ESPANHA – MARROCOS – SAARA OCIDENTAL - MAURITÂNIA – SENEGAL – GUINÉ-BISSAU - GÂMBIA – 2013
10 Agosto – Sintra – Tanger (630km)
Mais uma vez nós vamos… (este início de frase era da praxe). Como há novos compinchas e vão ficar vacinados para futuras descobertas aqui está o começo para relatarem todos os pormenores desta aventura, isto porque nós, os enteados de Nuno Tristão iremos fazer a descoberta da Guiné em caravelas do final do século passado, mais conhecidas por chaços.
Partida programada para as 06h00 em local a designar, meia hora para conversas da treta e lá iremos a caminho de Puerto de Santa Maria para deliciarmo-nos com um bom almoço, porque a partir daqui vamo-nos esquecer o que é comer bem.
Chegada a Tarifa, adquirir os bilhetes para atravessar o estreito para depois montarmos o acampamento.
Como estava planeado encontramo-nos pelas 6 horas da manhã em casa do Cláudio na margem sul, mais exactamente em Vale de Figueira, munidos das nossas poderosas máquinas e com toda a nossa boa disposição para esta aventura em terras de África. Logo de imediato tivemos uma agradável surpresa o Paulo Cordeiro (Jardinas), foi ter connosco para estar presente na hora desta partida, foi emocionante, sabemos perfeitamente que ele gostava imenso de fazer parte destes aventureiros. Fotos da praxe, mais um dedo de conversa e eis que nos botámos ao caminho. Progredimos airosamente pela planície alentejana até à fronteira de Vila Verde de Ficalho e ali mesmo, ali a Jorgina disse que estava com calores, ou Dolores, isto porque estava pertinho dos nossos hermanos. Daí foram feitas algumas correções ao seu estado de saúde e continuamos Espanha dentro pela serrania de Aracena. Estava imenso calor e as nossas máquinas tiveram alguns percalços para galgar todas aquelas elevações que nunca mais acabavam, lá chegamos ao Porto de Santa Maria para um uma refeição que tanto gostamos, - Marisco, cerveja e marisco, assim nos regalamos e pusemo-nos ao caminho para atravessarmos o Estreito de Gibraltar e chegarmos a Tanger. Uma nota do momento, o Carlos já tinha adquirido os bilhetes desta travessia para não estarmos a perder muito tempo. Chegamos a Tanger e fomos procurar onde poderíamos acampar, ao final de algum tempo conseguimos descobrir onde e montamos as nossas tendas, ainda com muita dificuldade, não sabíamos os truques da rapidez, de certeza que vamos ser velozes futuramente neste trabalho.
11 Agosto – Tanger – Safi (594km)
Pela manhã deparamos que fomos roubados de noite, um motor de enchimento dos colchões e mais uma capa de transporte da tenda desapareceram misteriosamente, estes Tangerinos são mesmo aquilo que sabemos.
No caminho tivemos de parar algumas vezes porque a Jorgina vem com grandes problemas de aquecimento, estamos frequentemente a purgar o sistema de arrefecimento, mas conseguimos avançar até nos aproximarmos de Safi que é o nosso destino deste dia. Foi uma distância substancial para as paragens que tivemos de fazer. Por fim alcançamos objetivo do dia, chegar ao nosso destino.
No caminho tivemos de parar algumas vezes porque a Jorgina vem com grandes problemas de aquecimento, estamos frequentemente a purgar o sistema de arrefecimento, mas conseguimos avançar até nos aproximarmos de Safi que é o nosso destino deste dia. Foi uma distância substancial para as paragens que tivemos de fazer. Por fim alcançamos objetivo do dia, chegar ao nosso destino.
12 Agosto – Safi – Aglou (405km)
Esta noite foi dolorosa o calor era tanto que todos nós não conseguimos dormir em condições. Tornamos acordar cedo e de imediato as nossas banhocas e pequeno-almoço da praxe. Tínhamos combinado no dia anterior que iríamos tratar das nossas máquinas: desta forma a Jorgina tem andado com problemas de rins e bexiga o Faísca também com irrigação urinária o GrandTáxi com o pâncreas danificado por fim o Finório com o cantante em stand by, ou seja os problemas dos velhos, mas tudo tem remédio.
Ora vejamos a Jorgina foi feito um transplante e foi colocada a bexiga no tejadilho, mais uma inovação do Carlos Neves. No Faísca Foram lavados todos os canais na zona de irrigação, por fim o GrandTáxi tivemos de encontrar um dador para lhe repor o Pâncreas que estava mesmo a travar no fim. Neste momento o GrandeTáxi está a passar um momento menos bom porque se encontra na sala de operações, todos sabemos que ele é forte e cá estamos à espera que termine esta cirurgia. Este está em Safi na Rue Khamis à espera de melhores momentos.
Ora vejamos a Jorgina foi feito um transplante e foi colocada a bexiga no tejadilho, mais uma inovação do Carlos Neves. No Faísca Foram lavados todos os canais na zona de irrigação, por fim o GrandTáxi tivemos de encontrar um dador para lhe repor o Pâncreas que estava mesmo a travar no fim. Neste momento o GrandeTáxi está a passar um momento menos bom porque se encontra na sala de operações, todos sabemos que ele é forte e cá estamos à espera que termine esta cirurgia. Este está em Safi na Rue Khamis à espera de melhores momentos.
13 Agosto – Aglou – Laâyoune (Saara Ocidental) (565km)
Esta etapa inicialmente programada para chegarmos a Goulimine foi alterada por razões de saúde das nossas velhas máquinas, desta forma, hoje iremos recuperar alguns quilómetros que nos ficaram a faltar para chegarmos a Goulimine.
O dia de hoje foi fértil pelas paragens que a polícia Marroquina nos fez, 7 8 vezes, para que fossemos identificados e arranjarem conversas da treta, tanto mais na região do Saara Ocidental, ou seja, território ocupado por Marrocos. Acão humanitária do dia; encontramos um cachorrinho abandonado em pleno deserto, magrito cheio de fome e sequioso, demos-lhe água, esteve a beber até não querer mais. A ideia de dar água ao bichinho foi do Cláudio.
Desta vez chegamos já de noite a Laâyoune, mas alguma vez chegamos de dia, estamos preparados para ver nos próximos dias as aventuras que se seguirão.
14 Agosto – Laâyoune – Ad Dakhla (531)
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Desde que entramos no Saara Ocidental o preço da gasolina e gasóleo baixou estamos a comprar o litro da gasolina a 0.89, é uma diferença substancial. Neste percurso feito muito perto da orla marítima fez que a alta temperatura e o vento frio do mar provoca-se uma neblina que durante centenas de quilómetros não conseguimos ver este mar gracioso.
15 Agosto – Ad Dakhla – Nouâdhibou (452km)
Mais um dia de deserto e as peripécias não podiam faltar, eis que o calor é intenso as estradas são estreitas e com um piso desgastante passados 300 quilómetros os pneus que o Joia comprou, recauchutados começaram-se a descolar e lá tivemos de comprar em saldo 2 pneus. Na fronteira da Mauritânia a polícia tirou um frasco de perfume Boss ao Joia. Esta fronteira é madrasta, está situada numa zona de conflito entre Marrocos e Mauritânia, tanto que há um espaço de 6/7 quilómetros onde existem resto de carros abandonados, provenientes de roubos, apenas existem as carcaças, todo o resto foi retirado.
Este percurso é todo feito com buracos tipo, montes e pedras, só no local é que se apercebe da rudeza deste trajecto. Hoje começamos atravessar a Mauritânia, onde ainda existe uma população nómada - é igualmente um dos mais novos produtores de petróleo e gás natural do mundo, possuindo também uma história riquíssima. Os portugueses foram os primeiros europeus de que há memória a visitar o país, ainda no século XV, no início das suas viagens ao longo da costa africana. Daqui saíram os primeiros duzentos escravos que foram vendidos na cidade de Lagos, no sul de Portugal, em Agosto de 1444, cujo drama da separação de filhos e pais ficaria para sempre registado na crónica escrita por Gomes de Zurara.
Este percurso é todo feito com buracos tipo, montes e pedras, só no local é que se apercebe da rudeza deste trajecto. Hoje começamos atravessar a Mauritânia, onde ainda existe uma população nómada - é igualmente um dos mais novos produtores de petróleo e gás natural do mundo, possuindo também uma história riquíssima. Os portugueses foram os primeiros europeus de que há memória a visitar o país, ainda no século XV, no início das suas viagens ao longo da costa africana. Daqui saíram os primeiros duzentos escravos que foram vendidos na cidade de Lagos, no sul de Portugal, em Agosto de 1444, cujo drama da separação de filhos e pais ficaria para sempre registado na crónica escrita por Gomes de Zurara.
Apesar do seu território quase desértico, o país tem uma marcante diversidade cultural, com o predomínio de uma população arabe-berber no norte e de africanos negros no sul.
Pelo caminho fomos mandados parar uma dezena de vezes, pela polícia, pela alfândega e pela GNR local, é muito cansativo e penoso, todas estas paragens da treta. Chegamos a Nouâdhibou já noite e deparamos com uma cidade que mais nos pareceu uma pocilga, toda suja, mal cheirosa e não podiam faltar os milhares de mosquitos.
16 Agosto – Nouâdhibou – Nouakchott (Mauritânia) (477km)
Aqui estamos numa das etapas em deserto, daquelas que já não são para nós novidade. O dia começou com toda calma ou seja o costume nosso já adquirido logo de início. Tínhamos feito duas centenas de quilómetros e eis que o GrandTáxi começou com problemas de escape ou intestino grosso, este se partiu, mas foram tomadas todas as medidas para sua reparação.
Desta forma aproveitou-se uma lata cilíndrica abandonada em pleno deserto que foi logo reciclada e adaptada a esta poderosa máquina de galgar quilómetros. Para que a questão do dia não ficasse por aqui um dos elementos desta equipa ao descer do tejadilho partiu o vidro da frente, ficando seriamente danificado. Foram aplicadas tiras de fita americana e de alumínio que resolveram provisoriamente ou definitivamente o problema. Finalmente, chegamos com algum dia à capital da Mauritânia.
Desta forma aproveitou-se uma lata cilíndrica abandonada em pleno deserto que foi logo reciclada e adaptada a esta poderosa máquina de galgar quilómetros. Para que a questão do dia não ficasse por aqui um dos elementos desta equipa ao descer do tejadilho partiu o vidro da frente, ficando seriamente danificado. Foram aplicadas tiras de fita americana e de alumínio que resolveram provisoriamente ou definitivamente o problema. Finalmente, chegamos com algum dia à capital da Mauritânia.
17 Agosto – Nouâdhibou – Sant Louis (Senegal) (315km)
Acampamos em pleno deserto naquilo que chamam a capital da Mauritânia. O local onde estivemos não era mais do que um chafurda, moscas e mal cheiro eram quanto basta. Fizemos este troço com temperaturas muito elevadas cerca dos 40 e humidade alta. Foi doloroso galgarmos esta distância. Chegados a Rosso, instalou-se a confusão nesta fronteira, mais do lado da Mauritânia em que apareceram dezenas de assessores, ditos pés-rapados a informar como deveríamos proceder para passar para o outro lado, tudo isto com o sofisma de nos sacarem algum dinheiro. Passadas algumas horas conseguimos passar de barco para o outro lado, mas quando lá chegamos outros problemas se depararam.
O mais importante foi quando já nos tínhamos livrado de toda a papelada e 2 quilómetros andados fomos interceptados pelo chefe maior da alfândega, mais propriamente o Coronel que nos levantou problemas, tais como não nos deviam ter dado aquela autorização para circular no Senegal que o funcionário da alfândega ia ser repreendido e confiscou-nos toda a papelada que tínhamos comprado para tal efeito. Passada meia hora apareceu no seu jipe juntamente com a comandita que já tinha sido vista por nós e resolveu dar autorização para abandonarmos o Senegal em 48 horas. Aconteceu que o funcionário daquele posto avançado, borrifou-se para o que o comandante disse e deu-nos 72 horas, era quanto precisávamos para atravessar o Senegal e entrarmos na Guiné-Bissau. Com todas estas peripécias a noite chegava e tivemos de arranjar hotel, já noite dentro.
O mais importante foi quando já nos tínhamos livrado de toda a papelada e 2 quilómetros andados fomos interceptados pelo chefe maior da alfândega, mais propriamente o Coronel que nos levantou problemas, tais como não nos deviam ter dado aquela autorização para circular no Senegal que o funcionário da alfândega ia ser repreendido e confiscou-nos toda a papelada que tínhamos comprado para tal efeito. Passada meia hora apareceu no seu jipe juntamente com a comandita que já tinha sido vista por nós e resolveu dar autorização para abandonarmos o Senegal em 48 horas. Aconteceu que o funcionário daquele posto avançado, borrifou-se para o que o comandante disse e deu-nos 72 horas, era quanto precisávamos para atravessar o Senegal e entrarmos na Guiné-Bissau. Com todas estas peripécias a noite chegava e tivemos de arranjar hotel, já noite dentro.
18 Agosto – Sant Louis – Lago Rose - Fatick (459km)
Um bocadinho de história do Senegal, para que possamos engrandecer mais a nossa longa expedição - Ziguinchor foi fundada pelos portugueses no sec. XVII, em 1645, na margem sul do Rio Casamansa. O seu nome deriva da expressão portuguesa "cheguei e choram", porque os nativos pensaram que os vinham escravizar.
Esta feitoria fora ai sediada para comerciar com o reino de Casamansa o qual era um aliado dos portugueses. Segundo as crónicas este era o reino mais amigo dos portugueses, ao longo da costa da Guiné. O rei vivia à moda europeia, com mesa, cadeiras e roupas ocidentais, na sua corte habitavam muitos portugueses onde negociavam e faziam cortesia ao rei. No entanto o progressivo desleixo por Portugal de África a favor da Índia e depois do Brasil deixou esta zona praticamente abandonada. Cedo a feitoria se transformou num mero presídio, praticamente vazio…
Esta feitoria fora ai sediada para comerciar com o reino de Casamansa o qual era um aliado dos portugueses. Segundo as crónicas este era o reino mais amigo dos portugueses, ao longo da costa da Guiné. O rei vivia à moda europeia, com mesa, cadeiras e roupas ocidentais, na sua corte habitavam muitos portugueses onde negociavam e faziam cortesia ao rei. No entanto o progressivo desleixo por Portugal de África a favor da Índia e depois do Brasil deixou esta zona praticamente abandonada. Cedo a feitoria se transformou num mero presídio, praticamente vazio…
Hoje Ziguinchor é a capital da província senegalesa de Casamansa que luta pela sua independência.
Neste dia ficamos num hotel engraçado em que ao pequeno-almoço um dos funcionários ofereceu-nos uns panos com motivos e cores muito agradáveis deste Senegal. A certa altura fomos meter gasolina e deparamos com uma camioneta, que lhe chamamos esse nome de resto nada tinha, com isto despertou imensa curiosidade do Cláudio que teve a ousadia de a conduzir, ficando admiradíssimo como aquilo conseguia ainda, andar era apenas a figura pois de mecânica e carroçaria nada tinha a ver, era um chaço daqueles que foram buscar ao lixo. Fomos também visitar e conhecer algo de Dakar, apenas uma cidade imensa com uma estrutura deficitária e pobre como tantas outras que visitamos ao longo desta viagem. No final do dia fomos até ao lago Rose, pensamos que era um local aprazível e gracioso, não demonstrou nada disso, para nós, apenas um lago.
19 Agosto – Fatick – Pirada-fronteira da Guiné (Guiné-Bissau) (485km)
Começamos o dia bem cedo com problemas em abrir as portas do Finório, acontece que logo de início a bateria ou baterias desta viatura não estão nas devidas condições. Partimos e lá vamos entrar na África a sério. Nos primeiros 350 quilómetros tudo correu normalmente, mas quando nos colocamos numa estrada secundária, não era mais do que uma picada, buracos em que cabiam os carros, cheios de água, pedras, paus e restos de outras viaturas que por aqui cá passaram.
Isso passou-se numa distância de cerca de 40 quilómetros em que estas máquinas mais pareciam jipes preparados para todo o terreno, estão a perceber, não imaginávamos que estradas destas existissem. Tivemos diversos problemas, mas nunca ficamos atascados, verdade mesmo, tivemos dificuldades, como o furo do Faísca o GrandTáxi, começou a aquecer, verificamos que um pau um metal ficou preso na ventoinha e desfez parte do radiador, teve que ser rebocado uma boas dezenas de quilómetros em picada como a que descrevemos atrás, já noite dentro, vejam em plena floresta mais um furo, desta vez a Jorgina também furou depois de um objecto ter-se colocado por baixo dela em pleno charco, não sabemos verdadeiramente o que era pois o Finório também na sua passagem arrastou algo que mais parecia um grande pedregulho ou algum bocado de ferro que por ali ficou, tudo isto em água que ficava a meio das portas, foi uma verdadeira aventura. Noite dentro, chegamos à fronteira do Senegal com a Guiné-Bissau, problemas da burocracia Senegalesa e lá entramos em território Guineense, onde pernoitamos mesmo no espaço onde está instalada a aduana. Ainda tivemos tempo para a nossa jantarada habitual.
Isso passou-se numa distância de cerca de 40 quilómetros em que estas máquinas mais pareciam jipes preparados para todo o terreno, estão a perceber, não imaginávamos que estradas destas existissem. Tivemos diversos problemas, mas nunca ficamos atascados, verdade mesmo, tivemos dificuldades, como o furo do Faísca o GrandTáxi, começou a aquecer, verificamos que um pau um metal ficou preso na ventoinha e desfez parte do radiador, teve que ser rebocado uma boas dezenas de quilómetros em picada como a que descrevemos atrás, já noite dentro, vejam em plena floresta mais um furo, desta vez a Jorgina também furou depois de um objecto ter-se colocado por baixo dela em pleno charco, não sabemos verdadeiramente o que era pois o Finório também na sua passagem arrastou algo que mais parecia um grande pedregulho ou algum bocado de ferro que por ali ficou, tudo isto em água que ficava a meio das portas, foi uma verdadeira aventura. Noite dentro, chegamos à fronteira do Senegal com a Guiné-Bissau, problemas da burocracia Senegalesa e lá entramos em território Guineense, onde pernoitamos mesmo no espaço onde está instalada a aduana. Ainda tivemos tempo para a nossa jantarada habitual.
20 Agosto – Pirada, fronteira de Guiné-Bissau – Bissau (Guiné-Bissau) (247km)
Acordamos muito cedo, ainda era noite, noite cerrada quando alguns habitantes desta localidade fronteiriça começaram a falar bem alto e nós já não conseguimos dormir mais, tanto que nesta noite já tínhamo-nos deitado muito tarde, ou seja dormimos pouquinhas horas. O trabalho do dia começou de imediato encetou-se por reparar o radiador do GrandeTáxi que se encontrava em péssimo estado.
Com paciência de mestre o Carlos Neves endireitou e esmagou palheta a palhetas para do final com a cola especial que o Cláudio trouxe colarem todos os buraquinhos existentes, foram imensos, mas já está a rodar novamente. Partimos passadas algumas horas e eis que o aquecimento do motor do GrandTáxi começou aquecer, isto porque ainda tivemos pela frente outra picada muito idêntica à do dia anterior. Começou novo reboque ao longo de mais 10 quilómetros e paramos numa bomba da Galp para reparar novamente o radiador, desta vez foi apena um buraquito foi rápida a reparação, para quem sabe, ok. Passados centena e meia de quilómetros e com muita chuva pela frente o limpa para brisas da Jorgina avariou-se e inventaram o sistema muito prático “Júlia puxa cordel Carlos puxa cordel, estão a ver!”, que funcionou em pleno tanto que já estamos em Bissau hospedados no hotel Lisboa Bissau.
Com paciência de mestre o Carlos Neves endireitou e esmagou palheta a palhetas para do final com a cola especial que o Cláudio trouxe colarem todos os buraquinhos existentes, foram imensos, mas já está a rodar novamente. Partimos passadas algumas horas e eis que o aquecimento do motor do GrandTáxi começou aquecer, isto porque ainda tivemos pela frente outra picada muito idêntica à do dia anterior. Começou novo reboque ao longo de mais 10 quilómetros e paramos numa bomba da Galp para reparar novamente o radiador, desta vez foi apena um buraquito foi rápida a reparação, para quem sabe, ok. Passados centena e meia de quilómetros e com muita chuva pela frente o limpa para brisas da Jorgina avariou-se e inventaram o sistema muito prático “Júlia puxa cordel Carlos puxa cordel, estão a ver!”, que funcionou em pleno tanto que já estamos em Bissau hospedados no hotel Lisboa Bissau.
21 Agosto – Bissau (29km)
Vamos começar com alguma história da Guiné.
Após dobrarem o cabo Bojador em 1434 os portugueses iniciaram a exploração da costa africana. Em 1446 Nuno Tristão chega à Guiné, ao subir um rio, é atacado e morto.
Em 1446 os navegadores Diogo Gomes e Cadamosto, iniciam a exploração dos grandes rios da Guiné. No mesmo ano Álvaro Fernandes contacta com os Felupes.
Cacheu é a primeira povoação criada pelos portugueses.
Em 1800 a Inglaterra começa a fazer sentir a sua influência na Guiné, iniciando a sua reivindicação pela tutela da ilha de Bolama, arquipélago dos Bijagós, Buba e todo o litoral em frente. É de destacar nesta época a figura do guineense Honório Barreto, provedor do Cacheu em 1834, o qual teve uma acção notável à frente do governo da Guiné.
Em 1870, por arbitragem do presidente dos EUA, Ulysses Grant, a Inglaterra desiste das suas pretensões sobre Bolama e zonas adjacentes. Em Maio de 1886, são delimitadas as fronteiras entre a Guiné Portuguesa e a África Ocidental Francesa, passando a região de Casamansa para o controlo da França, por troca com a região de Quitafine (Cacine), no sul do país.
1ª Etapa concluída, amanhã começará o nosso regresso a Lisboa. Fazia parte do nosso plano ir comer uns camarões e beber umas cervejolas nesta cidade, assim aconteceu, procuramos onde isso poderia ocorrer e deram-nos informação de que havia um restaurante o Loureiro em condições para saborearmos a verdade é que não o encontramos e fomos parar, vejam, à casa do Benfica, foi um nó na garganta para alguns elementos desta equipa que nada têm a ver com o Benfica, mas sim Sporting e Porto. A realidade é que todos gostamos do ambiente, funcionários e patrão, foram bem simpáticos connosco e lá comemos uns camarões de Moçambique e cerveja Super Book.
Factos importantes desta cidade; ruas esburacadas, ruas com crateras, ruas com montes, prédios por acabar outros podres, montanhas de lixo, lama em quanto é sítio, saneamento nem vê-lo, iluminação das ruas, nada, água canalizada, também nada, ou seja um povo que nada tem. Os hotéis onde estivemos alojadas estas duas noites se querem ter electricidade têm que ter geradores. O governo corta o abastecimento eléctrico quando lhe apetece e volta a repô-lo quando soa a informação de que os habitantes vão-se manifestar.
22 Agosto – Bissau – Banjul (Gâmbia) (314km)
A nossa estadia em Bissau foi a mais extensa, estivemos aqui duas noites, temos um cenário bem grande desta cidade em que as ruas estão quase todas esburacadas e cheias de lama, tanto que tem chovido imenso. Os habitantes são simpáticos e gostam imenso de falar connosco, querendo saber novidades ou apenas dar duas palavrinhas. As forças policiais, são importunas mandam-nos parar todo o momento, sem qualquer motivo para o fazer. Uma grande parte nem fardados estão, mais nos parecem bandidos do que policias.
Chegamos à fronteira entre a Guiné-Bissau e Senegal, aqui tivemos mais uma paródia de que não sabem o que querem e não sabem mandar, existem num curto espaço, tantos controlos que nos chateiam e nos fazem perder a paciência, desta forma não vão a lado nenhum. Mais um quilómetros em território Senegalês e deparamos com grandes extensões de terreno completamente alagadas, autênticos lagos, é bonito. Como tinha havido uma rebelião neste território chamado Casamansa, tivemos durante centena e meia de quilómetros a estrada barricada, forças militares a cruzarem-se connosco e a sermos obrigados a parar imensas vezes. Mais adiante a fronteira do Senegal e Gâmbia, grande desalento o nosso quando do lago da Gâmbia mais de uma dúzia de galifões queriam ficar com os medicamentos do Joia. Note-se que todos eles tinham grandes cargos nesta fronteira, não eram cidadãos comuns, mas sim altos responsáveis, todos à civil apenas uma funcionária estava fardada, que grande bagunça. Deu mesmo para chatear, mas não nos podemos esquecer que estamos em África. Esta frase não é nossa é repetida imensas vezes pelos próprios habitantes. Finalmente chagamos à capital deste país já de noite cansados e esfomeados. Pormenores importante dois polícias quiseram-nos ajudar a encontrar hotel e lá foram no GrandTáxi, um tascoso também nos prestou ajuda a encontrar hotel e mais tarde, já noite dentro fomos jantar/cear nesta baiuca. E querem saber um pouquinho de história da Gâmbia, esta sempre relacionada com os nossos antepassados - Com origem nas tribos Wolof, Madingas e Fulas - que se instalaram no actual território da Gâmbia por volta do século XIII -, esta ex-colónia britânica teve o seu primeiro contacto europeu com os navegadores portugueses que, no ano de 1455, atingiram o rio Gâmbia. No entanto, em 1588, Portugal vendeu os direitos comerciais sobre o rio à Inglaterra. Os Ingleses tiveram de disputá-lo depois aos Franceses, sediados no enclave de Albreda, a norte do rio Gâmbia, até 1783, data da assinatura do Tratado de Versalhes.
23 Agosto - Banjul – Mbour (232km)
Começamos o dia por consertar um furo no Finório que nos vinha apoquentar, íamos pondo ar e lá andávamos mais 40 quilómetros, era cíclico. Um pouco mais tarde lá nos dirigimos para o porto de Bangul para apanhar o ferry. Compramos os bilhetes e dirigimo-nos para o embarque, acontecendo que nos obrigaram a pagar uma taxa pela bagagem que transportava-mos.
Só em África, isto poderia acontecer, desta forma tivemos de pagar 40 dólares gambianos pelo transporte de um frigorífico que levamos connosco. Esta travessia por ferry foi desgastante pela distância e pelo tempo que estivemos à espera. Chegamos à fronteira entre estes dois países (Gâmbia e Senegal), mais uma fronteira da Gâmbia onde a desorganização dos responsáveis predomina, assim ficarmos com uma péssima impressão de toda esta gente. Concluímos mais um percurso desta longa estafa.
Só em África, isto poderia acontecer, desta forma tivemos de pagar 40 dólares gambianos pelo transporte de um frigorífico que levamos connosco. Esta travessia por ferry foi desgastante pela distância e pelo tempo que estivemos à espera. Chegamos à fronteira entre estes dois países (Gâmbia e Senegal), mais uma fronteira da Gâmbia onde a desorganização dos responsáveis predomina, assim ficarmos com uma péssima impressão de toda esta gente. Concluímos mais um percurso desta longa estafa.
24 Agosto – Mbour - Tiguent (463km)
Pernoitamos num Spa de grande qualidade, junto a uma praia onde tínhamos todas as condições que necessitávamos. Este dia tinha sido fatigante e descanso e bem-estar é proveitoso para a nossa boa disposição. Assim desta forma, logo pela manhã pusemo-nos a caminho, pois andámos com um atraso de dia e meio. De manhã conseguimos fazer cerca de 250 quilómetros, mas com a chegada à fronteira Senegalesa as coisas começaram a crispar, por razões policiais, alfandegárias, travessia de ferry para a Mauritânia e sempre rodeados de inoportunos que nos estão sempre a enfadar por sermos estrangeiros é cansativa toda esta lida.
Já tarde conseguimos atravessar de barco, sempre debaixo de um calor e humidade insuportável. Desembarcamos e uns enxames de melgas humanas rodearam-nos para nos apoiarem nesta missão penosa de irmos aqui, ali, acolá. A verdade é que as voltas que tivemos de dar nesta fronteira foi desgastante e por vezes vontade de virarmo-nos à pantufada a todos estes gajos. Tivemos de pagar uma série de despesas que nem chegamos a compreender o seu fundamento. Levamos horas para resolver todo este processo penoso. Finalmente cansados rotos e esmifrados, pusemo-nos a caminho, percorrendo uma centena de quilómetros de noite, fomos incomodados por uma viatura Mercedes que nos importunou durante muito quilómetros, até que nos ultrapassou e colocou-se à frente da nossa coluna, reduzindo a sua marcha e fazendo com que nós o fossemos ultrapassar, aconteceu que quando tivemos essa tentativa ele ocupou as duas faixas não deixando que o pudesse-mos transpor, esta inquietude demorou muito tempo até que conseguimos passar para a sua frente e chegamos a um posto de controlo policial onde fizemos a descrição do sucedido.
Para nós, foram minutos de tensão, pois sabíamos dos problemas que podíamos ter nesta Mauritânia. No entanto lá prosseguíamos a nossa marcha até encontrar no caminho um “Caravan seray”, neste momento estamos a fazer os preparativos do nosso jantar. Um pormenor já muito comum nesta caravana o GrandTaxi está a ser reparado, mais uma vez o radiador rompeu-se, devido às péssima estradas que vamos desbravando. Um conselho de amigos – quem quiser, pode fazer esta viagem, sem quaisquer problemas somos nós que a recomendamos.
Para nós, foram minutos de tensão, pois sabíamos dos problemas que podíamos ter nesta Mauritânia. No entanto lá prosseguíamos a nossa marcha até encontrar no caminho um “Caravan seray”, neste momento estamos a fazer os preparativos do nosso jantar. Um pormenor já muito comum nesta caravana o GrandTaxi está a ser reparado, mais uma vez o radiador rompeu-se, devido às péssima estradas que vamos desbravando. Um conselho de amigos – quem quiser, pode fazer esta viagem, sem quaisquer problemas somos nós que a recomendamos.
25 Agosto – Tiguent – Nouâdhibou (602km)
O dia principiou tranquilamente, começamos com o nosso pequeno-almoço da praxe e lá partimos para mais um percurso ao longo de toda a Mauritânia. Conseguimos ver o comboio que é considerado o maior do mundo, isto por ter muitos vagões carregados de minério, tivemos a ousadia de estar a contar todos esses vagões totalizando 168, mais 4 de passageiros e cargas, puxados por 4 locomotivas.
A meio da tarde deparamos com temperaturas acima dos 40 para a certa altura os 46 aparecerem, foi bastante espinhoso, mas não ficamos por aqui passados alguns quilómetros, uma tempestade de areia surgiu com muita violência, foram muitos quilómetros que tivemos de aguentar toda esta tormenta. Já perto do local onde fomos pernoitar e eis que o Finório começa a ter problemas, muito fumo e começa a falhar, como estávamos muito perto, meia dúzia de quilómetros fomos andando. Chegamos e fomos fazer o nosso jantar, desta vez uns bifinhos de peru com esparguete e as belas cervejas.
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26 Agosto - Nouâdhibou – Ad Dakhla (429km)
Logo de manhã fomos ver o problema do Finório – devido ao temporal de areia uma grande quantidade cobria todo o motor, onde uma imensa porção se acumulou no filtro de ar como alguma ainda entrou para o sistema de carburação que pode ter danificado mais alguma coisa, tudo foi limpo e bufado com o compressor que trazia-mos, mas nada mais podíamos fazer, estava de beras muito doente. Nesta figura partimos em direcção à fronteira Mauritânia-Marrocos, ficamos admirados porque do lado da Mauritânia fomos despachados com rapidez, sim foi mais rápido, tinha a sua eficiência ao contrário de todas as outras que perdemos imenso tempo.
Seguidamente fomos atravessar o território que as separa, desta vez contabilizei quilometragem exacta, precisamente 3,6. Ao contrário do que tínhamos na ideia estamos a perder muito tempo nesta fronteira Marroquina, não somente pelas voltas burocráticas que tivemos de dar, quanto mais que já estamos há muito tempo para passar o raio xis que está avariado, isto só neste mundo, África, perdemos qualquer coisa como 5 horas. Pelo caminho ainda tivemos que fazer mais uma reparação no vidro do GrandTaxi que está praticamente todo estilhaçado. O Faísca teve que ser afinado, mas ainda todos prosseguimos esta aventura. Assim chegamos muito tarde ao final desta tirada, já noite dentro.
Seguidamente fomos atravessar o território que as separa, desta vez contabilizei quilometragem exacta, precisamente 3,6. Ao contrário do que tínhamos na ideia estamos a perder muito tempo nesta fronteira Marroquina, não somente pelas voltas burocráticas que tivemos de dar, quanto mais que já estamos há muito tempo para passar o raio xis que está avariado, isto só neste mundo, África, perdemos qualquer coisa como 5 horas. Pelo caminho ainda tivemos que fazer mais uma reparação no vidro do GrandTaxi que está praticamente todo estilhaçado. O Faísca teve que ser afinado, mas ainda todos prosseguimos esta aventura. Assim chegamos muito tarde ao final desta tirada, já noite dentro.
27 Agosto – Ad Dakhla – Porto de Laâyoune (505km)
A preocupação da manhã foi assegurar o nível de óleo do Finório, pois é nossa opinião de está ferido de morte, não sabemos, até onde ele vai aguentar, todos gostávamos que conseguisse aproximar-se do curro e finalizar esta aventura, só nós, este grupelho de apenas 7 aventureiros é que podiam partir com estes chaços em fim de vida para estas terras que guardam muitas surpresas. No caminho tivemos de abastecer as charroncas, quando o Cláudio ficou guloso e viu num talho tipo banca de estrada uns borregos expostos com aspecto de frescos, com isto comprámos 1,5 de costeletas as quais fomos assar a meio do caminho, estavam uma delícia, bem assadinhas e com um tinto que ainda restava.
Percorremos cerca de 200 quilómetros e eis que tivemos de acrescentar mais 2 litros de óleo, mais 200km e mais óleo, mas lá chegamos ao fim da etapa, tal como tinha-mos planeado. O carro quer morrer mas nós não vamos deixar. Aqui estamos nós para pernoitar num hotel onde vamos jantar lagosta, nada mal para um final de dia tão atribulado em relação ao finório.
Percorremos cerca de 200 quilómetros e eis que tivemos de acrescentar mais 2 litros de óleo, mais 200km e mais óleo, mas lá chegamos ao fim da etapa, tal como tinha-mos planeado. O carro quer morrer mas nós não vamos deixar. Aqui estamos nós para pernoitar num hotel onde vamos jantar lagosta, nada mal para um final de dia tão atribulado em relação ao finório.
28 Agosto – Porto de Laâyoune – Aglou (596km)
Depois de uma noite descansada, aí estamos novamente ao caminho. Fomos abastecer as nossas poderosas máquinas, cada vez os adjectivos são poucos para qualificar estes chaços.
Aconteceu que mal saímos e o Faísca foi envenenado, deram-lhe a beber gasóleo, rapidamente tivemos de lhe fazer uma lavagem ao estômago para se por ao caminho, só nos faltava mais esta.
Fizemos umas centenas de quilómetros, onde fomos parando para repor o nível de óleo do Finório, só está a gastar 1,2 litros aos 100.
Pelo caminho enfrentámos uma zona muito montanhosa em que as nossas máquinas rastejaram para a transpor, foi muito árduo este percurso. Ora chegámos a Aglou, com o finório arrastar-se, emperrava ia baixo, baixava a velocidade ia a baixo, barulho muito estranho, parecia o final, mas conclui-se mais uma fase das nossas férias, não posso usar este termo, pois as madames, rejeitam por completo o nome férias. Já noite os técnicos puseram mão no Finório. As velas tinham uma crosta de areia seca que enchia por completo o polo. Ainda tiramos fotografia a uma vela que era e melhor, foi pena, as outras demonstravam em pleno o seu deplorável estado. Até ao momento já percorremos, exactamente 8455km.
29 Agosto – Aglou – Marrackeche (351km)
Foi uma tirada pequena, percorremos todo este percurso em auto-estrada, com uma serrania imensa e bem alta, foi prova de que as nossas máquinas ainda estão para as curvas, tanto que o Finório ainda se vai arrastando consumindo óleo em excesso. Almoçamos numa estação de serviço uma tagine, não era grande especialidade, mas comeu-se. Quando chegamos ao parque de campismo ainda era dia, houve tempo para irmos até à piscina.
O Faísca roçou-se por ruma árvore e a porta ficou escanzelada, esta veio para cima do guarda-lamas da frente, ficando de uma feição que já não se fechava. Eis que puxa-se do martelo, chave de fendas e mais alavanca, martelada daqui, martelada dali e passados minutos, apta para mais 10000 quilómetros de garantia. No final do dia lá vamos todos em duas viaturas até ao centro desta cidade, mas a Jorgina que está saída, curvou toureira e logo furou. Desta vez o GrandTáxi, transportou 5 elementos da comitiva, é algo importante porque apenas tem vindo todo o caminho com o Joia e normalmente nestas terras que passamos o habitual nestes carros é levarem 7 ou mais passageiros.
O Faísca roçou-se por ruma árvore e a porta ficou escanzelada, esta veio para cima do guarda-lamas da frente, ficando de uma feição que já não se fechava. Eis que puxa-se do martelo, chave de fendas e mais alavanca, martelada daqui, martelada dali e passados minutos, apta para mais 10000 quilómetros de garantia. No final do dia lá vamos todos em duas viaturas até ao centro desta cidade, mas a Jorgina que está saída, curvou toureira e logo furou. Desta vez o GrandTáxi, transportou 5 elementos da comitiva, é algo importante porque apenas tem vindo todo o caminho com o Joia e normalmente nestas terras que passamos o habitual nestes carros é levarem 7 ou mais passageiros.
30 Agosto – Marrackeche – Moulyn (465km)
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Mais tarde passamos por Casablanca e fomos até à mesquita para tirar umas fotografias. Já nos estamos aproximar do final da nossa longa maratona, nunca mais nos vamos esquecer desta nossa ida a terras de África.
Aqui estamos, final do dia para o nosso jantar e repouso merecido.
31 Agosto – Moulyn – Tarifa (128km)
Pois estamos preparados para o último percurso desta aventura, será que estas pujantes máquinas chegam ao fim, vamos esperar por isso. Dentro de pouco tempo vamo-nos por ao caminho, antes disso é necessário aplicar um escape de alto rendimento no Finório, para aproveitamento dos gases que produz, mais parece um carro a diesel.
Chegados a Tanger e lá vem o problema do dia, a travessia para Tarifa está atrasada horas, por essa razão aqui estamos sentados nas nossas cadeiras em plena avenida que margina Tanger no acesso ao porto, já aqui estamos há duas horas. Neste momento, completamente infamados e perplexos com toda esta demora que já vai em 10 horas, só em África, só em África. Há momento passou um grupo de Marroquinos que também estão nesta denegrida demora a manifestaram-se. Aqui passamos o dia inteiro e não conseguimos embarcar.
Chegados a Tanger e lá vem o problema do dia, a travessia para Tarifa está atrasada horas, por essa razão aqui estamos sentados nas nossas cadeiras em plena avenida que margina Tanger no acesso ao porto, já aqui estamos há duas horas. Neste momento, completamente infamados e perplexos com toda esta demora que já vai em 10 horas, só em África, só em África. Há momento passou um grupo de Marroquinos que também estão nesta denegrida demora a manifestaram-se. Aqui passamos o dia inteiro e não conseguimos embarcar.
1 Setembro – Tarifa – Vale de Figueira (672km)
O final da nossa aventura que era para acabar ontem, teve o percalço da passagem do estreito de Gibraltar e cá estamos esfalfados e derreados para chegar ao nosso destino.
Aconteceu que este grupo ficou desmembrado, graças ao fluxo de desorganização desta fronteira, nomeadamente à forma como se faz o embarque, são feitas ilhas e mais ilhas de centenas de automóveis que vão preenchendo espaços que desnorteiam todos os passageiros, porém eu, não estava à espera que acontecesse o seguinte; em determinada altura estavam só a deixar passar 5 viaturas de cada fila numa imensidão de carros, como tinham deixado infiltrar-se um carro que não fazia parte da comitiva, lá está a balbúrdia instaurada, ficou o Finório para trás, cansado e doente.
Não foram tomadas por parte desta comitiva as atitudes em vigor até aquele momento, que era, mais à frente fazia-se o reagrupamento, é louvável, gosto de viajar assim. Há um atraso considerável que em alguma parte se poderia evitar, perdemos 22 horas para podermos embarcar. Finalmente chegamos a Tarifa onde nos pusemos de imediato a caminho, pois havia uns almoços que ansiávamos em Porto de Santa Maria, uma carne suculenta esperava por nós, bem como umas boas cañas. Tarde adentro percorremos mais uma vez a serra de Aracena, entramos no nosso Portugal onde tiramos a fotografia da praxe, junto à fronteira. Fomos abastecendo o Finório de óleo e mais óleo, caminhamos pela planície alentejana e por fim chegamos à Meta. Aventura concluída. Totalizamos mais de 10000km.
Não foram tomadas por parte desta comitiva as atitudes em vigor até aquele momento, que era, mais à frente fazia-se o reagrupamento, é louvável, gosto de viajar assim. Há um atraso considerável que em alguma parte se poderia evitar, perdemos 22 horas para podermos embarcar. Finalmente chegamos a Tarifa onde nos pusemos de imediato a caminho, pois havia uns almoços que ansiávamos em Porto de Santa Maria, uma carne suculenta esperava por nós, bem como umas boas cañas. Tarde adentro percorremos mais uma vez a serra de Aracena, entramos no nosso Portugal onde tiramos a fotografia da praxe, junto à fronteira. Fomos abastecendo o Finório de óleo e mais óleo, caminhamos pela planície alentejana e por fim chegamos à Meta. Aventura concluída. Totalizamos mais de 10000km.
PAZ ÀS ALMAS DAS NOSSAS CHARRONCAS.
Grande aventura, já tenho saúdades
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