sábado, 9 de julho de 2022

Svalbard, Um sonho para 6 ursos - 2022


SVALBARD

UTOPIA de 6 URSOS

 

Dia 4 Julho - Quase nem tivemos tempo para dormir, deitamo-nos cerca das 2h00 e às 03h00 já estávamos a ser acordados pelo despertador.
Tínhamos combinado com o Carlos e Júlia estar no parque de estacionamento do prédio onde vivem na avenida de Berlim pelas 4h30, antes passei pelo aeroporto para deixar na zona das chegadas a Sofia com a bagagem e de seguida fui ter com eles, tudo decorreu como combinado e à hora combinada já nos encontrávamos os seis, para dar início a mais uma viagem desta vez para o frio, numa altura em que o calor aqui, está maravilhoso. Vamos no intuito de vermos um dos poucos locais ainda habitados mais perto do polo norte, local onde o urso branco ainda resiste às mudanças climatéricas, vai ser mais uma das nossas viagens deslumbrantes. Por agora ainda estamos por cá e vamos a caminho de fazermos o check-in da treta para despacharmos a nossa bagagem e os respectivos bilhetes de embarque para Oslo e de Oslo para Longyearbyen, até aqui tudo ok, fomos informados pelo funcionário da companhia aérea  que iriam despachar as malas directamente para o destino final, fiquei confuso pois não era essa a informação que me tinha sido dada quando há alguns meses atrás adquiri estas passagens a Tap informou-me que a bagagem teria de ser recolhida em Oslo  e voltar a ser despachada no voo que era no dia seguinte para Svalbard, tinham afirmado que era um outro voo de ligação e que a Tap não tinha qualquer interferência. Agora a informação que nos estavam a dar era desproporcionada, mas a verdade é que no boarding pass está o despacho feito para o destino final. Convencido mas não totalmente, sei que toda a gente sabe e no final nada sabe.











































Às 7 horas e poucos minutos estávamos a levantar voo da nossa Lisboa num avião em que o espaço entre os bancos era apertadíssimo, um fulano que messa 2 metros ou aproximadamente não tem lugar para colocar as pernas, aqui está, no poupar é que está o ganho, mas não assim, digo tão mal da Ibéria há tantos anos e a Tap está no mesmo caminho, qualquer dia sentamo-nos todos no chão ou serão colocados bancos corrediços de uma ponta à outra do avião para levarem uma carga de animais humanos, já não merecemos ser transportados com dignidade. Nessas 4 horas de voo apenas temos direito a um copo de água, mas temos que lhes pedir, não há ninguém a oferecer, se queres comer pede a ementa e podes optar por uma sanduiche ou coisa parecida, mas vais pagar bem pago. Conseguimos dormitar ou coisas parecidas, lá chegámos à capital da Noruega, país lindíssimo. Desembarque feito e alertei que teríamos de ir ao tapete das bagagens para vermos se estariam lá as nossas malas, e é que estavam mesmo, para mim não foi surpresa.






















































A Júlia nessa altura retirou uma das suas malas do tapete, mas a Cândida disse que ia perguntar se eram mesmo para serem retiradas, sendo informada que sim, lá fomos com todas as malas atrás para adquirir bilhetes de comboio para o hotel reservado em Oslo. Esta nossa ida para Oslo deveu-se ao facto de a SAS, ter alterado o voo e a hora de saída para Svalbard que nos prejudica no tempo que havíamos programado da nossa estadia naquele arquipélago, mas paciência vamos dar uma volta pela cidade e conhecer mais alguns lugares, para o Cláudio é a estrear, pois nunca aqui esteve, ou seja nada está perdido. 



























Fizemos uma viagem rápida num tipo de comboio moderno em que a sua velocidade esteve um pouco acima dos 200km, bem acomodados e alegres. Em Oslo fomos deixar as malas no hotel para nos livrarmos da carga. E rapidamente já andávamos a deambular pelas ruas da cidade, tivemos o cuidado de arranjar hotel no centro desta para que não houvesse deslocações, chegou a hora do almoço o tempo estava frio, tanto que já não estamos habituamos a esta temperatura para esta época do ano. Mesmo assim sentámo-nos numa esplanada. Pedimos as nossas cervejas e as águas para a Cândida e Júlia que estão proibidas de ingerir álcool. Pouco tempo se passou e uns pingos começaram a cair e a temperatura arrefeceu mais, em conjunto com o vento que se pôs. Continuamos a comer e a determinada altura as senhoras pediram que lhes fossem cedidas umas mantinhas para se abrigarem do frio de alguma chuva que ia caindo por arrasto, desta forma conseguimos almoçar mas a sobremesa teve de ser no interior do restaurante.
















































































































Tudo o que pedimos estava delicioso e a funcionária que nos atendeu foi sempre muito simpática connosco.  Ainda estivemos na conversa algum tempo e lá que abalámos para iniciar mais umas voltas onde compraram os souvenirs do costume. Conseguimos fazer um longo percurso, fomos ainda até à zona marítima, vimos o edifício da ópera e sobre ele caminhamos para termos um panorama diferente daquela zona.
















A noite chegou, mas como a noite aqui não se vislumbra, estamos sempre com luz solar até às tantas da manhã sem que na realidade haja escuro. Tarde, enfadados de não termos descansado na noite anterior por causa do embarque fomos para o hotel. 

Dia 5 Julho - Preparadíssimos para deixarmos o hotel, fizemos uma pequena caminhada com as malas até à estação ferroviária onde poucos minutos depois apanhamos o comboio até ao aeroporto.

A estação fica dentro do aeroporto e o percurso até à zona de embarque é curtíssima, foi subir dois lances em escada rolante e já nos encontrávamos prontos para tratar do embarque que tanto ansiamos para Svalbard são cerca de três horas este voo de ligação. Já nos balcões da Sas para sermos atendidos e eis que nos informam que este voo foi cancelado por causa de uma greve dos pilotos, ficamos incrédulos com esta informação, não pode acontecer e agora. Outras questões colocamos mas nenhuma de encontro às nossas necessidades, tentamos numa outra companhia que tem voos para Svalbard mas todos eles se encontravam esgotados, só dali a semanas é que havia voo, isto para nós é completamente impossível não dispomos de tempo para estas aberrações de liberdade e estarem-se cagando para os males que sobrevêm, é mesmo o termo para as pessoas que têm todo o tempo estigmatizado para aqueles dias de viagem que têm pela frente. Soubemos muito pouco como teríamos de ser indemnizados pelo prejuízo que daqui se advêm.


































































































Algumas ideias surgiram então da nossa parte de como passar os dias que tínhamos pela frente, entre elas foi alugar um carro grande que nos transportasse nos próximos tempos, andamos de rent a car em rent a car, mas nada desse tipo de viatura, não havia ou estava esgotado, optamos por fazer o aluguer de dois carros pequenos para que gastássemos o mínimo possível, aqui tudo é muito caro, mesmo assim consideramos muito caro o aluguer que fizemos, mas era a opção mais acertada que tivemos. Fomos buscar as malas que haviam ficado na gare de embarque onde estavam a Júlia e a Sofia aguardar pelos restantes elementos. Carros carregados, ficamos algum tempo a pensar qual o trajecto que íamos fazer ou seja por onde começar, pois já todos tínhamos acordado que havia três locais que eram os eleitos, mas mesmo assim muito distantes, foram eles, Stavanger, Prekestolen e Bergen, a decisão foi mesmo a que atrás indicamos seguir este rumo. Assim partimos na direcção de Stavanger por uma rota um pouco a sul, circulando a norte de outra grande cidade Drammen, passando por Konsberg e percorrendo mais de duas centenas de quilómetros por montanha onde obtivemos vistas fantásticas e fomos vendo centenas de autocaravanas que cruzamos, dezenas de parques e zonas junto a lagos ou rios onde podem aparcar sem problemas, neste locais estão sempre cheios deste produto tão utilizado pelos noruegueses que é o país onde contemplamos mais autocaravanas.






















































Ao longo de tantos quilómetros não vimos excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas e nabos que vão para a estrada passear a 30 ou 40 quilómetros e não se deixam ultrapassar, isto é vulgaríssimo nas nossas estradas. Temos paisagens incríveis montanhas que encravam um lago ou um rio, vales verdejantes com casinhas em madeira sem que lá esteja nesta altura alguém a viver as ovelhas que cruzamos pelo caminho, não vimos nenhuma morta, parecem selvagens mas não o são, encontra-se tosquiadas e contém localizadores, elas vagueiam nas encostas das estradas nacionais e todos tem cuidado para não as ferirem. Cerca das 14h00 paramos em Dalen num burger king para comermos, de seguida fomos para a margem do lago ver uma família que estava a tomar banho numa temperatura que para nós é gelada, eles estavam sem preconceitos e frio na havia. Partimos, pois ainda faltam muitos quilómetros para o nosso destino de hoje, fomos cruzando um sem número de túneis, alguns com muitos quilómetros, num deles existia um cruzamento de estradas com uma rotunda oval no seu centro, local bem iluminado e mais uma surpresa, nunca vimos, nem imaginávamos uma obra desta qualidade.












































Passados mais uns quilómetros paramos para visitar um templo todo feito em madeira e ladeado com um cemitério com algumas campas com mais de 200 anos, tudo bem conservado e cuidado. Chegamos depois ao alto de uma cordilheira onde começamos a ver montes de neve, foi num deles que parámos e caminhamos a Cândida e eu, pisamos caquinha de ovelha e borramos as botas, foi um problema para desencardi-las, caminhamos imensas veze sobre a neve e ficava sempre a marca da trampa, tantas as vezes que carregava com o pé para que saísse e continuava a borrar aquele neve branquíssima, eu desisti e reparei que ainda ficou uma marca na sola, quando entrei para o carro estive à cautela para ver se havia algum cheiro, nada mesmo.


























































Fomos andando até que a estrada estava barrada por causa do deslize de pedras, resultante de obras para alargamento da via, calhaus por todo o lado, depois desta paragem continuamos sem problemas, desbravando montanhas, túneis, vales e vendo centenas de autocaravanas. Por fim chegámos a Sandnes onde tínhamos hotel reservado numa construção centenária feita em madeira, complexo perfeito e a casa onde iremos permanecer esta noite é deslumbrante, cuidada e decorada com objectos antigos. Mais uma noite se avizinha, mas todos sabemos que a noite por aqui só existe nas horas pois temos sol até muito tarde e este mal se põe no horizonte. Fomos todos descansar as mazelas da manhã e esquecer por agora Svalbard.    

Dia 6 Julho - Ficamos hospedados no Kronen Gaard Hotell, é um hotel distinto, aconchegante, ele foi construído pelo comerciante de madeira Gabriel Block Watne em 1898, para que fosse a sua residência de Verão, criando desta forma um lugar de encontro para a sua família e amigos. A casa principal de estilo suíço tem 34 quartos confortáveis à sua volta tem um jardim e outras construções que convertem este local num cenário fabuloso que nós adoramos.

Todos dormimos muito bem e de manhã tivemos um pequeno-almoço basto para que tenhamos forças para escalar o trilho até ao Prekestolen . Tivemos mais uma vez que carregar as malas para as viaturas porque nesta viagem vão-nos acompanhar todos os dias. Principiamos a viagem até encontrar o ferryboat em Lauvvik que nos vai levar para o outro lado do fiorde em Oanes para seguidamente encaminharmo-nos para o calçadão que nos espera. Dali a pouco tempos já estávamos na base para iniciar a caminhada, para a Cândida, júlia, Carlos e Cláudio vão fazer esta caminhada pela primeira vez para nós, Sofia e Gilberto já uma repetição porque no mês de Agosto de 1993 havíamos aqui estado com os nossos filhotes, Gonçalo que altura tinha 10 anos e o Ricardo com 17.

























































Nesse ano quando iniciamos a subida já caiam uns pingos, nada que nos incomodasse, passamos por um pântano cheio de água e o passadiço em madeira estava em péssimo estado com algumas tábuas partidas. Continuamos andar e qual não é o nosso espanto, quando pela frente começa aparecer os primeiros obstáculos pois para continuar a subir tinha-se que escalar pelas rochas, uma a uma pois eram de grande dimensões, nessa altura a chuva já era em abundância, por entre as rochas, regos de água dificultando a subida, fomos subindo e já a mais de meio do caminho percorrido a Sofia começo a ficar alarmada como seria a descida pelas rochas que tinha passado, quis desistir mas nós insistimos com ela que nessa altura era uma jovem com 36 anos para prosseguirmos, pois pouco mais andamos e ficou junto a uma rocha a chorar mas dizendo-nos para irmos que ficaria ali à espera. Ok, continuamos os três mas íamos tristes por ela ter ficado para trás, foi então que dissemos, vamos ficar por aqui e vamos ter com a mãe e desta forma desistimos e quando chegamos ao nosso carro tivemos de mudar todas as roupas pois éramos quatro pintos encharcados.


































































































Terminada a curta história dos repetentes lá vamos todos na primeira subida em terra batida, ou seja um caminho novo, mas ingreme para começo, um quilómetro mais adiante começamos a galgar calçada feita há anos pelo Sherpas, depois mais uma subida em que nós os mais velhos começamos andar mais devagar o Cláudio e Cândida com mais pedalada foram-se afastando. Mas fomos andando, tiramos uma fotos aqui ali e acolá, tivemos dificuldade em alguns troços, mas conseguimos ultrapassa-los, com isto cumprimos a primeira montanha de escadas mal-amanhadas e pedregulhos a servir de degraus. Assim fomos progredindo a nossa ascensão ao inferno a Sofia começou a ficar enfada e a lembrar-se do que havia acontecido em tempos passados, sem dúvida que hoje as coisas estão muito mais facilitadas, naquela altura nem uma escada havia, mas sente-se desanimada, vou ajudando-a e quando aparece uma zona mais plana ganha mais coragem.









































































































































A Cândida e o Cláudio nesta altura ou chegaram ou estão por perto de lá chegarem. O Carlos e a Júlia são a nossa companhia e lá vamos arrastando as pernas com um pouco de conversa, na realidade nesta ascensão pouco falamos, vamos mais compenetrados em ultrapassar este custoso obstáculo com chuviscos à mistura o que dificulta ainda mais. Encontrávamo-nos a 1100 metros e eis que tocou o telefone do Carlos e quem era! O Cláudio a dizer que já tinham chegado e que estavam à nossa espera na conversa o Carlos disse que já estávamos perto, 850 metros, mas a realidade não era essa. Fomos andando pelas veredas e sendeiros e quem já vinha de regresso os nossos amigos que se fartaram de esperar e nós ainda estávamos longe de lá chegar, cumprimentos e lá continuamos a subida que mais à frente, mais dificuldades tivemos e já muito perto, uns 100 metros a subida pela rocha molhada e um pouco escorregadia. Até, que enfim, chegámos esfalfados mas felizes por termos conseguido.















































Então, o Prekestolen também foi vencido pela classe mais velhota, peças do outro século que tiraram mais e mais fotos o Carlos expôs mais uma vez a bandeira do nosso Portugal para a prosperidade, assim todos os presentes ficaram a saber que eram Portugas que ali estavam. Pronto terminada a tarefa da subida e eis que começamos a descida, nos primeiros dois quilómetros as coisas foram decorrendo com alguma normalidade, não muita, mas os últimos quilómetros foi de arrasar, neste caso a Sofia esforçou-se demasiado e os seus joelhos lastimavam-se, tantas foram as vezes que me disse, foste tu que originaste o eu ter vindo aqui, mas vi bem nela as dificuldades que estava a passar, assim conseguimos chegar todos ao fim e acho que ninguém quer mais repetir tal façanha.

É daquelas coisas que se faz uma vez e repetir deixa de ter importância. Chegamos ao hotel que havíamos já alugado em Stavanger, aconteceu que na altura da reserva não reparamos que a data era para o mês de Dezembro, eis que a Cândida ficou alarmada por causa do preço que havia disparado fortemente, mas as coisas remediaram-se com a recepcionista que acalmou a questão. Eu já tinha sugerido que se não alterassem o preço que nos desculpem mas temos de ir embora. Ora vejam eu e a Sofia até já tínhamos tomado o nosso banho. Coisas do arco-da-velha. Resolvemos ir a um restaurante nesta cidade o XO Steakhouse, situado na Skagen 10, local onde se come bem mas muito caro para a carteira do Português.
Já caíam uns pingos, suficiente para regressarmos ao hotel pela noite dentro, mentira não é noite dentro é claridade do dia dentro.




























Dia 7 Julho - Temos pela frente mais uma etapa, mas será mais curta, ligando-nos a Bergen, outra cidade interessante, antes vamos dar um passeio aqui por Stavanger, não chove e iremos então conhecer um pouco esta cidade que é a 3ª maior do país tendo sido fundada em 1125, por influência da igreja católica.



Hoje é das cidades da europa em que o custo de vida é dos mais elevados, tinham que vir estes 6 pé rapados de portugueses gastar alguns cêntimos que tinham na carteira. Fomos até à zona portuária admirar os poucos barcos que lá estavam nesta altura, ainda estivemos a ver uma manobra penosa duma barcaça que tinha um guindaste descomunal e poderosíssimo, a precisar de um reboque que lhe puxasse a mecha para içarem um dos guinchos super pesados. Saímos dessa zona e embrenharmos numa das ruas principais a Øvre Holmegate , esta é uma rua pedestre com casas coloridas e repletas de bares e restaurantes, conhecida como a Notting Hill, foi nela que ontem estivemos a jantar, num final de dia chuvoso.


Continuamos andar e viramos à direita para subimos uma pequena colina e termos mais uma vista da cidade, neste local encontra-se a Valbergjet uma torre de observação construída em meados do século XIX para guardar a cidade. Caminhamos para a parte mais antiga onde deambulamos por ruelas, circundadas por casinhas em madeira coloridas, muitas lojas e quase apenas trânsito pedonal, tudo limpo mas num país destes deparamo-nos com o pedinte, situação rara. Mais adiante demos por terminada esta volta e fomos buscar os carros que se encontravam no parque de estacionamento que tem ligação com o hotel em que estivemos. Agora é só colocarmo-nos ao caminho para chegarmos ainda hoje a Bergen, a distância será cerca de 210km, percorridos em ferrys, pontes e túneis, passando por imensas ilhas, é agradável, não será assim tão rápido mas lá chegaremos.



A temperatura não está encantadora, há também muito vento, por vezes quando vamos a viajar de barco tentamos vir para o exterior para apreciar a paisagem, mas é completamente impossível por causa do forte vento que está, alguns destes trajectos são longos e seria mais agradável estarmos cá fora, assim mantivemo-nos sentados no interior agasalhado. Já perto de Bergen, conseguimos alugar um apartamento com três quartos, uma casa de banho e uma sala, vai dar para remediar, é apenas uma noite.

Finalmente chegámos, conseguimos encontrar o acesso a esta casa que não era assim tão fácil e descarregamos a tralha para depois irmos até ao centro encontrar um restaurante onde pudéssemos jantar. No caminho apanhamos mais um pouco de chuva e lá conseguimos encontrar um lugar que nos agradou para a nossa ceia. Depois de jantarmos fizemos uma volta por uma parte da cidade mas a chuva não nos largou e tivemos de regressar a casa rapidamente. Mais um dia terminado com nota positiva.

Dia 8 Julho - Ontem quando vínhamos a regressar para o apartamento lembramo-nos que este não tinha pequeno-almoço, então comprarmos, pão, queijo, café, etc. para que hoje de manhã tomássemos o pequeno-almoço diferente dos outros dias, razão que no aluguer deste espaço está excluída esta refeição.



Malas feitas e pequeno almoço tomado e lá vamos nós para a zona costeira da cidade que é onde se encontram os locais de destaque, pois Bergen é uma cidade situada na costa sudoeste da Noruega que está cercada por montanhas e fiordes, entre eles o de Sogn o maior e mais profundo do país, esta cidade tem muitas casas de madeira coloridas situados no antigo cais que foi um dos centros do império mercantil. Nesta tão curta viagem, inesperada, mesmo assim já visitamos a 1ª e 3ª maiores cidades da Noruega, para não ficar para trás estamos na 2ª maior, por aqui passam a maioria dos cruzeiros que cruzam o norte da Europa, também foi capital do país até 1299, quando Oslo obteve o título, esteve sob o domínio da Alemanha nazista entre abril de 1940 e maio de 1945.O pormenor que já me esquecia mas ainda vou a tempo de descreve-lo.



É complicado e muito difícil estacionar os carros em qualquer cidade norueguesa, Aqui não se foge à regra, vimos numa das ruas que dá acesso à zona do cais uns lugares, mas que têm de ser pagos a Cândida resolveu o problema com um cartão de crédito, pois nós estamos na Noruega, mas ainda não trocamos euros em coroas, ou seja andamos tesos que nem uns carapaus e isso vê-se nestas alturas em que deveríamos ter algumas moedas para carregar o obliterador. O Carlos mais uma vez jogou em branco e cagou para o assunto, estacionou e pusemo-nos ao caminho, pois se por acaso tivesse uma coroa seria essa a que ele colocaria na máquina para pagamento. Caminhamos, então pela marginal onde à frente existem uns lugares de rua onde se pode comer, ontem à noite poderíamos ter vindo até aqui jantar, na verdade é que desconhecíamos completamente tais ofertas, foi pena porque havia de tudo para comer com grande relevo para o marisco e peixe. Passeamos ao lado das muito antigas casas feitas em madeira, algumas encontram-se em reparação onde pudemos ver parte da madeira podre, um dia acabariam por desmoronar-se.



Numa delas as escadas tem uma inclinação tão acentuada que é muito difícil subi-las. Neste molhe está uma mina submarina do tempo da 2ª guerra mundial exposta para ser admirada por todos. As madames compraram recordações como já é habitual. Tivemos então de finalizar esta volta para regressarmos às viaturas que uma delas está totalmente em transgressão a outra ou terminou o tempo ou está a terminar. Felizmente que nenhuma delas teve problemas, estavam ali as duas caladinhas para que ninguém as visse. A verdade é que não se vê polícia, sabem que o cidadão tem deveres e será quanto basta, parece que sim! Ainda tivemos tempo para ir até ao forte que está localizado na ponta do molhe onde também estão parados os navios de cruzeiro.
Concluído o tempo que dispúnhamos para esta visita, vamos ter de nos colocar ao caminho para chegarmos hoje ao hotel situado no aeroporto de Oslo, ainda são uns bons quilómetros que não podemos menosprezar. Então, aí vamos arrancar percorrendo uma via que nos vai retirando do fiorde para nos embrenharmos em vales e montanhas, estas mais uma vez repleto de túneis, já bem no alto de uma montanha, começam, aparecer resíduos de neve do inverno rigoroso que por aqui passou meses atrás, mais longe começamos andar na estrada nacional 7 e encontramos um local soberbo para comermos umas sandochas e outros petiscos, um senão só vendiam cerveja para ser consumida no exterior, acabei por optar e beber outra coisa, mesmo tendo estado a comer numa mesa na rua. Dali a pouco partimos deparando com paisagens exuberantes que a todo o instante nos regalam a visão, esta Noruega é muito verdejante, cheia de rios, lagos, montanhas e vales, uma diversidade imensa, com boas estradas e os condutores são meramente cautelosos.





Fizemos uma mão cheia de quilómetros, não mais de 371 para chegarmos ao nosso destino final de hoje ao hotel Best Western Plus Oslo Airport,. No final da noite, lá estou eu a falar em noite, fomos jantar no restaurante deste hotel em que os pratos por nós pedidos foram agradáveis. Amanhã partiremos para o nosso Portugal que já sente a nossa falta.

Dia 9 Julho - Chegou o dia da partida destas mini férias, se é que se pode chamar, são mais um remedeio de uma viagem programada com antecedência que foi um descalabro que ainda não sabemos quando e quanto vai ser o seu desfecho.


Aproveito este último dia para relatar a verdadeira história dos “Trolls”.

Reza a lenda que os Trolls eram pequenas criaturas estranhas que viviam nas montanhas e nos mares no norte da Noruega. Eram semelhantes aos humanos, mas tinham cabelos desgrenhados, rabo, apenas quatro dedos e um narigão enorme. Só era possível encontra-los à noite, pois eles não suportavam a luz. Caso não regressassem aos seus esconderijos antes do amanhecer viravam pedra. Eles eram dotados de poderes especiais e podiam se transformar em lindas mulheres. Quando enfurecidos tinham uma cólera que não conhecia limites, Para agradá-los os camponeses ofereciam pratos de comida, especialmente, na noite de natal. Até aos dias de hoje, dizem que é preciso estar bem com os Trolls para não correr oi risco de se deparar com sua fúria. Afinal, muitas da montanhas norueguesas formadas por rochas talvez sejam Trolls que não conseguiram romper a luz do dia e viraram pedra.

Aqui fica uma linda estória para vocês adormecerem os vossos netinhos e netinhas. 

Vamos entregar as viaturas alugadas que se portaram excelentemente, gastaram pouco mas no final quando vier a conta das portagens vai doer mesmo, sei que nas entradas das cidades existem portagens que nós não as conseguimos ver, nos túneis e estradas tipo auto estradas elas existem, iremos ter surpresas.



Sabemos muito bem que o nível de vida neste país é elevadíssimo para nós portugueses. Viaturas entregues, agora são subir os lances das escadas rolantes e entrarmos na zona de check-in, temos voo marcado para as 12h50, mas já reparamos que neste momento há uma atraso de 1 hora, passaram cerca de 45 minutos e o atraso passou para 1h30 e assim sucessivamente até chegar às 2h00, já todos nós estávamos a fazer as contas para que chegasse o atraso às 3h00 para sermos indemnizados do valor imposto por Lei para estes casos. A realidade foi que aproximou-se muito das 3 horas de atraso, existem situações que os pilotos para recuperarem algum tempo atingem velocidades muito superiores, mas não foi o caso, pouparam combustível e borrifaram-se para os passageiros que estiveram todo aquele tempo a secar. Se nós nos atrasarmos por qualquer motivo perdemos a viagem  e o valor da mesma, todos os casos deveriam ser penalizados e neste caso a Tap deveria indemnizar os passageiros. Com todos os percalços que tivemos desde que saímos de Lisboa e agora que voltamos queremos esquecer e que nunca mais volte acontecer, não merecemos. Concluo que gastamos muito dinheiro nesta viagem de faz de conta. Atribuo esta jornada aos seis ursinhos, abaixo retratados.





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