segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Malta – Cecilia - 2014






MALTACECILIA




09 Agosto - Lisboa-Castellón de la Plana - 1078km



Para começar estas férias acordamos uma hora mais tarde do que estava previsto, daí calcularmos que íamos ter mais calor pelo caminho, isto de atravessar a Espanha neste mês de Agosto não é nada fácil. Ao fim de quatro horas de trajecto lá fizemos a nossa paragem técnica para comermos as nossas pataniscas e pastéis de bacalhau. Um bom português em viagem tem que levar alguma coisa onde esteja empregue o nosso fiel amigo. Lá pusemo-nos novamente a caminho e mais umas boas horas, comemos os nossos geladinhos da olá. Final do dia, chegamos a Castellon onde fomos pernoitar no Camping Bontera Park de 1ª, isto para pagarmos por duas noites, somente €80.32, baratinho.


10 Agosto - Castellón de la Plana - 51km

 

Estamos cansados da viagem de ontem, já não tenho a força de quando fazia estes percursos de centenas de quilómetros e estava no final como novo, por isso este dia será de descanso, daí que fomos dar a nossa voltinha pela cidade. Hoje é domingo e o movimento no centro é agradável, praticamente não há carros e também pouca gente nas ruas, compramos os nossos postais, passeamos e já pela tarde fomos até à praia. Está uma calor de rachar e sem chapéu de sol o problema piora, mas mesmo assim estivemos uma boas horas à torreira. Foi diferente, não gostamos da areia, era escura e para sair do corpo um grande problema. Descansamos, já estamos prontos para a tirada de amanhã que também é jeitosa.


11 Agosto - Castellón de la Plana - Marselha - 802km

 

Saímos cedinho, este percurso também vai ser doloroso, está muito calor e temos de aproveitar a manhã para andarmos o máximo de quilómetros. Conseguimos percorrer cerca de 400km, o que não é mal, considerando que o carro está ainda na rodagem e não há que puxar ainda por ele, desta forma conseguimos uma boa média no consumo do combustível. Depois do almoço dá-me um pouco de sono, mas lá fizemos os restantes quilómetros para chegarmos a Marselha. Conseguimos um parque nos arredores num local barulhento, mesmo em baixo passava a auto-estrada. A qualidade deste parque era muito fraca, mas deu para pernoitar duas noites.


12 Agosto – Marselha - 0km

 

A nossa alvorada deu-se pelas 7h00, pequeno-almoço à porta da tenda Quéchua, última aquisição com abertura e fecho instantâneo, uma maravilha. Já nos percebemos que a nossa movimentação em Marselha não pode ser de carro, uma autêntica catástrofe, ruas estreitas e locais de estacionamento escassos. Desta forma resolvemos ir de autocarro do lugar onde nos encontramos, cerca de 16km e simplificamos o nosso dia.
Cá estamos na gare St-Charles onde chegamos no autocarro número 51, comprar o mapa da cidade para termos informações dos locais onde podemos visitar e cá vamos pela Boulevard d’Athènes para no final passarmos para Canebière e chegarmos ao bonito porto, são tiradas as fotografias da praxe com a tablet da Sofia.
A nossa máquina fotográfica avariou-se logo no segundo dia quando estávamos a fazer a nossa visita pela cidade de Castellón. Seguimos em direcção ao forte de St-Jean para nos aproximarmos da catedral de La Major para depois passearmos pelas ruas do Centre de la Vieille Charité, com todas estas voltas chegou a hora do nosso almoço. Deu também para descansar um pouco, as nossas pernas já não são o que eram, um pouco mais tarde recomeçamos a nossa volta pelo porto, mas do lado do forte Saint Nicolas, fizemos um desvio um pouco para o interior no Cours d’Estienne d’Orves, onde deparamos com um grupo de Brasileiros qua estavam apresentar um programa muito interessante com ritmo, cor e a alegria deste povo. Vi um bom bocado de Capoeira de um nível muito elevado, mais outros trechos de ginástica deste grupo, ficamos muito satisfeitos com esta nossa passagem por este local.
Desta forma continuamos a nossa andança até Basílica de St-Victor, local também lindo. Já estávamos a começar novamente a ficar com as pernas pesadas, mas lá fomos mais adiante ver mais umas ruas e lojas que estão ainda com um traço de 80 ou mais anos atrás, são lindas de se ver, aconteceu que passamos numa rua que indicava Notre Dame de la Garde, falamos e concluímos que íamos até lá, mas era sempre a subir, ok., vamos então, subimos ruas, subimos escadas e mais ruas, fartamo-nos de tanto subir, até que conseguimos atingir este objetivo. Valeu a pena, a Catedral é graciosa e a vista em
sua volta deslumbrante, consegue-se ver Marselha na sua totalidade, tiramos umas dezenas de fotos que iremos desfrutar quando chegarmos a nossa casa. Finalizando esta visita vamos descer tudo aquilo que subimos e voltar ao local onde vamos apanhar a camioneta para o parque onde estamos neste momento. Dia engraçado. Estou a terminar de escrever, são 9h20 e já não há dia, também não tenho uma luz, apenas a do ecrã deste computador, acabei, vamos dormir.



13 Agosto – Marselha – Mónaco - 297km


O dia começou com vontade da Sofia ir fazer o seu xixi da ordem, são 7h00 e o tempo parece, querer chover, fomos desta forma aos balneários tomar o nosso banhinho e ao sair já caíam uns pingos, tomamos o pequeno-almoço e a chuva começou a engrossar, pusemo-nos ao caminho e a chuva cai torrencialmente, isto durante três horas sem parar ou abrandar, as estradas estão com lençóis de água que se torna muito perigoso a condução, ou seja foi uma manhã a conduzir debaixo de chuva.

Chegamos ao Mónaco, fomos procurar um parque de campismo para pernoitar-mos, daí o nosso Tom Tom, dar parques mais próximos já na Itália, assim foi, estamos em Itália arranjar onde dormir. Conseguimos ficar então num parque que está completamente esgotado, isto às 15h00, temos a nossa tenda GTS, montada e cá vamos nós até ao Mónaco dar umas voltas. Já é a 4ª vez que aqui estamos, não faz mal, vamos conseguir ir a outros sítios que mal conhecemos.
A volta que demos, concluímos, que esta terra está sempre na mesma, apenas existem as grandes máquinas paradas defronte do casino, bem como os iates atracados no porto, nas ruas os grandes abastados a passear os bólides, adoro ver estas situações deixam-me entristecido saber que há tanta miséria neste mundo e depararmos com estas ingratidões. O Deus dos terráqueos está a dormir, ou senão foi de malhar uma punheta  e saíram estes trastes que de humanos nada tem. Final do dia, compramos uma pisa no Mónaco, média por €8.00, bem barato para estes maltrapilhos Portugas.



14 Agosto – Mónaco – Pisa – S. Gimignano - 420km


O dia de hoje começou novamente pelas 7h00, levantar e as nossas banhocas já usuais, arrumar a tralha e pormo-nos a caminho para mais uma etapa de trezentos quilómetros, mais coisa menos coisa.
Por volta das duas horas estávamos em Pisa para mais uma visita usual das nossas vindas a Itália, só que desta vez fomos dar uma curva por esta cidade, porque tem mais coisas bonitas além da torre e do complexo à sua volta. Tinha-mos pensado em subir à torre, desta vez, aconteceu que só tínhamos possibilidade de a galgar por volta das 19h00, não podíamos perder tanto tempo, ainda não foi desta, será para a próxima?

Já trazia-mos na mente uma localidade a visitar que ficava a cerca de 100 quilómetros mais a Sudoeste, propriamente S. Gimiglinano; cá vamos a caminho.  Chegamos, tivemos de estacionar o carro fora das muralhas, abalamos para fazer a nossa caminhada até aos locais de interesse.
É espetacular todo o património; recuamos umas centenas de anos para apreciar esta beleza, nunca tínhamos estado num local tão bem conservado e tão procurado pelos turistas, nós perdemo-nos a visitar as ruas, ruelas, becos, praças e lojas, fazem-nos esquecer no tempo, compramos os nossos postais, comemos uns gelados desta terra que são uma delícia. Estivemos aqui quase até escurecer, não dava para mais, todo o nosso tempo está cronometrado. Já tarde procuramos o nosso parque de campismo, que por sorte ficava a poucos quilómetros, foi bom assim ser. Este parque tem muita classe, bem dividido e organizado. Já noite, prá i 10h00, fomos jantar no restaurante do parque.
A Sofia resolveu escolher um prato que era para duas pessoas, qualquer coisa como 24€ mais uma litrada de vinho da região que custou 9€. Boa escolha eram fatias de queijo, enchidos, presunto, e bocadinhos de pão com diversas iguarias da região, eram duas tábuas enormes que não conseguimos comer tudo, nem tão pouco o vinho. Por fim o meu cafezinho e o Capuchino para a D. Sofia. Finalmente a dolorosa, nem mais nem menos do que
€41,50, estranho porque a conta apresentava um valor diferente daquele que nós tínhamos calculado e eis que a Sofia diz, que não comeu “Corpeto”, ou seja este termo é utilizado para dizer que o garçon colocou na mesa os guardanapos, talheres e os individuais em papel; mais nada. Grande novidade. Com tudo isto fomo-nos deitar. Tínhamo-nos deitado há pouco tempo e eis que aparece um motoqueiro que só fazia barulho. De manhã reparamos que vinha montado numa soberba mota de 90cc. Ele e a sua madame eram dois trastes que não valiam nada mesmo.


15 Agosto – S. Gimignano – Roma – Malta – 346km

 

Bem cedo pusemo-nos ao caminho a tirada não era imensa mas por causa dos possíveis imprevistos não podíamos arriscar, pois tínhamos avião às 14h50 e ainda arranjar parque para estacionar o carro por quatro dias. Hoje é feriado em Itália e um fim-de-semana de três dias, ainda passamos por um engarrafamento no sentido contrário que deveria ter cerca de 12km, isto em autoestrada o que seria de nós com um problema destes! Mas tudo correu bem, chegamos a horas e tratamos de tudo nos trinques. Compramos o perfume da ordem para Sofia, mais uns chocolates e lá fomos apanhar o avião para Malta. O percurso foi rápido 1h25, chegamos e fomos levantar o carro que estava alugado, daí directos para o hotel. Primeiro problema o hotel já não tinha lugares para nós, tivemos que andar mais uns bons quilómetros e ficamos num outro hotel que este teve de sub-alugar, por sinal o
local onde ficamos é mais marcante e admirável de Malta – St. Julian’s, a verdadeira noite de Malta fica nesta localidade e nós estamos a 50 metros desse local. Fazendo propaganda ao hotel, este tem o nome SPINOLA HOTEL – Triq il-Qaliet o proprietário é um brasileiro, boa pessoa. À noite fomos jantar num bom restaurante aqui a 100 metros, provamos dois pratos típicos deste país, acompanhado por boa cerveja cá da terra, também.



16 Agosto – Malta

 

Pequeno-almoço no hotel e de imediato comprar uma garrafa de água fresca de 2 litros que nos custou 1€. A estas horas da manhã está já um calor intenso, umas voltas aqui por esta baía que é muito bonita e vamo-nos por a caminho de La valeta. Trajeto rápido a ilha não é grande e as deslocações são ápices. Esta cidade é muito antiga, edifícios históricos, não estão bem conservados, mas vale o interesse que nos provoca ver as ruas apinhadas de gente, todo o tipo de lojas e preços idênticos aos de Portugal. Perdemos umas boas horas com as nossas voltinhas e o tempo para o almoço. Por fim fomos passear de carro por uma imensidão de baías, estas sempre cheias com grandes iates, algumas destas baías parecem que nos entram pela casa a dentro, como o mar está tão perto das casas. Uma
particularidade se pensarem ver um forte ou fortaleza, não se preocupem, há dezenas delas e todas enormes e em bom estado de conservação. Engraçado, no final do dia passamos por uma baía onde as pessoas vão para lá fazer o seu jantar, mesmo juntinhos ao mar acompanhados pela família, muito convidativo. À noite fomos apreciar a verdadeira loucura aqui em St. Julian’s. Sem dúvida muito movimento só se vêm pernas por todos os lados, mas há muito putedo nestes sítios. Foi engraçado o impacto com esta forma de se viver que para nós é perversa.



17 Agosto – Malta

 

Começamos este dia por visitar uma outra parte desta ilha, começando pela pretty bay, local engraçado que de uma lado é um linda praia para logo em frente estarem imensos navios porta contentores, isto a cerca de 200 metros. Pusemo-nos ao caminho e vamos até um outro local muito lindo, conhecido por Blue Grotto, tal como o nome parece indicar é sem dúvida uma gruta escavada na rocha dentro do mar que tem uma vista lindíssima do alto de uma falésia, bem como vista do mar, uma maravilha. Dizemos isto porque fomos fazer um passeio de barco que nos levou por esta enseada e mergulharmos dentro desta e de outras grutas que se seguiam. A cor da água em certos locais é de uma azul celestial, tiramos montes de fotografias para mais tarde recordar, foi fantástico. Acabamos o nosso passeio marítimo e fomos almoçar a um local aprazível, um pouco à portuguesa: mesas em madeira, pequenas com toalhas de plástico e cadeiras também baixas,
isto no interior do restaurante que só tinha três mezinhas, uma delas com dois fulanos que iam bebendo cervejas atrás de cervejas. O que nós pedimos para comer; duas saladas, uma de frango e outra Maltesa, calculem duas maravilhas. A Sofia quando viu o tamanho das saladas ficou espantada, tanta comida, é verdade eram duas travessas enormes com quantidade para 4 pessoas, à vontade. Mas ela nem por sombras conseguiu comer tudo, ficou por metade. Eu já consegui comer a totalidade, estava com muita qualidade e a cerveja, uma maravilha. Depois deste almoço enfarta brutos fomos visitar umas ruínas do ano 2900ac., conhecidas por Hagar Qim e Mnajdra. Valeu a pena, estão muito bem conservadas após 4900 anos. A nossa visita a este local começou por ser apresentado um filme em quatro dimensões sobre o início da sua construção até ao seu abandono e destruição pelos diversos tremores de terra e temporais que devastaram esta ilha.
Ainda tivemos tempo de irmos até Rabat e visitar a cidade fortificada de Mdina, foi também benéfico. Um senão ao entrarmos uma fulana vendeu-nos dois gelados de uma marca que desconhecemos por €4, um gelado de água. Foi a 1ª vez em Malta que fui roubado, eu lhe disse, mas nada valeu. Regressamos ao hotel e estamos com um problema, tínhamos reservado um quarto com cama de casal e deparamos com um com duas camitas de solteiros, estamos à espera de resolução, vamos ver.


18 Agosto – Malta - Gozo – Comino

 

Hoje saímos do hotel sem programa definido, apenas tínhamos a ideia de irmos até Gozo fazendo a travessia de barco e percorrendo esta ilha no automóvel que alugamos. Mal saímos do hotel atravessamos a rua e estivemos a ver programas para a totalidade do dia, eis que deparamos com um que nos agradou, vamos comprar os ingressos, qualquer
coisa como €60 e embarcamos no navio tipo pirata, percorremos a costa toda desta ilha, até que em certa altura a Sofia começou a sentir-se mal e lá vai chamar pelo gregório, a má disposição era de tal ordem que um elemento a tripulação ajudou-nos e foi buscar um copo de água com o produto para o enjoo, descansou e lá passou. Este 1º percurso foram qualquer coisa como duas horas e tal. Lá chegamos a Gozo, já tínhamos outro transporte para nos  levar até Victoria a principal cidade da ilha, demos uma volta comemos uns gelados e regressamos para apanhar outro transporte e irmos até Azure Window, sítio lindo que nos fez enveja de não nos podermos atirar à agua, tal era o calor e harmonioso este lugar. Partimos e mais umas voltas demos por esta ilha, finalizando no porto onde embarcamos, vamos diretamente para Comino a mais pequena ilha habitada deste país.
Quando chegamos demos com uma baía lindíssima onde havia centenas de pessoas a tomarem a sua banhoca a água era límpida e a sua cor, azul-marinho, um fascínio, pelas encantadoras praias que continuavam ao longo da costa. Havia milhares de peixinhos nestas águas, em nada se inquietavam com as pessoas que se atiravam à água a partir deste barco ou dos outros que lá se encontravam, estes eram umas boas dezenas. Este local é então conhecido pelo nome de Blue Lagoon, vale-lhe o nome tão profundo. A nossa permanência foi cerca de 1 hora, foi suficiente mas com vontade de permanecer. Voltamos a partir em direcção a Sliema o local onde agora estamos. Foi um lindo dia bem passado, mas estamos muito cansados.


19 Agosto – Malta – Roma – Reggio de Calábria - 719km

 

Cedo nos levantamos, 6H30, para que pudéssemos entregar o carro que alugámos nesta terra e seguidamente fazer o check in para seguirmos para Roma onde tínhamos o nosso carro no parque do aeroporto para depois nos pormos ao caminho e fazer uns longos 700 quilómetros até ao final desta bota que é a Itália. Poucas mais, histórias temos deste dia a não ser o calor que estava e não mirávamos de maneira nenhuma o final desta etapa. Neste percurso fomos interceptados por um jipe da polícia que nos obrigou a parar para identificação e começarem a dizer que a matricula da viatura
já se encontrava caducada, tentei explicar a razão daquela data mencionada na matricula, mas um dos guardas estava a ser persistente e  não entendia  aquilo que eu estava a descrever. Passado algum tempo desistiram e lá fomos nós Itália abaixo. Chegamos pela noite dentro, dormimos num parque muito barulhento e com poucas condições, parece ser a prática dos parques de campismo Italianos.



20 Agosto – Régio de Calábria – Palermo - Castelvetrano - 382km

 

 

Vamos partir em direcção da Cecília, uma das ilhas Italianas do Mediterrâneo que eu gostava de visitar, vai ser desta vez. Compramos o bilhete de passagem do barco por três dias €44,00 e fomos para a bicha de entrada no ferry, foi muito rápido, entre o comprar o bilhete e entrarmos e o ferry partir não demoramos mais do que 15 minutos, espectacular. Fizemos cerca de 230km em auto-estrada com portagem, mas quando chegamos às cancelas para pagamento estavam abertas porque havia greve ou coisa parecida, bom para nós poupamos à volta de 22/23 euros. Chegamos a Palermo, muito trânsito é uma cidade estranha. O impacto para a Sofia foi negativo, ruas muito sujas, prédios muito velhos e degradados, mas no entanto deparamos com monumentos muito bonitos.
A condução nesta ilha é perigosa e caótica, não respeitam as passadeiras nem os sinais verdes para os peões, até há alturas em que o sinal vermelho para os carros eles não acatam. E ainda apitam para aqueles que o respeitam. Os Italianos gostam muito de apitar por tudo e por nada. Há hora do almoço fomos comer duas saladas, uma das quais tinha no máximo dois tomatitos, três anchovas e vinte azeitonas moles e encarquilhadas a outra tinha milho, alface, cinco pedacitos de queijo sem sabor, algumas azeitonas iguais à outra salada e bebemos dois copos de cerveja roubada e um cesto com pão, pagamos a módica quantia de €27 euritos. A pinta do chefe ou dono da esplanada mais nos parecia um Padrinho Ceciliano ou chefe da Camorra. Final do dia ainda fizemos uma centena de quilómetros para ficarmos no sul desta ilha.


21 Agosto – Castelvetrano – Agrigento – Catânia - Palmi - 414km

 

Esta noite ficamos num parque fraquito, mas muito sossegado de manhã acordamos com o chilrear dos passarinhos
à nossa volta as pegas andavam a ver se apanhavam alguma coisa para comer. Partimos em direcção a Agrigento, cidade património da humanidade, muito bonita e bem decorada, as ruas e os largos fazem-nos lembrar a nossa Alfama. Subimos aquelas ruelas vimos becos, varandas a cair de podres, outras só o esqueleto o resto já se foi. Foi aqui que nós tomamos o nosso pequeno almoço, dois cafés americanos um pouco de leite, duas sandes com fiambre e dois bolos. Havia muito calor, mas subimos aquelas ruelas até à catedral, depois deste imenso esforço, transpirávamos por todos os poros a dita estava encerrada para obras de restauro.
Concluída esta volta prosseguimos viagem para a Catânia, deparamos com uma cidade antiga com muitos monumentos, alguns bastante degradados, um dos problemas que logo deparamos foi onde estacionar o carro, conseguimo-lo numa garagem que mais parecia um carvoaria, tanto de aspecto, escuro e nojento bem como o único funcionário que havia parecia ter vindo de uma outra época.
Lá fomos começar as nossas voltas, vimos um mercado imenso de rua onde almoçamos, demos mais umas voltas o calor apertava, comemos um gelado típico desta região, fomos às compras, compramos cuecas para a Sofia a €2 e €5.90 na Tenezis. Prosseguimos por outras ruas e fomos encontrar outro mercado que as bancas já tinham sido retiradas, ficando aquela área imensa toda nojenta, cheia de restos de camarões, lambujinhas, ramos de salsa, plásticos, montes de caixas, etc. De volta à garagem, qual foi o nosso espanto quando o carvoeiro nos pediu a módica quantia de €10, por três horas, devia de ser o valor que as carroças pagavam noutros tempos para estacionarem na cocheira. A viagem pela Cecília estava terminada, e como ainda nos restavam algumas horas, aproveitamos e fomos apanhar o ferry de volta ao continente, passados 30 quilómetros encontramos o parque onde pernoitamos.


22 Agosto – Palmi – Siena - 877km


Passamos uma noite de más recordações; muito perto houve durante horas uma festa em que a música durou até às tantas, não bastando o calor era sufocante que tivemos de dormir com parte da tenda aberta e fomos atacados pelas melgas, estamos todos mordidos. Este dia tivemos de percorrer oitocentos e tal quilómetros para chegarmos a Siena, onde amanhã iremos percorrer.


23 Agosto – Siena – Les Arcs - 502km

 

Preparados para a nossa volta por esta linda cidade. Assim que chagamos ficamos maravilhados com o aspecto antigo e bem preservado de todos os edifícios. Percorremos imensas ruas à procura de locais que nos iam impressionando pela grandiosidade de todos os monumentos. A praça principal que é conhecida mundialmente como Praça do Campo, onde todos os anos nos dias 2 de Julho e 16 de Agosto se realiza uma corrida de cavalos com o nome de Palio, mas a corrida em si é feita somente por dez cavalos, cada um de uma contrada, de três regiões da cidade, que são escolhidos por sorteio. Cada bairro tem as suas cores e hino. Ganha o cavalo que chegar primeiro, após três voltas ao redor da praça, mesmo que o jóquei já tenha caído. Ao redor da praça existe a fonte Gaia (Fonte da Alegria), Palácio Público, Torre de Mangia, Capela da Piazza, Palácio Piccolomini ou Arquivo do Estado, Palácio Chigi-Zondadari, Palácio Sansedoni e Pórtico da Mercadori. Visitamos seguidamente a Catedral de Siena, obra esplendorosa e mais prestigiosa e ricas catedrais Europeias.
Quando já estávamos na parte final da nossa visita começaram a cair uns pingos e ainda fomos até à Catedral de S. Francisco onde a Sofia comprou dois Santos – Santo António e S. Francisco de Assis, este acompanhado do Papa Francisco. Quando saímos chovia e trovejava, ficamos todos molhados e tivemos de nos abrigar até que a chuva ficou mais fraca e assim podemos continuar o nosso caminho até ao carro, mal entramos no carro começou novamente a chover com intensidade e a trovejar.
Partimos directamente para a fronteira francesa, aconteceu que neste trajecto estivemos num engarrafamento de quase três horas para pagarmos a portagem. Por fim jantamos e dormimos numa estação de serviço.
   

24 Agosto – Les Arcs – La Jonquera - 682km

 

A grande preocupação deste dia é controlar todas as horas e deslocações ao longo da costa sul de França para que nós nos venhamos a encontrar com os nossos amigos que estão a circular em sentido oposto com destino final, Rússia. Pensamos ir visitar a ponte de Gard,
aconteceu que deparamos com um valor para estacionamento da viatura de €18,00, invulgar mas astúcia deste país, por aqui se vê aquilo que nós chamamos esperteza saloia, ainda nós dizemos mal no nosso país de merda. Lá fomos visitar este aqueduto que eles chamam ponte, na verdade é um aqueduto com uma base que poderemos chamar de ponte, é bonito mas nada de especial. Terminada esta volta regressamos à estrada para nos pormos a caminho do nosso ponto de encontro. Como os nossos amigos estavam atrasados fomos almoçar num restaurante familiar onde comemos um entrecôte, grelhado com batatas fritas e salada, acompanhado de um vinho tinto da casa muito bom. As horas foram-se passando e a malta nada de aparecer. Mais uns telefonemas e já muito tarde lá apareceram na estrada com
apitos, sorrisos e boa disposição. Como estavam atrasados e cheios de fome e o restaurante já tinha fechado, resolveram tirar os farnéis e comeram neste local. Passado algum tempo, cada um seguiu a sua viagem, uns de regresso, outros no segundo dia da sua viagem. Nós ainda fizemos mais três centenas de quilómetros, ultrapassamos a fronteira e entramos em Espanha. Tínhamos idealizado comprar algumas coisas num supermercado do lado espanhol em que os produtos eram muito mais baratos, assim o fizemos, só que já era noite e não foi possível encontrar parque para ficarmos. Dormimos pela segunda noite consecutiva numa estação de serviço, foi cansativo e muito desagradável.


25 Agosto – La Jonquera – Tapada das Mercês - 1356km

 

Acordamos bem cedo e de imediato pusemo-nos a caminho, fizemos umas centenas de quilómetros, tomamos o nosso pequenos almoço, mais tarde abastecemos novamente a viatura, mais uma centenas de quilómetros, acompanhados de um imenso calor, mais a estafa que estávamos a passar e chegamos à fronteira cansados e nojentos, desta forma fizemos a nossa paragem na Igrejinha onde tomamos as nossas banhocas e despejamos alguns objectos que faziam parte da nossa bagagem. Ficamos mais leves de produtos e
sujidade e vamos percorrer os últimos quilómetros até regressarmos ao ponto de partida.
Concluímos que estas férias foram muito engraçadas, mas muito cansativas. Esta de fazermos 8000 quilómetros em dezassete dias, já se torna fatigante porque passamos muitas horas a conduzir e este tempo podia ser aproveitado para ver outras coisas. No entanto foi positivo, que venham as próximas.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Cruzeiro ao Havai - 2014




E.U.A. – HAVAI - CANADA
 2014





11 Abril – Lisboa-Madrid-Los Angeles-Long Beach

A nossa partida foi feita em dois grupos: O Carlos, Júlia, Luís e Alice iniciaram esta viagem dois dias antes do 2º grupo, Gilberto, Sofia, Cláudio, Cândida, Guilherme e Catarina. Ou seja os primeiros abordaram Los Angeles para depois se deslocarem a Las Vegas, porque o Luís e Alice nunca lá estiveram e demonstrarem todo o interesse em verem esta linda cidade do Jogo, é maravilhoso a vida nocturna e sua sumptuosidade da iluminação é inimaginável a beleza que vemos e nunca conseguimos contar em conversa toda a sua beleza, só lá indo, verdade.
Os segundos a partirem marcaram estar no aeroporto pelas 6H00, é muito cedo, mas acontece que este longo dia começou desta forma. Check In, marcar lugares todos juntos que nos custaram mais 80€ e lá fomos para Madrid para mais tarde começarmos a mais longa tirada de 12H45, dentro de um avião da Ibéria, com refeições medíocres e sem qualidade dos bancos, não gostamos em nada desta empresa de aviação.
Chegamos a Los Angeles e lá estava o resto da comandita, aprumada e bem-disposta, parecia que tínhamos combinado em encontrarmo-nos no Terreiro do Paço, acho que era mais complicado. Veio a novidade, a mala da Alice estava em falta, ficou em Madrid, eles que também tinham viajado na Ibéria, mais uma para dizermos mal desta companhia, não presta.
Como nós não podemos parar, fomos levantar o nosso carro alugado e dirigirmo-nos de imediato ao hotel, localizado em Long Beach, ainda são uns bons quilómetros para deixarmos as malas e pormo-nos de imediato ao caminho e irmos até ao passeio da fama em Hollywood, passearmos e comer alguma coisa. Estávamos todos cansados, uns pela caminhada que tinham feito a Las Vegas os outros pelas 37 horas que este dia nos tinha reservado. Regresso a Long Beach e dormir, finalmente.

12 Abril – Long Beach-Hawai

Início do dia, pequeno-almoço americanizado, bem condimentado, rico em proteínas/procaínas e substâncias gordalhonas/untosas, isto, para nos irmos habituando e podermo-nos equiparar a estes guerreiros, made em USA.
Imediatamente aportámos em Long Beach, fazer o check In, deixar as malas, enquanto outros foram entregar os carros alugados. Feitas todas estas voltas; mais uma vez o tempo é dinheiro, apanhamos o transfer para a cidade ver o circuito de automóveis que estava a ocorrer neste burgo, dar umas voltas e bebermos umas Budweiser, local onde não deixaram entrar as crianças, coisas americanadas. Regressamos ao cais de embarque e desta vez começou toda a caminhada para entrarmos na nossa casa que durante os próximos 16 dias nós reservamos. Vai ser agradável este passeio ao Hawai. Finalmente entramos no cruzeiro, fomos ver os nossos quartos, ficamos contentes com a sua apresentação, enfim fomos almoçar/lanchar, acabamos e seguimos para reconhecer todos os espaços que nos estavam reservados, mais uma volta, um olhar lá do alto para Long Beach o espreitar para o Queen Mary, até nos perdemos de tanto olhar de como estava a ser provido de viveres este grande navio bem como, até o carregar das milhares de malas. A nossa atenção era tanta que até conseguimos localizar naquela imensidão as nossas malas, fantástico, com tudo isto aprovamos a nossa presença aqui. Já noite, fomos jantar. Longos dias nos esperam.

13 Abril – At See

Cá estamos preparados para estes quatro dias em pleno alto mar,  estamos bem provisionados e com grande interesse em conhecer todos os possíveis locais onde se vai desenrolar a nossa viagem. Pensamos pela manhã apanhar um pouco de sol, mas foi completamente impossível o tempo não nos estava ajudar, muitas nuvens e uma temperatura que não estávamos à espera, não foi questão de desânimo, estamos cheios de energias e não seremos derrotados. 
Tivemos outras opções como irem às compras na zona do Martim Moniz, uma volta pelo casino, mas só para ver, nada de se gastar dinheiro, umas voltas pelo convés, outras por outras galerias. Não podemos dar este dia como perdido, estivemos sempre ocupados até hora do espectáculo musical e finalizamos com o jantar.


14 Abril – At See

O dia amanheceu um pouco obscuro, pouco sol, nuvens, vento é quanto basta, mas como vamos a caminho do Havai, não é problema nem razão para desanimarmos o bom tempo há-de aparecer. Resolvemos ir todos até ao ginásio e tentar fazer alguns exercícios físicos para podermos enfrentar o futuro mais risonho e preponderante. Foi engraçado, todos nos apoderamos das mais diversas máquinas e lá fomos quebrando o ferro e aço destes aparelhos. Veio a fome e lá fomos repor todas as calorias que tínhamos perdido, isto é de verdadeiros ginastas, concordam! Nós somos assim uma no cravo, outra na ferradura. Apenas vivemos uma vez e mal.
Pela tarde as nossas voltas da praxe pelo barco, mais uma ida às compras. Apreciar as monstruosidades de 1,2,3 e 4 cruzeiros, verdadeiros mostrengos que vão dos 150 quilos até 250, calculamos nós, não mais do que 551£ ou 8818oz. A noite chegou e cá estamos a ver mais um programa de variedades onde podemos limpar a nossa vista, o palco está cheio de mocidade, moçoilas no bom português da nossa terra, não podemos dizer que está cheio de e de porque as nossas ladies ficam muito chateadas, acham!
Agora lá vamos nós a caminho do nosso jantar, onde da-mos continuidade às nossas conversas e mais umas larachas são abordadas.

15 Abril – At See

Apareceu um pouco de sol o vento está franzino, resolvemos aproximarmo-nos da piscina e do jacúzi, onde algumas madames cozeram as suas adiposidades, era um cheiro a torresmos que se empestou toda esta área, não bastando a ida, novamente ao ginásio foi aceite e lá estava toda a equipa no aço e outros a darem a sua graça de fazerem um crosse à volta do navio, deu para tudo. 
Chegou a hora do almoço e desta vez ouve cautelas quanto ao tipo de comida que se iria consumir, pois não fazia sentido estarmos a desgastar as nossas calorias em excesso para depois serem repostas desta forma. Pela tarde pousamos todos à volta da piscina onde apanhamos mais algum sol e ainda deu para dormitar e fazermos alguns jogos de computador. O Carlos trouxe um livrinho com poucas páginas para poder entender melhor a sua situação de insolvente, têm apenas 872 páginas. Final do dia, desinfecção de toda a equipa por causa da piolhagem, seguidamente lá vamos para o teatro finalizando no nosso restaurante.


16 Abril – At See

Será hoje o último dia desta primeira etapa em alto mar, amanhã já estaremos em terra a dar as nossas voltas pré-programadas.
Já estamos a alcançar as verdadeiras temperaturas do Havai, bom sol, céu limpo e a temperatura afável, isto sim é fantástico. Que mais fizemos hoje que não foi feio nos outros dias. Um jogo de mini golfe entre os últimos campeões da especialidade, mas que foram derrotados no último buraco por um fedelhote acabado de germinar. Ficámos importunados e amuados porque nenhum de nós está preparado para ser acabrunhado desta maneira. As nossas damas nem sabem que tal aconteceu porque o vexame ainda seria mais forte.
Mais não houve de relevante, continuamos firmes e hirtos nestas férias maravilhosas pelo Pacifico Norte.

17 Abril – Hilo

Cá estamos em pleno Havai, mais propriamente na maior ilha deste arquipélago a Big Island e na cidade de Hilo. Chegamos bem cedo e desembarcamos de imediato para nos dirigirmos ao aeroporto num transfer para levantar as viaturas que foram alugadas na véspera. Como já tínhamos delineado na noite anterior as voltas que teríamos de dar, foi pegar e arrancar de imediato. Começamos este circuito pelo vulcão Kilauea, visitando a enorme caldeira, ou seja nós estávamos já dentro da cratera primitiva que é monstruosa para avistarmos uma segunda cratera em que tinha imensas caldeiras donde saiam fumarolas de vapores de água em que nós colocávamos as nossas mãos tão perto que as tínhamos que retirar de imediato pois a temperatura é tão elevada que nos poderíamos queimar, não imaginávamos que assim fosse a realidade é fantástica quando a enfrentamos,  supera a nossa imaginação sem dúvida. 
Seguidamente fomos ver do outro lado esta cratera e avistar a actual, um pouco mais distante mas sem qualquer possibilidade de a alcançar, porque este vulcão está em actividade e os perigos são imediatos. É sem dúvida um local imaginativo e podemos ver o que seria este planeta nos primórdios da sua concepção. Mais adiante visitamos os tubos de lava que são espectaculares de se ver, não são mais do que túneis deixados pelas erupções ali verificadas, tudo isto numa floresta verdejante e harmoniosa, mais parece um paraíso perdido. Desta forma o tempo passou-se e lá tivemos de regressar ao nosso barco porque o tempo esvanecia-se e chegar depois da hora era um grave problema; somos pontuais, é desta forma que nos sentimos seguros.
À noite vem mais uma vez o nosso jantar gourmet, tem categoria. Também temos a ideia de que neste dia o Cláudio reparou que neste barco havia uma cabeça de apito, uma fulana com características de assobio.

18 Abril – Maui

Segundo dia no Havai, desta vez o percurso entre estas ilhas foi feito pela noite dentro e abordamos esta ilha de madrugada, fomos levantar as nossas viaturas e dar início ao percurso na parte oeste, seguimos para Lahaina onde se encontra um santuário de baleias e golfinhos, conseguiu-se ainda avistar bem ao longe alguns movimentos destes mamíferos. Fizemos as compras de alguns souvenires e demos seguimento para norte passando por Kapalua, avistando imensas praias que estavam açambarcadas pelos diversos resorts existentes. Quisemos saber de quanto nos iria custar assistir a um Luau num destes locais, era barato, tão pouco como $100 dólares, ou seja nós iríamos gastar como $1000 dólares. 
Demos continuidade ao nosso percurso, paramos para almoçar num SubWay, onde comemos umas sandochas e bebemos as Coca Colas a bebida consagrada dos americanos. Pela tarde cruzamos a ilha para irmos até ao sudoeste, passando por Kihei, mais uma longa zona de praias e mais um local onde baleias, golfinhos e tartarugas habitam. A maioria do grupo resolveu mulhar os calções nestas águas do Pacifico, alguns depararam com uma tartaruga, já bem grande ao tomarem a banhoca numa praia junto a Makena. Neste local visitamos uma igreja que era rodeada por cemitério, onde fomos ver algumas campas e conseguimos ver que alguém lá enterrado ainda descendia de portugueses, isto pelos nomes e apelidos. Regressamos ao nosso hotel flutuante para festejar os 60 anos da Alice. Ninguém sabia que neste dia a Alice fazia já tantos anos, nem ela, vejam lá. O que veio acontecer; é frequente festejarem os anos dos passageiros, são tantos que quase todos os dias isso acontece, desta vez e na sequência de um cantar de parabéns resolvemos dar a nossa graça e começamos a cantar também os parabéns, mas para quem, foi só apontar para a Alice, tão simplesmente que parte do grupo da tripulação que nos atendem foram buscar um bolo e confraternizaram connosco aquele momento e dizerem apenas que a Alice festejava os seus 60 anos, achamos que eles entenderam também a nossa brincadeira, ou seja a Alice é a 2ª pessoa mais velha deste grupo.


19 Abril – Maui

Este é o nosso segundo dia consecutivo nesta ilha, tínhamos ontem deixado as nossas viaturas estacionadas perto do cais de embarque. Partimos cedo para podermos completar o nosso passeio por esta bonita ilha, lá vamos começar esta volta, aqui em Kahului e dirigirmo-nos para sul percorrendo toda a parte leste. Os primeiros quilómetros foram feitos perto da costa numa estrada com algumas curvas e com vistas lindas, porém quanto mais avançávamos, mais curvas havia e muito mais estreito era o cruzamento com outras viaturas tornava-se difícil e nalguns casos perigosos a paisagem era inesquecível, lindas montanhas, vales profundos, costas retalhadas e uma vegetação lindíssima com árvores de um porte elevadíssimo. Eram tantas as curvas que o Gui começou a ficar mal disposto, tivemos de parar para ele poder repor as suas forças. O nosso destino era chegar a Kipahulu, até onde a estrada nos podia levar, porque a partir dali era impossível prosseguirmos, apenas existia um trilho não disponível para o tipo de viaturas que nós possuíamos.
Chegamos e fomos dar uma volta por aquela enseada em que havia montes de tabuletas a indicar todo o tipo de proibições, tais como acampar, fumar, esta de ser proibido fumar ao ar livre e sem qualquer perigo de incêndio é ridículo, mas válido aqui neste estado dos USA. De regresso tivemos de fazer a mesma estrada, não havia outra, apanhamos novamente alguma chuva mais uma centena ou mais de curvas para depois irmos abastecer as viaturas e fazer a sua devolução. Regressados ao barco demos continuidade às nossas tarefas de final de dia e nocturnas.



20 Abril – Kauai

A chegada a esta ilha foi um pouco mais tarde do habitual, viatura alugada na véspera e cá estamos em Lihu’e a começar o nosso tour. Começamos a circular para leste na única estrada possível junto à costa abordamos uma primeira baía para apreciarmos uma linda vista para o mar, passados alguns quilómetros fomos até a um farol famoso mas como era sábado o seu acesso estava interdito, deu para o vermos de cima de um monte, mas este não tem de maneira alguma a beleza que encontramos na nossa terra nos diversos faróis lá existentes. Paramos mais à frente numa loja de artigos chineses, aqui a Alice e a Sofia resolveram ver o que eles ofereciam, depararam que lá existia uma peça de elevado valor: Uma paneleirona que não escondia a sua debilidade, no parecer delas. Seguidamente a praia mais famosa desta ilha “Hanalei”, bem linda apenas um senão, o tempo que tínhamos era irrisório, deu apenas para molhar os pés e pouco mais. 
Este local dava para nós passarmos umas boas horas num ambiente paradisíaco. Fomos vendo lindas paisagens ao longo deste troço a certa altura o Cláudio ainda foi apanhar e abrir um coco que tinha caído, aí começou a chover e eis que arregaçamos as mangas e pusemo-nos a caminho de Hanaley Bay, demos meia volta e começamos o nosso regresso, onde ainda paramos no alto de uma montanha para podermos ver um vale lindo onde são feitas plantações de diversos vegetais. Conseguimos ainda fazer mais umas paragens até chegarmos ao ponto de partida e começarmos a segunda etapa, agora para Oeste em direcção a Port Allen. Este trajecto foi feito um pouco mais para o interior desta ilha, as paisagens já não eram tão atraentes e alcançamos uma zona onde a estrada está coberta por árvores, um autêntico túnel onde tiramos lindas fotografias, caminhamos em direcção a uma baía onde se encontrava o ponto mais a oeste que iríamos visitar, interessante mas nada de especial. De regresso ao barco, fomos abastecer as viaturas e devolve-las, já se tornava tarde o tempo escasseava para o nosso regresso ao barco.

21 Abril – Kona

A nossa chegada a esta lha foi martirizada por parte da Carnival. A saída do barco foi despropositada e sem deliberação, isto porque o barco ficou ao largo e o nosso transporte para terra foi feito através de salva-vidas, ou Tender, perdemos uma hora ou mais do nosso tempo, com isto os carros que tínhamos inicialmente alugados, ficaram sem efeito por falta de tempo para darmos a nossa volta pelos pontos mais interessantes desta ilha. 
Concluímos em ficar numa praia e darmos uma volta pela cidade, também foi interessante, deu para fazermos algumas compras e bebermos umas cervejolas e petiscar alguma coisa. O Luís deu-se ao luxo de comer aqui no Havai uma salsicha portuguesa, sim uma salsicha que nós nunca imaginamos existir, mas propagandeada aqui tão longe do nosso Portugal, segundo ele nos afirmou, é em nada parecido com qualquer enchido da nossa terra. Regressamos novamente em tender. Foi novidade, este trajecto ser feito desta maneira, nunca imaginamos navegar em salva-vidas. Final do dia o nosso jantar predilecto no restaurante Bacchus.

22 Abril – Honolulu

Tal como prevíamos, vamos todos a caminho do aluguer da viatura, inicialmente marcada a sua reserva para o aeroporto mas por razões que não antevíamos o transfer só vai até Waikiki, alguma perda de tempo mas recuperável. Chegamos a Long Bay e começamos por visitar a base naval atacada de forma traiçoeira pelos Japoneses na 2ª guerra mundial, seguidamente visita ao couraçado Arizona. 
Demos imensas voltas, tiramos fotografias nos diversos locais onde se desenrolava todas as tarefas diárias dos marinheiros deste poderoso barco de guerra. Ficamos formados para fazermos parte de uma possível tripulação, mas de marinheiros com carta de turismo. Finalizada esta visita fomos até ao submarino Bowfin onde as fotografias se repetiam e a troca de ideias se deparavam, foi interessante a nossa visita a este local tão relevante na história mundial. Pouco tempo nos restava, mas deu para fazermos uma tangente à carismática praia de Waikiki, finalizando assim o nosso regresso ao cruzeiro.

23 Abril – At See

Primeiro dia em alto mar, segue-se uma série de 5 dias, em que não vamos avistar terra. Vamos ter todo o tempo ocupado, pois existem vastíssimas formas de nos divertirmos. Acordamos todos cedo, para começar, vamos todos tomar o pequeno-almoço, seguindo-se o momento de apanharmos um pouco de sol da zona piscina interior.
Hoje está algum sol mas não aquele que estávamos à espera. Desta forma passamos o dia até chegar a hora do nosso espectáculo habitual, não o podemos perder, pois faz parte da forma de variarmos estes dias. Finalmente nosso jantar, mais umas conversas e ainda fomos ao deck 9, pois havia a noite havaiana com boa música e uma variedade imensa de comida, entre elas o célebre “leitão”, mas como estávamos com a pança bem cheia o apetite dissipou-se, e eis que chega a altura da caminha.



24 Abril – At See

Segundo dia, desta vez acordamos um pouco tarde e lá nos encontrarmos no pequeno-almoço. Não é tão fácil como pode parecer o nosso encontro neste local. Este restaurante ocupa uma área vastíssima, tem umas duas a três centenas de mesas, quase sempre ocupadas, mas mais uma ou outra volta e conseguimos saber onde todos se encontram, faz parte do nosso ritual.
Está um lindo dia de sol maravilhoso, o mar está calminho não tem qualquer ondulação a cor da água é um azul forte, passou há algum tempo atrás um barco lá ao longe. No entanto o barulho na piscina é infernal os miúdos gritem, berram, é quase insuportável toda esta algazarra, mas cá estamos juntos à piscina onde conseguimos todos lugares é aqui que descansamos e tomamos as nossas banhocas. Às 12h15, hora local ou seja menos 9 horas do que em Portugal, recebemos a notícia de que o Benfica ganhou ao Juventus por 2-1, há neste grupo um benfiquista ferranho que ficou feliz com esta notícia.

25 Abril – At See

Está frio, vamos em direcção de Vancouver e na temperatura já se nota a diferença, não estávamos à espera tão cedo desta diferença. A hora voltou a mudar tivemos de adiantar mais uma hora, mas mesmo assim a diferença situa-se em 9h00. Temos estado novamente na piscina interior, esta é coberta, mais luz do sol que entra em quantidade e desta forma estamos mais resguardados do vento e frio, ouve-se alguma música colocada pelo DJ. O som é despropositado, alto de mais e muitas das canções são por nós insondadas. Não nos esquecemos de que hoje é dia 25 de Abri, traz-nos boas recordações dos nossos tempos de infância/juventude esta data, pena é, que do verdadeiro dia, já nada sobeja, é amargo, todos nós ansiávamos por um Portugal, verdadeiramente feliz e livre das ratazanas políticas que nele domiciliam.
Ontem à noite foi proposto por um elemento vir-se hoje a cantar “Grândola Vila Morena”, na altura do nosso jantar para todos os presentes, vamos ver se vai avante.
Esta noite o programa musical foi espectacular, baseado nas canções dos Beatles o grupo de actores, representou com um nível elevadíssimo este momento, memorizaremos este sucesso.
O jantar correu agradavelmente, como sempre, apenas um reparo a Grândola Vila Morena foi um insucesso, correu mal, alguns elementos não sabiam a letra e os outros enganaram-se foi um autêntico fiasco. Finalizamos o resto na noite visitando um bar para ouvir-mos um pianista a tocar boa música e onde o grupo de actores se encontrava a beber uns copos.

26 Abril – At See


Hoje todos acordamos mais tarde, como nos deitamos já noite bem dentro deu para dormir mais um pouco. O tempo está frio com muito vento e céu nublado. Estamos amontoados na zona da piscina coberta, onde o local é mais quente, vamos lendo, jogando e trocando algumas impressões das nossas viagens ao mesmo tempo ouvindo música colocada pelo DJ em serviço.
Hoje acreditamos que estamos aqui preparados para a engorda, o dia foi passado de papo para o ar e sempre a comer, com este andar ainda saímos daqui umas focas, mas nunca uns 1, 2 ou 3 cruzeiros. Para o final do dia estava programado e mais uma vez assistirmos a um programa de variedades feito por alguns passageiros, concluído com os elementos de dançarinos deste cruzeiro. Foi muito interessante e conseguiram transmitir-nos uma boa folia.

27 Abril – At See

Aproxima-se o final desta grandiosa viagem transatlântica com a ida e volta até ao Havai. Esta de transatlântica feita do Pacífico é um tanto fantasmagórica pelo nome não acham, mas é mesmo assim a sua designação, acho mais próprio o nome de “transoceânica”, está aprovado?
Está frio, mas ainda há algum sol que dá mais uma vez para estarmos na zona da piscina interior, esta tem uma cobertura em vidro que neste momento está fechada, mas nos dias de grande calor encontrava-se completamente aberta, mais aqui ao lado existe uma outra, também com a mesma área que é descoberta, mas ainda se quisermos podemos ir até ao ginásio e aí também existe mais outra mas sem contacto com a luz solar. 
Ao início da tarde foi emitido um comunicado que pelas 21h00, o barco tinha de fazer uma paragem forçada pela razão de existirem dois passageiros com graves problemas de saúde, desta forma paramos perto da cidade de Vitória na ilha de Vancouver, onde foi desatracado um tender, mais conhecido na nossa lide por salva-vidas e onde foi acompanhado até terra por uma lancha que veio de encontro a nós para dar mais apoio. As doentes eram duas mulheres, uma delas caminhava pelo seu próprio pé, mas ligada a alguns aparelhos a outra seguia em maca com todo o aspecto de que a sua situação seria mais grave. Duas horas antes tínhamos ido assistir a um programa de variedades, representado por passageiros, muito engraçado e de um bom grau de talento.

28 Abril – Vancouver

Chegamos bem cedo a este porto Canadiano, não era de esperar, porque tinha-se perdido na noite anterior cerca de duas horas com o desvio para deixar os dois passageiros doentes, aconteceu que cerca das 7h00 já estávamos atracados e prontos a largar o nosso barco que foi a nossa casa durante estes últimos 8 dias. Foi formidável para todos nós como passamos todo este tempo com muita alegria e companheirismo de uma harmonia alcançada na sua plenitude.
Como não podemos perder tempo e os nossos voos estão marcados para o final do dia, fomos guardar as nossas malas neste porto onde desembarcamos, seguidamente comprar bilhetes para darmos umas voltas por esta linda cidade. Estava muito frio, com perspectivas de vir a chover, mas lá vamos nós, paramos uma primeira vez onde fizemos um percurso a pé para depois atravessarmos um canal num bote, tipo casca de nós, mais umas voltas para regressarmos ao mesmo local onde tínhamos saído há cerca de uma hora, somente estivemos uma hora à espera que o autocarro viesse, foi saturante e resolvemos alterar as paragens deste percurso, descemos na China town, onde almoçamos para depois continuarmos a pé. Ainda deparamos com cenas de um filme que estava ali a desenrolar-se, com carros da polícia, bombeiros de S. Francisco e artistas de segundo plano, não nos apercebemos de nenhuma figura por nós conhecida. Passamos numa zona de drogados, mais nos pareciam, mortos-vivos, tal era o aspecto destes fulanos, nunca vimos nada assim, pela quantidade e aspecto. Seguidamente estivemos na zona principal desta cidade, mais propriamente em Gastown onde se encontra um relógio a vapor, aonde o apito pode ser ouvido de longe. Em seguida, uma melodia suave toma conta do lugar. Um vapor começa a surgir. Passados quinze minutos, tudo se repete. É assim que o tempo se vai passando. Também o tempo se vai passando para nós, desta forma o Carlos mais a Júlia tiveram de ir para o aeroporto pois o seu voo é mais cedo do que o resto do grupo, nós ainda fomos dar mais umas voltas até ao cais de embarque aonde se encontrava o nosso barco, seguidamente ver os hidroaviões que estão a todo o momento e levantar e aterrar, finalmente directos ao aeroporto para seguirmos para Londres e Portugal.

29 Abril – Vancouver-Londres-Lisboa

Passamos a noite dentro de um boeing 747-400 da Ibéria, é um sufoco estes aviões desta companhia.
Foi uma viagem muito cansativa, isto de viajar na Ibéria é problemático, não há condições nenhumas, espaço e comida são do piorio, sempre dissemos mau desta companhia Espanhola, simplesmente, não presta. Ainda mais, o voo estava atrasado, com isto, fez que as nossas malas ficassem retidas em Londres, só no final da noite é que chegaram. Desta forma cá estamos todos preparados para a próxima.




Factos do Hawai

As ilhas Havai, foram descobertas no século XVI por um português ao serviço de Castela.

O arquipélago do Havai situa-se no Pacífico Norte a 3 700 km de São Francisco é composto por 128 ilhas, mas apenas oito são habitadas.

As principais ilhas habitadas são: Niihau, Kauai, Oahu, Molokai, Lanai, Kahoolawe, Maui e Big Island.

Superfície Territorial:
Tem uma área total de 16 705 km2. 
Capital:
Honolulu – na ilha de Oahu
Principais Cidades:
-         Honolulu – cerca de 400.000 hab.
-         Hilo – 40.000 hab.
-         Kailua – 36.500 hab.
-         Kaneohe – 36.000 hab.
-         Waipahu – 33.000 hab.
-         Pearl City – 31.000 hab.
-         Waimalu: 29.000 hab.
-         Mililani Town – 28.500 hab.
-         Kahului – 20.000 hab.
-         Kihei – 17.000 hab.

Clima:
O clima do Havai é temperado. A temperatura oscila entre 27.º no Verão e 17.º no Inverno, com um índice de humidade de cerca de 75%. Entre Maio e Outubro, verifica-se a estação mais quente e entre Dezembro e Março, a época das chuvas.

Geografia:
O arquipélago é de origem vulcânica, mas apenas uma das ilhas tem actividade vulcânica – a ilha de Havai (Big Island) – com duas das maiores crateras do mundo – Mauna Lea e Kilanea. 
Em termos de idade geológica, a ilha de Havai é a de mais recente formação e por conseguinte tem sofrido menos erosão que as restantes.  

SISTEMA POLÍTICO
O Havai é o 50.º Estado dos Estados Unidos. Aderiu à União de Estados Americanos em 21 de Agosto de 1959, tendo sido constituído como território em 1900. 
O Havai também é conhecido por Aloha State.

Cores de cada ilha:
Havai – Vermelho
Maui – Rosa
Oahu – Dourado
Kauai – Púrpura
Molokai  - Verde
Lanai – Laranja
Niihau – Branco
Kaholawe – Cinza


Recurso Económicos:
Os principais recursos económicos do Havai são:
 -     O turismo (com cerca de 7 milhões de visitantes ao ano);
-      As receitas provenientes das Bases Militares americanas;
-      A agricultura.

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