segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Voltar às Caraíbas - 2016






Porto Rico

                   
                      Saint Croix
   
                                            Martinica
 
Dominica

                  Saint Kitts

                                       Saint Thomas
 
 







PASSADOS 10 ANOS DE VOLTA ÀS CARAÍBAS



1 Dezembro – Lisboa – Madrid - S.Juan (Porto Rico)



O nosso embarque está marcado para as 07h30, destinámos que a nossa alvorada seria por volta das 04h15, despertador programado e eis que surge o toque que nos acordou. Fui eu que o desliguei, mas ouvi a Sofia dizer, é melhor nos levantarmos pensando eu que o despertador ainda não tinha tocado, mas que baralhada a minha, estava completamente transtornado, lá me levantei e arregaça as mangas que já se faz tarde. Tomar pequeno-almoço, acordar o nosso motorista que na véspera se prontificou a levar-nos ao aeroporto e pouco tempo se passou e aí vamos nós noite cerrada pela IC-19, onde há já imenso trânsito. Aconteceu que quando circulávamos na 2ª circular, surgiu um alarme do carro que nos avisa da temperatura estar nos 130 graus, raio,
mas o que se passa, abrandei e reparei que a temperatura começou de imediato a baixar, rapidamente chegou ao seu nível. Fiquei de veras alarmado quando entrei na rotunda de acesso ao aeroporto, baralhei-me e entro de seguida na 2ª circular, logo adiante mais uma ou duas asneiras surgiram, com isto tudo chegamos e vimos que o acesso às partidas se modificou e agora é pago com a excepção se não demorares mais do que 10 minutos, além disso pagas um valor exorbitante.
Check-in feito, vamos indo com toda a calma para a zona de embarque, ainda telefonei para o Gonçalo a perguntar se ouve novidades com a porcaria do carro, não está tudo ok.
A madame Sófia comprou as revistas com as novidades da treta e dentro em pouco iniciaremos a primeira etapa até Madrid. Esta decorreu com calma, chegamos e sabemos que ainda vamos demorar uma eternidade até chegar a hora de partimos para Porto Rico. Fome, já temos e resolvemos comer um bocadilho, daqueles que tanto gostamos. Assim dois bocadilhos, um copo de cerveja e um café duplo com leite, custou-nos a módica quantia de €19,00, já parecia que tínhamos almoçado no Mac. Pelas 15h50, embarcamos, tentámos dormir um pouco, mas temos uns vizinhos de veras barulhentos, são uns
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autênticos saloios, portam-se como nunca tivessem viajado, desta forma incomodaram-nos e mais uma dúzia de pessoas, algumas reclamaram, mas de  nada lhes valeu. Já noite dentro lá chegamos, depois de fazermos mais de oito horas dentro desta cegonha, ainda demoramos mais uma hora para passarmos a zona de controlo da polícia americana, tantos controlos que são um imenso exagero. Apanhamos um táxi e em poucos minutos chegamos ao nosso destino de hoje.


2 dezembro – S.juan (Porto Rico)


Pensei que o hotel fosse de uma qualidade superior, tanto que o preço assim o indicava, mas ficou abaixo das nossas expectativas.
Tem uma área muito grande uma belíssima varanda, mesmo em cima da praia que está totalmente rodeada de coqueiros, com uma extensão a perder de vista, tanto que o acesso a ela é através de um portão que funciona com o cartão do quarto, praticamente privada. Logo pela manhã fomos até a esta praia, onde alugamos duas espreguiçadeiras e lá ficamos ao sol durante algum tempo, tomamos a nossa banhoca, até que uns pingos apareceram para que mais tarde uma chuvada imensa nos remeteu para o hotel. Também foi chuva de pouca dura, mas fez imensas poças por todo o lado.
Pela tarde demos uma grande volta por toda esta zona, pois deu para ficarmos cansados. Fomos também às compras e de regresso fizemos o percurso pela praia, mesmo à beirinha desta água maravilhosa.


O nosso jantar foi num local que mais parecia um saloon americano, este tinha imensas mesas de bilhar e snooker mais uma grande quantidade de écrans, enormes de televisões, em cada uma delas tinha um desporto diferente e frequentado por jovens que à noite ali iam divertir-se. Nós apenas fomos lá jantar e beber a nossa cerveja de eleição “Budweiser” onde comemos ao balcão para não fugir à regra. Foi mais um dia em que ficamos a conhecer outros locais de Porto Rico.


3 dezembro – S. Juan (Porto Rico)

Como sempre quando estamos de férias acordamos sempre muito cedo, o sol entra-nos pela janela, algumas nuvens espreitam ao longe, o barulho vindo do aeroporto quando os aviões chegam ou partem e a maravilha do nosso planeta; o mar que está logo aos nossos pés. 
O programa para esta manhã é irmos até à praia e apanhar mais um pouco de sol, sabendo nós que iremos ter de fazer o check out até às 12h00. O tempo tem-se mantido estável, apenas temos a sombra no nosso hotel que se estende ao longo de centena e meia de metros, vamos andando para a esquerda e conseguimos desta forma apanhar o maravilhoso sol. Com isto chegou a hora de partimos, apanhamos o nosso táxi que combinamos o preço com um funcionário do hotel e lá vamos para o porto embarcar no cruzeiro que nos espera. Já somos pessoas muito batidas nisto de apanhar táxi e termos problemas no final. Hoje também foi um desses dias ao chegarmos pago o
trajeto com uma nota de $50 dólares para me dar $30 de troco, o motorista deu-me o troco certo, mas um pouco trapalhão disse-me que eram $25, logo lhe disse que o acordado inicialmente eram $20, disse-me quem faz o preço é ele. Logo afirmei que telefone para o hotel e verá que não é bem assim. Este ainda concluiu que as malas também alteram o preço, não estive para mais conversas que telefone, comecei a andar e logo desistiu da sua irreverência.
A partir daqui fomos tratar de toda a papelada para entrarmos na nossa casa flutuante durante os próximos sete dias. Concluímos estes passos com a nota máxima, havia já imensas pessoas a entrarem, mas nós fomos muito rápidos, pois passados alguns instantes já nos estavam a oferecer o champanhe de boas vindas, quer dizer já estamos dentro deste maravilhoso cruzeiro. Tentamos ir até ao nosso deck, mas este ainda estava a ser preparado. Subimos até ao deck 11 para comermos alguma coisa, assim o fizemos. 
É da nossa conveniência descobrirmos ou explorarmos todos os recantos logo na nossa chegada, desta forma fomos farejar por todo o lado os locais que nos vão  interessar nos próximos dias. Finalizamos esta grande volta para depois irmos comer o nosso gelado irmos até ao nosso camarote que tem uma vista excelente para o mar, onde iremos ter luz do dia a toda a hora que aqui estejamos.


4 dezembro – S. Croix (Ilhas Virgens Americanas)
  

Há anos que não tínhamos um mês de Dezembro com tanto calor, desde que o mês começou as temperaturas rondam os 29 graus, por aqui se vê como este planeta está a ter mudanças tão bruscas. 
O dia começou com o sol a entrar pela nossa janela. Acordamos e pusemos-nos a andar. Todo o ritual de nos levantarmos até começarmos a sair do barco foi cumprido na íntegra. No molhe onde este navio está ancorado até à cidade
são pouco mais de quinhentos metros. Saímos equipados para irmos à praia que avistamos antes de sair, mas antes, demos uma imensa volta por esta cidade Frederiksted, achámos que não tinha grande interesse e pensamos se não era interessante ir até à capital desta ilha Christiansted, perguntamos o preço do táxi que é $10 por pessoa para um só trajecto, teremos de gastar na melhor das hipóteses $40. Mais umas voltas e logo um fulano
nos pergunta se queremos ir para a capital e a nossa pergunta surge de imediato quanto custa, mais rápido nos foi dada a resposta $8, ok, vamos lá. Na mesma carripana estavam para ir mais 8 pessoas, seis eram holandeses, uma das senhoras perguntou-nos quanto nos estavam a pedir pela viagem. Dissemos quanto nos levou, vá lá, pediu-nos valor igual, pareceu-nos não ser trafulha. Desta forma partimos em direcção à capital, já andamos muitos quilómetros e quantos ainda faltarão! Quando chegamos concluímos que a distância
foi muito grande, qualquer coisa como Lisboa até ao Carregado. Combinou-se com o motorista a hora que queríamos regressar, todos estivemos de acordo. Fomos os dois em direcção à zona ribeirinha, onde existem imensos bares, enormes, bem ao estilo de saloons, nome dado pelos americanos a este tipo de tascas. São tantos que pergunto se alguma vez ficarão repletos. Também reparamos que as
construções são dos tempos coloniais, algumas feitas em madeira, outras já em cantaria, mas todas projectadas com arcadas onde podemos circular e ver a quantidade de lojas aí existentes. Num canto desta cidade que mais parece uma vila há um forte numa elevação pequena em que o acesso é pago. Estivemos à porta e resolvemos tirar umas fotos, mas nada de entrar. Visitamos imensas ruas, entramos nalgumas lojas onde compramos recordações para os nossos colegas. Por mais voltas que déssemos nesta cidade voltávamos sempre ao mesmo lugar que é a parte ribeirinha, mesmo em frente podemos avistar uma pequena ilha ladeada por uma linda praia, existe um pequeno bote que transporta uma dúzia de pessoas de uma margem para a outra. Desta
forma concluímos as nossas voltas por este local. Há hora programada lá estávamos para o regresso. No caminho ainda podemos observar uma refinaria tão grande como a de Sines mais uma destilaria de rum e um armazém que tinha ardido poucos dias antes, este trajecto é todo feito numa floresta tropical com algumas casinhas construídas em madeira e hoje como é domingo nota-se muito trânsito. Quando chegamos ao cais de embarque havia uma banda a tocar num coreto e mais adiante um caribenho com o seu reportório de música desta região, ou seja, uma grande festa para turista ver. Já no
barquito ainda tivemos tempo para apanhar mais um pouco de sol, pois a temperatura continua excelente. Tendo o tempo por nossa conta fomos visitar algumas lojas, onde vimos relógios que gostamos imenso, passamos pelo casino, onde ainda não conseguimos perder nada, para depois acabarmos no restaurante onde saboreamos um magnifico prato de peixe acompanhado por 7,5 decilitros de uma boa pinga tinta, made em Catalunha.


5 dezembro – At sea



Dia diferente este de passar um dia no mar sem que avistemos terra, não estamos no alto mar, mas hás vezes faz-nos crer que estamos mesmo muito afastados da terra, é pura ilusão, nossa, pois estamos a navegar muito perto de outras ilhas. O tempo maravilhoso continua, isto porque o clima aqui é sempre quente. No entanto, entre os meses de Junho e Novembro é comum surgirem tempestades tropicais, ocorreu que cerca das 11h45 começaram a cair uns pingos o céu ficou bastante nublado, mas não passou disso, uma hora depois,
céu limpo e o sol maravilhoso destas bandas, nem deu para sair do local onde nos encontrávamos. Estávamos deitados apanhar sol e lá ficamos. A meio da tarde avistámos no horizonte o contorno de um navio que se aproximava, passado duas horas era mais um cruzeiro que cruzava a nossa rota e que navegou longo tempo ao nosso lado, foi esta a companhia de tivemos durante o dia todo. Durante o dia houve música junto às piscinas, aí músicos e dançarinos faziam a festa, os
passageiros iam-se divertindo, dançando ou bebendo, alguns esquecem-se que já beberam de mais, mas lá aparece o empregado que lhes vende outra bebida e se esquecem que já estão abastecidos, assim fazem armazenamento de mais álcool. É por isso que à noite estão já meio grogues. O tempo aqui passa devagar, é assim que nós gostamos. Hoje tivemos tempos de sobra para descansarmos, até dormitamos. Há noite lá vem o célebre jantar e o finalizar da noite com mais um espectáculo fantástico. Sono nem pensar, mas lá teremos de nos deitar porque temos de aproveitar todo o tempo que nos resta.



6 dezembro – Martinica



Vimos o romper do dia quando começamos a avistar a costa desta ilha, percorreu-se ainda umas boas milhas e entramos numa imensa baía que dá acesso à capital Fort-de-France, verifico que é montanhosa ao contrário da ilha anterior em que as elevações são escassas. Chegamos ao cais de acostagem, daqui vê-se toda a cidade, ladeada pelo seu forte e o imenso casario, alguns a lembrar uma ou duas centenas de anos atrás, os restantes estão nesta
época o que destoa bastante a paisagem, pois logo à nossa esquerda está um hotel monstruoso que nada tem a ver com o resto da paisagem. Pequeno-almoço tratado, aí vamos nós para as nossas voltas por esta ilha, vimos que há grande possibilidade de chover, tanto que a madame Sofia disse, quando estávamos já fora do barco, porque não levamos um chapéu-de-chuva, olhei para o céu mais uma vez e pensei – não vale a pena. Já no meio da cidade, depois de termos andado e feito algumas voltas por
todas aquelas ruas, começaram a cair uns pingos que rapidamente se transformaram numa imensa chuvada. Conseguimos abrigar-nos na entrada de uma ótica durante muitos minutos. A certa altura passa por nós uma Martiniquenha que disse qualquer coisa, eu entendi como “cú cú” e repito as mesmas palavras, só que perguntei à Sofia.
-O que foi que ela disse?
-Foi Bonjour.
-Grande urso este! 
-Eu percebi cú-cú.
Adveio daí que ainda nos rimos bastante com esta frase de quem está surdo e vai ouvindo certas coisas que não têm fundamento.
Depois desta grande chuvada, percorremos ainda uns bons quilómetros e não tenhamos dúvidas as voltas por esta ilha, são somente para vermos as paisagens que se repetem por todas as Caraíbas, praias excelentes, combinando com a temperatura das águas e sua cor de resto defrontamo-nos com uma cidade europeia junto ao mar.
Ao redor desta ilha há imensas barreiras de coral que travam a força do mar das Caraíbas. As areias têm o tom negro e cinzento, ladeadas por imensas florestas tropicais. Vimos lá no cimo a montanha Pelée e o final da estrada alcatroada a partir daqui tudo é feito em trilho, quando chove faço uma pequena ideia do rego de água que vai por aí abaixo. Há imensas caminhadas que são propostas para se fazer, nós não estamos nessa, até achamos que já andamos de mais.
Já tarde resolvemos beber umas cervejas, está bastante calor e alguma humidade, seguidamente procuramos onde comprar os postais desta terra. Não foi assim tão fácil, mas lá os encontramos num pequeno quiosque onde ainda estivemos à conversa com a vendedora. Regressamos ao barquito e prosseguimos com as nossas peripécias diárias. A maioria delas já são repetitivas, mas sempre agradáveis e continuamos a dizer que não conseguimos fazer tudo aquilo que queríamos.


7 dezembro – Dominica


Hoje um bocadinho de história não faz mal a ninguém, tanto que Cristóvão Colombo avistou-a num domingo, daí o nome de Dominica, esta esteve alguns anos sob o domínio Espanhol, passando depois para os Franceses e por fim para os Ingleses que a mantiveram até 1978, ano que lhes foi dada independência. Em 2008 teve um dos mais baixos Pib dos estados do Caribe, provocando uma crise financeira em 2003 e 2004. No ano de 2007 o furacão Dean, causou sérios estragos no sector agrícola.
Parece caricato, mas acontece que esta ilha tem poucas praias, fazendo que o turismo seja mais direccionado para as montanhas onde há imensas florestas e actividade vulcânica. Estava previsto que em 2015 entrasse em funcionamento a moeda deste país, mas pareceu-me que ficou em águas de bacalhau. Esta seria conhecida como “Bitcoin”.
Sobre a nossa chegada a esta ilha; mais um desembarque sem pressas logo à saída do cais deparamos com um grupo de crianças vestidas a rigor com as cores da bandeira e todas muito sossegadas, não têm mais do que quatro ou cinco anos, muito engraçadas e compenetradas nos papéis que estavam a desempenhar.
Vimos que a maioria dos passageiros tinham optado por ficar no barco e outros pela cidade. Nesta altura resolvemos também vaguear pela cidade, pois achamos interessante a construção colonial das casas, acompanhadas de cores coloridas, tiramos montes de fotografias, pois havia sempre motivo para tal. Vimos em plena rua um sapateiro que consertava todo tipo de sapatos, mas eram mais ténis ou botas que o rodeavam, lá tiramos mais uma fotografia,  ele  sentiu-se satisfeito e deu o seu sorriso de simpatia. Já vimos que os habitantes desta ilha são civilizados e educados, um cumprimento nosso é sempre bem-vindo. Nós também gostamos de dar uma palavrinha e
logo temos conversa que nunca mais acaba. Mais adiante um mercado de rua, igual a tantos outros que já vimos em África de nada lhes fica atrás. Mais ruas e mais construções emblemáticas que fazem o encanto desta cidade. Foi aqui que tiramos uma foto a um carro cor de rosa, mas aquele rosa forte que é apreciado somente por estes povos, lindo mesmo que nos chama logo atenção. Demos uma grande volta por este maravilhoso sítio, chegando ao outro lado da cidade onde existe outro porto em que os cruzeiros também atracam, regressamos cansados e cheios de calor, resolvemos beber umas cervejas das Caraíbas e pagamos a módica quantia de €2,50 por cada uma, mas que roubalheira, até uns habitantes ficaram a rir-se do preço que nos foi pedido.
A meio da tarde tivemos de regressar ao barquito para nos deliciarmos com boa comida e apanharmos mais um pouco de sol numa das cobertas que estão repletas de boas cadeiras de praia. Demos mais umas voltas, passando pelo casino apreciar todos e todas as viciadas que ali passam o dia e grande parte da noite. Eram 21h30 e lá fomos apreciar mais um bom espectáculo que se desenrola no teatro, música, bailados com uma coreografia de se lhes tirar o chapéu. Já  noite  dentro lá subimos até ao deck 11 para ver mais um grupo de dançantes. Concretizou-se mais um dia cheio de emoções.

8 dezembro – St. Kitts

Esta foi a segunda vez que viemos a esta ilha, há 10 anos atrás
já aqui tínhamos estados na companhia de mais amigos, nessa altura era grande novidade a volta por esta ilha, hoje o impacto é menor, mas não deixa de ser interessante. O nosso trajecto foi mais reduzido e lembramo-nos de ir a um local onde estivemos anos atrás e nessa altura foi paródia para todos nós. Numa das igrejas desta cidade existe um pequeno cemitério onde uma das campas tem uma grade que a rodeia, achei engraçado lá voltar e repetir a minha atitude de entrar lá para dentro e desafiar o dito morto que eu lhe estava a pisar as costelas. Ele não se
chateou e disse-me; sejas bem-vindo, mas que não demores tanto tempo a visitar-me. Assim ficou acordado que não vou demorar tantos anos a voltar a este local.
Desta vez subimos à torre desta igreja por uma escadaria íngreme de uma construção em madeira arcaica, pois todos os cuidados são poucos e o perigo espreita a todo o momento. A Sofia estava renitente em subi-la, só pensava como seria para descer, lá se convenceu que tinha ajuda e chegou ao zimbório, daí tivemos uma vista imensa que nos deu o tamanho desta pequena cidade. Lá ao fundo está a nossa casa flutuante inerte no porto esperando que todos nós nos despachemos para rumar a outras terras.
Durante a tarde demos mais umas voltas nesta temperatura de 29 graus, para que fossemos beber as nossas cervejas do costume. Lá teria de ser cerveja do Caribe de preferência daqui de St. Kitts, também a hora de embarque está próxima, vamos então regressar com mais recordações desta ilha maravilhosa, foi pena não termos tempo para irmos até à outra ilha vizinha de nome Nevis que faz parte deste estado, ou seja o tempo que os cruzeiros param nestes sítios é muito limitado que nos priva de voltas mais alargadas.
A noite começou com mais um belo jantar acompanhado de um bom vinho. Seguidamente mais um excelente espetáculo bem representado por uma companhia de bons artistas que embarcaram esta tarde para depois saírem em St. Thomas. Noite fora, demos mais umas voltas por esta cidade flutuante que nos reserva grandes surpresas. Acontece que quando nos vamos deitar nunca temos sono, apenas a necessidade de que temos de dormir, tantas vezes penso que estou a perder tempo na vida só porque tenho de dormir.

9 dezembro – St. Thomas (Ilhas Virgens Americanas)

Saímos do barco cerca das 9h00 sem qualquer programa delineado, apenas verificamos que o navio atracou longe da cidade mais perto, esta podia-se avistar a partir do deck 10. Neste porto estão ancorados grandes iates, alguns com tripulação numerosa, sinal que ali sobeja muito dinheiro. Demos uma volta por esta zona onde abundam grande quantidade de lojas, todas à espera de compradores, só que estão às moscas, pois a maioria foram para a cidade ou praias. Transporte por esta zona não existem, se queres transporte vais de táxi e é que estão todos tabelados em placas existentes nos parques, tentativa para
baixarem o preço é escusado, pois estão feitos uns com os outros e se é 20 não poderá ser 18. Tanto que o preço é por pessoa, caso forem mais é sempre a multiplicar. Ou seja, quando fiz as contas para ir à praia de Magens Bay que é das 10 praias mais bonitas do mundo teria de pagar US15,00x2 mais a volta US15,00x2 mais o ingresso na praia que seria US2,00X2, ou seja iria pagar a módica quantia de US64,00, não mais, é muito caro e reparei que poucas pessoas optaram por este passeio ou outros que estariam em mente. Como tantas pessoas resolvemos ir até à cidade de Charlotte Amalie que é luxuosamente, reparamos que há mais lojas do que clientes,
também se venderem uma peça o lucro deve ser tão fabuloso que se dão ao luxo de estarem outros dias às moscas. Os edifícios são de uma beleza rara, alguns parecem casas para bonecas, as cores e feitios fazem conjuntos admiráveis. Para os mais despromovidos monetariamente existe um jardim onde há imensas barracas a venderem todo o tipo de bugiganga. Como já estávamos cansados de tanto andar resolvemos regressar ao nosso navio que nos espera para o merecido descanso. Já no porto vimos imensas iguanas que aqui vivem, são lindas e quando nos aproximamos ficam estupefactas á espera que não nos aproximemos muito delas. Podemos tirar boas fotografias que elas não se incomodam. São mais uma recordação na nossa ida a esta ilha.
A capital das Ilhas Virgens Americanas, percorremos cerca de quatro quilómetros para lá chegarmos. Estava muito calor, mas ainda passámos por outros locais desta cidade que está somente vocacionada para a venda de jóias e relógios a valores muito elevados, até porque há uma imensa zona chamada little Suíça, com lojas gigantescas e decoradas
Pela noite caminhamos pelo convés do navio apreciando o silêncio e as estrelas que parecem que ficam mais brilhantes aqui. Mais outro dia maravilhoso.

 10 dezembro – Porto Rico

Terminou aquilo que mais adoramos – fazer cruzeiros, ou seja, é desta forma que conseguimos abstrairmos de tudo e passarmos belos dias a navegar. Hoje bem cedo tivemos de nos preparar para o abandono deste maravilhoso barco, aqui passamos dias muito felizes e com muita saudade, vamos ter de o abandonar. A esta hora a maioria das pessoas já saíram, nós não temos grande pressa.
Ainda fomos vaguear mais um pouco, tomamos o nosso pequeno almoço de igual forma dos outros dias. Estivemos na amurada do navio apreciar a linda cidade de San Juan, reparamos a quantidade de pessoas que já se encontram fora deste local mais outras que vão saindo. Nós fomos descendo sem presas e fomos para o local de desembarque, onde saímos sem vontade nenhuma, estávamos prontos para partir novamente. Pena foi não prosseguirmos, assim era pleno.
Já fora do navio fomos arranjar um táxi para nos levar ao hotel que estava reservado. O preço já está estabelecido pelos tubarões do turismo, não há hipótese do preço se alterar,
pois, só existem dois preços: um para o aeroporto e outro para os hotéis. São os próprios motorista que criticam tal decisão. Para o nosso caso acham mesmo um preço exagerado, o hotel está a cerca de 5 quilómetros e o preço é apenas €25,00, são estas questões que o turista trás sempre como critica. Logo que chegamos ao hotel resolvemos ir até à cidade de S. Juan onde vamos rever alguns dos lugares que já visitamos anos
atrás. Quando começamos o trajecto deste passeio fomos recordando outros tempos e ver se conseguíamos passar por locais que nós gostamos. Também descobrimos novos sítios, fartamo-nos de andar, tiramos mais um bom lote de fotografias e lá de tempo a tempo parávamos e ficávamos a conversar sentados num dos bancos dos jardins. Passamos um dia a correr esta cidade para que lá para o final
regressássemos ao hotel numa camioneta tipo aquelas que anos atrás circulavam na nossa província para transportar as pessoas para as suas terras que por vezes estavam para lá do sol posto. Sei que chegamos ao hotel bem cansados. As nossas pernas hoje não resistiram à tirada incutida. Quando nos deitamos foi adormecer num instante, pois novo dia amanhã teremos.

11 dezembro – Porto Rico

Programamos para hoje deslocarmo-nos novamente até S. Juan, há ainda sítios que gostávamos de ver, pois aqui a natureza predomina como mais uma atracção turística.
Para mudarmos um pouco a forma de nos deslocarmos, optamos por ir de autocarro. Quando chegamos à paragem havia já algumas pessoas à espera, acontece que esperámos cerca de uma hora ou mais e transporte nem velo, algumas pessoas foram-se embora, mas nós ainda ficamos mais alguns momentos para depois desistirmos. Pensamos, hoje é domingo, será que não há transportes, parece que não.
Assim resolvemos fazer um longo percurso a pé aqui pelo Condado. Fomos até à praia apreciar a imensa ondulação, pois o tempo não estava lá muito bom para banhos.
Percorremos a avenida Ashford para seguidamente passarmos para a avenida Magdalena, depois fomos almoçar num restaurante Italiano, já tínhamos vontade de mudarmos o nosso paladar, optamos por um uma pisa que julgávamos que fosse pequena, mas quando apareceu na mesa, olhamos um para o outro e percebemos que não a conseguiríamos comer toda. Ainda ficou bastante, pois na barriga já não havia espaço, sim estava uma delicia.
Pela tarde, continuamos as nossas voltas onde ficamos a conhecer muito bem esta parte do Condado. 
No final deste dia e fim de férias, lá tivemos de ir até ao aeroporto apanhar mais um avião que nos vai trazer de regresso à nossa pátria. Desta vez o motorista do uber não carregou no preço e fizemos este trajecto barato. No aeroporto as altas individualidade de
segurança dos Estados Unidos, reservaram para todos os passageiros momentos de espera desmedidos que fazem perder a paciência a qualquer humano. Exagera-se tanto que o ridículo vai á frente muito destacado. Coitados o que é que lhes vamos fazer!
Embarcamos e sobrevoamos este oceano imenso para chegarmos perto da nossa costa. Desta vez conseguimos dormir, pois estamos a viajar com pessoas civilizadas.


12 dezembro – Porto Rico – Lisboa

Esta viagem tem decorrido com normalidade, conseguimos descansar e finalmente estamos a aterrar em Madrid, está completa a primeira etapa.

Daqui a horas vamos embarcar com destino a Lisboa, vai ser rápido e chegaremos tristes por não termos ficado nas Caraíbas. A vida é isto, vai-nos dando momentos
alegres que na volta invertem-se e lá estamos nós na rotina.
Com isto, ficamos mais uma vez felizes por voltar a um local que nos tem trazido grandes alegrias e pensamos que iremos voltar num período que não demore tantos anos. 










 

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