AUSTRÁLIA
7 Agosto — BANGKOK/SYDNEY A340(600) 7501km
Vão ver... Com esta chegada vamos novamente fazer transbordo para o voo TG475 que vai sair às 19h15 e chegada a Sydney prevista para as 07H20 do dia 8. Nestes percursos foram totalizadas 20 horas de voo.
8 Agosto — SYDNEY (100km)
Vamos saborear uma parte do Inverno, deserto e a costa Este, bem conhecida pelos seus recifes/barreiras de corais e tubarões. Hoje como chegamos bem cedo vamos já aproveitar para dar uma longa volta por Sydney, iremos visitar os locais de maior interesse não esquecendo que ao final do dia vamos jantar como deve ser, pois estamos fartos da comida dos aviões.
9 Agosto — SYDNEY (120km)
Praticamente iremos estar nesta cidade 2 dias, penso que é razoável, temos imenso ainda para ver e que vou relatar alguns locais que não devemos perder. Assim Bridge Climb, esta ponte não é mais do que um cabide gigante em aço que une as margens desde 1932, pode-se passar a pé e subir 200 degraus pelo pilar e atingir 87 metros de altura.
O Jardim botânico, Luna Park, Ópera de Sydney a fama que este edifício tem! Martin Place, Macquarie Street, Finger Wharf, antiga doca que atrai todo o visitante, Paddington, bairro único com as suas casas vitorianas, Manly, que seja só para embarcar no ferry e navegar até à ponta de Sydney, Newton o bairro mais rasca
desta cidade, pode-se encontrar de tudo, vale a pena lá ir, por fim Anzac Bridge. Mas vamos visitar mais do que aqui enumerámos. Esqueci-me, desculpem e as lojas dos chinocas que tanto a Júlia gosta, ela tem uma pequena quota em todos estes
negócios, isto não era para dizer. Não podemos perder a praia mais branca do mundo "Hyams Beach", composta por 99% de quartzo a duas horas de Sydney.
10 Agosto - SYDNEY/CAMBERRA (286km)
Vamos começar este percurso com alguma calma pois estamos a 2/3 horas de
Camberra, a capital da Austrália é um destino sem igual, onde o estilo de vida da cidade se mistura com a beleza da natureza australiana. Existem todos os tipos de restaurantes, entretenimentos, galerias e lojas onde as senhoras podem comprar a tarecada habitual. Subiremos à colina do Mount Ainslie para termos uma vista panorâmica desta cidade.
Mais tarde vamos ao Australian War Memorial que relembra todos os soldados mortos nas diversas guerras em que a Austrália entreviu.
Nesta cidade existem milhares de papoilas, faz lembrar o norte da Holanda, não tiremos essa sorte porque a Primavera está agora a chegar.
11 Agosto -CAMBERRA/MELBOURNE (626km)
Hoje a etapa é um pouco mais longa, mas nada de especial, as estradas são boas e estamos a cerca de 7 horas de Melbourne, vamos cruzar uma zona montanhosa para depois seguirmos muito perto da costa.
Chegados a esta cidade a 29 maior da Austrália vamos encontrar o centro desta dentro de um rectângulo perfeitamente desenhado, onde funcionam as maiores empresas australianas e multinacionais, a partir daí as construções são muito baixas, fazendo que a sua dimensão seja enorme e difícil de percorrer. O rio Yarra corta a cidade em duas metades, uma particularidade desta cidade é a constante mudança de temperaturas durante o dia. Não é comum acordar com 16 graus e quatro horas depois chegar aos 44. Um dia lindo de sol e de vento morno, pode chegar a um vendaval com chuvas e frio, vindos directamente do pólo sul e feitos á medida para pinguins. Por isso minhas queridas uma camisolita vai fazer jeito, não só para esta cidade.
12 Agosto- MELBOURNE/ADELAIDE (1105km)
(O ferry-boat Spirit of Tasmania I e II saem de Melbourne às 9PM e chegam às 7AM, existe um passe que custa AU$33 que dá acesso a todos os parques nacionais. Tenho a ideia que no final do dia anterior deveríamos partir para a Tasmânia, a viagem seria de noite e dava para dormir e descansar no barco. Vamos ver como é feita esta parte da nossa grande viagem).
Cá estamos todos preparados para a esta jornada, hoje depois de fugir-mos ao diabo da Tasmânia tivemos de nos por ao caminho e ir atrás dos aborígenes que estão à nossa espera para jantarmos no tasco do Carioca, tio Zé. Vamos transpor a região de Barossa Valley, Coonawarra e outras menos famosas na qualidade dos seus vinhos conhecidos mundialmente. Ao longo destes quilómetros forno-nos aproximando de Adelaide o nosso destino de hoje. Cidade com o menor custo de vida da Austrália, muito plana e segura tem imensas lojas e divertimentos para todas as idades. Os mercados são considerados os melhores da Austrália com verduras e legumes para as nossas madames fazerem uma boa sopanga para nós. Finalmente chegamos e vamo-nos saborear com um bom naco de carnunga e urnas boas cervejolas.
13Agosto - ADELAIDE/PORT AUGUSTA (305km)
Camarada, hoje vai ser um grande dia, vamos começar a percorrer a estrada Stuart, conhecida como "O Trilho", remonta a 1836 quando os primeiros colonos chegaram a Glenelg.
14 Agosto -PORT AUGUSTA/COOBER PEDY (456km)
Mais um dia. Tratamos do nosso pequeno-almoço farto em vitaminas, sais mineiros e outras coisas mais, tais como um bom bife ou pernas de canguru, fritas há quinze dias. Com isto lá vamos começar uma nova etapa que começa por transitarmos numa zona de bosques antes de atingirmos o desolado planalto de Arcoona, uma região de solo pedregoso, planícies cobertas de erva e poucas árvores. Possivelmente poderemos ver alguns cangurus e outros animais. Este troço de estrada foi o último a ser pavimentado.
A pouco mais de 160 km de Port Auguta fica Pimba, uma pequena povoação, um ponto de paragem para os passageiros do caminho de ferro Indian-Pacific e um ponto de abastecimento para viajantes rodoviárias como nós.
É a norte daqui que começa verdadeiramente a vasta região de deserto da Austrália Meridional. Depois de Pimba a estrada passa pela área proibida de Woomera, local de lançamento de mísseis britânicos-australianos. A base encerrou em 1980. Também foi local para testes de armas nucleares. Se houver interesse podemos ir até Woomera e com autorização podemos ver um parque de mísseis.
Depois de Pimba são 368km secos e poeirentos até Coober Pedy, passamos pelos lagos salgados que habitualmente se encontram secos. Coober Pedy tem como atracção a presença de opalas de alta qualidade, extraídas desde 1915 por mineiros que suportam temperaturas de 502C. As senhoras podem comprar aqui a Opala favorita para juntar ao monte de jóias que deixaram na vossa terrinha Natal. Também é aqui que fica uma das maiores fazendas do mundo com cerca de 30000km2. Vamos também ver nesta área emas e cangurus-vermelhos.
15 Agosto - COOBER PEDY/ULURU/ERLUNDA (1020km)
Bom dia rapaziada, vamos acordar cedo, dar de comer e beber à besta para nos pormos a caminho, pois o calor começa aparecer bem forte e tempo é dinheiro, não vierem a esta terra para irem aos hiper comprar bugigangas. Isto de dar pérolas a porcos tem de acabar.
De Coober Pedy até à fronteira com o Território do Norte há ainda alguns pontos de interesse, vamos passar por uma vegetação resistente à seca chamada "mulga" e planícies semeadas de pedra. Vamos também passar pela vedação contras Dingos com 2250km e erigida para manter estes cães selvagens longe dos rebanhos de ovelhas e quintas.
Hoje vamos atravessar uma região muito importante dos aborígenes, Anangu Pitjantjatjara durante 150km, rumo à fronteira do Território do Norte. Mais alguns quilómetros, estamos em Erlunda. Como conseguimos chegar com um avanço significativo arranjamos dormida e partimos de imediato para Uluru. Visitamos este local famoso da Austrália, mais conhecido por Ayers Rock o maior monólito do mundo com 348 m de altura e uma circunferência de 9,6km, sendo a ponta de uma vasta montanha subterrânea de arenitos. Foi agradável ver o por do sol, este com o desenrolar do tempo vai mudando a sua cor deste o laranja, vermelho e castanho-escuro até quando o sol se põe. De volta a Erlunga, tivemos de fazer 252km por uma estrada muito perigosa, pois é transponível a todo o momento por cangurus, camelos e vacas. Atropelar um destes animais, pelo seu porte físico poderia ser fatal para todos nós.
16 Agosto - ERLUNDA/ALICE SPRINGS/TENNANT CREEK (675km)
Dormiram bem!
Ao vosso lado não esteve deitado toda a noite um canguru!
Pequeno-almoço numa das tascas típicas de Erlunda. No parque Nacional de Watarrka, pode-se ver o espectacular desfiladeiro de Kings Canyon, bem perto ficam as estranhas crateras de meteoritos de Henbury. Estas enormes concavidades são atribuídas à queda de um meteorito há cinco mil anos.
Depois de atravessarmos o rio Finke a estrada leva-nos agora por entre espinhaços de baixa altitude e por uma estreita abertura, conhecida como "a fenda". Estamos numa zona de oásis.
Alice Springs vive essencialmente do turismo, da indústria mineira e do gado. Aqui podemos provar um bom vinho, visitar a Sociedade de Preservação Ghan com o seu comboio a vapor e museu do caminho-de-ferro, há muito para desfrutar em Alice. Pondo-nos a caminho vamos encontrar a 112km um pequeno povoado de nome Wauchope onde ficam as curiosas Devils Marbles. Estes pedregulhos arredondados variam de tamanho e equilibram-se precariamente um nos outros. São segundo a geologia o que resta de um antigo afloramento granítico. Cerca de 100km adiante, atravessamos uma região de vegetação espinhosa e resistente à seca onde as enormes termiteiras são uma visão comum. Assim chegamos a Tennant.
Mais um dia bem movimentado e de certeza que chegamos bem ao final para um repouso bem merecido.
17Agosto - TENNANT CREEK/KATHERIN (672km)
A norte de Tennant Creek passaremos pela saída para a estrada Barkly e o memorial Johan Flynn, não é mais do que um obelisco ali prostrado para olharmos para ele e mais nada, mais nada mesmo, a partir daqui pata a fundo e fé no destino.
Vamos fazer muitos quilómetros pelo deserto e cruzar vários povoados aborígenes. Depois de viajarmos
pelo sopé da cordilheira de Ashburton, chegamos a Renner Springs, segue-se Elliot, local onde podemos fazer a nossa primeira paragem para abastecimento. Mais acima vamos encontrar o parque nacional de Nitmiluk, propriedade dos aborígenes com treze desfiladeiros de 12km de comprimento. As paredes têm 60m de altura, vamos encontrar crocodilos de água doce, segundo indicam são inofensivos para o homem, mais espécies de répteis iremos ver. Com tudo isto já estamos em Katherin.
Mais alguns quilómetros e entramos em Pine Creek, aqui já vamos encontrar crocodilos de água salgada, quero dizer perigosos. Estamos aproximadamente a 46km de Darwin. Chegamos a esta cidade que foi bombardeada pelo Japoneses, durante a 2á guerra mundial e arrasada em 1974 pelo ciclone Tracy.
Cá estamos nós cansados mas bem-dispostos para uma noite em Darwin.
18 Agosto - KATHERIN/ DARWIN (317km)
Possivelmente vamos sair um pouco mais tarde desta cidade, não vai haver problema, pois até podemos viajar um pouco de noite para atingirmos Elliot, haja boa disposição que o resto vem por acréscimo. No seguimento das alterações verificadas nos dias anteriores este trajecto também foi modificado.
Um bocadinho de história de Darwin, reparem que só em 1839 é que foi descoberta pela tripulação do Beagle e só em 1840 se deu início a uma séria exploração por via terrestre.
19 Agosto - DARWIN/THREE WAYS (974km)
20 Agosto — THREE WAYS/MOUNT ISA/CONCLURI (1020km)
21 Agosto — CONCLURI/TOWNSVILLE (807km)
Meninas o que desejariam fazer hoje!
O pôr-do-sol nesta cidade é fantástico.
22 Agosto - TOWNSVILLE/SARINA (330km)
Sei que nesta altura do campeonato já se estão nas tintas para mais 100, menos 100km, ainda mais, hoje vamos começar a percorrer a barreira de coral, tão conhecida mundialmente. O Luís que até trouxe a prancha de surf, já estava a ganhar ferrugem a partir de hoje é só cortar nelas. Toda esta costa vai ser um passeio que iremos recordar com saudade, pena, temos que o tempo seja curto, pois a velocidade terá de ser mais rápida.
23 Agosto — SARINA/GLASTONE/BUNDABERG (613km)
24 Agosto - BUNDABERG /SURFERS PARADISE (350km)
Chegados a Surfers Paradise, fomos começar a visitar este local tão famoso mundialmente pela prática de surf, onde nos deparamos com imensos arranha-céus e uma arquitectura bem ao ajuste dos prédios antigos enquadrados nos modernos. Várias vezes ao longo desta viagem-maratona, assistimos ao gosto de o antigo se enquadrar no mais moderno.
No dia seguinte, logo pela manhã mais um circuito pela praia e visita a este paraíso.
25 Agosto - SURFERS PARADISE /BRISBANE/COOFS HARBOUR (505km)
O dia de hoje vai-nos parecer um passeio ao longo da nossa marginal em formato gigante, vamos encontrar imensas praias. Em Glastone começa a barreira de coral que se prolonga até Torres Strait, foi declarada património da humanidade em 1981. Notem, estamos a descer a costa leste australiana ou seja lá bem no norte, mesmo junto à Papua Nova Guiné, ficam as tais Torres Strait, são 2000km de costa. Se tivermos tempo não devemos perder um passeio de barco até uma destas ilhas de coral, há muita oferta e uma grande variedade de preços.
Já perto de Brisbane vamos passar pela Sunshine Coast, mais praias e paisagens naturais extraordinárias.
Brisbane é a capital do estado de Queensland, podemos visitar a construção mais célebre de 1930, edificada em arenisca, no seu interior está um museu e outros motivos de interesse, a seu lado encontram-se mais edifícios famosos dos anos 1853 a 1885. Podemos ir ver onde se realizou a expo de 1988, fica em South Bank Parkland, aí vamos encontrar parque de atracões e aventuras mais bares, restaurantes, parques, etc. Foi nesta cidade onde estacionamos a nossa viatura para darmos uma volta pela cidade que fomos multados pela módica quantia de $200 dólares, coisa barata.
26 Agosto - COOFS HARBOUR /NEWCASTLE/BELMONT (420km)
27 Agosto - BELMONT /SYDNEY/BANGKOK (167km)+ A340(400) 7501km 8h26 voo
28 Agosto — BANGKOK/FRANKFURT/LISBOA (747-400 e A321/200-400) 8999+2033km
10h28 voo (-) menos o de Lisboa
Possivelmente percorremos cerca de 10130km de carro. Contas finais 10948km, isto é que são contas...
Agora, reclamações; as meninas portaram-se muito mal, não quiseram fazer as camas nem a comida. Vão sofrer as consequências com isso, para o ano vão passar as férias na Costa da Caparica e Porto Brandão. Os gajos fartaram-se de trabalhar estão magros, esqueléticos e molengões o castigo é muito diferente, vão gozar de seguida umas boas férias no... segredo, irão saber futuramente.
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