segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Cantábria - 2018




CANTABRIA
2018






4 Outubro


Já alguns anos que vínhamos idealizando fazer esta viagem. A curiosidade era muita pois por diversas vezes tínhamos passado tão perto desta província Espanhola, mas nunca conseguimos tempo para a visitar, até que chegou  a altura certa, desta vez foi mesmo e somente fomos passar uns dias neste sítio tão lindo que é a Cantábria.
Saímos da Taipada das Merques cerca das 7h00 e devagar nos botámos ao caminho, atravessando uma parte da nossa Estremadura, a seguir o Ribatejo passando pela Beira Baixa até chegarmos à Beira Alta para depois entrarmos na nossa vizinha Espanha. Já tínhamos algum tempo de viagem e os quilómetros iam-se fazendo até que por volta das 13h00 resolvemos parar e almoçar num restaurante de camionista, pratos um tanto baratos, mas pouca qualidade nos alimentos no entanto a quantidade era excedente para nós que não lhe demos grande fama.
Terminada tão humilde refeição de novo nos colocamos na estrada para percorrer mais uns bons quilómetros e chegarmos às portas de Valladolid, não paramos e seguimos para a cidade de Palência, mais uma das poucas que nos falta conhecer, depois desta viagem apenas fica-nos a faltar visitar Guadalajara.
Eram cerca das 3 da tarde quando entramos em Palência, demos uma primeira volta para nos localizarmos e arranjar estacionamento perto da Plaza Central. Foi mesmo por trás desta praça que estacionamos o carro num parque subterrâneo, dando logo inicio ao nosso giro. Caminhamos ao longo de ruas muito antigas, onde existem imensos edifícios de outras gerações que circulamos por baixo das suas arcadas, aonde a maioria dos comércios ainda se encontravam encerrados devido ao grande intervalo que os nossos hermanos têm para almoçar o qual denominam de la ciesta.
Andamos até ao parque del Salón de Isabel II, para de seguida atravessarmos o rio Carrión e tirarmos mais umas fotos. Como estava um lindo dia de sol e calor voltamos um pouco atrás e sentamo-nos num dos bancos deste parque para descansar um pouco, também ficamos à espera que uma livraria ali perto abrisse onde fomos ver se têm postais ilustrados para a nossa colecção. Passado algum tempo lá fomos comprar uns postais e aproveitamos para levar também o lonely planet de Portugal em Espanhol. Ainda demos mais umas curvas por esta cidade para regressar ao parque de estacionamento e prosseguir a nossa viagem até  Santander. Quando chegamos já era noite, fomos para o hotel que está situado a poucos quilómetros do centro num local agradável e sossegado. Neste complexo há um restaurante típico onde mais tarde fomos jantar. Já tarde fomos deitar-nos porque com os quilómetros que hoje fizemos já estamos a precisar de descanso.


5 Outubro

O que podemos saber mais desta bonita província espanhola:
É uma comunidade autónoma que fica no norte de Espanha, sendo limitada a leste pelo País Basco a sul por Castela e Leão a oeste pelas Astúrias e a norte pelo golfo da Biscaia, sendo a capital a também linda cidade de Santander, existindo outras cidades maravilhosas  também cheias de história. Aqui nasce o rio Ebro. A história desta região vem da época do paleolítico, qualquer coisita como 100 000 anos atrás, coisa pouca comparada com os milhões de anos do universo, mas muito longe do tempo que nós permanecemos neste tão pequenino espaço do tempo em que os humanos se situam. Já na nossa época  houve um trágico acontecimento, um enorme Incêndio em Santander, ocorrido nas primeiras horas de 15 de setembro de 1941, este destruiu grande parte  da cidade, causando grandes perdas materiais, apenas um bombeiro de Madrid tombou, havendo mais de 100 feridos. Há a particularidade de ser conhecido pelo fogo Andaluz, por este ter começado na rua de Cádiz e finalizar na de Sevilha.
Os anos passaram-se e lá teria a Sofia e o Gilberto de vir a este lugar para conhecerem o pouco que lhes falta de Espanha.
Então falando desta nossa vinda aqui, levantamo-nos bastante cedo para fazermos as nossas visitas pois temos muito para conhecer por essa razão para não perdermos tempo colocamo-nos a caminho, mas ainda tinha-mos um assunto para resolver, onde vamos comer o nosso pequeno almoço, pois a barriga já está a dar horas. Depois de algumas voltas lá encontramos o local ideal, uma magnífica pastelaria muito bem decorada e com uma diversidade de produtos que nos deixavam na dúvida qual a opção a escolher, depois de pensarmos e repensarmos lá nos decidimos e ficamos muito satisfeitos com a nossa escolha. Quando entramos a nossa ideia era que aquele local de categoria superior seria muito caro mas pensamos, dias não são dias e avançamos, mas  como diz o ditado  nem tudo o que parece é, e mais uma vez se confirma o ditado, pois chegamos á conclusão que os preços não eram nada caros, por fim antes de abandonar-mos o local lá tiramos as nossas fotografias pois o sítio era digno de recordar.
Já com a barriguinha cheia lá fomos nós  andar pelas principais ruas desta cidade onde percorremos um grande distância, passando por praças e outras artérias de imenso movimento, podendo apreciar locais com zonas urbanas muito antigas e monumentos prodigiosos, sem dúvida é uma cidade muito cuidada e com um trânsito automóvel reduzido. Mais tarde passamos para a zona ribeirinha onde nos regalamos com paisagens fabulosas. Com todas estas voltas chegou a hora de almoço, andávamos nós a passear quando nos deparamos com um restaurante típico de tapas que por sinal tinha muito bom aspecto ficamos logo com as orelhas no ar nem pensamos duas vezes, é já aqui que vamos ficar e assim foi, fomos até ao balcão, fizemos os nossos pedidos e fomo-nos sentar ao pé da janela para podermos apreciar todo aquele movimento das pessoas que por ali passavam.
E mais uma vez superou as nossas espectativas. Depois de muito pensar o que haveríamos de fazer da parte da tarde a Sofia sugeriu e se dessemos uma volta de barco, assim foi, bilhetes comprados e lá estávamos nós aguardar que o barco chegasse para andarmos pela costa circundando esta cidade. Foi um passeio muito agradável  e assim ficamos a conhecer melhor a cidade, mas desta vez do lado do mar, foi novidade e ficamos a conhecer  ainda melhor outros locais que nos passariam ao lado. Um dos locais foi o centro Botin que é um espaço de artes com um designe arrojado em que qualquer
transeunte nele repara. No final do dia fizemos mais alguns quilómetros pela cidade, ainda fomos dar uma volta até à praia do Camelo tiramos umas fotos, a noite já teimava em aparecer mas ainda havia uns raios de sol, e dando uma volta pela marginal paramos num quiosque para petiscar e beber umas cervejas mas no final para petiscar só havia umas pipas, não mais que sementes de girassol, mas serviu para estarmos sentamos a contemplar aquela bela paisagem que é o mar. Seguimos dali passámos por um  jardim e por fim ainda deu para irmos até ao farol que está situado num local emblemático. No final do dia regressamos ao hotel onde jantamos e nos fomos deitar já bem tarde. Mais um dia cheio de coisas boas.

6 Outubro

Hoje partimos para mais uma etapa desta fuga relâmpago. Vamos em direcção a oeste fazendo parte do percurso o mais

perto da costa para apreciarmos as lindas paisagens que nos estão reservadas. Pusemo-nos a caminho, eram cerca das 8h00 e como ainda não tínhamos comido e a fome já se fazia sentir, fizemos uma paragem para tomar o pequeno almoço numa terriola que tinha uma tasca perto da estrada nacional, mais conhecida por comedor, entramos e estivemos a observar o que se podia comer por ali então optamos por pedir dois bocadillos de jamón e dois galões, sendo o presunto excelente com aquele pão espanhol que é agradável quando ainda está fresco, estivemos sentados algum tempo apreciar o movimento e o tipo de clientes que frequentavam aquele estabelecimento no final pedimos a conta. Foi aí que estranhamos o preço que nos pediram, mais do que exorbitante comparado com semelhante pequeno almoço do dia anterior em que fomos a um restaurante de luxo com uma apresentação superior em tudo, instalações, pessoal, atendimento, etc., em que pagamos um valor muito abaixo deste que hoje nos estão a pedir. Logo pensamos que a espanhola estava a enganar-nos, ficamos perplexos e dissemos; nunca mais venho aqui comer seja o que for e mais
vou avisar todos os nossos amigos para não virem aqui a esta gaja chupista. Lá continuamos o nosso caminho passando por lindas vilas e aldeias a uma velocidade de cruzeiro, pressa não há e o dia está por nossa conta. Passamos junto às grutas de Altamira, mas nada de ir visitá-las porque, estão fechadas ao público mas existe um museu onde foi montado um cenário que retrata uma parte delas, para nós deixa de ter qualquer valor, não é mais do que um negócio pelintra a que chamo uma réplica em que comparo o mesmo se comprar uma réplica de um relógio de marca ou de uma pintura de Van Gogh ou Rembrandt, para nós Altamira ficou arrumado. Com isto fomos andando e chegamos a Comillas, pequena cidade mas com imensa história onde existem imensos edifícios medievais e barrocos e um castelo em ruínas. Esta cidade foi por um dia capital de Espanha. Nós entretanto olhamos para o alto de uma colina onde se encontra uma edificação enorme que nos chamou atenção, daí subimos a colina e entramos para o visitar. Comprados os ingressos e ainda esperamos algum tempo para que se iniciasse a visita guiada. O começo desta visita foi interessante, fomos
informados que a visita seria mais ou menos uma hora, ficamos contentes porque iriamos ver muitas mais coisas, mas foi sol de pouca dura, estivemos no mesmo local muito tempo, mesmo, a ouvir questões de pouco interesse para que fossemos para outra sala com reportório idêntico para que pouco tempo depois viéssemos a sair dando como terminada a visita. Não foi mais do que uma micro volta num conjunto enorme, não valeu o tempo aqui perdido bem como o valor por nós pago. O mais interessante desta nossa ida a este local, situado numa colina que nos deu um magnifico panorama desta cidade onde podemos desfrutar de umas excelentes paisagens que ficaram registadas na nossa máquina fotográfica para mais tarde recordarmos.
A seguir viemos então visitar a cidade, para tal tivemos que percorrer a pé as diversas ruas, praças e ruelas com construções portentosas, tendo muitas delas varandas/sacadas todas floridas, muitas fotografias tiramos e iremos recordar a beleza desta pequena cidade. Terminamos a nossa volta e mais uns quilómetros vamos percorrer seguindo o trajecto inicialmente programado até ao final desta província da Cantábria onde mais tarde entramos no

Principado de Astúrias desta vez já pelo meio de grandes serranias até chegarmos já no final do dia ao hotel Ercina situado no meio das montanhas onde pernoitámos. À noite fomos jantar num restaurante tipicamente asturiano onde comemos uma favada asturiana, excelente, acompanhada com cidra que não gostamos. Já noite serrada regressamos ao hotel para descansar, o silêncio era total pois nesta altura do ano neste local poucas pessoas se veem por aqui.
  
 7 Outubro

Hoje como estamos nos Picos da Europa, vamos idealizar um programa para visitar alguns lugares que ainda não tivéssemos visitado, porque há alguns anos atrás já andamos por estas bandas mas nem sempre conseguimos ver tudo o que queríamos, tanto mais que ainda não vai ser desta vez que concluamos tais pensamentos. Quando chegamos a Cangas de Onís, fomos visitar esta pitoresca cidade desta região das Astúrias que no ano de 737 morreu o imortal guerreiro Pelágio e que eu lembro-me logo do nosso pseudo-herói Viriato que habitou também a península Ibérica e combateu os invasores romanos.
Começámos o nosso percurso pela principal artéria desta cidade visitando locais interessantes, havia muito movimento de pessoas, nas quais podemos reconhecer pela fala que eram portugueses, eram muitos pois cruzamo-nos com alguns autocarros de matrícula da nossa terra. Numa loja compramos uma embalagem para 4 pessoas da célebre favada asturiana para quando chegarmos a casa a cozinhar. Fomos até à ponte romana que cruza o rio Sella que separa Cangas de Onís de Parres. No entanto esta ponte está apelidada de ponte romana, mas foi construída ou reconstruída na época medieval no reinado de Afonso XI de Castela.
Finalizada a nossa visita dirigimo-nos para Covadonga, não propriamente para ver este local, já bem conhecido por nós mas sim para darmos mais uma volta até aos lagos, ocorreu que não pudemos continuar caminho porque a polícia bloqueou a passagem e informou-nos que poderíamos ir até aos lagos mas alugando táxi, mais um negócio para turista pagar, aproveitavam ser fim de semana para fazerem um grande negócio uma vez que havia imensos turistas, desta maneira o negócio prosperava ainda mais. No entanto deram-nos a informação de que no dia seguinte já podíamos ir, ok, teríamos de ficar mais um dia por aqui o que não era sustentável porque os dias estavam contados para nós e para mais umas centenas de pessoas, provavelmente. O interesse para nós era relactivo pois já os conhecíamos, era apenas repetição porque havíamos gostado de lá ter estado.
Relembramo-nos de que nessa data uma vaca investiu sobre a Sofia para lhe dar uma valente cornada, escapou por pouco a Sofia, tendo de correr à sua frente. Partimos mais uma vez e encontrámos imensos pontos históricos e paisagens agradáveis pelo caminho. O nosso destino de hoje é Zamora e chegamos ao final do dia. Fomos encontrar o local onde reservamos a noite para dormir, mesmo no centro da cidade e num local prático mas complicado para estacionamento, tivemos de parar num parque um pouco distante onde iremos pagar uma nota amanhã.Tralha arrumada, fomos para uma zona muito ampla onde decorria uma festa medieval fabulosa, mais voltas demos e por fim paramos para jantar uns grelhados preparados a modos antigos, foi agradável o que comemos, por fim deliciarmo-nos numa tenda árabe com um saboroso chá Marroquino e uns bolinhos muito saborosos. Finalizamos o dia cansados mas imensamente felizes por tudo o que fizemos, acabando com uma grande festa que não esperava-mos. 

 8 Outubro 

Último dia da nossa incursão a Espanha mais propriamente à Cantábria, onde nos temos divertido nestes poucos dias, haja imaginação e surge de imediato todo o conforto em laurearmos a pevide. 

Logo que saímos de Zamora, pensamos seguir uma rota utilizando o gps, retirando no nosso trajecto qualquer percurso feito em auto estrada, inicialmente deu erros mas depois de tanta insistência verifiquei que acertamos com o percurso que nós queríamos. E ainda mais estranho, o que aconteceu logo à saída da cidade começamos a circular por uma estrada camarária sem qualquer trânsito, entre campos de cultivo e pequenos lugarejos, é sem dúvida isto que tanto desejávamos, tanto, que tempo não nos vai faltar para hoje, também não temos qualquer pressa em chegar a casa, programa feito para entrarmos em casa noite dentro. Fomos encontrando ao longo do caminho castelos em ruínas, lugares onde residem meia dúzia de pessoas, herdades rodeadas de manadas de vacas e cavalos, campos de cultivo e dezenas de quilómetros sem vivalma, até parece que estamos nas planícies alentejanas, deslumbrante o dia em que estamos, ajudado por uma temperatura excelente e também a nossa boa disposição. Depois de muitos quilómetros deparamo-nos com uma placa de trânsito a informar a direcção para Almeida e Miranda do Douro.
Mas não é para lá que queremos ir ou mesmo passar. Fomos andando sempre por estradas secundárias onde o trânsito continua nulo até que chegamos a Pelarrodriguez, onde páramos mais uma vez para tirar mais fotos e ver uma ponte romana que ali se encontrava. Verificamos que temos vindo a circular por estradas muito perto da fronteira mas nada que nos projecte para o lado português que já tão bem conhecemos. Estamos a fazer uma média de consumo na volta dos 3,7 litros, espantoso, até parece mentira, mas é mesmo verdade. Subimos uma elevação acentuada e vi no gps que do outro lado está Portugal, onde mais à frente estivemos a observar ao fundo o nosso território e pensamos que na próxima vila teríamos de comprar gasóleo pois aqui é bem mais barato, ronda nesta altura uma diferença de 22 cêntimos por litro, é obra. Carro abastecido e a uns escassos 11 quilómetros atravessasse-mos um local que apenas tinha uma placa a dizer Portugal. Nunca por aqui tinha passado e questionei-me se esta estrada não era recente, pareceu-me. Também chegou a hora de comermos qualquer coisa, já é tarde e estivemos a ver onde o poderíamos fazer, elegemos Penamacor, andamos alguns quilómetros e lá estávamos a entrar num tasco para almoçar.
É que aqui não há assim tantos locais para se comer, mas
pareceu-nos que acertamos e lá comemos uns pratos que ainda restavam pois da lista já tinha sido riscados os outros dois pratos que haviam tido. Depois de almoçarmos fomos dar uma volta pela terra, subimos a ladeira até ao castelo que é bem ingreme e concluímos esta volta regressando ao carro para continuar ainda pelo trajecto gps inicialmente atribuído.
Alguma distância feita vimos mais uma placa de trânsito a informar a localidade de Penha Garcia, oi que é a terra do pai da Sofia, porque não fazermos um pequeno desvio irmos até lá, é que fomos mesmo, mal entramos questionou-se porque não ir até ao cemitério onde família dele ali mora! Pergunta feita na rua a um trabalhador que nos indicou o caminho para lá. Olá a porta está fechada, fomos e vimos que apenas se encontrava no fecho, entramos e pouco andamos,
descobrimos campas de familiares e de seguida o jazigo onde deve estar as cinzas do dito. Visita concluída, aí vamos retomar o caminho para casa por estradas secundárias, até que em Castelo Branco nos mete na A23 e ainda tivemos de pagar um troço para que de seguida saíssemos ter de meter novo trajecto no gps que aqui nos enganou, mas está
perdoado. Levou-nos por outras estradas menos movimentadas até Vila Velha de Rodão para nos encaminhar por estradas sinuosas até Alpalhão, Ponte de Sor, Montargil, Couço, Coruche e por fim Alcochete, mas sempre em redor destas povoações. Só a partir daqui é que fomos pela auto estrada. Concluímos estas miniférias com a pontuação máxima de 20 valores da nossa escala. Vamos ficar com saudades e ver quando temos novamente genica para a próxima que não pode demorar muito tempo.





 

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