caramba. Não estivemos para nos chatear mais, fomos então devolver a viatura e pedi ao fulano que nos fez o aluguer se nos podia ir levar ao hotel. Este na verdade não sabia totalmente a sua localização, fui vendo na net e já muito perto é que consegui descortinar o local. É que o nome de verdade não está mencionado em lado nenhum, nem na entrada do hotel este nome está assinalado. Perguntou a um guarda que faz vistoria numa estrada de acesso a um hotel com outro nome, este disse que sim o nosso fica mesmo ali. A pessoa que se encontrava na recepção perguntou-me se falava espanhol, quase de imediato adiantou que podia falar português, dizendo-me que era de Barcelona e que possuiu um negócio em Leiria há anos.Arranjou-nos um quarto fabuloso com uma vista excelente para uma baía onde a nossa vista se perde no horizonte. Adiantou e quis saber qual o nosso programa ou ideia para hoje, este mencionou algumas, mas achou que estávamos cansados e seria melhor repousar. Quis saber o que queríamos jantar, porém, combinamos que por volta das 18h00 estaríamos na recepção e aí nos indicava os locais para jantar. Nessa altura achamos que até comíamos pizza, porque há mais de um mês que não comíamos esta iguaria. Informou que tinha uma pizaria onde a sua esposa se encontra, desta maneira pegou num jipe e mais as suas filhas de 7 anos e 3 anos, lá fomos até ao local. Pelo caminho contou-nos que este é um país onde se pode ganhar dinheiro, tais como o pagar de impostos cerca de 2%, os seus empregados que até diz serem bem pagos que ganham 7 ou 8 euros por dia e que o investimento é rapidamente recuperado que na época alta tem imensos turistas europeus, tais, como espanhóis, italianos, portuguese e outros.Disse-nos que na Europa nada disto é praticável. E mais disse que uma pessoa aqui com 2000 euros mensais tem uma vida de rico. No entanto chegámos à pizaria e logo nos apresentou à sua esposa que por acaso é filipina e bonita. No piso superior desta pizaria tem um hotel que se destina aos mochileiros. Este homem deve rondar 35 anos com uma visão de negócio fantástica, pois mais outra situação nos contou. Comemos uma piza de peperoni, mais salada com pesto e batatas bravas e nós que achávamos que nas filipinas não havia batatas, só havíamos comido arroz e legumes, ficamos deliciados com tudo e mais, com as minhas duas San Miguel e a Sofia com dois copos de rum com coca-cola. Estava tudo uma delícia. Terminada tal árdua tarefa em que as batatas bravas foram oferta, regressamos aos aposentos apanhando um triciclo que o carroceiro nos pediu 150 pesos, dei-lhe 100 e ainda ficou a resmungar. O dono do hotel tinha-nos informado que o valor seria de 40 pesos. Mais um dia terminado com êxito e muito pouco programado a situação mais normal entre nós.5 Janeiro – Pela primeira vez passei uma noite com imensos pesadelos, sonhei com duas cobras brancas, nisto acordava e passados momentos o mesmo sonho, na minha mente este sonho era partilhado com a Sofia, acordei muitas vezes ao longo da noite, de manhã estava cheio de sono.
A cama é super cómoda o quarto sossegado com uma varanda que entra um pouco de claridade, porque eu se já não gostava da noite agora é um grave problema, adormeço com dificuldade e sempre no pensamento o nosso querido filho. Todas as noites tenho conseguido adormecer desta forma hoje não. Tomamos o pequeno-almoço no hotel, diferente de todos os outros, iogurte, semente de chila, góji, mirtilos, figos, doce e sumo de maracujá, terminando com um café americano com leite. Tal como havíamos combinado com o dono do hotel este arranjou-nos um passeio que achamos interessante, perguntou-nos se queríamos sair de táxi que iria rondar os 2000 pesos ou irmos de triciclo que ficava pelo 700 pesos, fomos para a opção mais económica. Partimos, andamos cerca de 15 quilómetros e chegamos à porta de entrada de Iwahig Prison and Penal Farm, tivemos de sair e deixar um documento nosso nos guardas da portaria, entramos novamente no triciclo e fomos para uma parte do presidio, no caminho cruzamo-nos com muitos dos presos que se encontram a trabalhar no campo ou se deambulam pelas bermas, muitos acenam outros apenas olham.O primeiro contacto directo foi com um que queria vender bugigangas feitas por eles, logo outros apareceram. Ficamos a saber que quase todos trabalham com excepção dos mais recentes presos, estes encontram-se isolados e sem contacto com o exterior. Também quem tentar fugir a pena capital é cortarem-lhe o pescoço com esta situação o melhor é esquecerem, tanto mais que numa ilha rodeada de mar a fuga é inglória. Não houve qualquer obstáculo que nos dissesse que não podíamos falar com quem fosse, falamos com alguns sempre à vontade, podemos tirar fotos, apenas que não tirássemos fotos que apanhasse o polo que trazem vestidos com o nome da prisão e número, evitamos. Saímos e vimos que é uma grande área onde eles trabalham, nesta altura andam a cultivar o arroz.Não há muros e vedações são poucas, ao longo da estrada vimos alguns guardas que nos acenavam. Concluída a nossa visita fomos para um parque onde se criam crocodilos de água doce e salgada, vimos uns quantos com bons metros outros pequeninos, nesta volta vimos uma águia que se alimenta de cobras e uma jaula noutro local com macacos. Eu que julgava estar fora de perigo pela distância que me encontrava dos macacos, um deles conseguiu passar o braço bem fino por uma rede estreita e arranhou-me no braço, fazendo sangue com as suas unhas nojentas. Estive a limpar com um toalhete, mas o sangue custou a estancar. Viemos para o centro de Puerto Princesa no triciclo e fomos até ao Mall Robinsons Palawan, onde fizemos umas voltas e reparamos que é um centro comercial igual a tantos existentes na Europa, limpo, produtos de qualidade e muitas ofertas de todos os artigos que se possa imaginar. Mais tarde fomos jantar ao mesmo local de ontem, o restaurante do dono do hotel.De seguida retornámos ao hotel onde nos encontramos de momento à espera que pelas 21h30 venha um táxi buscar-nos para nos levar ao aeroporto onde iremos partir pelas 23h40 com destino a Manila. À hora combinada chegou o dito táxi, um Toyota Alfard Van, branco, nós encontrávamo-nos no hall do hotel e quando este carro chegou pensamos que fosse algum cliente especial, mantivemo-nos ali no nosso lugar até que o funcionário do hotel nos disse que está ali o táxi, ok, carregamos as trouxas e aí vamos para o aeroporto, chegamos e o preço que pagamos 380 pesos, igual a 6,44€. Fomos fazer o check-In e trâmites de embarque para de seguida andarmos para a sala de embarque.Já perto da saída do avião, surgiu a informação de que o voo foi cancelado por causa do mau tempo em Puerto Princesa, grande aldrabice e que a nova hora de embarque será dali a 7 horas, só nos faltava esta.
6 Janeiro - Várias pessoas depois de ouvirem tal informação saíram, talvez por morarem ali perto,
nós como todos os restantes passageiros tivemos de levantar a mala e irmos para as reles cadeiras deste pobre aeroporto que nem tem nenhuma loja a vender comida ou água que seja. Por volta da uma da manhã apareceram uns pacotes com comida e água que andaram a distribuir pelas pessoas, também fomos contemplados – arroz pileca, 4 nacos de toucinho com muita gordura, molhanga, legumes e para sobremesa uma minúscula amostra de bolo 2x2cm, não estou a exagerar em nada, sim também uma garrafa de água. Permanecemos sentados que nem dois cucos, até às 4 da manhã altura que começaram novamente a fazer o check-In, para que somente embarcássemos às 7 horas, sim partimos cansados de tanto tempo esperar que a incompetência resolvesse mais um problema ocasionado pela falta de respeito que existe em quase todo o mundo, mas aqui é demais, todos os dias deparamos com situações que nem o diabo se lembra.Havíamos reservado duas noites no Hotel Savoy em Manila, mas esta foi-se, apenas deu para descansar algumas horas do dia e às 13 horas resolvemos sair e irmos até Intramuros, catedral de Manila, Casa Manila, Forte Santiago, igreja de San Agustin e outros. Fomos comer num dos restaurantes da Casa Manila, mas como de costume tinha de aparecer mais um problema, então a minha cerveja que tinha custado módica quantia de 500 pesos, eu pedi uma San Miguel que me disseram não ter cerveja em garrafa, apenas à pressão, então que venha uma à pressão, só soube do preço quando olhei para o talão, é pá, a cerveja à pressão nesta tão humilde terra é ouro. Então, vieram os pratos da comida, depois alguns minutos surgiu a water melon da Sofia e a minha cerveja nada de aparecer, tive de descer as escadas e perguntar, disseram para esperar um pouco que já traziam a cerveja, mais minutos e pergunto a um dos funcionários a minha cerveja, este com cara de parvo e atitude de um inútil olhou para mim e desaparece.Até que cansado de tanta incompetência e de tanta pergunta, desço novamente a escada e novamente a pergunta.
A fulana tinha no fundo de uma caneca um pouco de cerveja e começa a encher, digo logo que assim não, eu quero uma cerveja como deve ser, assim começou a
encher nova caneca e vi que só saía espuma, algums coisa estava mal ou ela não sabia tirar cerveja ou o barril estava no início, o outro empregado que estava por ali disse a ela para juntar a tal cerveja que estava na outra caneca, dei logo outro berro, não e não mesmo, é para acreditar estive uns 5 minutos até que ela conseguisse encher os 0,5 litros, mesmo assim roubados pois tinha uma altura de espuma considerável. Quando me sentei a Sofia logo questionou, tanto tempo! Tive de lhe dar a total explicação para que pudesse entender todo aquele tempo. Hoje como todos os dias muito calor e por cima cansados da terrível noite que passamos, regressamos ao hotel onde nos fomos deitar para acalmar os nossos pecados.
7 Janeiro – Permanecemos na cama por longas horas, tanto que na noite anterior usufruímos de marcar a viagem até Taiwan, pois os tantos e-mails que enviei e recebi da Cebu Pacific, não levou a nada depois de a própria companhia assumir que resolvia o assunto e de tantas perguntas algumas despropositadas, cheguei mais uma vez com a certeza de que a incompetência abunda em excesso por aqui, ou é que eu estarei a viver com uma classificação muito elevada.

aérea para peões, foi isso mesmo que fizemos, logo que subimos no elevador e à saída as nossas bagagens passaram pelos infravermelhos para podermos entrar,
pois esta passagem é apenas para os passageiros de acesso ao aeroporto. Mais à frente fizemos o check-In, fomos para a zona de saída esperar pelo embarque que surgiu mais ou menos na hora prevista. Levantamos voo e lá vamos a caminho de Taiwan.
8 Janeiro – Eram cerca da 1h00 quando aterramos, fizemos toda a caminhada dentro deste movimentado aeroporto para darem-nos os vistos de entrada, depois fomos trocar algum dinheiro e comprar cartões para a net, este serviço encontrava-se já encerrado.
Cá fora arranjar táxi para o hotel, encontramos um candongueiro que nos propôs 1200 dólares taiwanês, tentei negociar o preço, mas disse-me que a distância é muito grande e que aquele preço é razoável. Pediu para ficarmos ali à espera, só que a espera foi tão grande que a Sofia já desesperava, por fim apareceu um outro chinês já de certa idade com uma conversa que nós não entendemos nada, nada mesmo, apenas os gestos e que fossemos atrás dele, não tivemos problemas fomos atrás dele para uma parte escura do aeroporto, em que dali a poucos minutos aparece o chinoca que inicialmente tinha falado connosco, o que me apercebi é que ninguém podia ver o que se estava a passar porque ali estava um negócio escuro. Borrifei-me e lá vamos a caminho do hotel Walker, situado nº 97 Chenggong Road, Sanchong District – Taipei 241, a distância rondou os 36 quilómetros. Finalmente chegámos ao hotel. Sucedeu que quando estava a fazer o check-In informaram-me que estava no local errado, mas como é possível este não é o hotel Walker, é sim a sua reserva está feita para o hotel Walker no distrito ao lado, mas que confusão.O recepcionista disse que podíamos ficar ali, mas adiantei que não, tinha feito reserva no outro e vamos para lá, só que a estas horas, duas e tal da manhã vou precisar de um táxi e perguntei é muito longe, não 20 minutos a pé, olhem lá nós a estas horas sem conhecer nada de nada pôr-me a caminho e logo a pé, pedi para me chamar um táxi, esta lá chamou um táxi. A distância é longa na verdade, é como descer a Fontes Pereira de Melo e Av. da Liberdade até ao Rossio, lá chegamos e fomos bem recebidos, já havia e-mail a confirmar que chegaria tarde e eles a dizerem-me mais do que uma vez que o cartão Revolut não tinha funcionado, ah sim, posso então pagar com esse cartão e saiu tudo certo, o cartão que paguei era o Revolut. Fomos dormir e eram 8h30, já acordados e lá vamos ao banhinho para de seguida tomarmos o pequeno-almoço que está incluído. Havia pratos de carne, massa, arroz, molhos, verduras e pão de forma, doce, manteiga e sumos, também havia uma máquina com café, tudo à descrição dos esfomeados, mas não é o nosso caso.Comemos pão com doce e manteiga e sumo, nem café quisemos, e não quisemos porque tínhamos de moer o grão do café para podermos tirá-lo, não percebemos nada disso e como não vimos ninguém a tirar café, ponto final. Na recepção perguntei onde poderia comprar o cartão da net, informou que ali bem perto mostrou-me a loja que viu na net e foi o suficiente para encontrá-la, tinha dito que só abria às 11h00, aproveitamos e fomos dar uma volta pelos quarteirões adjacentes e esperar que a loja abrisse. Faltavam 5 minutos e já estávamos à porta, pontualidade chinesa abriu o estaminé à hora exacta, eram duas raparigas, novas, práticas e simpáticas que nos venderam o cartão por 500 dólares, válido para 5 dias. Foi super-rápido não foi preciso qualquer jogada para ter acesso. Agora já munidos de tudo o que vamos precisar, vamos arranjar táxi para nos levar ao primeiro local que optamos por ir, fomos então visitar o templo Longshan, é um templo famoso, serve para o povo adorar Guanshiyin Budda e outros espíritos divinos, este templo foi construído em 1738. Detivemo-nos algum templo apreciar os gestos e atitudes dos crentes, as pessoas acreditam em tudo, vivem na ilusão. Lêem papelinhos compram coisas, deitam pedras no chão que têm de cair de determinada forma, há também uma peça enorme que eu lhe chamo defumadouro em que as pessoas saem dali a cheirar a bruxa, um sem fim de atitudes. Fotos tiradas e não há dúvida, apreciamos arquitectura que é fantástica. Terminada a visita a este local seguimos viagem para o Memorial Chiang Kai-shek, monumento nacional erguido em memória ao ex-presidente da república da China. Este complexo abrange uma área enorme onde estão incluídos outros edifícios também alusivos à história deste país que não é reconhecido como tal por todos os países do mundo. Foi um excelente passeio por estas bandas, conseguimos ver o render da guarda no edifício onde se fazem as honras de Chiang Kai-Shek, demos umas voltas pelo seu interior situado no piso inferior, aí comprei os primeiros postais que vou ter desta terra. Daqui partimos para visitar o Taipé 101 o edifício mais alto de Taiwan, subimos até ao 96º piso, tiramos muitas fotos e conseguimos ver a dimensão desta cidade.Para final do dia fomos para o Mercado de noite em Shilin um dos maiores e mais populares, jantamos num local engraçado, tipicamente chinês, fazem todas as refeições à nossa frente, escolhemos quatro pratos que vinham acompanhados de vários legumes à parte, mais arroz, sopa que a Sofia adorou e os sumos à descrição, também a sopa e o arroz é quanto queiras comer. Foi uma novidade pois apenas víamos esta forma de comer e fazerem a comida à frente do cliente nos filmes ou reportagens televisivas, tudo com higiene e qualidade. Por fim fizemos mais umas voltas e ainda tivemos tempo para entrar no templo Shilin Cixian da deusa Mazu que está decorado com centenas de lanternas. Aqui demos por terminado o dia de hoje e o primeiro em Taiwan.
10 Janeiro – Tem acontecido todos os dias, nunca temos pressa em sair, tudo nas calmas temos actuado desta forma e é assim que nos sentimos bem. Gostamos imenso de estar neste hotel, primeiro pelo local onde se encontra, segundo pelas comodidades e sossego, uma maravilha.
De todos os hotéis que temos frequentado, apenas não gostamos de um, não gostamos absolutamente nada foi o de Boracay. Ontem já tarde pensamos ir ver o Fo Guang Shan Buddha Museum que fica bastante distante e em princípio temos algumas dúvidas como chegar lá, mas vamos tentar. Apanhamos o metro para a estação de Kaohsiung Main Station para de seguida apanhar o comboio que nos colocasse mais perto no destino final. Neste percurso uma chinesinha muito simpática viu-nos a consultar os placardes onde estão os horários e estações de destino, esta perguntou-nos se precisávamos de ajuda, sim, afirmamos. A sua simpatia foi enorme que fez o percurso de uma estação connosco para que a determinada altura nos disse que se fossemos de autocarro era mais eficaz para nós e mais perto ficaríamos, aproveitamos a informação e fomos mesmo num pequeno autocarro para percorrermos à volta de 35 quilómetros.Quando chegamos a paragem era mesmo no largo de acesso ao templo. Aí começamos a nossa longa visita, aproveitamos e fomos tomar o pequeno almoço no Starbucks, comemos um bolo com passas e um café americano com leite, cada um, isto já dentro das instalações do templo, percorremos alguns metros e ingressámos no primeiro pagode onde vimos um vídeo sobre este vasto complexo. Caminhamos até ao edifício principal onde tudo é sobre o Buddha, vimos imensas estátuas do dito uma delas gigante toda feita em ouro, foi o único local onde não nos deixaram tirar fotos de resto passeamos sempre à vontade. Descobrimos objectos lindíssimos e muito valiosos, um templo riquíssimo onde muito chinês aqui vem para recitarem as suas palavras diante de estátuas do Buddha.Acabamos as nossas voltas e fomos para a paragem apanhar o autocarro que nos trouxe até aqui. Estava mais uma vez a ver os horários nos placardes quando outra senhora me pergunta se precisava de ajuda, disse-lhe que estava a ver os horários e o tempo que ia estar à espera. Perguntou-me para onde íamos e aconselhou-me apanhar outro autocarro, pois era mais rápido e não tinha que mudar de transporte, aproveitei a informação e ainda adiantou que também ia para aquela estação com as suas amigas. Quando chegámos ainda se prontificou a dizer onde comprar os bilhetes bem como o comboio que deveríamos utilizar para nos levar até Tainan. Ou seja, este povo é deveras simpático e querem sempre ajudar os estrangeiros esta ficou espantada ao saber que nós os dois estávamos a viajar solitários, porque não em grupo, pois nós chineses viajamos sempre com mais companhias e de tão longe e onde fica Portugal, nunca tinha ouvido falar de portugueses.O que aconteceu foi que fizemos o percurso entre as estações de Zuoying e Tainan num comboio regional que pára em quase todas as estações. Mal chegámos a esta cidade, sentamo-nos fora da estação e começamos à procura de hotel, vimos uns quantos e reparámos que existia um aqui bem perto com o nome de Yoshi, não mais do que o nome perfeito de um dos nossos quatro patas, peludinho, foi logo eleito e a 100 metros de nós, que mais queríamos. Pusemos os pertences e saímos para visitar a rua mais famosa da terra, fomos a pé e mais uma vez a merda do GPS começou a baralhar-se dando a dianteira quando a realidade era ao contrário, andamos uns 400 metros com este erro que não consigo entender.Visitada a rua Shennong, fomos para o mercado também a pé tratar das horas das nossas barrigas, chegámos ao Wusheng Night Market, mercado enorme e já repleto de pessoas, caminhamos ao longo deste, comprámos umas bolinhas que não sabemos do que são feitas, mas deliciosas, mais adiante outra compra surgiu, desta vez uns chás que iremos adorar quando chegarmos à nossa casa. E eis que vimos uma quantidade de pessoas a comerem peixes inteiros, olhamos, vimos que têm bom aspecto e lá compramos um, neste caso haviam mesas para nos sentarmos, mas tínhamos um problema não havia nada para beber. A Sofia olhou para uma mesa ao lado e o rapaz tinha um copo com bebida, fui-lhe perguntar onde podia comprar alguma coisa para beber, disse-me que ali adiante podia comprar, mas que ia comigo para me indicar o local exacto. Fomos lá e existiam vários tipos de bebidas, mas a maioria com leite, disse que leite não, então aconselhou-me uma que tinha como mistura um copo de Saké e deram-me a provar, gostei e trouxe dois copos tipo da coca cola do Mc Donald’s dos grandes.Quando cheguei à mesa ainda o peixe não tinha chegado, mas pouco tempo demorou. Este veio com os célebres dois pauzinhos para cada um e começamos a devorar este peixe tão saboroso.
A Sofia no início teve alguma dificuldade no manusear dos pauzinhos, porém rápido se desenrascou. Comemos tudo e mais se houvesse, acompanhado pela tal bebida que nos deu mais alento para o final da noite.
Mais voltas fizemos por este mercado e regressamos ao hotel mais uma vez a pé. Hoje pelas contas do telemóvel da Sofia ficamo-nos pelos 19000 passos.
11 Janeiro – A vantagem deste hotel é que está perto dos muitos lugares que visitamos e a pouca distância da estação de comboios.
Como hoje temos de ir para norte optamos pela viagem neste transporte que é o meu eleito desde miúdo, altura que comecei a andar de comboio e que eu me lembre deveria ter uns 3 aninhos, no trajecto de Lisboa para o Porto e Vila Nova de Cerveira, mas antes a minha mãe levou-me com dois meses no trajecto contrário, ao longo da vida algumas de grandes viagens em Portugal foram de comboio, adoro este transporte que me dá confiança e vejo as paisagens durante os trajectos. Adquirimos os bilhetes e dali a dois minutos já o cavalo de ferro estava na estação. Entramos à pressa, porque quando íamos a descer as escadas já ele estava a parar. Já de viagem a Sofia diz olha que não estamos nos nossos lugares, assim foi aproveitamos quando chegou à próxima estação, fomos andando pelas carruagens e sentamo-nos nos nossos devidos lugares. A distância desta viagem é grande tanto que a companheira ainda conseguiu dormir, eu nem por sombras, nem todos os dias se anda de combóio, fizemos 149km, onde chegámos e arranjamos outra vez hotel com imensa facilidade e com uma categoria superior, só vivemos uma vida e neste pouco tempo que nos resta, poupar para os outros depois estoirarem tudo, pois os patos bravos da Sofia e do Gilberto foram um pouco espertos e vão conseguindo gastar o dinheiro onde lhes dá prazer.Deixamos as coisas no hotel na recepção porque o check-In só é feito a partir das 15h00, fomos visitar os locais que achamos de interesse para hoje, gostamos das voltas que demos, fomos almoçar num restaurante como dois chineses, voltamos ao caminho e continuamos a deambular pela cidade de Taichung, esta a 3ª maior cidade de Taiwan.
Deixamos para o início da noite a ida ao market night, ao contrário de todos os outros que andamos este não foi eleito para comermos lá, resolvemos ir a um restaurante Tailandês comer comida verdadeiramente Tailandesa, fez-nos lembrar quando estivemos na Tailândia e gostamos da comida deles, principalmente aquela que devoramos por duas vezes na Silon Road, tudo picante, tanto que a Sofia optou por comer hoje uma sopa caldosa, até a bebida alcoólica acompanhou o meu prato, comemos tudo, pois gostamos.
À saída fomos comprar um café americano, enorme, depois entramos num supermercado para comprar bolachas de baunilha e virmos para o hotel beber o café acompanhado por esta guloseima. Com tudo isto andamos mais 18709 passos, só nos tem feito bem, mas muito cansados da noite anterior porque nos deitamos eram 3h00 da manhã. Agora já estamos na cama, eu acabar de escrever e a Sófia já a dormir.
13 Janeiro – Quando abriram ainda permanecemos muito tempo sentados, fomos aproximadamente os últimos a caminharmos para a fila, atrás de nós só permaneciam meia dúzia de pessoas, os impacientes já tinham entrado, mas alguns, ficaram mais de uma hora em fila sempre de pé. No entanto entrámos e imediatamente passámos pela alfândega.
Continuamos à espera da hora de partida sentados numas cadeiras deste aeroporto que tem um movimento nocturno muito agitado, parece que apenas funciona de noite, isto porque nesta altura já são 1h30 da madrugada e as pessoas continuam a chegar aos magotes, nós que até nem gostamos de chegar a estes sítios cedo já estamos saturados. Chega neste momento a indicação que podemos passar para a sala de embarque, mais outra tragédia, porque deram entrada de passageiros para mais do que um voo, está tudo a entrar e a passar por mais uma inspecção, mais à frente deste corredor imenso, aí é que as pessoas se separam. Chegámos ao local preciso que mal entramos deram logo acesso ao avião que vai partir pelas 2h15. Pouco tempo da hora inicialmente assinalada levantamos voo, passados poucos minutos já nos encontrávamos os dois a dormir. O tempo foi-se passando, eram 4h40 chegámos a Manila, rapidamente saímos do avião para seguirmos até à imigração e nunca me tinham perguntado o dia que ia sair das Filipinas, devem estar com medo que nos aventuremos a ficar cá a trabalhar. Como não tínhamos mala de porão foi rápida a nossa saída. Já perto da saída perguntei onde encontrar a rentalcars, foi bastante fácil pois estávamos bem perto, tivemos que negociar o preço, porque o valor dado inicialmente era um valor muito alto, desconfiei e estivemos a debater durante algum tempo o valor final, estimei o preço que deveria pagar e lá aceitaram, porém que o pagamento deveria ser feito em dinheiro, nada de aceitar cartão de crédito.Tive de cambiar mais uns euros e fazer um depósito de 5000 pesos como garantia que me seriam devolvidos quando fizer a entrega da viatura. Esperamos 40 minutos até que chegou a patroa com a documentação do aluguer, falou-se um pouco, questionou até onde íamos e ficou alarmada quando lhe disse que até Sagada, mas tentei rectificar e disse-lhe que não íamos até Sagada, apenas íamos até Baguio, aí ficou mais descansada. Fomos até ao parque do aeroporto onde se encontra a viatura, um Toyota de cor vermelha. Vimos as mazelas que tem, uns risquitos, pequenas amolgadelas, nada de grave, com isto partimos em direcção ao hotel Savoy onde temos a nossa mala e um saco guardado desde que partimos para o Taiwan, foi rápido o percurso e da mesma forma o levantamento. Agora é que vamos começar a nossa viagem para o norte desta ilha, temos como destino final de hoje chegarmos a Baguio que fica a 177 quilómetros. Demorou algum tempo para sairmos de Manila uma cidade enorme ainda mais uma outra gémea, Quezon com 2 679 450 habitantes contra os 1 660 714 de Manila, formando com outros subúrbios a grande Manila com um total de 13 484 462 de habitantes. Enfim, chegamos a uma auto-estrada que nunca julguei haver aqui neste país, mal fizemos poucos quilómetros e já estávamos a pagar portagem, uma série de cabines e eu sem saber qual a iria passar porque reparei que nenhuma delas tinha portageiro. Aproximei-me de uma, olhei, vi que existe um local para passar um cartão, achei que seria um cartão de crédito, nada disso, observei onde poderia colocar moedas ou notas nada, até que apareceu uma rapariga onde lhe passei para a mão uma nota de 100 pesos que achei suficiente para pagar a portagem neste país. Mandou-me esperar e dali a uns minutos traz um papelinho mais umas moedas, abriu a cancela e segui viagem até que depois de ter andado uns 60 quilómetros, surge outra portagem aí acautelei-me e encostei á cabine o mais à direita onde me apercebi que mais carros aí pararam, descobri que seria esta onde o pagamento se desenrolava para quem não tivesse uma forma de passar, sim aqui mesmo demorei uns 10 minutos, apenas com uns 7/8 carros à minha frente, chegou a minha vez e desta vez paguei 443 pesos o equivalente a 7,5€, penso que é caro para o nível de vida das pessoas.Continuamos em auto-estrada e mais duas portagens apareceram, apenas os valores mais baixos. Ocorreu que mudamos de auto-estrada, mas a porcaria do GPS deu a indicação que deveria sair, passados alguns metros vi que a saída deveria ser uns metros mais à frente. Também tinha andando uma centena de metros e refazi que há uma portagem de saída mais à frente. Ho que merda, agora tenho de pagar portagem para sair e portagem para entrar, isto é o que se passa, mas mirei para o lado e vi que faltava um pilarete a dividir as faixas de rodagem e foi mesmo por aí que troquei de faixa, esta uma manobra mesmo à Portuga. Agora já no sentido certo, mais adiante parámos numa estação de serviço onde existe o maior restaurante do mundo o Mac Donald’s, estes tinham uma variedade de pequenos almoços, foi mesmo aqui que nos desenrascamos, comemos e ficamos satisfeitos, pusemo-nos novamente a caminho e com isto mais cerca de 100 quilómetros em auto-estrada, até que chegou o percurso por serra para o destino final, ainda parámos para ver se há hotéis em Sagada, não, não existem, eu desconfiava, resolvemos ver aqui em Baguio, sim aqui existem, mas não muitos, são um pouco caros, mas marquei um que achei interessante, tem pequeno almoço incluído o que faz ser um preço mais económico.Acontece que se houvesse hotel em Sagada estávamos na disposição de fazer mais uns 180 quilómetros e só parar lá, fica para amanhã. Até Baguio a estrada é de montanha com muitas curvas, trajecto lento e com um tráfego intenso, mas chegámos, vimos a movimentação nesta cidade e o acesso ao hotel está cortado, tivemos de dar uma série de voltas e lá conseguimos com dificuldade chegar. O hotel fica num local extraordinário é uma casa de montanha, muito parecida com as da Suíça. Entramos no quarto, ainda mais gostámos, bem decorado, muito extenso e tudo muito arrumado, lá em baixo existe um restaurante e um bar. Foi no restaurante que acabamos por almoçar, mas na realidade não gostamos, mas enfim comemos, eram dois pratos muito típicos desta região, mas não exactamente do nosso agrado.Dali a pouco demos uma pequena volta e deparámo-nos com muitas pessoas em fila para comprar o bilhete para poder entrar num parque ou lá o que fosse, resolvemos também ficar aí e mantivemo-nos durante algum tempo em que íamos andando lentamente.
A certa altura chega um estrangeiro, um ocidental com um bilhete a perguntar se nós o queríamos, explicou que tinha de se ir embora porque às 16 horas… não consegui compreender, recebi o tal bilhete e imediatamente fomos para a porta de entrada.Já lá dentro verificámos que é um parque temático que tem como tema as borboletas, são centenas de figuras misturadas com outras ao longo de uma área espalhada por um vale, mantivemo-nos por aqui e percorremos os mais diversos lugares, no final sentámo-nos comemos um gelado e regressamos ao hotel, cansados, isto porque apenas dormimos nas últimas 24 horas as duas horas e pouco da viagem, agora o sono e fadiga chegou com vigor. Eu mal entrei no quarto do hotel deitei-me em cima da cama e adormeci a Sofia ainda se manteve um pouco acordada, mas disse-me alguma coisa e acordei, voltei ao meu estado de que devo dormir. Ambos adormecemos e cerca das nove horas da noite acordamos, não sei porquê, mas em que a Sofia me disse já são nove horas, julgando ela que eram da manhã, nada disso são nove horas da noite. Por aqui ficamos, e adormecemos novamente, desta vez foi a sério.
14 Janeiro – Acordamos pelas 6h45, bem-dispostos e preparados para as nossas voltas de hoje, como sempre ou quase sempre não fizemos qualquer plano para os locais onde iremos.
Tomamos o pequeno-almoço no hotel, onde mais uma vez deparamos que os filipinos começam a manhã a almoçar, digo almoçar porque há uma variedade de carnes, legumes, arroz e mais uma variedade de outras coisas, nós apenas procuramos pão, manteiga, doces, café, leite e por fim pode ser uma omeleta ou ovos estrelados, na verdade já estamos mais do que fartos de ovos. Chegou a hora de fazermos a primeira visita, já dentro do carro estive a ver na net os locais que podemos visitar, optamos imediatamente por um, ir para o “Lli-Likha Artists Village”, local emblemático e diferente de tudo o que até hoje temos visto, um encanto que é aconselhável a quem venha a esta cidade. Este é um enorme complexo de arte ecológica inaugurado em 2014, nascido da mente criativa do director de cinema Eric de Guia, também conhecido como Kidlat Thaimik.Este local, onde existem dentro dele diversos bares e pequenos restaurantes, lojas de novidades e arte, até um pequenino teatro existe ali dentro, tudo foi construído com colunas feitas de troncos e galhos de árvores, escadas decoradas com azulejos, móveis com desenhos exclusivos em madeira, para qualquer lado que olhemos, há algo de interessante. Este local é muito visitado e tivemos a sorte de arranjar estacionamento a meia dúzia de metros. Terminada a visita mais uma vez fomos à net e um dos locais também aconselhados é “Valley of Colors”, mais um sítio representativo daqui. Partimos e adiante paramos na estrada principal, acendemos as luzes intermitentes e fomos tirar mais fotos num local paisagístico, aqui as casas estão todas pintadas com diversas cores vivas, muito lindo o seu enquadramento, andamos um pouco e fomos para cima de uma ponte que separa a margem do riacho que passa em baixo com um cheiro pestilento. Quando regressamos estava um polícia a ver os carros mal estacionados o nosso é um deles, o polícia apenas olhou para a nossa cara e nada disse, nós arrancamos aí vamos para a terceira visita de hoje, foi escolhido o “Mount Costa”, situada na vila de La Trinidad a alguns quilómetros do sítio onde nos encontrámos, este é um ponto inspirado nos melhores 24 jardins do mundo, percorremos uma distância considerável e tiramos mais uma vez muitas fotos para recordamos, nós não tirámos apenas fotos para a altura, iremos vê-las mais tarde e rememoraremos. Passava mais de uma hora quando terminamos esta visita.
Outro pormenor o meu telemóvel tem um problema a carga desaparece rapidamente e à entrada pedi na recepção se o podia deixar a carregar, sim ficou à carga e quando concluímos a visita fui levantá-lo e nessa altura já tinha 36%. A caminho íamos visitar uma aldeia emblemática, mas aconteceu que o estacionamento nem o contemplas e a fila para entrar era descomunal, desistimos e fomos para o centro da cidade com o objectivo de almoçar, também desistimos, pois, o trânsito é descomunal e as tentativas para estacionar foram nulas, depois de umas voltas, também viemos a renunciar e resolvemos ir para o hotel e ver onde poderíamos arranjar restaurante nessa zona. O restaurante do hotel estava colocado de parte porque ontem não gostamos do que comemos. No trajecto quando olhei para o lado contrário vi um restaurante, parei no parque exclusivo, entrámos, havia muitas mesas vazias, mas há uma que tem pessoas a comer. Estivemos a ver o cardápio e escolhemos um prato que achamos ser interessante.
A certa altura um funcionário trás dois pratos com carne aí a Sofia achou ser muito rápida a sua preparação, só que foi sol de pouca dura esses pratos não eram para nós e não é que tinham tão bom aspecto, eram duas enormes costeletas grelhadas. O funcionário fez o seu levantamento e as suas colegas riam-se do erro por ele cometido. No entanto mais algum tempo e chegou a nossa comida, momentos antes a Sofia tinha reparado no balcão que ela vinha num pote de barro. Vimos quando chegou que parecia uma sopa tão estranha. Começamos a comer o seu sabor era tão diferente que gostamos imediatamente.
A quantidade de legumes e
bocados de carne eram em grande quantidade, comemos tudo e adoramos este prato
típico desta região, por fim mandamos vir uma banana split e dois cafés
americanos, tudo bom e satisfeitíssimos com a nossa escolha. De regresso
verificámos que estávamos perto, cerca de 800 metros do hotel, mas as voltas
ainda são muitas e o trânsito encontra-se cortado nalguns acessos. O problema,
mais uma vez é que o meu telemóvel tem 5% de carga, então começamos o regresso
e quando íamos a passar na rua de acesso a Sofia gritou no momento que
estávamos a passar – olha o hotel é ali, que sorte pois a minha atenção era
seguir a rota do GPS e este estava a dá-la mais alguns metros à frente. São
nesta altura 9h46 da manhã em Portugal e aqui nas Filipinas 5h46 da tarde.
Voltamos a sair quando começou a escurecer apenas fomos a um mercado comprar
bolachas de baunilha, chocolates tablerone e sugos, seguidamente passamos
defronte do Baguio Botanical Garden que visitamos ontem, tiramos mais umas
fotos cá de fora desta vez à noite e entramos numa zona de lojinhas que vendem
recordações, aí compramos mais uns ímanes para levar.
15 Janeiro – Quando chegámos há dois dias almoçamos no restaurante do hotel, digo restaurante do hotel pois ele situa-se defronte da recepção e ajuizávamos ser do mesmo empreendimento, mas não, quando no final nos fizeram a conta eu disse-lhe para a pôr na conta do quarto, tudo bem, mas adiantou que o pagamento do almoço tinha de ser em dinheiro, achei muito estranho, mas que ponha lá na conta que no final faremos as contas.
Hoje quando íamos embora, disse que queria pagar a conta do restaurante e adiantei que o pagamento seria com o cartão revolut. Não pode ser tem de ser em dinheiro, mas eu não tenho pesos, como vamos fazer, confusão implantada, telefonaram para alguém que lhes transmitiu o número sua conta bancária para eu fazer a transferência, mas os números que me estavam a dar não os reconhecia, perguntei pelo Iban, mas nada, depois de uma luta disse-lhe têm aqui 20€ para pagar a despesa e ainda lhes vai sobrar, assim ficaram com a nota e desfecho encerrado. Então agora vamos partir em direcção a Sagada, sei que temos muitas curvas pela frente e muita serra. Foi logo o começo, tantas curvas, umas em cima das outras, montanha com imensas subidas, muito trânsito, estradas em mau estado de conservação, ribanceiras onde podemos ver pela estrada montes de calhaus e deslizamento de terras, até nalguns sítios uma das faixas foi com as enxurradas. Isto ao longo dos 156 quilómetros foi constante, nem uma recta para se poder fazer uma ultrapassagem sem perigo, todas as que fiz e foram dezenas foi sempre nas curvas com toda a cautela que por vezes tive de acelerar mais ou travar. Tudo isto aconteceu até chegarmos ao destino final. Mal chegámos a minha preocupação foi saber onde poderia cambiar mais uns euros, foi fácil e o câmbio favorável. Agora saber como podia ir ver os caixões suspensos, esta situação já não foi fácil, perguntei mais do que uma vez e ao fim de voltas e mais voltas e uma última pergunta consegui entender. Quando aqui cheguei tive de pagar 200 pesos como contribuição de visitante, agora mais 50 pesos para estacionamento, mais à frente mais 80 pesos porque a visita começa junto à igreja de St. Mary the Virgen e lá está a igreja também a ganhar dinheiro, outra despesa que será de 300 pesos é que a visita é sempre acompanhada por um guia, saiu-nos na rifa uma mulher que até foi simpática connosco, detalhou toda a caminhada e interessou-se em nos dar uma informação que entendêssemos.Ficamos abismados quando chegámos aos ditos caixões, pois não são tão antigos como nos quiseram crer, a sua configuração já é da época por nós conhecida há muitos anos, apenas vimos e só um, que esse sim já deve ter muitos anos. Para quem esteve como nós em Tana Toraja na Indonésia fica perplexo com a diferença abismal do que acabamos de ver. No final da visita e pela simpatia da guia demos-lhe 500 pesos. Fomos jantar a um restaurante que dizem ser dos melhores cá da terra o Sagada Bistro, na realidade achamo-lo muito fraco, os empregados nem vê-los quando queríamos mais uma cerveja a Sofia teve de se levantar e chamar por eles ao balcão, só assim apareceu um e pedimos o que queríamos, porém logo desapareceu e nem vivalma deles, contudo, adiante vieram mais clientes e aí é que apareceu um para atender toda aquela gente, ou seja o prato da Sofia vinha morno, sinal de que a comida foi aquecida e não feita no momento, depois pedimos sobremesa e café, veio o café e nada de sobremesa, lá mais uma vez a Sofia levantou-se e foi perguntar o que passava com a sobremesa, disseram-lhe que não tinham tomado nota do pedido. Alguns minutos se passaram e veio à mesa a perguntar se ainda queríamos a tão complicada sobremesa, dissemos que sim, então mais uns bons minutos e lá veio a conclusão de tão difícil tarefa. É o que tenho dito, as pessoas são atardadas, não pensam, umas autênticas burrinhas. Como já tínhamos marcado hotel mais ou menos uma hora atrás, lá vamos para lá, fica a poucos metros deste restaurante, indicação do GPS, porém demos tantas voltas, perguntamos na rua que fica perto a um morador que desconhece tal nome de hotel, perguntamos a mais um vizinho disse que ficava para lá da ponte na subida, lá vamos nós, mas nada, ruela muito escura e estreita, dei uma volta e voltei para trás nessa altura ouvi falar, parei o carro e fui ter com um trabalhador de uma obra, também não sabia, pedi-lhe para telefonar e falar com o tal hotel, lá falou ele na língua de trapos cá da terra, ficou espantado quando ao fim de algum tempo a pessoa do outro lado o informou que era a casa que ficava uns 40 metros mais abaixo, este fulano não sabia que aquela casa era um hotel, na verdade chamarem a isto um hotel é simplesmente vergonhoso, é uma vivenda mal amanhada que está no booking com boa classificação e com fotografias irreais, uma treta. Apenas é limpo, vi no livro de registo que outros estrangeiros aqui ficaram ou ainda estão por cá, reparei que está aqui também um alemão que hipoteticamente foi no engodo de uma realidade fraudulenta. Acabei de escrever este dia neste AJjaa’s Place, classificação 8.1, estive a ver na classificação no booking e foram Canadianos, Americanos, Suíços, Israelitas e outros que só disseram bem disto, mas do quê?16 Janeiro – Outro percurso que à partida sabemos difícil, mais montanhas, curvas, estradas ruins e mais que venha aparecer.
Temos meio depósito de combustível, mas todas as cautelas serão poucas, porque quando vínhamos para cá passávamos por poucos postos de abastecimento, muito raros mesmo e o preço para estas bandas é elevadíssimo ronda os 75 pesos a litrada, comparados com os 55 pesos à volta de Manila. Havíamos percorrido poucos quilómetros quando a estrada começou a ficar mais estreita e nalguns lugares o alcatrão tinha desaparecido, terra batida e toda esburacada, mais longe ribanceiras que haviam desabado para a estrada, já estava reparada, mas as pedras e as toneladas de terra continuam lá, até uma das faixas está ainda obstruída. Mais quilómetros e pedras isoladas na estrada, vindas da vertente da montanha o perigo a que estamos sujeitos.
Tanto que a determinado momento caiu-nos uma pequena no vidro com grande estrondo, não aconteceu nada, mas bem podia. Começou o tempo a ficar mais nublado e o nevoeiro também apareceu, mais tarde a chuva tinha que vir, a marcha ficou mais lenta, porque há muita lama e areão que podemos escorregar facilmente. Passamos por uma cidade num vale a mais de 1000 metros de altitude e atestamos a viatura, num posto sem qualquer marca a gasolina 91 octanas foi a 68 pesos, a partir daqui já fiquei mais descansado pois com esta gasolina amanhã já consigo percorrer os mais de 200 quilómetros pela montanha e chegar à cidade histórica de Vigan. Retomamos a marcha e montanhas, vales, pedras e terra no meio da estrada é à fartazana, mas a chuva essa não pára mesmo e não consigo andar mais depressa com tantas subidas, descidas e centenas de curvas. Tão complicado percorrer os 66 quilómetros de hoje, estamos com paciência o que é o mais importante de momento.
Até que começamos a fazer a estrada de montanha onde está situada a cidade de Banaue, apenas do lado esquerdo da estrada no sentido em que a estamos a circular é que existem casas do lado contrário nada por causa dos desabamentos das montanhas, fizemos assim muito quilómetros nestas circunstâncias e começamos a ver os arrozais, paisagens lindas. A partir de certa altura algumas casitas do outro lado da estrada e chegámos mais exactamente à cidade que está muito perto do centro do vale, mas nada se encontra nele, aqui aproveitaram todas as encostas para construírem as suas casas, é uma cidade muito estranha, porém organizada vimos que até um silo para automóveis existe, é bem grande, com isto acabamos por nos perder o que originou ficarmos a saber a sua dimensão em pelo menos dois sentidos para norte. Procuramos hotel, não o booking não faz qualquer referência a hotéis, apenas lodges, casas, hostel e um TanAn hotel, mas de hotel é que não deve ter nada, pelo seu aspecto igual aos lodges, nós escolhemos o Las Vegas Lodge por ter uma classificação de 9,1 que para nós é excelente, tanto que estivemos a ver quem dava boas referências, como alemães, holandeses, americanos, ingleses, todos dão boas referências.
Porém quando chegámos e nos mostraram o quarto ficamos desanimados e nós questionamos, porque é que tem tão alta classificação, não dá para entender. Arrumamos as nossas coisas e perguntamos como fazer para visitar os terraços de arroz, explicação recebida que nos pareceu fácil, colocamo-nos a caminho e sem dúvida vimos tais terraços em diversos locais todos com perspectivas de visão diferentes e a sua quantidade é enorme. Tirámos muitas fotos e mais uma vez a sorte está do nosso lado porque a chuva já parou e tudo se tornou mais fácil. Sol nem o ver, mas o tempo está claro, só que a qualidade fotográfica se torna menos clara. Finalizamos as nossas voltas e procurámos restaurante pela Tripadvisor que indica um restaurante como dos melhores desta terra, só que fomos lá a porta estava aberta e cá fora uma placa a dizer que estamos abertos, eu entrei chamei, mas nada, saí e perguntei ao vizinho que também é um restaurante, mas com mau aspecto daquele que queremos este estava aberto, disse com cara de poucos amigos que estava fechado, não me convenci e voltei a entrar, chamei, vi que havia uma máquina de calcular em cima do balcão estive na sala de refeição fui até ao terraço, ninguém apareceu, saí e perguntei desta vez à vizinha do lado que também não sabia e perguntou ao cara de poucos amigos, disse, encerrado.
Invertemos o sentido de
marcha e mais baixo nova procura para saber mais um bom restaurante, apareceu
um outro, com uma classificação abaixo do primeiro eleito, este fica a 4,5
quilómetros, conseguimos parar o carro no tal silo e fomos para o restaurante. Usufruímos
como sempre e tem acontecido aqui para o norte escolher um prato diferente,
porque na realidade nada têm a ver com os das outras ilhas ou mesmo Manila,
aqui para o norte os costumes e a alimentação já reparámos que são diferentes.
Lá escolhemos dois pratos diferentes um de peixe e outro de carne de porco,
ambos estavam saborosos, bem confeccionados e com bom aspecto, acertamos e
podemos afirmar que este restaurante também é bom como diz a Tripadvisor,
refeição ajantarada concluída, fomos para o nosso ninho de hoje em Banaue.
17 Janeiro – Partimos bem cedo, eram 7h30, quando vínhamos a sair, um dos funcionários do dito lodge Las Vegas, perguntou-nos para onde íamos dissemos-lhe que o destino será Vigan, questionou o outro colega, estiveram a falar para me informaram que o percurso até essa cidade não tem problemas, podemos ir à vontade, é que há estradas cortadas ou bloqueadas para outros destinos. Seguimos viagem estava a chover. Não havia nevoeiro, mas sim as nuvens que estavam na mesma altitude do que nós, estamos a 1300 metros de altitude nas encostas do enorme vale.
Todas as cautelas serão poucas, muita lama e água nestes primeiros quilómetros, montes de triciclos, mal-estacionados a ocuparem uma das faixas, mas vamos andando. Este percurso que estamos agora a fazer foi feito ontem em sentido contrário, já sabemos muitas das dificuldades que iremos ter. Já percorremos bastantes quilómetros, passamos por locais onde já havia deslizamento de terras, pedras enormes e alguns calhaus espalhados pela estrada. Concluído esta primeira etapa, passamos à outra totalmente desconhecida por nós. Estamos a ser conduzidos pelo GPS que em muitos troços não tem net, este leva-nos muitas das vezes por estradas secundárias num caso passa por uma aldeia que o alcatrão terminou e tivemos de prosseguir em terra batida, num outro local a estrada seguia para o rio, achei estranho, depois de percorrer uma grande distância, e estrada nada, apenas um caminho em terra e de seguida um rio com um caudal baixo, parei e estive à espera que alguém viesse por ali, e é que não veio, chegou mais tarde um furgão e aproveitei para lhe perguntar se o caminho para Vigan era aquele, sim mas vai ter de atravessar com água, não isso não.
Não há outra estrada? Sim volte para trás e no início da aldeia apanha a outra que segue pela montanha. Aí vamos nós, só que esta estrada, tem tantas curvas sempre a subir que o carro tem muita dificuldade quando apanhamos uma curva apertada e com subida íngreme, quase que morre, mas sobe com enorme dificuldade, muitas mais peripécias tivemos até chegarmos a Vigan, mas foi muito difícil, fizemos à vontade mais de 2000 curvas sempre em montanha com centenas de subidas e descidas, um percurso dificílimo de se fazer, não aconselho. Já na cidade obtivemos hotel com facilidade e fomos procurar onde comer, batemos em dois locais que não consideramos ser o que queremos, é que já estamos novamente fartos da comida filipina, queremos outras coisas. Ao passar numa das ruas a Sofia olhou e viu um tasco com bom aspecto, como havia lá dentro um casal de europeus, arriscamos. O que tinham para comer – empanadas, os pedidos têm que ser feitos ao balcão, escolhi duas para cada um e de qualidade diferentes, na realidade a diferença era pouca, comemos e achamos gostoso, sempre acompanhadas por duas S. Miguel, a nossa cerveja eleita neste país.
Terminada esta empreitada
fomos dar uma volta por esta cidade histórica onde vimos imensos edifícios em
ruínas até nos pareceu estarmos em Havana. No entanto também já há edifícios
totalmente reconstruídos, mas se querem fazer alguma coisa têm mesmo muito
trabalho. Têm para turista uma quantidade muito grande de carroças puxadas por
um cavalo que fazem percursos curtos, as ruas são em paralelos e estão muito polidos,
até vimos um cavalinho a escorregar e só com ajuda do homem conseguiu
levantar-se com muita dificuldade. Fomos ao supermercado comprar umas bananas e
sumos, queijo e pão, pois hoje não possuíamos nada para comer na viagem e
tivemos um pouco de fome, são 20h00 e temos combinado dar uma volta pela noite,
estamos no centro e a deslocação vai ser curta, veremos a vontade daqui a
pouco. Não saímos, estivemos na conversa e acabamos por adormecer.
Tivemos de pagar em euros, pois eu não queria ficar sem pesos, nesta altura que só estaremos por cá hoje e amanhã. A pessoa que estava na recepção ofereceu uma caneca, embrulhada em papel celofane muito engraça. Deve ser já costume do Monte Casa de Rico ter esta atitude tão humilde e simpática, nós agradecemos esta agradável oferta. Partimos então para San Juan, onde existem praias que nos entusiasmam. A nossa vontade começou a desmoronar-se quando quisemos chegar à praia, deparamos pela frente com um barraquedo que em tempos deveria existir rua ou ruas, hoje elas não existem, depois de várias tentativas não conseguimos descobrir o caminho para as praias, isto depois de percorrermos alguns quilómetros e sabermos que do outro lado há uma praia espectacular. Como a distância até Manila é 412km, pensamos, e se formos para Manila, descansávamos e amanhã ainda temos tempo para dar uma volta por lá, é que nem perdemos tempo, fizemos logo a reserva do hotel, marcamos no GPS Hotel Savoy e pusemo-nos ao caminho, sabemos que uns cento e tal quilómetros mais abaixo podemos apanhar auto-estrada que nos vai facilitar o tempo de viagem, assim foi, lá conseguimos entrar na via rápida que é paga e prosseguimos as duas centenas e tal de quilómetros. A dois terços do final tivemos uma portagem que o preço pareceu alto, mas nada de se comparar com o que pagamos em Portugal, prosseguimos viagem e começamos aproximar de Quezon a maior cidade das Filipinas que não conseguimos distinguir de quando entrámos em Manila, porém ao final do dia o trânsito infernal neste troço é feito em filas constantes e com formas de condução difícil de nos adaptarmos, mas eu já ando a dizer à Sofia há dias que já mais pareço um filipino a conduzir.
Começamos a cruzar Quezon
com ruas cheias de carros e triciclos, uma delas cheia de montes de lixo pestilento,
pessoas por todos os lados, cruzamentos irregulares, viadutos monstruosos por
cima de nós, feios para caramba, mais ruelas e lá vamos conseguindo
aproximarmo-nos do hotel, é verdade não sei em que altura entramos em Manila,
mas pelos quilómetros que já fiz sou capaz de estar já a transitar dentro dela.
Uma dezena ou mais de quilómetros mais à frente entramos numa via rápida que
nos vai levar perto do terminal 3 do aeroporto. Esta também com uma fila infindável
de viaturas, muito lentamente chegámos perto do hotel. Aconteceu que mais uma
vez o GPS, tinha de fazer borrada, finalizou o destino que eu marquei
correctamente em cima da via rápida mesmo defronte do hotel Savoy, tivemos de
continuar para mais à frente refazer a marcha e nos encaminharmos
correctamente. Aqui o sinal GPS, falhou e andei uns bons quilómetros sem
qualquer sinal, apenas vi uma saída para o terminal 2 que foi o suficiente para
parar e esperar por sinal. Já de regresso e com uma marcação manual conseguimos
chegar ao nosso destino final. Cansados fomos mais tarde relaxar para amanhã
estarmos novamente em forma.
19 Janeiro – Fomos tomar o pequeno-almoço e esperar que a fulana que nos alugou o carro o venha levantar entre as 9 e 10 horas, conforme o que combinamos ontem à noite. Pontualidade desta senhora, pouco passava das 9h00 e nós a tomar o pequeno-almoço, lá estava ela telefonar-me a dizer que se encontrava na recepção, interrompi o pequeno-almoço e fui ter com ela, e seguirmos para a garagem onde se encontrava a viatura, perguntou-me se tinha corrido tudo bem, deu uma volta pelo carro para ver se existia mais algum extra, porque ele já tinha uns arranhões e umas pequenas moças, entrou dentro de carro, ligou-o para ver se tinha gasolina, até tinha mais do que quando ela me o entregou, muito lentamente abriu a carteira para me entregar os 5000 pesos que tive de deixar como garantia de não sei o quê, quando ela me tinha dito que estava totalmente seguro contra todos os riscos possíveis. Então foi-se embora e mais um assunto arrumado.
Fui então continuar o pequeno-almoço com a minha companheira que esperava por mim. De seguida fomos ao quarto buscar a mala, mochilas e computador para fazermos o check-out. Deixamos a guardar a tarecada e fomos dar mais umas voltas por Manila, e mais tarde regressamos ao hotel, fomos então para a zona da piscina e comemos uma pizza muito boa com camarões e muito picante. Agora estamos por estas bandas, mais propriamente no bar da piscina a fazer algum tempo porque pelas 18h30 temos que ir para o aeroporto fazer o check-in. Vamos, agora, então sair do hotel, vamos percorrer a distância que nos separa do terminal 3 a pé, não é assim uma distância de bradar aos céus, mas com uma mala pesadona, mais a mochila cheia, máquina fotográfica, mochila da mãe, pasta com papelada e postais mais o computador, temos de carregar tudo isto. O dia não tem estado tão quente como os anteriores, mas ronda os 28⁰, já dentro do aeroporto e quando íamos a caminho para fazer o check-in, passamos por um balcão de um banco e aproveitamos para cambiar os restantes pesos, recebemos 120€, é dinheiro e os pesos não valem nada em lugar nenhum, fomos então tratar de todos os trâmites de embarque, quando passamos na zona de inspecção de bagagem, todos os nossos pertences foram para a zona de inspecção, nunca nos tinha acontecido, uma das situações foi porque uma mochila tinha duas figuras em loiça que compramos no Taiwan, mas eles só falaram numa, deveria ter droga lá dentro, a outra mochila porque tinha um resto de elixir para bochechar a boca, por fim o outro saco por ter uma garrafa de água, esta da água até compreendo, mas já passamos em tantos aeroportos com água, tivemos de arrumar toda a tralha e não é pouca e seguimos para a porta de embarque à espera do momento de sairmos.
Isso aconteceu passado uma
hora e lá vamos em mais um avião da Turkish Airlines, um Airbus 350-900, que vai
sair daqui completamente cheio e preparado para voar 13 horas, é um número certo,
mas é o que vai acontecer. Perto da meia-noite deram-nos o jantar de avião,
coisa leve, pedimos ambos peixe a Sofia vinho branco eu um bêbado de marca
tinha de ser tinto, mas nada de grande quantidade, comemos, não estava assim
tão mau e por fim tentamos adormecer.
20 Janeiro – Ainda no início desta viagem aérea conseguimos dormir umas horitas e passamos muitas vezes por locais onde a turbulência foi notória, fomos acordando de vez enquanto e cerca de 4 horas do final acordamos de vez, estive a ver desporto e notícias em directo a madame ficou-se pelos joguinhos. Já perto de Istambul deram-nos um pequeno-almoço, sim pequeno, mas pelas substâncias eram produtos de jantar ou almoço, até comemos, pois, cá no ar a 12 quilómetros de altitude não sabemos a quantas podemos andar, desta vez não houve vinho, só sumo e café.
Mas chegámos e desembarcamos finalmente passamos pelo local de transfere, surgiu outra situação quando ia a passar a porta de RX o alarme tocou e o que era se eu tinha deixado toda a tralha que pudesse accionar o zingarelho no tabuleiro, nada mais nada menos do que a minha carteira que nem uma moeda continha, e esta! Não dá para perceber. Ainda é cedo para seguirmos para o check-In, resolvemos sentamo-nos mais à frente numas cadeiras a fazer tempo. Dali a pouco havíamos passado as burocracias deste aeroporto e chegámos ao local para embarcarmos, mais um tempo à espera e começou a barafunda para se ir para o avião, antes porém ainda fizemos um percurso longo de autocarro para nos colocar defronte do avião um Airbus 321 Neo, uma versão baratucha deste fabricante de aviões. Começamos a nossa última viagem deste passeio, como nunca poderei dizer ou chamar de férias, mais uma fuga para fugirmos da realidade, mas que tem sido um grande equívoco. A nossa mente parece que arrasta muitas mais coisas e continuamos sempre no eterno padecimento deste maldito momento que nos trouxe tristezas e um buraco nas nossas vidas. Vamos fazer esta viagem de regresso a Lisboa que vai demorar pouco mais de 5 horas.
Conseguimos estar 47 dias longe da nossa casa, pedimos ao nosso outro filho o Ricardo que fosse ele lá para casa, cuidasse dos nossos dois peludinhos o Mia e o Yoshy, dois amigos que também nunca esquecemos ao longo destes dias, também quase todos os dias falávamos com o Ricardo a saber como se encontrava, pois como o irmão também tem o seu sofrimento pela perda do nosso Gonçalo. Estamos velhos não sabemos o tempo que ainda poderemos estar por aqui, nas minhas contas não serão assim tantos anos, não podemos pensar que depois de nos reformamos teremos uma gamela de anos, estamos bem cientes de que serão poucos, vamos tentar fazer o melhor que podermos.
Finalizando o Gonçalo nos últimos meses de vida falou-nos que gostava de ir até ao Dubai, fazer um cruzeiro, ir à Oktoberfest, tantas coisas que este nosso rapaz gostava de fazer e ficaram todas por realizar, tantas as vezes que lhe questionávamos, não queres ir connosco, ele sempre nos dizia que não. São coisas que nós pais perdemos a sua companhia as suas encantadoras aptidões, as suas expressões e todo o amor que poderíamos ter mais por ele.
Ao longo da tua vida
sempre revelaste ser diferente onde tiveste iniciativas tão próprias, mas
algumas manipuláveis que de maneira alguma foram as melhores, teus pais lutaram
sempre pelo teu melhor, apesar das crispações identitárias sempre te ajudamos.
Tantos talentos tinhas, as tuas iniciativas positivas e imaginárias as tuas
múltiplas reivindicações – quanto gostavas de jogar os teus joguinhos no
computador as tuas músicas, tudo ficou por cá amor. A tua energia desapareceu
nos nossos olhares, ficamos mais pobres, vamos morrer sempre com a tua falta no
nosso peito. Tantas vezes adormeço com o imaginário de que haja um pequenino
sinal de ti, não, não existe nada, apenas a enorme vontade de que um dia,
nalgum momento esse pequenino sinal nos surja. Sentimos a falta de energia para
superar o dia a dia. A tua musicalidade a alegria e esperança o guerreiro que
foste nestes últimos meses da tua presença entre nós, sabes, perdemos tudo. Que
estejas em paz querido filho que tanto te amamos Gonçalo.
Concluímos a viagem
mais triste da nossa vida, Gonçalo.