CHINA
中國
PEQUIM 北京
XIAN 西安
桂林
GUILIN
上海 XANGAI

Falando deste vasto país que é o 3º do mundo com uma área de 9 596
961km2 ou o 4º, porque há grandes áreas que são disputadas com
outros países vizinhos, mas
ocupa o 1º lugar em população, qualquer
coisinha como mais de 1,3 biliões de pessoas, é uma republica
popular socialista uni partidária, tem como língua oficial o
mandarim. A capital é Pequim. Este país desde 1978
tornou-se numa das economias de mais rápido crescimento, sendo o maior exportador e o
3º maior importador.
A sua industrialização reduziu a sua
taxa de pobreza de 53% em 1981 para 8%
em 2001, espetacular, só a coesão de uma boa
politica pode levar a este resultado.
Andei averiguar durante poucos dias como fazer
um percurso maravilhoso dentro deste país com 9 dias de férias que nos
restavam, foi saber o tempo que iríamos precisar para as viagens e repartir os
restantes dias visitando cidades que eram prioritárias para
conhecer um pouco desta terra, elegemos, então Pequim, Xangai, Guilin e Xian. É que o tempo também não dava para mais,
mesmo assim teremos de andar depressa e não perdemos tempo com nada, mesmo.
Tudo tratado ao
pormenor, viagens de ligação internas de avião tratadas
directamente com quatro companhias de aviação internas chinesas e marcação dos hotéis e aí estamos nós, Gilberto,
Sofia, Carlos e Júlia preparadíssimos para
partir.
5 Dezembro
Iniciamos esta fuga até à China
pela manhã, estava um dia de inverno, com muito frio e um pouco de nevoeiro,
perto da 11h30 já nos encontrávamos no aeroporto prestes a partir para
Frankfurt onde iremos fazer escala. Após
algumas horas de viagem num avião da Lufthansa, chegamos, onde ainda ficamos
cerca de 2 horas à espera de partimos então para Pequim primeira cidade chinesa
a visitar. Demos umas pequenas voltas por este aeroporto para irmos fazendo
tempo, ainda deu para o Carlos comprar um chapéu alusivo ao campeonato do mundo
de futebol de 2006 que se realizou aqui na Alemanha eu como também não podia
deixar de comprar alguns postais referentes a esse acontecimento. O tempo
passou-se e vamos voar novamente na
mesma companhia onde iremos fazer mais umas longas horas de viagem, tivemos
tempo para dormir, conversar, ver alguns filmes e até fomos lendo o jornal e
outras revistas que levamos sempre para ajudar a passar o tempo. O serviço de
bordo desta companhia alemã também é fabuloso, desde o pessoal até à
alimentação, são factores importantes que ajudam a passar esta viagem mais
libertos do pesadelo que é viajar de avião. Entretanto o tempo passou-se e estamos
a começar aterrar neste enorme país. Encontramo-nos frescos e bem dispostos com
vontade de começarmos logo a fazer
as nossas voltas. Demoramos ainda algum
tempo a sair do aeroporto, alguma dificuldade em arranjar táxi para nos levar
ao hotel, porque quando nos dirigimos aos taxistas a perguntar alguma coisa é
escusado, fazem-se despercebidos, não querem é entender e fogem, mas ao fim de
algum tempo lá conseguimos arranjar transporte que nos levou ao local, onde
iremos descansar. Aconteceu que o edifício onde deveria ser o hotel não existe
qualquer informação, placa ou anúncio alusivo a ele, ficamos logo incrédulos e
já noite cerrada a pensar como resolver a situação, sucedeu que dirigimo-nos
para a porta do prédio e tocamos para o 7º piso, porque verificamos no
documento da reserva onde se encontrava indicado o andar, entretanto abriram a
porta, lá subimos e ao chegar deparamos com uma residencial e nada de hotel.
Para piorar a situação a recepcionista não falava nada de inglês, muito menos
português, mas estava munida de um tablet que escrevia em chinês e tinha de
imediato a tradução, vá lá este assunto está resolvido. Ficamos então neste
local que fica situado perto de uma zona industrial, aqui mais parece que as
fábricas se misturam com as habitações. Agora queremos é dormir para compensar
o jet leg, amanhã vai-se iniciar a nossa oportunidade de visitar a terra dos
chinocas.
6 Dezembro
Hoje estamos eufóricos para
sairmos, pelo facto de estarmos a pensar que vamos encontrar algumas
dificuldades para chegar a determinados locais, tendo em conta que os transportes serão o busílis da
questão. O primeiro obstáculo surgiu quando mandamos parar um táxi, imediatamente deparamo-nos com o nosso pensar
o fulano não entendeu para onde queríamos ir e foi-se embora, mandamos parar outro,
este fez que não nos viu, até que há um terceiro que lá pára e lá nos
conseguimos fazer entender, nós só queríamos ir para a praça de Tiananmen ou Cidade
Proibida, é que até tínhamos um mapa para ajudar ambas as partes.
Eis que percorremos alguma
distância por esta cidade até atingirmos a praça de Tiananmen que é a maior
existente no mundo. Está um frio de rachar e como este local é muito extenso e está totalmente
desabrigado, começamos a deambular pela avenida que rodeia este recinto, vimos
que há alguns visitantes, não nos pareceram turistas, mas sim chineses que aqui
vieram também hoje dar as suas voltas, não vi ainda nenhuma cara de cidadão
ocidental, razão de fazer tal afirmação. Quando aqui chegamos veio de imediato
à nossa mente as imagens que na altura correram mundo do jovem chinês a
desafiar corajosamente um tanque do exército que o esborrachou pouco tempo depois,
dando esta manifestação origem que viessem a morrer milhares de estudantes no
ano de 1989.
Estávamos no nosso giro quando
fomos abordados por uns quantos chinocas a perguntar se queríamos transporte
para darmos uma volta por esta zona. Depois de tanta insistência perguntamos o
preço o qual foi discutido e assim concordamos, duas caranguejolas/tuk tuk
alugadas, logo informámos para que não se afastassem uma da outra para podermos
controlar onde estaríamos, assim aconteceu nos primeiros instantes mas rapidamente
geraram confusão e já ninguém sabia onde os outros estavam, percebemos que
havia história e apressadamente começamos a dizer para pararem e esperar pelos
outros, não deram grande atenção. Mas dissemos que já não queríamos andar mais
que nos levassem para o local de onde
havíamos partido, dificilmente nos puseram lá, passados mais uns minutos e lá
estavam a chegar a Júlia e o Carlos. Não quisemos pagar porque era barrete,
nesta altura já estávamos rodeados de um montão de chineses, eles queriam cobrar
a totalidade do valor que se tinha acertado, mas nós é que não estávamos nessa,
mas pagar o quê!
Não era aquilo que se tinha
combinado e não conseguimos saber qual seria a intensão destes rufias, mais
provavelmente roubar-nos. Ainda chamamos um polícia ou tropa que estava ali bem perto de nós mas nunca se
intrometeu nem quando o chamamos, fez ouvidos de mouco e vista curta, de nada
valeu o nosso pedido de auxilio. Lá nos conseguimos ver livres destes gajos e
fomos vagueando por esta enorme praça, onde já avistamos ao fundo a tão
badalada Cidade Proibida. Ao longo desta praça existem imensos soldados
espalhados, individualmente, ao ponto de quando passamos em frente de um deles,
este encontrava-se com os olhos fechados, estava a passar pela brasas de pé,
parámos para o apreciar, deu para tirar uma fotografia e lá continuou impávido
e sereno no seu descanso matinal com este frio de enregelar os ossos. Para
entrarmos precisamos de trocar a nossa moeda por yuans, tivemos de encontrar
uma casa de câmbio que por sorte estava bem perto. Admissões compradas e
começamos a nossa visita, entramos entre muralhas vermelhas ladeadas de torres
do tipo pagode, também reparamos na gigantesca
imagem de Mao Tsé Tung, este que ajudou a liquidar milhões de pessoas e
a criar milhões de miseráveis seres humanos durante a sua governação. Fomos
deambulando por pavilhões e praças, onde já viveram os poderosos imperadores,
aqui existem numerosas portas com nomes como; porta do divino génio militar,
porta da suprema harmonia, palácio da pureza celestial, palácio da Primavera,
estes alguns no meio de outros nomes que para mim são patranhas que iludiram
milhões de pessoas ao longo de vários séculos. Há vários jardins e pontes que
vamos encontrando com frequência no entanto ao fim de várias horas de aqui
estamos, ainda não nos cruzamos com quaisquer ocidental, quase de certeza que
daqui alguns anos com uma mudança total da política deste país irão aqui cair
milhões de turistas de outros continentes.
As construções existentes são
praticamente todas feitas em madeira, magnificamente decoradas com cores fortes
que sobressaíam, produzindo figuras bizarras imaginárias do povo chinês.
Existem várias exposições ao longo dos mais diversos pavilhões onde se pode ver
os mais diferentes trajes dos imperadores, existem mostras de utensílios
pessoais usados noutras épocas pelos operários, vimos salas e quartos que
refazem outros tempos, mas sobre a nobreza, pena é que a miséria não se
encontra retratada em lado algum, era só o que faltava, pois aqui nunca nem
agora há maltrapilhos nem esmifrados, apenas barrigudos.
Demos por terminada a nossa
visita aos palácios e pavilhões, agora caminhamos para os imensos jardins,
alguns repletos de chineses, é que hoje é domingo e pelos vistos há liberdade
para laurearem a pevide. Estivemos a ver um grupo deles a cantarem e a
representarem, concluímos que se tratavam de canções partidárias vindas do
comité, porque havia melodias que não nos eram assim tão estranhas. Foram
simpáticos para connosco, porém o diálogo era pouco, alguns deles falavam inglês, mas cuidado
podem-nos estar a ver e não podemos falar muito pois chinês é assim cauteloso. Num
outro jardim dançavam ao som de instrumentos, como o Gaohu, Alaúde e Pipa, são
instrumentos de cordas, que nunca tinha-mos visto, estavam todos divertidos e
dançavam com garra neste final do dia. Também para nós esta imensa volta está
prestes a terminar, mas todos pensamos ir comer o melhor pato à Pequim, antes,
ainda demos mais umas voltas para depois apanhar táxi que nos levasse a um
restaurante no mercado nocturno de Donghuamen, mas tivemos azar pois quando
chegamos ainda havia pouco movimento, deveríamos ter chegado mais tarde, havia
pouca gente e muitos lugares ainda se encontravam cerrados. Demos uma grande
volta pelas ruelas onde apreciamos as lindas espetadas de escorpiões e
gafanhotos, umas delícias que tanto adoramos, não comer mas sim ver. O que é
que já estavam a pensar.
Arranjamos um local onde
mandamos então vir uma dose do tal pato à Pequim e umas espetadas de carne, uns
chás e umas cervejas Yanjing beer, mas de cerveja esta pouco tinha, não
gostamos do seu sabor. Sobre o pato à Pequim, este é feito da seguinte forma:
injectando óleo a ferver entre a pele e a carne, ficando depois com aquele pele
estaladiça e brilhante, todos gostamos da experiência. Finalizada tão digna
refeição fomos apreciar mais petiscos que enfeitavam as bancas e cestos, onde
podemos ver toda a tranquitana de petiscos só para chinês, tais como, lagartos,
cobras, gafanhotos, bichos da seda e todas as bebidas exóticas onde dentro das
garrafas se encontravam todo o tipo de bicharada.
Já estafados fomos para o hotel
descansar, pois as pernas já nos pesam e estamos todos com sono, mas ainda
fizemos o programa para amanhã.
7
Dezembro
Antes de sairmos estivemos
algum tempo na janela a olhar para a quantidade de prédios de habitação que
estão a construir nesta zona é um aglomerado gigantesco misturado com fábricas
que poluem toda a cidade com as suas chaminés a deitarem uma fumaça imensa,
mais me parece nos anos 60/70 a nossa zona do Barreiro. Reparamos que no meio
desta construção ainda se encontram alguns prédios pequenos e antigos que estão
de certeza condenados com este crescimento urbano que não vai parar. Contentes
com o que vimos vamos então partir para o destino de hoje.
Programa para hoje, visitar a
Grande Muralha da China, tudo preparado e aí vamos nós a caminho visitar esta
imensa estrutura que se pensava ter oito mil quilómetros de comprimento, mas
afinal são vinte mil quilómetros na
totalidade. A nova medida resulta de cálculos apresentados por topógrafos
chineses que se juntaram para medir este monumento com a maior precisão
possível, pois foi considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno no ano
de 2007. Contrariamente à crença popular a muralha da China não é apenas uma
estrutura mas um conjunto de fortificações, construídas ao longo de dois mil
anos, por ordem de 13 dinastias. No entanto a fortificação Ming, foi medida por
duas vezes, sendo a primeira por ordem do imperador Kangxi no ano de 1700 e a
segunda em 2006. Posteriormente no ano de 2007 a administração do património
cultural da China destacou equipas de 15 províncias chinesas com a tarefa de
medir todas as partes ou ruínas da muralha que estivessem na sua jurisdição.
Assim ficamos a saber um pouco da história da Grande Muralha.
Quando chegamos a uma porta da
Grande Muralha já havia umas boas centenas de pessoas a entrarem, julgamos nós
que aqui deverá ser o principal acesso. Compramos os bilhetes e aí vamos todos
prontos para o combate, assim parece porque, há umas boas centenas de anos
todas as movimentações neste local seriam de certeza para combater os possíveis
invasores, nós hoje somos invasores, mas invasores visitantes que aqui vimos
para apreciar esta grandiosa obra que é tão conhecida mundialmente. Está tudo
embandeirado mas há algum nevoeiro que dificulta tirar fotografias nítidas.
Fomos subindo toda esta escadaria até pararmos numa torre que ocupa um espaço
enorme, daqui já podemos ver lá em baixo o que já subimos e ainda iremos mais
acima para termos uma ideia pormenorizada da grandeza deste sítio. Mais ao
longe umas grandes montanhas que nos rodeiam, panorama que faz mesmo lembrar o
que era isto noutros tempos, tais como outros povos a quererem ultrapassá-las que
muitas vezes o devem ter conseguido com muita dificuldade, mas para os homens que sempre levaram a sua
avante, não era esta muralha que os impediria. Subimos já uma boas centenas de
degraus, mais umas dezenas de subidas em rampa e vimos que podíamos continuar,
mas já ficámos com uma grande perspetiva. Estamos felizes por aqui chegar, sem
dúvida que poderíamos continuar como alguns o estão a fazer, mas para nós é o
suficiente. Vamos então inverter tudo o que caminhamos e regressar ao ponto de
partida. Comprei os meus tão desejados bilhetes postais e regressamos a Pequim.
Já em Pequim, passamos bem
perto do estádio olímpico onde no ano passado se realizaram os Jogos Olímpicos
de 2008, vimos uma parte de alguns edifícios onde se alojaram os atletas, assim
recordamos locais que visionamos nos diversos programas na televisão sobre os Jogos
Olímpicos.
Estamos a fazer mais um
percurso por esta cidade para ficarmos a conhecer mais um pouco, não temos
dúvidas que mais alguns dias ficávamos por aqui, mas não pode ser, vamos
aproveitar ao máximo todo o tempo que ainda nos resta. A certa altura passamos
num local onde fomos tomar um chá que nos foi servido com todo o rigor por uma
chinesinha muito engraçada que nos mostrou como se deve saborear e como se faz,
é que há uma grande diferença de como nós estamos errados na sua preparação.
Colocaram-nos numa sala em privado muito bem decorada com uns banquinhos e uma
mesa, parece mais uma casinha para bonecas. Começa a preparação de um chá com
movimentos delicados eu chamo-lhe movimentos sexy, desde o pegar na xícara que
faz diferença entre homens e mulheres a explicação é nos dada com todo o
carinho e alguma malvadez, lá está o meu pensar a ir para outro lado,
malvado...
Sucedeu que preparou mais do
que um chá para que ficássemos bem elucidados da sua manipulação, qualidade do
chás e sabores. Um dos chás que nos foi servido numa caneca, esta mudava de
cor, vimos logo que era a temperatura do chá que fazia alterar a cor, mais uma
chinesice que a menina Júlia adquiriu.
Como estamos no inverno os dias
aqui também são mais pequenos o frio também não nos larga e há locais que são
para serem vistos de dia. Fizemos mais umas voltas nos lugares nocturnos para
que depois fossemos jantar num restaurante chinês, só podia ser, mas desta vez
optamos por uns camarões e mais umas espetadas, tudo estava saboroso e lá
bebemos mais uma daquelas cervejas que apenas tem o nome.
Mais tarde voltamos para o hotel, pois amanhã teremos de ir para o
aeroporto apanhar o avião que nos vai levar a Xian.
8 Dezembro
Mais uma vez aconteceu que quando chegamos voltamos a andar novamente às voltas esperando ordens para aterrar o certo é que depois de andarmos por ali, não houve indicação para aterrar e tivemos de regressar a Pequim, informaram-nos que havia muito vento e não foi possível pousar com segurança. Novamente no aeroporto de partida e ninguém sai do avião, há hipóteses de irmos novamente para Xian. Mas na China nunca se desiste e depois de uma grande espera vem a informação para desembarcar. Oi, estamos mas é tramados, hoje era o dia de visitarmos os nossos amigos soldados de terracota e agora que fazer. Não estávamos à espera de tal, temos um programa que não tem margens para erros nem este tipo de demora.Sucedeu que todos os viajantes foram levados para autocarros que já estavam à espera e fomos colocados num hotel gigantesco mas com poucas condições para descansarmos e até a comida foi fraca. Sucedeu que o nosso quarto tinha um ar condicionado que deveria dar calor, pelo contrário, fazia somente uma enorme barulheira.
8 Dezembro
Pela manhã fomos para o gigantesco aeroporto de Pequim, sem quaisquer
dúvidas é enorme mas comparado com outros da mesma dimensão ainda não tem o
movimento de pessoas, falta-lhe muito para chegar aos calcanhares de outros.
Fizemos o check-in e lá vamos para a porta de embarque com destino de
Xian, sucedeu que o voo está muito atrasado estivemos qualquer coisa como duas horas à espera até que embarcamos na aeronave
de uma companhia chinesa que somente faz voos internos.
Fizemos um voo que demorou perto de duas horas e mais alguns minutos,
mas quando se preparava para aterrar deu uma primeira, segunda e sei lá quantas
voltas à espera que lhe fosse dada ordem para aterrar. Ficamos a pensar o que se está a passar porque
começamos novamente a ver o avião a subir e tomar uma rota que nada fazia crer
que fosse aterrar, por fim surgiu a informação que íamos voltar para Pequim
pois estava um imenso temporal, não podendo dirigir-se para a pista. Quando
chegamos a Pequim o avião mantem-se numa pista um pouco distante, soubemos que íamos
ficar ali aguardar até que recebessem ordens para levantar voo novamente e
irmos então para Xian. Ainda estivemos umas duas horas ou mais à espera, até
que a determinado momento o avião começou andar e lá estávamos numa pista a
tomar velocidade para levantar. Lá vamos novamente a caminho de Xian a toda a
velocidade.
Mais uma vez aconteceu que quando chegamos voltamos a andar novamente às voltas esperando ordens para aterrar o certo é que depois de andarmos por ali, não houve indicação para aterrar e tivemos de regressar a Pequim, informaram-nos que havia muito vento e não foi possível pousar com segurança. Novamente no aeroporto de partida e ninguém sai do avião, há hipóteses de irmos novamente para Xian. Mas na China nunca se desiste e depois de uma grande espera vem a informação para desembarcar. Oi, estamos mas é tramados, hoje era o dia de visitarmos os nossos amigos soldados de terracota e agora que fazer. Não estávamos à espera de tal, temos um programa que não tem margens para erros nem este tipo de demora.Sucedeu que todos os viajantes foram levados para autocarros que já estavam à espera e fomos colocados num hotel gigantesco mas com poucas condições para descansarmos e até a comida foi fraca. Sucedeu que o nosso quarto tinha um ar condicionado que deveria dar calor, pelo contrário, fazia somente uma enorme barulheira.
Tivemos a indicação que
amanhã pela manhã nos levariam para o aeroporto para apanhar o avião para Xian.
Nada mais podemos fazer nesta altura e iremos ver depois como vamos dar
solução a este imbróglio. No entanto já várias hipóteses estão nas nossas
mentes. Agora vamos dormir.
9 Dezembro
Acordamos cedo pois como sabemos vamos enfrentar uma série de questões
problemáticas. E foi logo, quando nos preparamos para apanhar o autocarro que
toda a gente passava à nossa frente, mas que organização é esta, fiquei mais do
que fulo e comecei a disparatar para que me ouvissem, mesmo sabendo que não
entendiam absolutamente nada o que realmente aconteceu foi que só chamavam
chineses para entrar e nós nada, sucedeu que caguei em tudo, avançamos e
entramos logo para o segundo autocarro, Aí ninguém se opôs e partimos convictos
de que no hotel já não ficávamos. A maioria dos passageiros deste autocarro são
operários fabris ou mineiros, assim parecem e a sua higiene pessoal é diminuta
o cheiro pestilento que apanhamos foi desagradável.
Agora já estamos no aeroporto e questionamo-nos como actuar, fomos ao
balcão da companhia aérea e para nosso espanto ninguém falava ou entendia o que
fosse em inglês muito menos os palavrões que ia dizendo em português. A
determinada altura o Carlos foi para outro balcão que por sorte era o Vip e
então havia uma funcionária que conseguiu entender o nosso problema e com
dificuldade conseguimos o nosso primeiro intento, sair de Pequim e pelo menos
chegar a Xian. Esta funcionária foi de veras atenciosa, encaminhou-nos ao longo
da gare deste aeroporto. Ela com uma faixa vermelha que as distinguia das
outras e pouco depois já estávamos a fazer os trâmites de embarque e seguir
numa outra companhia, não aquela que ontem havíamos viajado.
Caramba, esta é a terceira tentativa, mas há quem diga que à terceira
é de vez e lá vamos mais do que fartinhos de andar de avião em viagens
desnecessárias. Foi mais uma tentativa, mas foi desta que aterramos sem
qualquer percalço, já era noite e assim perdemos o dia que tínhamos para ir
visitar os soldados de terracota, nada mais conseguimos fazer. Foi tratar de
apanhar o voo para Guilin que por acaso era o que nós tínhamos marcado para o
final do dia, esquecer o programa que havia para esta cidade e mudar a folha
para o próximo destino.
Como nestes últimos dois dias foi uma mão cheia de problemas ainda surgiu
a ideia de passarmos por cima de tudo e irmos já para Xangai, foi ideia de
pouca dura e decidiu-se continuar no programa anteriormente estabelecido.
Eram cerca das 21h00 quando embarcamos, passadas 2 horas aí estávamos
em Guilin para que logo de manhã façamos as nossas voltas tão desejadas.
Falando da nossa volta em Xian, não conhecemos absolutamente nada, só
aeroporto e nada mais, mas para ficarmos a saber um pouco de história daquilo
que poderíamos ter conhecido aqui vão algumas palavras.
A cidade tem vários locais
históricos importantes, existem várias tumbas, como a dos reis da dinastia
Zhou, esta cidade ainda tem 800 mausoléus reais e tumbas da dinastia Han. No
entanto a nossa principal visita depreendia-se para os soldados de terracota
que em 246 AC, Qin Shi Huang, primeiro imperador chinês que unificou uma grande
quantidade de territórios e deu o nome à China e subiu ao trono. Consta que era
um ditador implacável e possuidor de um poder avassalador. Sabe-se que na época
os imperadores se faziam acompanhar de inúmeras riquezas e objectos pessoais
para enfrentarem a outra vida no Além. Foi desta forma que surgiu este exército
para garantir a segurança póstuma deste imperador. Esta história adquiriu
contornos interessantes, já que o imperador quereria enterrar não um exército
de terracota mas sim o seu verdadeiro exército! Sim enterrar vivos os seus
próprios soldados para o acompanhar e defender na outra vida. Burro este homem
que viveu há 2000 anos atrás, mas passado tantos milénios, ainda haja quem
pense da mesma forma. Concluo desta forma a nossa passagem pelo Além em Xian.
10 Dezembro 
Refeitos das trapalhados dos últimos dois dias, depois de uma noite
bem passada aqui nos encontramos para desbravar esta zona onde a natureza
permanece quase intocável.
Logo que chegamos às margens do rio Li, imediatamente fomos abordados
para fazermos um percurso neste rio numa embarcação típica, muito parecida com um
junco, mas pequena, pode levar até 10 pessoas. Concordamos com o valor que nos
foi pedido e lá vamos rio abaixo, apreciando as margens onde existem umas
montanhas, mais parecem morros cobertos de vegetação que conferem uma beleza
especial. Fomos navegando lentamente, mais parece que a embarcação é arrastada
pela corrente, vamos apreciando as fainas da agricultura que se vão
desenrolando nas margens, os camponeses que trazem os animais a este rio para
beberem, há um pouco de neblina que vai dificultando a qualidade das fotos que
gostamos de tirar, toda a vida que preenche este rio ajuda a colorir a
paisagem, vimos búfalos que se vão alimentando das algas, muitas jangadas de
bambu transportando haveres, animais e turistas. Há jangadas que levam corvos
marinhos, sendo estes treinados para pescarem, trazem um anel no pescoço para
que não consigam engolir os peixes, é uma técnica usada há alguns séculos,
forma engenhosa para aproveitarem a mão de obra grátis destes pássaros. Um
pormenor que conseguimos apanhar; a determinada altura um agricultar trás um
búfalo para dentro de água, para nosso espanto o homem trás uma lata que serviu
para aproveitar a urina do bicho que nessa altura começou a urinar, aqui tudo
se aproveita, mais adiante noutro local vimos idêntica atitude.
Passaram por nós mais uns quantos barcos carregados de algas, fez-nos
lembrar os moliceiros da nossa terra. Mais adiante mais barcos na faina da
pesca, usando os desgraçados corvos que só apanham peixe e não comem nada,
pobres aves para o que estão guardadas, trabalhar uma vida sem qualquer
proveito. Noutro sítio várias mulheres vão lavando a roupa junto à margem,
esfregando esta nas pedras. No entanto a beleza com que nos temos deparado é
fantástica, altura daqueles morros todos verdejantes é espectacular.
Durante este passeio ainda tive a oportunidade de subir para cima de
um búfalo que me teve de aturar durante algum tempo, foi mais uma brincadeira
do faz de conta, mas a verdade é que nunca tinha andado em cima de tal animal.
Já no final deste excelente passeio neste maravilhoso rio encontrei um pescador
com dois corvos pescadores que mos emprestou, bem como o seu chapéu para tirar
umas fotos e ter por momentos a sensação de que já tinha todos os apetrechos
para me dedicar à pesca nesta longínqua China.
Depois de uma enorme descida pelo rio chegamos finalmente à cidade de
Yangshuo perdida neste paraíso nos confins do mundo, onde a ocidentalização já
chegou, podemos ver pela quantidade de produtos a serem vendidos pelas ruas
onde a maior parte estão mesmo direcionados para o turista que por aqui passa.
Já nos cruzamos algumas vezes com ocidentais mas a maioria são mesmo chineses
que vivem acima das posses destes habitantes.
Numa das ruas até podemos ver o Mac Donald’s e é que tinha todo o tipo
de cliente, vimos lá muitos chineses de volta dos hambúrgueres.
Lá fomos andando percorrendo
muitas ruas desta cidade que está embrenhada numa zona rural onde nos cruzamos
a todo o momento com os pategos chineses que aqui vêm parar. A sua vestimenta
as suas caras escuras queimadas pela exposição ao sol fazem logo a diferença do
citadino que aqui mora e tem o seu negócio em pequenas lojas. Há vendedores
ambulantes que deambulam pelas ruas com os seus cestos artesanais feitos por
eles com ramos de árvores e folhagem de palmeiras. Para nosso espanto passaram
por nós dois chinócas de mão dada, não sabia que isto já tinha chegado a estas
bandas, ou será que nós é que estamos antiquados. Também o comércio é abundante
e repleto de produtos sejam eles quais forem , existe fartura.
As ruas ficam
coloridas com a quantidade de anúncios, mesmo de dia, logo à noite mais bonito
se torna com a tonalidade das luzes. A construção destes edifícios é muito
antiga o que os torna belos, a quantidade de pessoas é imensa, podemos certificarmos
aqui que a população deste país é vasta. A certo momento passam por nós umas
jovens chinesas que se aproximam da Sofia e pedem para tirar uma fotografia
todas juntas.
A noite começou a chegar e
vamos aproximando-nos dos locais de restauração que são imensos e bem decorados
e apetrechados, desde o mobiliário até às zonas implantadas nas ruas ou em
recintos devidamente decorados e aquecidos. O frio é intenso e o bem estar não
está esquecido. Quando chegou a hora de jantar tivemos alguma dificuldade em
escolher o local onde nos sentiríamos bem, não por falta de oferta, mas o local
onde a comida nos parecesse a melhor e que se aproximasse mais da que estamos
habituados. Finalmente entramos num restaurante que nos encheu as medidas, eu e
a minha madame optamos por comer uma cabritinho que estava um espectáculo, bem
tostadinho e saboroso o Carlos e a menina Júlia foram para as espetadas que
também estavam uma maravilha. Foi uma boa aposta e valeu pelo tempo que
demoramos a ver onde íamos cair a comer, nem parecia que nos encontrávamos na
China a comer desta maneira.
De seguida fomos para o hotel descansar pois amanhã de manhã vamos
viajar para Xangai. Continuamos satisfeitos e muito felizes por esta nossa fuga
até terras Chinesas que nos têm encantado.
11 Dezembro

Fomos caminhar na parte de Xangai oposta à zona de Pudong que fica na divisão
oriental do rio Huangpu, agora deparamo-nos com a imensidão de edifícios, uns monstros
que se encontram à nossa frente, dá-nos logo a grandiosidade desta cidade.
Optamos por apanhar o barco que nos transportou para a outra margem em Pudong
ou seja o centro financeiro da China, aqui se encontram muitos edifícios
emblemáticos tais como as torres Pérola Oriental, Sanghai Worl Financial
Center com 492 metros de altitude e a
Jin Mao Tower com os seus 88 andares e 421 metros de altitude, vai ser parte da
nossa visita, vamos arranjar forma de subirmos o mais possível, já sabemos que
é visitável, apenas nos falta saber até que piso podemos ir, daqui a pouco já
não será novidade. Mesmo ao lado já conseguimos ver os alicerces da Shanghai
Tower uma outra torre que irá ter 128 pisos, com uma altura superior a 0,5km,
vai ser maior a estas que descrevi.
![]() |
Vista do 88º piso |
Toda esta zona onde agora nos encontrámos, está com grandes obras por
causa da expo de 2010 que aqui se vai realizar, nem um ano falta e há obras que
nos parecem atrasadas, será apenas a nossa visão que nos emite esse erro, pois
com a quantidade de mão de obra barata deste país é trabalho para se concluir
em tempos recordes.
Finalmente chegamos à torre Jin Mao e prontos para entrar num dos
elevadores que nos vai levar até ao último andar visitável. A subida foi tão
rápida que nem parece que subimos os juntamente com a poluição. Podemos ver a
quantidade de edifícios com alturas desproporcionadas, grande cidade, assim
ficamos encantados. Estivemos bastante tempo a observar para que descêssemos e continuássemos
o giro, mas já é noite, aqui são 18h30 e pouco mais podemos ver.
Resolvemos mais tarde irmos
jantar, foi nesse local onde jantamos que ainda percorremos uma zona que tem muito
movimento nocturno, que adoramos, para já é tarde, iremos para o hotel
descansar as pernas que tanto têm andado.
12 Dezembro
Estamos novamente a chegar às margens do rio Huangpu, depois de uma noite
repousante e de um pequeno almoço farto com misturas europeias e chinesas.
Vamos ter como ponto principal visitar os jardins Yuyuan, neste
momento estamos apreciar um engarrafamento de bicicletas e motoretas, há duas
biclas que estão super carregadas com tubagens, mas neste caso o ciclista não
vai em cima dela, apenas a empurra ou puxa, só nestas paragens é que
conseguimos ter estas imagens maravilhosas. Numa das ruas que passamos tem uma
quantidade tão grande de cabos eléctricos no ar que parece mais uma cobertura de
sei lá o quê. De todo o tipo de
construção que passamos todas elas são lindas o que ainda resta do antigamente
enquadram-se perfeitamente e encontram-se bem restauradas, não me parece que
alguma vez sejam demolidas, pelo menos estas que acabamos de ver, é que são
bastantes e numa extensão enorme. Há ruas e praças bem engalanadas, o natal
também aqui é festejado! Parece que sim pelo menos para a quantidade de povos
de outras nacionalidades e credos que aqui vivem, trabalham ou passeiam, só se
for por isto. Passamos por muitas árvores que nunca vimos, são enormes e a sua
folhagem mais parece de uma mistura de couve flore, repolhos e couve
portuguesa, lindas por serem lindas e pelo facto de que ficamos a olhar e
apreciar como é possível haverem árvores com aquele tipo de folhagem.
Já nos encontramos perto dos jardins Yuyuan rodeado de construções com
muitos anos, são fabulosos estes edifícios feitos em madeira com seus telhados
sumptuosos, maravilhas de outro tempos muito bem preservados, magnífico passear
por estas bandas. Vamos então visitar tão dignos jardins, planeados em 1559 com
as suas cinco paisagens em miniatura. Aqui encontra-se um pitoresco pavilhão de
chá, para nos chegarmos a ele temos de atravessar uma ponte ziguezagueada,
composta por nove curvas, para que os dragões a não pudessem passar, pois os
espíritos maus só conseguem movimentar-se em linha reta. Já vimos uns quantos
templos budistas, num deles o camarada Carlos esteve a orar ao Buda Canhão. A
dona Júlia como pertence à Ordem das Jaquinas Descalças, olhou de soslaio, como
que a dizer – o quê, este gajo tão religioso!
Não bastando uma camarada abordou o Carlos para lhe confidenciar, não
sabemos o quê. Já sabemos coisas do comité central.
Houve tempo para nos
disfarçamos de bandidos ou damas para tirarmos as nossas fotos da praxe, outra
recordação destes tempos para recordamos ao longo dos muitos anos que ainda
poderemos andar por cá. Por exemplo, olhem eu, velhinho cheio de catarro a
dizer para a minha velhinha, tás a ber quando eu era ainda jovem, agora tou
aqui à espera que vá pró catano, percebem, sim!
Também chegou a hora de presenciarmos um casamento. Eis que chega um
Rolles Royce vermelho, todo engalanado com flores e um enorme ramo de flores prostrado
em cima do capô e pára perto de nós e sai uma madame que vai abrir a porta à
noiva que por sua vez vem toda sorridente e olha para a enorme plateia que a
espera. Eu armado em fotografo, com a minha máquina de tostões saco dela e começo
a tirar fotos mas a noiva mais uma vez sorridente olha para mim e logo tiro a
melhor foto, fiquei orgulhoso de tal sucesso, mais outra para recordar, ou não
seja a minha vida cheia de recordações fabulosas, vou esquecer por momentos a
meia dúzia que tive tristeza total, esqueço. Ainda estivemos a ver toda a
cerimónia que se desenrolou aqui, inclusive a quantidade de convidados e o
noivo que acabou de chegar, pessoas simpáticas.
Mais tarde também chegou a hora em que a Sofia foi fazer um penteado
tipo Sevilhana para que viesse a comprar uns ganchos, travessa e um nó em seda
que lhe foram aplicados, ficou uma autentica espanhola, tenho fotos que
compravam tal facto. Hoje também foi um dia para compras, muita tarecada
compramos e vamos chegar a casa carregados como burros.
Foi nesta visita que ainda
podemos comprar um serviço de chá muito engraçado e com umas cores vermelhas
fortes, também achamos que não foi caro.
Mantivemo-nos nesta zona até tarde e a noite
já vai longa, é que não temos vontade de nos irmos embora sabendo que amanhã de
manhã vamos partir para a nossa terra.
13
Dezembro
Chegou a hora da partida, é com alguma tristeza que vamos embora, numa
altura em que estávamos praticamente a começar a conhecer este magnífico país.
Também está guardado para último dia, uma enorme carga de passagens
aéreas, começando pela saída bem cedo de Xangai para Pequim, logo a seguir ao almoço
nova partida esta de Pequim para Munique, para que ao fim do dia partamos
para Lisboa, vai ser um dia repleto a
andar de avião que eu não gosto nada, não gosto de estar muito tempo sentado no
mesmo sítio nem tão pouco dormir sentado e em espaços acanhados, é que vão ser
praticamente 24 horas num desassossego.
Estamos no gigantesco aeroporto de Xangai, são 6h30 e vamos apanhar o
voo MU5155 que parte às 8h15 que nos levará a Pequim em 2 horas 25 minutos,
ainda deu tempo para fazermos um circuito e apreciar a parte arquitetónica
desta gare. Quando chegou a hora de partida já conhecíamos muitos cantos deste
aeroporto. Embarcarmos, este voo decorreu com toda a normalidade passado algum
tempo chegámos frescos. Já no aeroporto de Pequim optamos também por passear e
almoçar, pois só às 13h45 é que vamos partir com destino a Munique, vão ser uma
horas duras de superar, somente 10h25.
Fomos almoçar e optamos por digerir mais uns pratos típicos chineses,
de certeza que vão ser os últimos a não ser que sirvam no avião qualquer coisa
parecida. Comemos desconcertadamente com os tão célebres pauzinhos, falta-nos
prática, mas remediamos, decidimos também por comer uma sopa servida num
recipiente do tipo malga e mais uns sumos e cervejas, assim foi este o nosso
almoço e todos ficamos encantados.
O tempo passou-se e aí está a hora da partida. Vamos no voo LH723, bem
instalados não fosse esta companhia a Lufthansa. Durante o percurso optamos por
ver alguns filmes, ouvir música, ler e conversar e até tivemos tempo para
passar pelas brasas, é mesmo, deu para tudo. Também a alimentação que foi
distribuída foi agradável. Mas o tempo nunca mais passava, quantas vezes olhei
para o ecrã e nunca mais são horas de chegar. Mais uma dormidela ou fechar de
olho e assim mais algum tempo se passou. Até que nos apercebemos que estamos a
baixar de altitude e a preparar para aterrarmos em Munique , chegamos ao fim de
tantas horas. Olhamos para o exterior e é noite, vamos dentro de pouco tempo
desembarcar e de seguida apanhar o voo LH454 que nos vai levar até ao nosso
destino final.
Quando chegamos a Lisboa foi levantar as malas e irmos para as nossas
casas, pois amanhã é dia de trabalho para todos nós.
Mas no final encontramo-nos
plenamente satisfeitos e com vontade de voltarmos à China, vamos esperar que
não demore muitos anos, pois apenas conhecemos um bocadinho desta terra que nos
fascinou.
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